A menos de meia hora do Aeroporto Internacional de Munique, o Campus de Investigação de Garching tem vindo a ganhar forma com alguns nomes sonantes das tecnologias: a Universidade Técnica de Munique tem lá instalado um polo, mas talvez não seja desusado descrever o edifício como um “viveiro” para todas as marcas e entidades à volta. O prestigiado Instituto Max Planck é o mais representado, com edifícios para o estudo do ambiente extraterrestre, física e astrofísica, ótica e quântica. O Instituto Fraunhofer tem uma delegação dedicada à segurança. Mas também é possível lá encontrar um centro de investigação da SAP e entre os ex-libris científicos um túnel de vento de dezenas de metros e um reator nuclear. O parque que é o cartão de visita da Baviera na ciência europeia foi desenhado para alojar mais de 28 mil engenheiros e cientistas. E é aí que se encontra o recém-estreado Centro de Tecnologia da Siemens.
“Ainda há alguns pormenores que vamos ter de resolver”, avisa a assessoria de imprensa no momento de iniciar uma pequena ronda de demonstrações tecnológicas com jornalistas de vários pontos da Europa. Tudo ainda tem ar de novo – e apenas uma sala das demonstrações é revelada. No edifício deverão ficar instalados 450 engenheiros e cientistas da Siemens. A este contingente juntam-se mais de 150 investigadores da Universidade Técnica de Munique. “Temos pisos ocupados pela Universidade e pisos ocupados pela Siemens”, refere ainda a assessoria de imprensa.
O Centro de Tecnologia da Siemens em Garching foi concebido para se tornar o principal braço de investigação da marca alemã. Implicou um investimento de 100 milhões de euros, mas ainda não passou da metade: apenas o primeiro dos edifícios está instalado. Até 2027, a empresa deverá alargar a capacidade instalada com um segundo edifício. Nessa altura, deverá assumir-se como o maior centro de investigação da companhia.