Recebia as marcações via WhatsApp e fazia as clientes acreditarem que aquilo que lhes injetava no rosto e lábios era ácido hialurónico, quando, na verdade, se tratava de silicone.
O suposto procedimento estético era feito na casa de uma falsa médica em Las Palmas de Gran Canaria, Espanha, ou num bungalow na Playa del Inglés. No total, entre 2026 e 2019, a mulher enganou cerca de trinta e sete mulheres, segundo o La Voz de Galicia.
Esta terça-feira a suspeita foi condenada a 29 anos e sete meses de prisão, a uma multa de 4 500 euros e a uma indemnização no valor de 181 000 euros por ser autora de um crime de intrusão profissional.
A arguida foi também acusada de dezenas de crimes de injúria, contudo, foi absolvida dos crimes de fraude e contra a saúde pública de que estava acusada.
A sentença deu como provada que a mulher não tinha formação específica nem autorização e qualificação para exercer a atividade.
A infiltração nos lábios era feita numa sala sem condições e com as seringa já pré-preenchidas com silicone.
A primeira sessão tinha um custo de 150 euros e a segunda 50. As clientes lesadas “começaram a sentir desconforto, como inchaço excessivo, granulose, dores intensas a qualquer pancada, por mais pequena que fosse”. Através de mensagens trocadas pelo WhatsApp, a falsa médica explicava que o desconforto era “normal e que deviam massajar os lábios, aplicar gelo e, nalgumas ocasiões, aplicar medicamentos anti-inflamatórios”, segundo o Tribunal Superior de Justiça das Canarias.