Andrew Drury, britânico de 58 anos, começou a interessar-se por zonas de conflito há mais de 30 anos. Desde então já se infiltrou no Ku Klux Klan (grupo supremacista branco) e esteve na Somália.
Ainda que reconheça os perigos da sua atividade, o britânico deu vários conselhos a quem quer seguir os seus passos.
Enquanto muitos vloggers falam antecipadamente com os locais e fazem pesquisa sobre o sítio para onde vão, há outros que têm uma abordagem mais relaxada e não se procuram informar.
“A primeira coisa que não fazes é gravar. Eles são burros, dizem onde vão estar ou para que local vão”, explicou Drury ao Mirror.
O britânico disse que era imaturidade partilhar toda a informação sobre a viagem.
“Eu não partilho imagens antes de estar novamente em casa. É básico. Não consigo acreditar que eles sejam tão estúpidos. Mais vale pedirem para serem raptados”, desabafou.
Drury elencou vários conselhos para quem quiser aventurar-se em zonas de conflito. “Façam pesquisa sobre os locais e conheçam os riscos; Façam treino específico; aceitem o que vos acontecer – caso sejam detidos; procurem um guia local; perguntem-se o que estão a fazer e se o estiverem a fazer por visualizações não o façam.
Os avisos surgem depois de Addison Pierre Maalouf, youtuber norte-americano, ter sido alegadamente raptado no Haiti, onde se vive uma rebelião entre gangs e as autoridades.
Drury, que agora é jornalista, admite a adrenalina que se ganha ao colocar a vida em risco. Ainda assim, confessa que a sua visão sobre turismo em zonas de conflito mudou enquanto realizava um documentário.