No debate televisivo em que a RTP juntou, na quinta-feira, os nove partidos sem assento parlamentar, Rui Fonseca e Costa, do Ergue-te, foi a voz mais dissonante sobre o tema, considerando que “Portugal não precisa da maioria dos imigrantes extra-europeus que se encontram no país, incluindo os oriundos dos PALOP”.
“Estão a ocupar os nossos empregos e as nossas casa”, disse o candidato, defendendo a necessidade do país “promover a matriz cristã ocidental e apostar em políticas de natalidade e a fertilidade, para que os portugueses aumentem”.
Pedro Ladeira, do Nós Cidadãos, considerou “inegável que a Europa precisa de imigrantes”, e entende que devem “ser promovidas campanhas orientadas para uma imigração oriunda de países falem a mesma língua e tenham uma matriz judaico cristã.
Segundo o candidato, se tal não acontecer, “os muçulmanos vão tomar conta da Europa”.
A Nova Direita e o ADN defenderam a importância do controlo da imigração e do combate às redes de imigração ilegal.
Joana Amaral Dias, cabeça de lista do ADN, classificou as máfias da imigração, grupo no qual incluiu algumas Organizações Não Governamentais, “como lobos com pele de cordeiro”, enquanto Ossanda Líber, da Nova Direita afirmou que a mensagem que está a ser passada é a de que “todos podem vir, porque não há controlo”.
Duarte Costa, do Volt, considerou essencial “combater a narrativa anti-imigraçao que prejudica as empresas, e criar soluções administrativas que respondam aos anseios dos imigrantes”.
Pelo RIR, a cabeça de lista Márcia Henriques, considerou que a legislação existente fosse aplicada a imigração não seria um problema em Portugal”.
“As regras existem, são é mal aplicadas, e o problema da imigração é a AIMA (Agência para a Integração Migrações e Asilo”.
O cabeça de lista do PTP, José Manuel Coelho afirmou que “o que faz afluir os imigrantes à Europa são a moeda e a qualidade de vida”, acrescentando: “Isso acontece porque os países africanos são roubados pelas grandes empresas da UE e ficam pobres”.
Num debate que durou quase duas horas, a RTP juntou os nove partidos sem assento parlamentar que concorrem às eleições europeias de 09 de junho: ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.
A criação de um salário mínimo europeu, e de uma constituição europeia, defendida pela cabeça de lista do RIR, a eleição direta da Comissão Europeia, a distribuição de fundos, os problemas da habitação foram alguns dos temas abordados no debate, que também se focou no papel da UE no conflito na Ucrânia.