O concurso internacional James Dyson Award, destinado a “ideias que mudem o mundo”, está a receber candidaturas até 17 de julho. Em 2023, quem ganhou o prémio nacioanl foi Gabriel Serra, que criou um capacete dobrável para facilitar a utilização em bicicletas ou trotinetas.
Pelo segundo ano consecutivo, Portugal é abrangido pelo concurso internacional James Dyson Award, uma competição global de design e engenharia para estudantes e recém-formados organizado pela Fundação James Dyson. As candidaturas decorrem até ao próximo dia 17 de julho e destinam-se às melhores ideias e invenções.
Desde 2005, o prémio com o nome do designer industrial britânico que fundou a Dyson apoiou mais de 400 jovens inventores com um milhão de libras (1,2 milhões de euros). Em Portugal, o vencedor do prémio nacional em 2023 foi Gabriel Serra, que apresentou um capacete dobrável para facilitar a utilização em bicicletas ou trotinetas (micromobilidade) chamado “Flattie”.
Porém, a abrangência de propostas é grande. Por exemplo, em anos anteriores, destacou-se um reboque de ambulância off-road para resgatar feridos de zonas de conflito ou uma tinta feita de vidro reciclado que reduz a necessidade de ar condicionado.
“O mundo precisa de mais fazedores – solucionadores de problemas, que estejam prontos para enfrentar os problemas do nosso tempo. Todos os anos, o James Dyson Award oferece aos jovens uma plataforma para as suas invenções médicas e ambientais, e muito mais. É o seu «pensamento errado» que leva a descobertas, seja o desenvolvimento de um novo material sustentável ou a aplicação de princípios de engenharia inteligentes para ajudar a melhorar a vida das pessoas”, afirma James Dyson, que ficará a cargo da escolha final.
Quais são os prémios, em termos monetários? O vencedor internacional e o vencedor global de sustentabilidade recebem 34 mil euros para avançarem nos seus projetos, enquanto cada vencedor nacional, dos 30 mercados incluídos, ganha 5.700 euros.
Os vencedores nacionais serão anunciados a 11 de setembro, a lista global dos 20 finalistas a 16 de outubro e os vencedores globais a 13 de novembro.
“Ganhar o James Dyson Award deu-me grande confiança e tornou-se num trampolim para o sucesso. Permitiu-me criar uma empresa, que transformou o meu conceito de design num produto que protege habitações em todo o mundo, para além de salvar vidas. Sendo um prémio reconhecido internacionalmente, é um veículo fantástico para dar vida às ideias”, comentou Yusuf Muhammad, ex-vencedor do James Dyson Award.
Em 2009, Yusuf Muhammad criou o “Automist”, um dispositivo que combate incêndios domésticos que, através da nebulização, utiliza 10 vezes menos água do que um sistema tradicional. Hoje, é Chief Design Officer da Plumis, uma empresa bem-sucedida que instalou mais de 13 mil sistemas e está em fase de garantia da certificação internacional para se lançar nos Estados Unidos.
