Foi uma tempestade perfeita a que se viveu nas últimas semanas na SATA, a companhia aérea da Região Autónoma dos Açores, que chegou a ter em terra cinco aviões da sua curta frota de sete aeronaves, devido a avarias, incidentes naturais e necessidades de manutenção, situação que perturbou a operação interilhas, e que agitou a vida política açoreana.
O PS teceu duras críticas a José Manuel Bolieiro e depois propôs um pacto para salvar a SATA. A contribuir para a turbulência estiveram ainda buscas na sede da companhia aérea, em Ponta Delgada, na quarta-feira, devido a um negócio sob suspeita, no aluguer de um avião, em 2014. No entanto, a situação está agora normalizada, com a operação a seguir o plano previsto para esta época do ano.
A empresa funciona com um conselho de administração limitado, uma vez que está sem presidente. Teresa Gonçalves, antiga presidente, saiu no final de abril e ainda não foi substituída. Dada a complexidade da gestão de uma companhia aérea e a vontade de não repetir erros do passado, de fazer nomeações políticas de gestores sem perfil técnico para o cargo, como já aconteceu no passado, o Governo Regional não quer fazer uma escolha apressada, disse ao Expresso fonte conhecedora do dossiê.
Bolieiro quer alguém preparado e com conhecimento do setor da aviação, e por isso o Governo dos Açores prefere esperar para ter o gestor certo, confidenciou a mesma fonte, dizendo que a nomeação do novo presidente poderá vir a acontecer apenas depois do verão.