O primeiro-ministro voltou a entrar na campanha da AD e, num comício ao ar livre em Santa Maria da Feira, voltou a elogiar o seu cabeça de lista, ensaiou um conjunto de respostas para o PS e anunciou que, na próxima semana, terá novidades sobre a política de migrações para anunciar.
“Caro Sebastião, bem-vindo ao clube dos que têm de ter capacidade de resistência para distinguir aquilo que eles [oposição] dizem e não tem importância, daquilo que podemos dizer às pessoas e achamos que é verdadeiramente importante”, afirmou Luís Montenegro para quem esta campanha, como a anterior, mostra que a AD tem “um respeito maior pelos outros do que os outros têm” pela AD. E adaptou uma rábula popular em Portugal. “É deixá-los falar, eles falam, falam, falam, nós estamos concentrados, concentrados, concentrados.”
RUI DUARTE SILVA
Europeias 2024
Leia também
“Quem quiser acompanhar a nossa pedalada, também tem de dar ao pedal”, disse o primeiro-ministro, em Santa Maria da Feira, ao lado do cabeça de lista, Sebastião Bugalho. Luís Montenegro fez-lhe rasgados elogios primeiro e autoelogios, ao Governo que dirige, logo depois. O primeiro-ministro diz que já definiu “alvos de intervenção legislativa para a próxima semana”, que serão na área da migrações, e avisa a oposição de que as medidas vão continuar.
Questionado pelos jornalistas, num contacto de rua antes de um comício, sobre os problemas registados com a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) e o pedido do Chegapara suspender a regularização de migrantes, disse apenas: “Na próxima semana teremos novidades sobre isso.”
“Esta terra tem grande tradição ciclista e velocipédica”, disse Montenegro sobre Santa Maria da Feira, e por isso usou a metáfora do ciclismo. “A oposição quer que possamos ir mais devagar, decidir menos, estar mais imóveis”, mas, garante Montenegro, “quer seja em linha reta, quer seja para sprintar, quer seja para trepar uma montanha, vamos sempre dar tudo.”
Entre um breve percurso pelas medidas já apresentadas pelo Governo, nomeadamente as fiscais, Montenegro centra-se depois na área da saúde, em particular nas listas de espera. “Vamos levar o contador a zero no caso das doenças oncológicas.”