“Se há algo claro para mim é que Benjamin Netanyahu não tem projeto de paz para a Palestina. A solução que o primeiro-ministro israelita promove só conduz ao ódio. Não podemos permiti-lo.” Foi nestes termos taxativos que o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, comunicou ao Parlamento o seu propósito de declarar na próxima terça-feira, 28 de maio, o reconhecimento da Palestina como Estado soberano. Numa operação política concertada, nesse dia adotarão medidas similares a Irlanda e a Noruega, anunciaram os respetivos primeiros-ministros, Simon Harris e Jonas Gahr Stoere.
Sánchez empenhou-se, nos últimos meses, sob encargo oficioso das autoridades da União Europeia, em conseguir o maior número possível de adesões a esta iniciativa, como forma de ajudar a resolver a guerra de Gaza, que já custou a vida a mais de 35 mil pessoas e a destruição, na prática, de 80% daquele território palestiniano.