Este sábado foi marcado pela morte de, pelo menos, 42 palestinianos vítimas de ataques israelitas contra dois locais densamente povoados da cidade de Gaza: o campo de refugiados de Al-Shati e o bairro de Al-Tuffah.
De acordo com as primeiras informações divulgadas pelos órgãos de comunicação israelitas citadas pelo The Guardian, os bombardeamentos tinham como objetivo assassinar o chefe de operações do Hamas, Raad Saad.
O Hamas não comentou a alegação israelita de ter atingido as suas infraestruturas militares. Em comunicado, o Hamas afirmou que “a ocupação e os seu líderes nazis vão pagar o preço das suas violações contra o nosso povo”.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, no espaço de 24 horas, as tropas israelitas tiraram a vida a, pelo menos, 101 pessoas em campos de refugiados e zonas residenciais e feriram outras 169. Grande parte das vítimas foram levadas para o hospital Al-Ahli. Desde o ataque aéreo israelita em Nuseirat, que vitimou 280 pessoas, que não existia um número tão elevado de mortos no conflito do Médio Oriente.
Na sexta feira, o Ministério da Saúde de Gaza afirmou que pelo menos 25 palestinianos tinham sido mortos em Mawasi, no oeste de Rafah, e 50 tinham ficado feridos.
De acordo com a agência Reuters, o exército israelita afirmou que o incidente estava a ser analisado. “Um inquérito inicial conduzido sugere que não há indícios de que um ataque tenha sido efetuado pelas forças de defesa de Israel na área humanitária de Al-Mawasi”, refere.
O conflito em curso na Faixa de Gaza, desencadeado no dia 7 de outubro de 2023, já vitimou mais de 37 500 pessoas. Passados mais de oito meses de guerra, o avanço de Israel centra-se, agora, nas duas últimas zonas que ainda não foram conquistadas: Rafah, no extremo sul de Gaza e a área em redor de Deir al-Balah, no centro.