Além desta primeira unidade de refinação de lítio, está planeada também uma segunda fábrica, sendo que cada uma delas representará um investmento de 500 milhões de euros. De acordo com a Lifthium, estas fábricas fornecerão hidróxido de lítio para construir baterias elétricas. A empresa dedica-se á produção do chamado “lítio verde”, refinado com recurso à tecnologia de eletrólise (a partir de água e energia limpa).
Tal como o Negócios avançou, a Bondalti admitiu no ano passado que quer investir cerca de 1200 milhões de euros, juntamente com outros sócios, em até três novas fábricas com o objetivo de ser tornar “um dos maiores produtores de lítio verde na Europa”. A meta passa por conseguir uma capacidade de refinação de 50 mil toneladas, com o objetivo de fornecer hidróxido de lítio a mais de dois milhões de automóveis por ano.
“Temos neste momento um piloto no Canadá. A ideia é, atingindo cerca de mil horas desse piloto, investirmos em Estarreja numa fábrica mais demonstradora para depois tomarmos uma decisão de investimento numa fábrica maior”, disse o presidente executivo da Bondalti, João de Mello.
A empresa prevê tomar essa decisão de investimento em 2024, admitindo, no futuro, ter até três unidades de produção de lítio verde. No ano passado, a empresa falava de um investimento potencial de 400 milhões de euros (agora revisto em alta para 500 milhões por fábrica), num total de cerca de 1.200 milhões de euros, um valor assegurado em associação com parceiros.
“A nossa estratégia passará por ter no mínimo duas fábricas até 2030 e, eventualmente, uma terceira já em pensamento ou em desenvolvimento nessa altura (…), queremos fazer em Estarreja porque é o nosso polo principal. Uma segunda fábrica já não será em Estarreja mas será eventualmente em Portugal ou numa geografia mais eficiente”, admitindo Espanha como eventual destino, disse ainda João de Mello.
No início deste ano, a Lifthium Energy, anunciou a sua integração no Projeto Importante de Interesse Europeu – European Battery Innovation (IPCEI EuBaTin), sendo a única empresa portuguesa com um projeto de produção em larga escala do chamado lítio verde a tornar-se membro deste consórcio europeu.