A campanha europeia do Chega, que está a ser protagonizada por André Ventura, é um caleidoscópio de mensagens políticas que variam consoante o tema de cada hora. Num só dia, entre Beja à hora do almoço e Mourão ao fim da tarde, Ventura falou meia hora aos jornalistas, com ultimatos ao Governo sobre a redução do IRS, críticas ao plano de emergência para a saúde, ataques ao Presidente da República e declarações sobre criminalidade e insegurança. Em Mourão, no entanto, o momento alto foram as declarações do candidato António Tânger Corrêa, entretanto regressado à estrada.
Depois de ter falhado a arruada da hora do almoço em Beja, o cabeça de lista da direita radical populista às europeias reapareceu no Alentejo raiano, onde o Chega foi dar conforto à corporação de bombeiros, que esta semana teve problemas com agressões por parte de elementos da comunidade cigana. O embaixador justificou a ausência na arruada de Beja com uma urgência de saúde: “Foi uma capa do dente que caiu e que me estava a causar dores terríveis. E que tive de ir arranjar”, explicou Tânger Corrêa, de certa forma exasperado, por os jornalistas terem questionado a sua ausência.