Ministra não gosta de Fernando Araújo
Desde o dia em que que tomou posse, ficou demasiado claro que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, não gosta nada de Fernando Araújo e por isso se demitiu da direcção do Hospital de Santa Maria por estar completamente contra a criação das ULS defendida por Araújo. Ficou ontem claro durante a audição no Parlamento que a ministra pretende, acima de tudo, acabar com o que Araújo criou e que funciona muito bem no Norte. Ana Paula Martins tem de pôr de lado o ódio que tem pela boa obra de Fernando Araújo no Norte, incluindo o Hospital de S. João, e deixar de querer destruir o que de bom existe. Tenha bom senso, senhora ministra. Esqueça as desavenças pessoais.
Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora
O México sofre, mas não desiste
Claudia Sheinbaum Pardo é a primeira mulher eleita para a Presidência da República Mexicana. Isto, depois de ter sido governadora da Cidade do México no período de 2018-2023. Governar a Cidade do México (25 milhões de habitantes), é experiência da qual Andrés Manuel López Obrador retirou as chaves para solucionar, em parte, os enormes problemas do país. O agora Presidente cessante, A.M.L.O., quando governador dos “chilangos”, usava convocar para as 5h30 da manhã a hodierna conferência de imprensa sobre os mil episódios da noite “capitalina”. Salinas de Gortari, Ernesto Zedillo, Fox Quesada e Felipe Calderón banalizaram no México a fome, os feminicídios, os assassinatos políticos e a vida airada de grandes “capos” do narcotráfico.
Para Claudia Sheinbaum, cientista de 61 anos formada na histórica Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM), governar o México será um desafio de proporções estremecedoras. Ter ela chegado com vida à eleição, como aconteceu com López Obrador, é algo que se saúda com entusiasmo. (Em Março de 1994, o candidato presidencial do PRI, Luís Donaldo Colosio, foi mortalmente baleado, em Tijuana, pelos falsos guarda-costas ao serviço do seu próprio partido, já alvoroçado com o teor “revolucionário” dos seus discursos em campanha…).
Luís Alberto Ferreira, Santo Amaro de Oeiras
“O PCP na Europa?”
Os recentes debates televisivos sobre a eleição de eurodeputados portugueses têm confirmado a posição do PCP em relação à Europa. Quando toda a Europa está contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia, João Oliveira, candidato a eurodeputado pelo PCP, parece ser incapaz de reconhecer essa invasão e as respectivas consequências, dando a entender que a Ucrânia deve deixar de se defender e aceder a um tratado de paz, que basicamente legitimaria a tomada de parte do território ucraniano pela Rússia.
Então, João Oliveira, se alguém atacasse a sua casa e agredisse a sua família, iria buscar uma bandeirinha branca e convidava esse alguém a sentar-se confortavelmente, perguntando-lhe se preferia chá, café, ou limonada?
Defende João Oliveira que Portugal deve sair da Europa e abandonar o euro! E, já agora, sobre o que é que a sua motivação tem a ver com o projecto europeu? Onde está a sua coerência?
Firmino Fonseca, São Domingos de Rana
A comunicação social e as europeias
Será que a comunicação social, num tempo de extremismos, está a seguir o melhor caminho informativo nestas eleições europeias? Não só nos debates, mas também na escolha de notícias? Não haveria que se evitar ao máximo os temas nacionais? As sondagens presidenciais? Ou seja, havendo a noção evidente de que os países ocidentais estão a caminhar para a extrema-direita, a comunicação social não deveria ter uma actuação totalmente diversa da que está a ter? E não dar tanto relevo aos actos e actores das extremas-direitas, que tudo e nada fazem para ser a centralidade da “notícia”? A comunicação social, em tempos verdadeiramente democráticos, não soube ou não quis actualizar-se, e agora, no momento em que a extrema-direita põe abertamente em causa a degradação da democracia, tenta não fazer uma mudança de ângulo na abordagem das temáticas europeias?
Augusto Küttner de Magalhães, Porto