Em causa está o facto da CNE ter recebido três queixas contra a SIC, que consideravam “discriminatório” o facto de nenhum representante do Chega ter sido convidado para o programa ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha’ nas últimas eleições legislativas.
De acordo com a mesma fonte, para o apresentador, “seria absurdo que o entretenimento estivesse sujeito às mesmas regras da informação”.
“A mim, pessoalmente, ninguém instou. Provavelmente porque estará em causa outro princípio constitucional que tem a ver com aquela coisa da liberdade, ou o que é”, refere o humorista, em declarações ao Observador.
Ricardo Araújo Pereira refere que se alguém é obrigado a fazer o que não quer, isso constituiu “uma limitação à liberdade”, acrescentando, que tem também o direito de convidar quem quiser para o programa, inclusive não convidar o Chega.
A deliberação da CNE, refere a SIC, deve compensar os desequilíbrios gerados pelo programa do humorista na restante programação e Ricardo lembra que o princípio constitucional de igualdade de oportunidades, apontado pela CNE, deve ser alargado a todos os programas de entretenimento e a todas as candidaturas, não apenas às candidaturas que têm representação parlamentar.
“Desejo assistir a uma entrevista de Luciana Abreu a Cidália Guerreiro, do PCTP/MRPP, no Domingão, e a uma conversa intimista de Marco Paulo com Élvio Sousa, do Juntos Pelo Povo. Acho que não sou o único”, atira.