O tráfego de internet móvel em Portugal registou um aumento de 34,2% no final do primeiro trimestre deste ano face ao mesmo período do ano passado, segundo dados do relatório sobre os serviços móveis divulgado pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) esta sexta-feira. O número total de acessos móveis aptos a utilizar serviços móveis atingiu 18,6 milhões, estando 13,6 milhões (77,7% do total) em utilização ativa. Excluindo os acessos associados a PCs, tablets, pens e roteadores, o número de acessos móveis ativos foi de 12,7 milhões.
O número de assinantes que utilizaram ativamente o serviço aumentou em 75 mil, ou seja, mais 0,6% face ao primeiro trimestre de 2023. Este crescimento foi atribuído a uma maior adesão a planos pós-pagos e híbridos, que tiveram um aumento de 5,9% nos últimos 12 meses e representaram 69,9% do total de acessos ativos. Em contrapartida, os planos pré-pagos tiveram uma queda de 10% face ao período homólogo.
No final do primeiro trimestre de 2024, 59,1% dos acessos móveis utilizaram tecnologia 4G e 21,9% usaram 2G e 3G. 19% recorreram à tecnologia 5G, registando um aumento de 10,4 pontos percentuais (p.p.) relativamente ao período homólogo. Os acessos 2G e 3G foram predominantemente utilizados para serviços de voz (74,8%), enquanto os acessos 4G e 5G foram usados para serviços de voz e internet 83,2% e 98,7%, respetivamente. Os utilizadores particulares representaram 80,2% dos acessos móveis ativos, tendo os utilizadores empresariais os restantes 19,8%.
O tráfego de voz móvel diminuiu 2,6% face ao primeiro trimestre de 2023. Em média, o acesso de voz móvel gerou 212 minutos de conversação por mês, cerca de 7 minutos por dia. Isto representa uma queda de 2,9% no tráfego médio mensal. A duração média das chamadas foi de 2 minutos e 58 segundos, uma redução de 1,4% (dois segundos) relativamente ao trimestre homólogo.
Os utilizadores ativos do serviço de internet móvel atingiram 10,7 milhões, um aumento de 7,9% face ao período homólogo, correspondendo a uma taxa de penetração de 102,4 por 100 habitantes (mais 7,5 p.p. em termos homólogos). Este crescimento deve-se ao aumento dos utilizadores de internet móvel (8%) e dos utilizadores que acedem à internet mediante PCs, pens, tablets ou roteadores (6%). Os acessos privados à internet móvel representaram 76,2% do total, com os utilizadores empresariais a representarem 23,8%.
O tráfego médio mensal por utilizador ativo de internet móvel aumentou 25,3% face ao período homólogo, com cada utilizador de internet móvel de banda larga a consumir em média 11 GB por mês. O tráfego médio mensal gerado por PCs, tablets, pens ou roteadores foi de 32,1 GB, um aumento de 7,1%.
Em termos de quotas de mercado, a Meo continua a ser o principal prestador, com 37,7% dos acessos móveis ativos, seguida do grupo NOS (30,1%) e da Vodafone (28,2%. O grupo NOS e a Lycamobile aumentaram a sua quota de mercado em 0,8 e 0,5 p.p., respetivamente, enquanto a Meo e a Vodafone verificaram reduções de 0,9 e 0,5 p.p., respetivamente. A quota da Nowo manteve-se inalterada.
No acesso à internet móvel, a Meo detinha uma quota de 35,3%, seguindo-se a NOS (32,3%), a Vodafone (28%), a Lycamobile (2,3%) e a Nowo (2,2%). A quota da Lycamobile aumentou 1,4 p.p., enquanto as quotas da Vodafone, Meo e NOS diminuíram 0,4 p.p. e da Nowo 0,1p.p..
A NOS liderou o tráfego de internet em banda larga móvel com uma quota de 35,9%, seguindo-se a Vodafone com 34,8%, a Meo com 28,4%, a Nowo com 0,6% e a Lycamobile com 0,3%.
Na sequência do leilão de 5G, a Anacom emitiu direitos de utilização de frequências a seis operadores: Dense Air, Dixarobil (Digi Portugal), Meo, NOS, Nowo e Vodafone.