As sirenes em cidades como Telavive e Beersheba começaram a ser ouvidas, enquanto múltiplos palestinianos armados rompiam muros controlados por Israel e entravam em solo israelita.
Além de terem provocado milhares de mortes, os palestinianos fizeram mais de 200 reféns.
O primeiro-ministro israelita reagiu rapidamente e declarou “guerra” ao Hamas.
“Estamos em guerra. Não numa operação. Não são rondas de combates. É uma guerra”, disse Benjamin Netanyahu.
Ao minuto
Atualizado a 9 de jun de 2024 | 23:03
Israel bombardeia “esquadrão terrorista” no sul do Líbano
As Forças Armadas israelitas informaram hoje ter bombardeado novas posições do Hezbollah no sul do Líbano, ao atacarem um “esquadrão terrorista” que lançava projéteis contra aviões israelitas que sobrevoam habitualmente a zona.
“As Forças de defesa de Israel eliminaram um esquadrão terrorista que lançava mísseis antiaéreos contra aviões de combate que operavam nos céus libaneses”, indica o comunicado militar difundido nas redes sociais.
Os projéteis foram lançados na manhã de hoje, mas os aviões “não estiveram em perigo e sem existência de vítimas”. Pouco depois, um avião militar atacou a zona de Tsur e “eliminou um esquadrão terrorista que efetuava os lançamentos”.
Netanyahu exorta Gantz a não “abandonar” a batalha
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, exortou hoje o centrista Benny Gantz, que se demitiu do gabinete de guerra israelita, a não “abandonar a batalha”.
“Israel está envolvido numa guerra existencial em várias frentes. Benny, não é o momento de abandonar a batalha, é o momento de unir forças”, declarou Netanyahu na rede social X, minutos após ter sido anunciada a demissão de Benny Gantz.
Netanyahu afirmou que as portas continuam abertas a “qualquer partido sionista” que queira colaborar na derrota dos “inimigos e garantir a segurança” dos cidadãos de Israel.
Ministro de extrema direita exige entrar no gabinete de guerra
O ministro israelita da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, líder do partido de extrema-direita Força Judaica, exigiu hoje entrar no gabinete de guerra de Israel, na sequência da demissão de Benny Gantz.
“Como ministro, líder de um partido e principal aliado da coligação, exijo ser incluído neste gabinete para ser associado à política de segurança de Israel”, disse Ben Gvir, membro do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, na sua conta da rede social Telegram.
Benny Gantz, membro do gabinete de guerra israelita liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, anunciou hoje a demissão do governo, depois de ter lançado um ultimato ao seu rival sobre a situação pós-guerra em Gaza.
19:02 | 09/06
Correio da Manhã
Ministro do gabinete de guerra de Israel demite-se
O ministro israelita Benny Gantz anunciou a sua demissão do governo de emergência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, este domingo, avança a Reuters.
Mais de 37 mil mortos em Gaza desde o início da guerra e 274 durante operação de resgate
O número de mortos na Faixa de Gaza já ultrapassa os 37 mil desde o início da guerra, tendo-se registado, até ao momento, 274 vítimas na operação de resgate israelita, que levou à libertação de quatro reféns.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, o número de mortos durante a operação de resgate israelita no campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, que permitiu a libertação de quatro reféns, este sábado, subiu para 274.
Com estes números, as vítimas mortais desde o início do conflito sobe para 37.084 em Gaza, acrescenta a mesma fonte.
Papa pede que seja permitido o envio de ajuda humanitária a Gaza
O Papa Francisco pediu este domingo que seja permitido o envio de ajuda humanitária a Gaza, apelando para que a comunidade internacional tome medidas urgentes para ajudar a população no enclave palestiniano.
“Encorajo a comunidade internacional a agir urgentemente por todos os meios para ajudar o povo de Gaza, devastado pela guerra”, disse Francisco durante a oração do Angelus, na praça de São Pedro, no Vaticano.
“A ajuda humanitária deve poder chegar a quem dela precisa e ninguém a pode impedir”, acrescentou o Papa, após oito meses de escassez de alimentos, água, medicamentos e suprimentos básicos que afetam o enclave palestiniano devido às restrições de acesso impostas por Israel.
EUA retomam entrega de ajuda humanitária a Gaza a partir de cais construído no Mar Mediterrâneo
O exército dos EUA anunciou a retoma da entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza a partir do cais construído no Mar Mediterrâneo, que tinha sido danificado por uma tempestade no final de maio.
O Comando Central do exército dos Estados Unidos (Centcom), responsável pelo Médio Oriente, disse que “começou a entregar ajuda humanitária em terra, em Gaza”, no sábado, por volta das 10:30 (07:30 em Lisboa).
“Um total de cerca de 492 toneladas de ajuda humanitária essencial foi entregue ao povo de Gaza”, anunciou o Centcom, na rede social X (antigo Twitter), na noite de sábado.
Sobe para 274 o número de vítimas mortais em bombardeamentos israelitas no centro de Gaza
Aumentou para 274 o número de vítimas mortais e 698 feridos da onda de bombardeamentos israelitas no centro de Gaza, principalmente, no campo de refugiados de Nuseirat, segundo o Governo do Hamas.
“Condenamos a agressão da ocupação ‘israelita’ contra civis, crianças e mulheres, e contra casas seguras no campo de Nuseirat e na província central, e responsabilizamos totalmente a ocupação e a administração norte-americana por este crime catastrófico em que foi derramado o sangue de dezenas de civis inocentes”, afirmou o executivo do Hamas.
Netanyahu considera libertação de reféns uma prova que Israel “não cede ao terrorismo”
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, saudou a operação que libertou quatro reféns israelitas em Gaza como prova de que Israel “não cede ao terrorismo”.
“Vocês provaram que Israel não cede ao terrorismo e agiram com criatividade e coragem ilimitadas para trazer os nossos reféns para casa”, disse Netanyahu às forças israelitas, de acordo com um comunicado do gabinete do primeiro-ministro.
Segundo a declaração, a partir da sala de supervisão das operações do exército israelita, Israel não desistirá até a missão estar cumprida e ter trazido “todos os reféns para casa, os vivos e os mortos”, refere a Agência France-Presse.
Bombardeamentos israelitas no centro de Gaza provoca pelo menos 40 mortos
Os ataques concentraram-se em Nuseirat, palco de uma operação do exército israelita que resultou no resgate de quatro reféns vivos nas mãos de milícias palestinianas.
O balanço provisório foi divulgado após recolha junto de fontes médicas palestinianas e publicado pela agência noticiosa oficial palestiniana Wafa.
12:02 | 08/06
Correio da Manhã
Israel resgata quatro reféns do Hamas em Gaza
As forças de defesa israelitas resgataram este sábado, quatro reféns em Gaza, levados pelo Hamas durante ataque ao Festival de Música Nova, a 7 de outubro, avança o ‘Jerusalem Post‘.
Os reféns foram resgatados pelo Shin Bet e por combatentes do Yamam numa operação conjunta em Nuseirat.
Hamas e Jihad Islâmica adicionados a “lista da vergonha” da ONU
Os movimentos armados palestinianos Hamas e Jihad Islâmica vão ser adicionados à “lista da vergonha” da ONU sobre os direitos das crianças nos conflitos, que será divulgada a 18 de junho, indicou hoje uma fonte diplomática.
Horas antes, o embaixador israelita na ONU anunciou ter sido notificado de que o Exército israelita fora incluído no anexo do relatório anual do secretário-geral da ONU sobre violações dos direitos das crianças em cerca de 20 zonas de conflito em todo o mundo.
A pedido do Conselho de Segurança, o secretário-geral da ONU divulga todos os anos um relatório que enumera as violações dos direitos das crianças em zonas de conflito de todo o mundo, com um anexo em que identifica os responsáveis por essas violações, que incluem crianças mortas e mutiladas, recrutadas, sequestradas e vítimas de violência sexual.
Israel diz ter visado base do Hamas em ataque condenado por Egito e Qatar
O Exército israelita revelou esta sexta-feira a identidade de oito supostos combatentes do Hamas e Jihad Islâmica que morreram num ataque contra uma “base” que funcionaria numa escola da agência da ONU UNRWA, condenado por Egito e Qatar.
“A direção de informações das Forças de Defesa de Israel e o Shin Bet confirmaram as identidades de mais oito terroristas que foram eliminados num ataque preciso contra uma base de operações numa escola da UNRWA [Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina] em Nuseirat na manhã de quinta-feira”, indicou o Exército israelita.
Um dos militantes participou dos ataques de 07 de outubro perpetrados por Hamas e Jihad Islâmica contra comunidades do sul de Israel, acrescentou.
Blinken anuncia nova viagem à região para promover proposta de cessar-fogo
O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken desloca-se na próxima semana ao Médio Oriente para promover uma proposta de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, anunciou esta sexta-feira o Departamento de Estado.
Blinken, que efetua a sua oitava visita à região desde o início do atual conflito israelo-palestiniano em 07 de outubro, irá manter contactos em Israel, Egito, Qatar e Jordânia entre 10 e 12 de junho, precisou o seu ministério.
“Vai discutir com os seus parceiros a necessidade de chegar a um acordo de cessar-fogo que garanta a libertação de todos os reféns”, indicou em comunicado o porta-voz do Departamento de Estado.
Netanyahu diz que exército israelita é “o mais moral do mundo”
O primeiro-ministro israelita afirmou esta sexta-feira que o exército de Israel é “o mais moral do mundo”, classificando de “delirante” a decisão das Nações Unidas de as colocar na “lista negra” sobre direitos das crianças em conflitos.
“A ONU colocou-se hoje na lista negra da história quando se juntou aos apoiantes dos assassinos do Hamas”, disse Benjamin Netanyahu, na rede social X, depois de Israel ter sido notificado da decisão.
As Forças de Defesa de Israel (FDI), acrescentou, são “o exército mais moral do mundo e nenhuma decisão delirante da ONU mudará isso”.
ONU inclui Exército de Israel na “lista negra” de entidades que punem crianças
As Nações Unidas decidiram esta sexta-feira incluir o Exército de Israel numa “lista negra” de países e entidades acusados de punir a população infantil em zonas de conflito, segundo confirmou o representante israelita na ONU, Gilad Erdan.
O diplomata israelita declarou-se “profundamente consternado e repugnado” pela decisão “imoral” adotada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, num vídeo difundido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e que revela uma suposta conversa entre ambos.
“Quem deve acabar numa lista negra é o secretário-geral, cuja decisão, desde que começou a guerra e mesmo antes, incentiva os terroristas do Hamas a usar as crianças”, acrescentou.
António Guterres alerta para conflito regional face a tensões entre Israel e Líbano
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para o risco de “um conflito mais amplo com consequências devastadoras para a região” e pediu o fim das hostilidades entre Israel e o Líbano.
“À medida que as trocas de tiros continuam em torno da Linha Azul [da linha de demarcação estabelecida pela ONU entre Israel e o Líbano], o secretário-geral apela mais uma vez às partes para um cessar-fogo urgente”, disse o porta-voz de Guterres.
“Estas trocas de tiros podem desencadear um conflito mais amplo com consequências devastadoras para a região”, sublinhou Stéphane Dujarric, num comunicado divulgado na quinta-feira.
Hospital revê em baixa número de mulheres e crianças mortos no ataque a escola de Gaza
O hospital para onde foram transportados os corpos das vítimas do ataque israelita contra uma escola das Nações Unidas na Faixa de Gaza reviu esta quinta-feira em baixa o número de mulheres e crianças entre os mortos.
O Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, localizado em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, enclave controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas, tinha adiantado inicialmente que nove mulheres e 14 crianças estavam entre as 33 pessoas mortas no ataque.
A morgue do hospital alterou posteriormente esses registos, indicando que entre os mortos do ataque à escola da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA), transformada em abrigo, estão três mulheres, nove crianças e 21 homens, noticiou a agência Associated Press (AP).
Guterres condena ataque israelita a escola em Gaza com preço “horrendo” para civis
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou esta quinta-feira o ataque de Israel a uma escola da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA), frisando tratar-se de um “exemplo horrendo” do que os civis passam em Gaza.
“Este é apenas mais um exemplo horrendo do preço que os civis palestinianos estão a pagar (…) homens, mulheres e crianças que estão apenas a tentar sobreviver, que estão a ser forçados a mover-se numa espécie de círculo de morte em torno de Gaza, tentando encontrar segurança”, disse Stéphane Dujarric, porta-voz de António Guterres, num ‘briefing’ à imprensa, em Nova Iorque.
Questionado sobre se António Guterres condenava o ataque, ocorrido hoje de madrugada na região de Nusseirat e que matou cerca de 40 pessoas, incluindo 14 crianças, Dujarric respondeu: “Claro que condena”.
Israel publica nomes de milicianos mortos no ataque a escola em Gaza
As forças israelitas divulgaram esta quinta-feira os nomes de nove altos responsáveis do Hamas e Jihad Islâmica alegadamente mortos no ataque de Israel contra uma escola da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA).
“Alguns destes terroristas participaram no ataque de 07 de outubro e planeavam ataques iminentes a partir daquela escola da UNRWA”, frisou Daniel Hagari, o principal porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), durante numa videoconferência.
Daniel Hagari insistiu que o ataque executado na quarta-feira à noite foi dirigido “contra três salas” desta escola, onde disse estarem entre 20 e 30 milicianos escondidos.
Pelo menos quatro palestinianos mortos por fogo israelita na Cisjordânia
O Ministério da Saúde palestiniano denunciou esta quinta-feira a morte de pelo menos três palestinianos numa nova incursão militar israelita no campo de refugiados e na cidade de Jenin, norte da Cisjordânia.
Pelo menos 204 palestinianos já foram mortos nesta região desde o início de 2024, no decurso de operações militares do Exército ou em ataques de colonos judaicos.
Outras seis pessoas ficaram feridas, também por disparos israelitas, uma em estado grave, sendo transferidas para um hospital local, informou o ministério palestiniano.
Netanyahu recusa que pressão internacional altere rumo da guerra
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou esta quinta-feira que a pressão internacional influencie as operações militares de Israel, falando após uma reunião para avaliar a situação de segurança do país.
Num comunicado do gabinete do chefe de Governo israelita, Netanyahu reconheceu que o esforço militar “está a ser realizado no meio de uma complicada pressão internacional”, mas assegurou que não será essa pressão que irá alterar a estratégia de guerra contra o grupo islamita Hamas.
“Posso garantir uma coisa: não será por isso que vamos mudar esta realidade”, disse Netanyahu, referindo-se ao combate contra o Hamas na Faixa de Gaza, desencadeado após o ataque deste movimento extremista em território israelita a 07 de outubro.
Hezbollah dispara mísseis antiaéreos contra caças israelitas
O Hezbollah disparou mísseis antiaéreos contra aviões de combate israelitas, adiantou esta quinta-feira o grupo xiita libanês, sem confirmar se atingiu algum alvo, mas denunciando que os caças quebraram a barreira do som em vários pontos do espaço aéreo libanês.
“Os combatentes da Resistência Islâmica lançaram mísseis antiaéreos contra aviões de combate inimigos que romperam os nossos céus e quebraram a barreira do som numa tentativa de aterrorizar as crianças”, sublinhou o movimento, em comunicado.
A Agência Nacional de Notícias do Líbano (ANN) noticiou esta quinta-feira que aviões pertencentes ao Estado judeu sobrevoaram o sul do país a baixa altitude e quebraram a barreira do som “em intervalos diferentes”.
Navio com armas recusado por Espanha fez escala em Cabo Verde
Um navio cuja escala foi recusada por Espanha por transportar armas para Israel, abasteceu-se de combustível, antes, em Cabo Verde, confirmaram as autoridades portuárias do arquipélago, em resposta ao semanário A Nação, publicada hoje.
“O navio Marianne Danica, com bandeira dinamarquesa (Estado-membro da União Europeia), aportou no Porto Grande no dia 13 de maio pelas 07:00 (09:00 em Lisboa), para efeitos de abastecimento de combustível, tendo saído pelas 15h00 (17h00 em Lisboa) do mesmo dia”, lê-se num esclarecimento da Empresa de Portos de Cabo Verde (Enapor).
A documentação indicava que o navio era proveniente de Chennai, Índia, e tinha como destino Cartagena, Espanha, e não havia “quaisquer dados, informações ou referências oficiais” a Israel, acrescentou.
Hamas quer proposta de trégua clara e sem margem para interpretações
O Hamas informou os mediadores que a proposta de trégua divulgada no final de maio pelo Presidente dos Estados Unidos deve ser clara e sem margem para interpretações, disse esta quinta-feira uma fonte do grupo islamita.
As ideias devem ser “transcritas numa linguagem clara e os mecanismos de implementação [do acordo] devem ser simples e sem margem para interpretações”, afirmou a fonte, que falou à agência espanhola EFE na condição de não ser identificada.
O Hamas apelou também ao Egito, ao Qatar e aos Estados Unidos para que incluam na proposta a aprovação pública e a assinatura do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Portugal entre 17 países que apelam para libertação dos reféns detidos em Gaza
Os líderes de 17 países, incluindo Portugal e Brasil, apelaram esta quinta-feira ao Hamas para que aceite o acordo de cessar-fogo anunciado pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e liberte os reféns detidos em Gaza.
“Não há tempo a perder. Apelamos ao Hamas para que feche este acordo, com o qual Israel está pronto para avançar, e inicie o processo de libertação dos nossos cidadãos”, disseram numa declaração conjunta divulgada em Londres e Washington.
A declaração conjunta é assinada por Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Bulgária, Canadá, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Polónia, Portugal, Reino Unido, Roménia, Sérvia e Tailândia.
Pelo menos 40 mortos e 73 feridos no ataque que atingiu escola da ONU em Gaza
O Gabinete de imprensa do governo de Gaza dirigido pelo Hamas indicou que 40 pessoas foram mortas e 73 ficaram feridas na sequência de um ataque israelita que atingiu uma escola da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA). Entre as vítimas mortais estão 14 crianças e 9 mulheres.
“Os aviões de guerra do exército (…) efetuaram um ataque preciso contra uma base do Hamas no interior de uma escola da UNRWA na região de Nusseirat” esta madrugada, declarou o exército israelita em comunicado, referindo que “vários terroristas foram mortos”.
“Os terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica, pertencentes às forças de Nukhba, que participaram no ataque mortal às comunidades do sul de Israel em 7 de outubro, operavam no complexo. Os terroristas dirigiam a campanha de terror a partir da zona da escola, explorando-a e utilizando-a como abrigo”, acrescentou o exército israelita.
O número anterior de mortos, indicado pelo gabinete de imprensa do Hamas, era de 27.
Benjamin Netanyahu garante que “toda Jerusalém” será de Israel “para sempre”
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, frisou esta quarta-feira que “toda Jerusalém” será de Israel “para sempre”, e comparou a atual guerra em Gaza com a Guerra dos Seis Dias de 1967, quando Israel ocupou a metade oriental daquela cidade.
“Cinquenta e sete anos se passaram desde a Guerra dos Seis Dias e estamos mais uma vez na tempestade da guerra. Atacaram-nos em diferentes frentes e o mesmo fazem os nossos inimigos hoje”, frisou o chefe do Governo israelita, numa mensagem nas redes sociais.
Netanyahu falava por ocasião do “Dia de Jerusalém”, que marca a captura de Jerusalém Oriental por Israel, incluindo a Cidade Velha e os seus locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos, durante a guerra de 1967 no Médio Oriente.
Eslovénia e Palestina estabelecem relações diplomáticas
A Eslovénia e a Palestina estabeleceram esta quarta-feira formalmente relações diplomáticas, depois de o país adriático ter reconhecido na terça-feira o estado palestiniano.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Eslovénia, Tanja Fajon, entregou uma declaração sobre o reconhecimento e o estabelecimento de relações entre os dois países ao embaixador palestiniano, Salah Abdel-Shafi, informou a agência noticiosa eslovena STA.
“A Eslovénia insistirá para que continuemos a pressionar Israel e a comunidade internacional para um cessar-fogo permanente em Gaza o mais rapidamente possível”, disse a ministra eslovena, numa referência à guerra que se prolonga há quase oito meses entre as forças de Telavive e o grupo islamita palestiniano Hamas.
Ministro israelita Benny Gantz acentua críticas ao primeiro-ministro
O ministro do Gabinete de Guerra israelita Benny Gantz escalou esta quarta-feira as críticas ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, por não se ter reunido com o presidente da Câmara de Kiryat Shmona, na fronteira com o Líbano.
“Não se pode fazer considerações políticas em tempos de guerra”, lamentou Gantz – que integra o Gabinete israelita, mas que tem vindo a acentuar as divergências com Netanyahu – num comunicado no qual exige que o chefe de Governo telefone para o autarca, pedindo desculpas e convidando-o para uma reunião com a equipa de Governo, para abordar a situação dos moradores desta área.
O gabinete de Netanyahu respondeu a estas acusações e sublinhou que a visita do primeiro-ministro à fronteira a norte foi estritamente de natureza militar e para conhecer a situação de segurança nesta área.
Primeiro-ministro de Israel processa jornalistas por alegarem que tem cancro
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, processou esta quarta-feira dois jornalistas israelitas e um ativista por alegarem que sofre de cancro no pâncreas, acusando-os de difundirem mentiras e rumores contra si.
O chefe de Governo pede uma compensação financeira de até 500 mil shekels (cerca de 125 mil euros) por os visados terem divulgado “informações falsas e maliciosas”, segundo o texto da denúncia, que foi publicado nos meios de comunicação social israelitas.
O processo — que visa os jornalistas Uri Misgav e Ben Caspit e o ativista da oposição Gonen Ben Itzhak – acusa os três de terem divulgado que Netanyahu sofre de cancro no pâncreas e que não está qualificado para ocupar o seu cargo, o que os advogados do primeiro-ministro classificam como “mentiras e falsidades.”
“O primeiro-ministro é uma pessoa perfeitamente saudável para a sua idade”, assegura o texto da denúncia.
A saúde de Netanyahu, de 74 anos, tem sido discutida com frequência em peças nos ‘media’ israelitas.
Em abril, Netanyahu foi submetido a uma cirurgia de hérnia, com sucesso, e em julho do ano passado foi submetido a uma cirurgia para implante de um ‘pace-maker’, após ter registado um problema cardíaco, após sofrer um desmaio.
Mais de 50% dos habitantes de Gaza podem enfrentrar morte e fome até julho
Mais de metade da população da Faixa de Gaza poderá enfrentar a morte e a fome “até meados de julho”, e em 21 países a insegurança alimentar aguda poderá deteriorar-se, segundo um relatório das Nações Unidas esta quarta-feira publicado.
Países do G7 envidarão esforços para utilizar ativos russos congelados
A Casa Branca anunciou esta terça-feira que o Presidente Joe Biden, juntamente com os restantes países do G-7, vai “envidar esforços” para utilizar os bens russos congelados para ajudar a Ucrânia, na cimeira prevista para a próxima semana, em Itália.
“Os líderes do G-7 vão envidar esforços para utilizar os ativos soberanos congelados da Rússia para ajudar a Ucrânia, bem como em ações para continuar a impor custos à Rússia e àqueles que apoiam o esforço de guerra da Rússia”, adianta a Casa Branca em comunicado.
De acordo com a administração norte-americana, o G-7 vai abordar o seu “apoio inabalável” à Ucrânia face à invasão russa desencadeada no final de fevereiro de 2022, bem como uma série de outras questões “prementes” a nível internacional, como o apoio aos países em desenvolvimento, o reforço da segurança alimentar e o financiamento da saúde.
Há meses que os Estados Unidos fazem pressão para desbloquear os cerca de 260 mil milhões de euros de fundos do Banco Central da Rússia, a maior parte dos quais estão bloqueados na Europa, uma questão que Washington reconheceu que espera resolver na reunião do G7 em Itália, nos dias 13 e 14 de junho.
Devido a preocupações de ordem jurídica e ao receio de medidas de retaliação por parte da Rússia, vários países estão a mostrar contenção relativamente à utilização dos ativos russos, como é o caso da União Europeia, que até agora só conseguiu chegar a acordo sobre a transferência para a Ucrânia do rendimento dos juros dos ativos russos congelados.
Eslovénia é o mais recente país a reconhecer Estado da Palestina
A Eslovénia reconheceu esta terça-feira oficialmente o Estado da Palestina, depois do Parlamento ter votado a favor da medida, seguindo os passos de três outros países europeus, Espanha, Noruega e Irlanda.
O Governo da Eslovénia tinha aprovado, na semana passada, uma moção para reconhecer um Estado palestiniano e enviou a proposta ao Parlamento para aprovação final, necessária para que a decisão entrasse em vigor.
O Parlamento aprovou hoje a proposta com 52 votos a favor e nenhum contra, numa câmara de 90 lugares. Os restantes deputados não estiveram presentes para a votação.
Biden sugere que Netanyahu trave guerra para sobrevivência política
O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse esta terça-feira que há “todos os motivos” para concluir que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está a prolongar a guerra na Faixa de Gaza para a sua própria sobrevivência política.
Em entrevista divulgada hoje pela revista Time, o líder democrata, cujas relações com Netanyahu se degradaram nos últimos meses, afirmou que tem um “grande desacordo” com o chefe do Governo israelita sobre o pós-guerra no território palestiniano e considerou que Israel se comportou de modo impróprio no conflito.
Questionado se acreditava que o primeiro-ministro israelita estava a prolongar a guerra em prol dos seus próprios interesses políticos, numa fase em que enfrenta ameaças à unidade do seu executivo por parte da fação radical, o Presidente norte-americano respondeu que “há todos os motivos para as pessoas tirarem essa conclusão”.
EUA querem que Conselho de Segurança da ONU apoio plano de paz em Gaza
Os Estados Unidos vão apresentar um projeto de resolução no Conselho de Segurança da ONU para apoiar o acordo de cessar-fogo em Gaza, apresentado pelo Presidente Joe Biden, e apelar ao Hamas para que o aceite.
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, adiantou na segunda-feira, em comunicado, que os norte-americanos “distribuíram um novo projeto de resolução do Conselho de Segurança que apoia a proposta em cima da mesa para parar os combates em Gaza através de um acordo sobre um cessar-fogo e a libertação dos reféns”.
“Muitos líderes e governos, inclusive na região, apoiaram este plano e apelamos ao Conselho de Segurança para se juntar a eles no apelo à implementação deste plano sem demora e sem novas condições”, sublinhou.
G7 apoia plano de paz divulgado por Biden e insta Hamas a aceitar proposta
O países do G7 manifestaram esta segunda-feira “apoio total” ao plano de cessar-fogo para a Faixa de Gaza, apresentado pelo Presidente dos EUA Joe Biden, e instaram o movimento islamita palestiniano Hamas a aceitar a proposta.
Em comunicado divulgado pela Itália, que ocupa a presidência rotativa do G7, o grupo dos países mais industrializados do mundo, estas nações sublinharam o “apoio total” ao plano.
“Levaria a um cessar-fogo imediato em Gaza, à libertação de todos os reféns, um aumento significativo e de longo prazo na ajuda humanitária distribuída a Gaza e um fim duradouro para a crise, garantindo os interesses de segurança de Israel e a segurança dos civis de Gaza”, pode ler-se.
EUA defendem plano de trégua em Gaza apesar das críticas israelitas
O Governo norte-americano defendeu esta segunda-feira a proposta anunciada pelo Presidente Joe Biden para um acordo de cessar-fogo em Gaza em troca da libertação dos reféns capturados pelo Hamas, que tem sido criticada por membros do executivo do primeiro-ministro israelita.
O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, sublinhou hoje, em conferência de imprensa, que um “conflito interminável em Gaza em perseguição de algum tipo de vitória total não tornará Israel mais seguro”.
Para Miller, o prolongar da guerra na Faixa de Gaza irá exacerbar as tensões na Cisjordânia ocupada e na fronteira com o Líbano.
Sistema humanitário atingiu em Gaza nível inédito de stress
As Nações Unidas (ONU) indicaram esta segunda-feira que o sistema humanitário atingiu “um nível de desafio e stress” em Gaza nunca antes verificado no mundo, assegurando que permanecerão no enclave palestiniano, sob invasão israelita, para acudir à população.
Num ‘briefing’ à imprensa sobre a situação no enclave palestiniano, o chefe do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) no Território Palestiniano Ocupado, Andrea De Domenico, apresentou detalhes da situação em Gaza, após ter passado as últimas três semanas na Faixa destruída pela guerra.
“Honestamente, penso que a ONU não ficaria num lugar como este em nenhum outro lugar do mundo, nas condições que estamos a viver em Gaza, se não fosse pelo facto de Gaza ser o único lugar de onde as pessoas não podem fugir”, afirmou Domenico.
Palestina pede para se juntar no Tribunal Internacional de Justiça a ação sul-africana que acusa Israel de genocídio
As autoridades palestinianas pediram, em nome do “Estado da Palestina”, ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), autorização para se juntarem ao processo da África do Sul que acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza.
Hoje divulgado, o pedido à mais alta instância judicial da ONU argumenta que a operação militar de Israel em curso naquele território palestiniano faz “parte de um esforço sistemático para apagar do mapa a sociedade palestiniana” e é assinado pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros para os Assuntos Multilaterais da Autoridade Palestiniana, Ammar Hijazi.
A África do Sul apresentou o seu caso ao TIJ no final do ano passado, acusando Israel de violar a Convenção sobre Genocídio na sua ofensiva militar que destruiu grandes áreas de Gaza. Israel nega estar a cometer genocídio na sua operação para eliminar o movimento islamita palestiniano Hamas, desencadeada pelo ataque sem precedentes daquele grupo a território israelita a 07 de outubro de 2023.
Países árabes dispostos a tratar “positivamente” plano sobre trégua em Gaza
A Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU), Qatar e Egito comprometeram-se esta segunda-feira a “tratar com seriedade e positivamente” o plano destinado a garantir uma trégua na Faixa de Gaza anunciado na sexta-feira pelo Presidente dos EUA, Joe Biden.
Os ministros destes países mantiveram hoje uma reunião em formato virtual para analisar a proposta — que inclui a libertação dos reféns na posse do Hamas e a libertação de prisioneiros palestinianos detidos por Israel — e sublinharam a necessidade de abordá-la “com seriedade e positivamente” para garantir um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza e o envio de ajuda humanitária para a população, segundo um comunicado conjunto.
Os responsáveis pela política externa dos quatro países árabes salientaram a “urgência de terminar com a agressão contra Gaza e o fim da catástrofe humanitária que está a provocar”, e a necessidade de permitir o regresso dos deslocados e “a retirada total das forças de ocupação israelitas do enclave”.
Dois palestinianos mortos e pelo menos 9 feridos em incursão militar israelita na Cisjordânia
Dois palestinianos foram esta segunda-feira mortos e pelo menos nove ficaram feridos, incluindo duas crianças, numa incursão armada israelita em Nablus (norte da Cisjordânia ocupada), confirmou o Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestiniana.
Segundo o organismo da ANP, foram mortos Adam Salah al Din Mansur Farrah, combatente das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, de 23 anos, e Moataz Khaled Sadiq Nabulsi, de 28 anos.
Por sua vez, o Crescente Vermelho palestiniano referiu-se a “vários feridos graves”, para além de um morto. Entre os feridos, uma criança de dois anos atingida no peito, outra de 13 anos num pé, um jovem de 18 anos com um impacto no ombro, dois homens de 53 e 25 anos, foram feridos no braço, e outro de 42 anos com uma bala na bacia.
19:00 | 03/06
Correio da Manhã
Israel anuncia morte de mais quatro reféns do Hamas em Gaza
As Forças Armadas israelitas anunciaram, esta segunda-feira, a morte de mais quatro reféns detidos em Gaza.
De acordo com a Reuters, as circunstâncias da morte estão a ser investigadas.
Dois combatentes do Hezbollah mortos em ataque israelita no Líbano
Dois combatentes do Hezbollah foram mortos esta segunda-feira em ataques com ‘drones’ israelitas contra os veículos em que seguiam no sul do Líbano, segundo a imprensa estatal e o grupo xiita libanês.
A agência de notícias oficial ANI informou que os combatentes do Hezbollah foram mortos em ataques separados com ‘drones’ em duas cidades no sul do Líbano, Naqoura e Zrariye.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro, o Hezbollah tem trocado tiros regularmente com o Exército israelita, em apoio ao seu aliado da Palestina.
Moção da oposição conservadora eslovena adia reconhecimento da Palestina
A oposição conservadora na Eslovénia apresentou uma moção para impedir a votação parlamentar sobre o reconhecimento oficial do Estado da Palestina, marcada para terça-feira, informou esta segunda-feira uma porta-voz do parlamento.
O Partido Democrático Esloveno (SDS), liderado pelo ex-primeiro-ministro Janez Jansa, apela à realização de um referendo consultivo sobre o decreto de reconhecimento, atrasando assim a votação em pelo menos um mês.
O parlamento esloveno deve agora votar esta proposta na sua próxima sessão, que apenas acontece no dia 17 de junho e, caso seja rejeitada – o que é muito provável – poderá retomar o processo normal de votação sobre o Estado da Palestina, em princípio, no dia 8 de julho.
Pelo menos 20 mortos em ataques de Israel no sul e centro de Gaza
Mais de 20 habitantes de Gaza, incluindo três crianças, foram mortos esta segunda-feira de madrugada em Khan Younis, no sul e no centro do enclave palestiniano, durante ataques aéreos israelitas.
Pelo menos 10 pessoas, incluindo três crianças, foram mortas e outras ficaram feridas, informaram hoje fontes médicas de Gaza, em bombardeamentos israelitas contra duas casas na zona de Rumaydah, a leste da cidade de Khan Younis.
Dois outros cidadãos palestinianos foram mortos em bombardeamentos israelitas contra uma casa pertencente à família Abu Jater, também em Khan Younis, segundo a agência noticiosa palestiniana Wafa, que também relatou uma incursão militar perto de um hospital da mesma zona.
08:07 | 03/06
Correio da Manhã
Encontrado morto israelita desaparecido desde o primeiro ataque do Hamas ao Kibutz Nir Oz
Dolev Yehud, um israelita desaparecido e refém levado para a Faixa de Gaza no primeiro ataque do Hamas a 7 de outubro, foi encontrado morto na aldeia onde vivia, segundo a imprensa de Israel, citada pela Reuters.
De acordo com o exército israelita, Dolev Yehud foi morto pelo Hamas durante o ataque ao Kibutz Nir Oz.
Blinken diz que cabe ao Hamas aceitar cessar-fogo em Gaza
O chefe da diplomacia dos EUA disse que cabe ao movimento islamita palestiniano Hamas aceitar uma “proposta para alcançar um cessar-fogo total” em Gaza e “elogiou a disponibilidade de Israel para chegar a um acordo”.
O Departamento de Estado norte-americano indicou, em comunicado, que as declarações de Antony Blinken surgiram no domingo, durante uma conversa telefónica com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.
Blinken e Gallant falaram sobre a proposta de Washington para “garantir a libertação de todos os reféns e aumentar a assistência humanitária em toda a Gaza”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, no comunicado.
Brasil “indignado” com ferimento de 3 cidadãos em ataque de Israel no Líbano
O Governo do Brasil reagiu este domingo com “indignação” ao ferimento de três cidadãos brasileiros num bombardeamento no sul do Líbano atribuído a Israel.
Segundo nota do Ministério dos Negócios Estrangeiro brasileiro, o bombardeamento ocorreu no quadro da escalada de hostilidades entre as Forças de Defesa israelitas e o grupo xiita pró-iraniano Hezbollah, que opera a partir do sul do Líbano.
O comunicado acrescenta que os três brasileiros feridos foram internados num hospital da cidade libanesa de Tiro, mas não detalha o seu estado de saúde.
Israel avalia governo alternativo ao Hamas em Gaza
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, afirmou este domingo, num encontro com tropas destacadas na Faixa de Gaza, que Telavive está “a avaliar um governo alternativo ao Hamas” após a guerra no enclave palestiniano.
“Isolaremos áreas [em Gaza], expulsaremos membros do Hamas dessas áreas e vamos trazer outras forças que permitirão a formação de um governo alternativo”, disse Gallant sem dar mais detalhes, mas referindo-se a essa liderança como uma “alternativa que ameace” o grupo islamita palestiniano, no poder no território desde 2007.
Além disso, Gallant assinalou que o ataque terrestre e aéreo a Rafah, no sul do enclave, serviu para destruir as estradas que ligam a Faixa de Gaza ao Egito, que alegou que são utilizadas para o contrabando de armas, o que ajudará a impedir a recuperação do Hamas.
Egito mantém recusa de controlo da fronteira de Rafah (Gaza) por Israel
O Egito reiterou este domingo a recusa do controlo por Israel do lado palestiniano da passagem fronteiriça de Rafah, segundo um alto funcionário citado pela Al-Qahera News.
O Egito reuniu-se este domingo, no Cairo, com responsáveis israelitas e norte-americanos para discutirem a reabertura do posto fronteiriço de Rafah, crucial para a entrada de ajuda humanitária em Gaza, noticiou a imprensa egípcia, sem especificar se foi alcançado um acordo, refere a agência France-Presse.
Segundo a Al-Qahera News, canal de televisão próximo dos serviços secretos egípcios, o Cairo voltou a recusar aceitar que o lado palestiniano da passagem de Rafah seja controlado por Israel.
Hezbollah reivindica ataques contra base militar no norte de Israel
O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou este domingo ataques com foguetes ‘Katyusha’ contra uma base militar no norte de Israel, em resposta a bombardeamentos israelitas no interior do Líbano, no quadro das hostilidades fronteiriças entre as duas partes.
“Os combatentes da resistência islâmica bombardearam, com dois ataques sucessivos, o quartel-general da 210.ª Divisão de Golã, no quartel de Nafah, com dezenas de foguetes ‘Katyusha'”, afirmou em comunicado o movimento aliado do Irão.
A formação armada libanesa indicou que esta ação foi realizada em apoio aos palestinianos na Faixa de Gaza e “em resposta ao ataque do inimigo israelita contra a região de Bekaa”, no leste do Líbano, onde Israel intensificou as suas ações nas últimas semanas.
Israel mantém ofensiva em Rafah apesar dos apelos para uma trégua
Israel prosseguiu este domingo com bombardeamentos em várias zonas da Faixa de Gaza, incluindo Rafah, um dia depois de apelos dos mediadores internacionais para que finalizasse um acordo de cessar-fogo com o grupo extremista palestiniano Hamas.
Nas últimas 24 horas, 60 pessoas morreram na ofensiva israelita em Gaza, elevando para 36.439 o número de mortos no território palestiniano em quase oito meses de guerra, segundo as autoridades do enclave governado pelo Hamas.
Apesar dos protestos da comunidade internacional, o exército israelita prossegue a ofensiva em Rafah (sul), lançada em 07 de maio para destruir os últimos batalhões do Hamas.
Maldivas proíbem entrada a cidadãos israelitas em apoio à Palestina
O governo do arquipélago das Maldivas anunciou este domingo a proibição da entrada no país de pessoas com passaporte israelita, numa demonstração de apoio à Palestina e apesar do pequeno número de visitantes israelitas.
“O Presidente [Mohamed] Muizzu sempre apoiou a Palestina contra as atrocidades desumanas cometidas por Israel”, declarou em conferência de imprensa Ali Ishan, ministro do Interior de um país onde 98% da população professa o Islão.
Ishan afirmou que o Conselho de Ministros decidiu “propor alterações à legislação para proibir a entrada nas Maldivas a cidadãos com passaporte israelita”.
Recuperados mais de 120 corpos dos escombros na Faixa de Gaza
As autoridades de Gaza recuperaram os corpos de mais de 120 palestinianos dos escombros do campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, disseram este domingo fontes médicas à agência espanhola EFE.
Os corpos foram recuperados depois de o exército israelita ter abandonado a cidade há dois dias, após um cerco militar que durou quase três semanas, segundo as mesmas fontes.
Os números foram confirmados por funcionários do hospital Kamal Adwan, cujas instalações foram fortemente atacadas pelas forças israelitas durante a operação no norte da Faixa de Gaza.
Presidente de Israel encoraja governo a fechar acordo com Hamas
O Presidente israelita, Isaac Herzog, encorajou este domingo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a finalizar um acordo de cessar-fogo com o grupo islamita Hamas que permita libertar os reféns que estão na Faixa de Gaza.
“Não devemos esquecer que, de acordo com a tradição judaica, não há maior mandamento do que resgatar cativos e reféns, especialmente quando são cidadãos israelitas que o Estado de Israel não foi capaz de defender”, disse Herzog numa conferência na Universidade Hebraica de Jerusalém.
Herzog agradeceu ao Presidente dos Estados Unidos o impulso para uma nova proposta de acordo, que Joe Biden anunciou na sexta-feira à noite, e “pelos esforços contínuos para conseguir a libertação de todos os reféns detidos pelo Hamas”.
Agência da ONU suspende operações em Rafah
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) suspendeu o trabalho em Rafah e mudou-se para a cidade de Khan Younis, também no sul da Faixa de Gaza.
A decisão foi anunciada no sábado à noite pelo chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, depois de o exército israelita ter entrado em Rafah.
“A UNRWA teve de interromper os serviços de saúde e outros serviços essenciais em Rafah”, disse Lazzarini nas redes sociais.
Fechou o único hospital que ainda funcionava em Rafah
O único hospital que restava em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, deixou de funcionar, ficando hospitais de campanha com serviços reduzidos na cidade sob ataques israelitas, informou este sábado a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O gabinete da organização para a Palestina confirmou, numa mensagem na rede social X, a cessação em 30 de maio da atividade da maternidade dos Emirados, a única unidade hospitalar que ficou em funcionamento após o encerramento, forçado pelos bombardeamentos de Israel, dos hospitais do Kuwait e de Al Najar.
“Dois hospitais de campanha estão operacionais na área costeira de Rafah (Al Mawasi), mas estão extremamente sobrecarregados, dada a escala das necessidades”, acrescentou a mesma fonte.
Egito, Qatar e EUA apelam a cessar-fogo Israel-Hamas em Gaza
O Egito, o Qatar e os Estados Unidos apelaram este sábado a Israel e ao grupo islamita Hamas para que finalizem um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e de libertação de reféns israelitas e prisioneiros palestinianos.
“Como mediadores nas negociações em curso para garantir um cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns e detidos, o Qatar, os Estados Unidos e o Egito apelam conjuntamente ao Hamas e a Israel para que finalizem o acordo com os princípios delineados pelo Presidente dos EUA, Joe Biden”, afirma a declaração conjunta partilhada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar na sua conta na rede social X.
Os mediadores afirmaram que “estes princípios reúnem as exigências de todas as partes envolvidas no acordo que serve múltiplos interesses e trará alívio imediato tanto para a população de Gaza afetada como para os reféns afetados e as suas famílias”.
Chile junta-se a denúncia da África do Sul contra Israel no TIJ
O Chile vai juntar-se à queixa apresentada pela África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) por “genocídio” dos palestinianos, anunciou este sábado o Presidente chileno, que exigiu “uma resposta firme da comunidade internacional”.
Gabriel Boric, que falava numa cerimónia de balanço das políticas públicas, denunciou ainda a invasão russa da Ucrânia e as violações dos direitos humanos na Nicarágua e na Venezuela.
“Estes atos exigem uma resposta forte da comunidade internacional”, disse o Presidente do Chile, afirmando que o seu país “nunca abandonará a sua vocação para o diálogo e o entendimento para garantir uma ordem global estável e pacífica”.
Israel reivindica eliminação de 4 combatentes do Hezbollah no Líbano
As Forças de Defesa de Israel (IDF) atacaram este sábado alvos no sul do Líbano, reivindicando a eliminação de quatro combatentes do Hezbollah, enquanto serviços de saúde ligados a este movimento palestiniano indicaram que 16 crianças ficaram feridas nos ataques.
As IDF informaram que a aviação israelita atacou “cerca de dez esquadrões terroristas” nas últimas 72 horas, incluindo mísseis terra-ar do sistema de defesa aérea do Hezbollah, “em resposta às tentativas da organização terrorista de atacar a liberdade de ação aérea” israelita.
Paralelamente, uma fonte do Comité Islâmico de Saúde, do Hezbollah, disse que “16 crianças com idades entre 4 e 14 anos foram levadas para o hospital devido a ferimentos que sofreram durante um ataque de um avião de guerra israelita a aldeias do sul do Líbano.
Extrema-direita ameaça deixar governo israelita se trégua em Gaza for aprovada
O ministro israelita Benny Gantz pediu hoje uma reunião “o mais brevemente possível” do Gabinete de Guerra para discutir a nova proposta de trégua com o Hamas, enquanto a extrema-direita ameaçou abandonar o governo caso a mesma seja aprovada.
Gantz, líder do partido Unidade Nacional – que se juntou ao Governo de emergência do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, após os ataques do Hamas de 07 de outubro – assegurou estar comprometido com o retorno dos reféns israelitas em Gaza, na posse do movimento islamita palestiniano Hamas.
“Estamos comprometidos em continuar a promover um acordo para recuperar os reféns, tal como foi formulado pela equipa negociadora e aprovado de maneira unânime pelo Gabinete de Guerra, como parte do objetivo global de alcançar todos as metas da guerra”, disse Gantz em comunicado.
Netanyahu aceita convite para discursar no Congresso dos EUA
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse este sábado que recebeu “encantado” o convite para discursar no Congresso norte-americano, em plena guerra entre o seu país e o movimento islamita palestiniano Hamas.
“Estou encantado com o privilégio de representar Israel perante as duas câmaras do Congresso e dizer-lhes a verdade sobre a nossa guerra justa contra aqueles que procuram matar-nos”, disse Netanyahu num breve comunicado.
Netanyahu será, segundo o seu gabinete, o primeiro líder estrangeiro a discursar nas duas câmaras do Congresso dos Estados Unidos pela quarta vez.
França e Reino Unido apoiam proposta para trégua na Faixa de Gaza
O Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, expressaram este sábado apoio à proposta em três fases para uma trégua na Faixa de Gaza, que prevê igualmente a libertação dos reféns em posse do grupo palestiniano Hamas.
Numa breve mensagem na sua conta X, Macron reagiu ao plano anunciado na sexta-feira pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, baseado numa iniciativa israelita, afirmando que a França “apoia a proposta dos Estados Unidos para um acordo global”.
Macron acrescentou que está a trabalhar “com os parceiros na região pela paz e segurança para todos”, numa alusão aos contactos com os mediadores do Qatar e do Egito.
Israel mantém destruição do Hamas como condição para uma trégua
Israel insistiu este sábado que as condições para um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza incluem a destruição do Hamas e a libertação de todos os reféns detidos, segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelita.
“De acordo com a proposta, Israel continuará a insistir para que estas condições sejam satisfeitas antes de ser posto em prática um cessar-fogo permanente”, disse o gabinete de Netanyahu, citado pela agência francesa AFP.
O comunicado foi divulgado um dia depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter apresentado um roteiro israelita para um cessar-fogo, quase oito meses após o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano.
Von der Leyen elogia proposta realista para cessar-fogo em Gaza
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou o roteiro “equilibrado e realista” para um cessar-fogo em Gaza, considerando a proposta apresentada esta sexta-feira pelo Presidente norte-americano Joe Biden “uma oportunidade real” para acabar com a guerra.
“Concordo plenamente com Biden que a última proposta oferece uma oportunidade real para avançar no sentido do fim da guerra e do sofrimento civil em Gaza”, sublinhou a presidente da Comissão Europeia, numa nota na rede social X.
Para Ursula von der Leyen, esta abordagem em três etapas “é equilibrada e realista e precisa agora do apoio de todas as partes”.
Guterres espera que roteiro para cessar-fogo leve a paz duradoura
O secretário-geral da ONU, António Guterres, realçou que “espera fervorosamente” que a proposta israelita para um cessar-fogo em Gaza, anunciada esta sexta-feira pelo Presidente dos Estados Unidos Joe Biden, resulte “num acordo entre as partes para uma paz duradoura”.
Numa breve declaração, Guterres lembrou que pede há meses três coisas: um cessar-fogo, acesso “pleno e irrestrito” à ajuda humanitária em Gaza e a libertação de todos os reféns detidos pelo Hamas.
Estes três objetivos defendidos por António Guterres estão, em teoria, incluídos na proposta israelita ao grupo palestiniano Hamas, apresentado esta sexta-feira por Biden.
UE apoia ‘roteiro’ para cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestaram esta sexta-feira o seu apoio ao ‘roteiro’ proposto por Israel para um cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns.
“O nosso total apoio ao roteiro para um cessar-fogo duradouro e a libertação de reféns que conduza à cessação permanente das hostilidades e à retirada das Forças de Defesa de Israel e ao início dos esforços de reconstrução”, sublinhou o diplomata espanhol, numa publicação na rede social X.
O comentário do alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança surgiu depois de o Presidente dos Estados Unidos Joe Biden ter anunciado esta sexta-feira um acordo em três fases proposto por Israel ao grupo palestiniano Hamas, que disse poder terminar a guerra na Faixa de Gaza e libertar os reféns que permanecem no enclave.
Hamas vê como positiva proposta de trégua apresentada pelos EUA
O movimento islamita palestiniano Hamas disse esta sexta-feira encarar positivamente a proposta de trégua anunciada pelo Presidente norte-americano sobre um “cessar-fogo definitivo, a retirada das forças israelitas da Faixa de Gaza, a reconstrução de Gaza e a troca de prisioneiros”.
Em comunicado, o grupo palestiniano disse estar disposto a lidar “de forma construtiva” com qualquer plano que inclua estes requisitos, isto pouco depois de Joe Biden ter anunciado, a partir da Casa Branca, um esboço de uma trégua faseada que permitiria a libertação dos reféns israelitas no enclave e, mais tarde, o fim das hostilidades.
O gabinete do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu confirmou que autorizou os seus negociadores a apresentarem um projeto de trégua para libertar os reféns, mas deixou claro que a guerra não terminará enquanto Israel não atingir o seu objetivo de eliminar as capacidades militares e governamentais do Hamas em Gaza.
Israel mata 18 membros do Hamas que coordenavam ataques na Cisjordânia
O serviço de segurança de Israel Shin Bet anunciou esta sexta-feira a morte de 18 membros de uma unidade do movimento islamita palestiniano Hamas que coordenou, a partir de Gaza, a realização de ataques contra alvos israelitas na Cisjordânia.
Entre os membros desta “célula do Hamas” mortos na sequência das operações israelitas lançadas no sul da Faixa de Gaza está Yassin Rabia, chefe da unidade, segundo informações recolhidas pelo jornal ‘The Times of Israel’, noticiou a agência Europa Press.
O Shin Bet indicou que Rabia morreu juntamente com outro membro importante do grupo num bombardeamento em Rafah, no início da semana, detalhando que dezenas de palestinianos que estavam na zona também morreram devido a um incêndio.
Israel afirma que nova proposta de trégua não impede eliminação do Hamas
O Governo israelita considerou que a sua nova proposta de trégua na Faixa de Gaza, anunciada esta sexta-feira pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, permitirá alcançar todos os seus objetivos militares, incluindo a eliminação das capacidades do grupo palestiniano Hamas.
Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que todo o Governo partilha o desejo de que os sequestrados em posse do Hamas regressem a casa o mais rapidamente possível e está a trabalhar para o conseguir.
“Portanto, o primeiro-ministro autorizou a equipa negocial a apresentar um esquema para atingir este objetivo, insistindo que a guerra não terminará até que todos os seus objetivos sejam alcançados”, declarou.
Biden anuncia proposta israelita em três fases para terminar conflito
O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou esta sexta-feira um acordo em três fases proposto por Israel ao grupo palestiniano Hamas, que disse poder terminar a guerra na Faixa de Gaza e libertar os reféns que permanecem no enclave.
O líder norte-americano, em declarações na Casa Branca, descreveu a proposta como “um roteiro para um cessar-fogo duradouro e a libertação de todos os reféns”.
Biden disse que a primeira fase do acordo duraria seis semanas e incluiria um “cessar-fogo total e completo”, a retirada das forças israelitas de todas as áreas povoadas da Faixa de Gaza e a libertação de vários reféns em posse do Hamas, incluindo mulheres, idosos e os feridos, em troca de centenas de prisioneiros palestinianos.
Biden diz que Hamas perdeu capacidade para novo grande ataque a Israel
O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse esta sexta-feira que o grupo palestiniano Hamas “já não consegue” realizar um novo ataque em grande escala contra Israel, insistindo na necessidade de uma trégua prolongada e da libertação de reféns.
Biden abordou a guerra entre Israel e o Hamas, que já dura há quase oito meses, enquanto os militares israelitas confirmaram esta sexta-feira que as suas forças estão agora a atuar em partes centrais de Rafah na sua ofensiva no sul da Faixa de Gaza.
“Este é realmente um momento decisivo”, disse Biden, citado pela agência Associated Press, ao falar sobre um acordo em três fases que as autoridades israelitas ofereceram ao Hamas.
Hamas divulga vídeo de propaganda usando voz de um dos reféns
O Hamas divulgou esta sexta-feira um vídeo de propaganda contra o Governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, no qual se ouve a voz de um dos reféns israelitas que ainda permanecem na Faixa de Gaza.
Embora o vídeo não a identifique, os familiares da refém confirmaram que se trata de Noa Argamani, de 26 anos, que foi sequestrada num festival de música durante os ataques de 7 de outubro de 2023.
Inicialmente, os familiares pediram aos meios de comunicação social que não reproduzissem o vídeo, no qual a jovem pode ser ouvida a pedir aos israelitas que se manifestassem em Telavive para exigir um acordo para a libertação dos reféns, mas posteriormente permitiram que o vídeo fosse divulgado.
Hezbollah dispara dezenas de foguetes contra Israel após ataque de ‘drone’
O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou hoje o ataque a três localidades do norte de Israel com “dezenas” de lança-foguetes, em resposta ao bombardeamento de um ‘drone’ israelita que atingiu uma ambulância no Líbano e matou um paramédico.
“Em resposta ao ataque contra a Proteção Civil na localidade de Naqoura [sul do Líbano], incluindo a sua ambulância e paramédicos (…), os combatentes da Resistência Islâmica atacaram com dezenas de lança-foguetes ‘Katyusha’ os colonatos de Gaaton, Ein Yaakov, e Yehiam”, indicou o movimento libanês em comunicado.
O bombardeamento com um ‘drone’ israelita atingiu hoje uma ambulância da Autoridade de Saúde Islâmica em Naqoura, provocando a morte de um paramédico que se encontrava no veículo e ferindo outro, indicou a agência noticiosa do Líbano (ANN).
Membro do gabinete de guerra de Israel pede dissolução do parlamento e eleições antecipadas
O partido de Benny Gantz, membro do gabinete de guerra de Israel, apresentou esta quinta-feira uma proposta para dissolver o parlamento israelita e convocar eleições antecipadas, noticiou a agência AFP.
A agência de notícias francesa cita um comunicado do partido União Nacional (centro-direita) indicando que “apresentou uma proposta de lei de dissolução do 25.º Knesset (parlamento), dando seguimento ao pedido do líder do partido, Benny Gants, feito no quadro de um largo acordo tendo em vista realizar eleições antes de outubro, um ano após o massacre” perpetrado pelo Hamas.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos, segundo Israel.
Banco Central de Israel estima custos da guerra em Gaza em 63 mil milhões de euros
A guerra na Faixa de Gaza, agora no seu oitavo mês, vai custar a Israel mais de 63 mil milhões de euros em despesas variadas, segundo as estimativas do governador do Banco Central de Israel.
Amir Yaron disse esta quinta-feira, numa conferência universitária, que as despesas de segurança são significativas, relativas a despesas de defesa, manutenção, além da perda de receitas fiscais devido à ausência de trabalhadores recrutados, e representam “um elevado encargo orçamental” para o futuro de Israel.
“A guerra não deve trazer consigo um cheque em branco para despesas permanentes com a defesa e é preciso encontrar o equilíbrio correto”, alertou.
EUA neutralizam armamento e ataques de rebeldes do Iémen
Os Estados Unidos reivindicaram a destruição de dois lançadores de mísseis e dois ‘drones’ dos Huthis do Iémen nas últimas 48 horas, numa altura em que os rebeldes intensificaram os ataques à navegação internacional.
As forças norte-americanas “destruíram com sucesso dois lançadores de mísseis numa zona do Iémen controlada pelos Huthis apoiados pelo Irão”, disse o Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
Foram também destruídos “dois sistemas aéreos não tripulados (UAS) sobre o Mar Vermelho” lançados pelos rebeldes iemenitas.
Israel dá ordem de despejo à agência da ONU em Jerusalém Oriental
Israel deu um prazo de 30 dias à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) para desocupar a sede em Jerusalém Oriental, noticiou esta quinta-feira a imprensa israelita.
A ordem de despejo foi dada pela Autoridade de Terras de Israel (ITA) após a aprovação de uma ação judicial intentada pelo ministro da Habitação israelita, o ultraortodoxo Yitzhak Goldknopf, noticiou o jornal The Times of Israel.
Numa carta enviada na terça-feira, a ITA disse à UNRWA que lhe deve mais de 27 milhões de shekels (cerca de sete milhões de euros) por ter operado em terrenos pertencentes a Israel “sem consentimento durante os últimos sete anos”.
Xi pede que guerra em Gaza “não continue indefinidamente”
O Presidente chinês, Xi Jinping, disse esta quinta-feira numa reunião com representantes de países árabes que o agravamento do conflito no Médio Oriente causou “tremendo sofrimento” e pediu que a “guerra não continue indefinidamente”.
O líder chinês lamentou a “deterioração drástica” da situação na Faixa de Gaza nos últimos meses e apelou para que “não enfraqueça o empenho” da região numa “solução de dois Estados”.
A China “apoia a criação de um Estado palestiniano totalmente soberano” e a participação deste como membro de pleno direito nas Nações Unidas, referiu.
Bombas lançadas contra civis em Rafah foram fabricadas nos Estados Unidos
As bombas usadas no ataque israelita que, no domingo, matou dezenas de palestinos num campo de deslocados perto de Rafah, em Gaza, foram fabricadas nos Estados Unidos, segundo especialistas e meios de comunicação social.
A informação está a ser avançada pelo jornal The New York Times e pela CNN, que apresentam hoje um relatório sobre o armamento utilizado por Israel no ataque em Gaza, que matou 45 pessoas, na sua maioria civis.
“Os restos de munições filmados no local do ataque no dia seguinte eram de uma GBU-39, uma bomba concebida e fabricada nos Estados Unidos”, acrescenta o Times citado pela agência de notícias espanhola EFE.
Israel assume controlo da zona de fronteira entre Gaza e o Egito
O Exército israelita anunciou esta quarta-feira que assumiu o controlo da zona fronteiriça entre a Faixa de Gaza e o Egito e que intensificou os bombardeamentos em Rafah, cidade do sul e atual epicentro da guerra contra o Hamas.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) divulgaram também que descobriram “cerca de vinte túneis” neste setor fronteiriço, suspeitando que foram utilizados para contrabando por grupos armados no território palestiniano.
As forças israelitas reivindicaram o controlo “nos últimos dias” do ‘corredor de Filadélfia’, uma ‘zona tampão’ de 14 quilómetros dentro da Faixa de Gaza, que faz fronteira com o Egito.
Netanyahu agradece a Nikki Haley apoio para sancionar TPI por pedir a sua detenção
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, agradeceu esta quarta-feira à republicana Nikki Haley o apoio à proposta de alguns congressistas norte-americanos de sancionar o Tribunal Penal Internacional (TPI), cujo procurador solicitou na semana passada um mandado para o deter.
“Penso que é importante enviar uma mensagem ao TPI de que as sociedades livres manterão o direito e a capacidade de defender-se”, declarou Netanyahu numa reunião com a antiga embaixadora dos Estados Unidos na ONU e ex-aspirante a candidata presidencial pelo Partido Republicano, de visita a Israel para mostrar o seu apoio ao país na guerra que trava há quase oito meses contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Netanyahu disse sentir-se “desiludido” com a aparente recusa da Casa Branca em apoiar as iniciativas contra o TPI sugeridas por alguns membros do Congresso, depois de um dos porta-vozes do Governo norte-americano, John Kirby, ter afirmado na terça-feira que o executivo não considerava serem a melhor resposta ao anúncio do procurador daquele tribunal, Karim Khan.
Macron apela a Abbas para “reformar” Autoridade Palestiniana
O Presidente francês Emmanuel Macron apelou esta quarta-feira ao chefe da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, que “aplique as reformas indispensáveis” na “perspetiva de reconhecimento do Estado da Palestina”, indicou a presidência francesa em comunicado.
No decurso de um contacto telefónico, o Presidente francês “assinalou o compromisso da França em trabalhar para garantir com os seus parceiros europeus e árabes uma visão comum de paz que forneça garantias de segurança para palestinianos e israelitas”, e “inscrever a perspetiva de reconhecimento do Estado da Palestina numa dinâmica útil”.
“Nesta perspetiva”, o Presidente francês “recordou o apoio da França a uma Autoridade Palestiniana reformada e reforçada, com capacidade para exercer as suas capacidades no conjunto dos Territórios Palestinianos, incluindo na Faixa de Gaza, em benefício dos palestinianos”.
EUA exigem a Israel plano para o “dia seguinte” em Gaza após “horrível” bombardeamento em Rafah
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, exigiu esta quarta-feira a Israel um plano para o “dia seguinte” em Gaza, depois do “horrível” bombardeamento israelita a um campo de refugiados em Rafah, a sul do enclave palestiniano.
“Na ausência de um plano para o dia seguinte, não haverá dia seguinte”, afirmou Blinken numa conferência de imprensa durante uma visita à Moldova.
Blinken descreveu o ataque de domingo à noite como um “incidente” – tal como o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu -, reconheceu que foi “horrível” e considerou que “ninguém que tenha visto as imagens pode deixar de ser profundamente afetado por ele a nível humano”.
Israel reivindica controlo de corredor estratégico na fronteira de Gaza com Egito
As forças armadas israelitas afirmaram esta quarta-feira ter tomado o controlo de um corredor estratégico que se estende ao longo da fronteira de Gaza com o Egito.
O corredor, conhecido como ‘Filadélfia’, estende-se ao longo da fronteira com o vizinho Egito, perto da cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde as forças israelitas têm combatido recentemente.
Os túneis de contrabando que circulam entre o Egito e a Faixa de Gaza estendem-se sob a área.
Diplomatas repreendem Israel no Conselho de Segurança por morte de civis em Gaza
Israel foi esta quarta-feira alvo de repreensão de vários diplomatas, incluindo ocidentais, no Conselho de Segurança pela contínua falta de proteção de civis na ofensiva em Gaza e incumprimento do direito humanitário e de deliberações vinculativas de organismos internacionais.
Numa reunião do Conselho de Segurança para abordar a situação em Gaza, o vice-embaixador dos Estados Unidos na ONU, Robert Wood, foi o primeiro diplomata a repreender Israel por bombardear no domingo um campo de deslocados em Rafah (sul da Faixa de Gaza), após o ter declarado como uma “zona segura”.
“Israel disse que as mortes de civis foram um erro, (…) mas Israel deve fazer mais para proteger os palestinianos inocentes em Gaza”, afirmou Robert Wood.
Peritos da ONU indicam que ataque a campo de deslocados de Rafah foi indiscriminado
O ataque de domingo a um campo de deslocados em Rafah, que matou pelo menos 46 pessoas, 23 delas mulheres, crianças e idosos, foi “indiscriminado e desproporcional”, afirmaram esta quarta-feira cerca de 50 especialistas da ONU.
Num comunicado, a cerca de meia centena de relatores e especialistas em direitos humanos defenderam que Israel não pode fugir à sua responsabilidade por esses crimes, alegando que foi “um erro”.
“Os relatos do terreno indicam que os ataques foram indiscriminados e desproporcionados, e que muitas vítimas ficaram presas em tendas de plástico em chamas, resultando num terrível número de mortos”, afirmaram os peritos.
Paris critica “posicionamento político” de países que reconheceram Palestina
O chefe da diplomacia francesa acusou os países europeus que reconheceram o Estado da Palestina de privilegiarem o “posicionamento político”, nomeadamente no contexto da campanha eleitoral europeia, em detrimento de uma solução diplomática para o conflito israelo-palestiniano.
“A França é a favor de uma solução de dois Estados. Por definição, a questão do reconhecimento terá obviamente de entrar em jogo. A questão que se coloca, e eu disse-o muito claramente aos meus homólogos espanhol e irlandês em particular, é: qual é o dia a seguir à questão do reconhecimento? Qual é o ponto diplomático?”, disse Stéphane Séjourné aos senadores franceses.
A posição do ministro dos Negócios Estrangeiros francês surge um dia depois de Espanha, Irlanda e Noruega terem reconhecido oficialmente o Estado da Palestina, com o objetivo, sustentaram, de avançar para a paz no Médio Oriente.
Ministro das Finanças defende erradicação do terrorismo na Cisjordânia
O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, defendeu esta quarta-feira que que o terrorismo na Cisjordânia deve ser erradicado, mesmo que isso signifique que algumas das cidades acabem “por se assemelhar à atual Gaza”.
As declarações de Smotrich ocorrem depois de disparos provenientes da cidade de Tulkarem, na Cisjordânia, que visaram a cidade israelita de Bat Hefer, situada na planície de Sharon e adjacente à linha de demarcação da fronteira com os territórios palestinianos ocupados.
“Os terroristas devem ser combatidos como o foram em Gaza. Não se pode permitir que façam em Sharon o que fizeram a 07 de outubro. O terrorismo deve ser erradicado em todo o lado, mesmo que isso signifique que Tulkarem acabe por se assemelhar a Gaza”, afirmou Smotrich numa mensagem difundida nas redes sociais.
Smotrich afirmou que, após conversações com as autoridades locais, foi acordada a realização de uma reunião nos próximos dias para discutir as “necessidades imediatas” dos habitantes da zona, em resultado do agravamento da situação de segurança.
O ministro acrescentou que o incidente “demonstra a ameaça existencial” da criação de um Estado palestiniano “no coração” do território israelita.
A atual guerra em Gaza foi desencadeada após os ataques de 07 de outubro passado do Hamas contra Israel, em que foram mortas mais de um milhar de pessoas e raptadas mais de duas centenas. A retaliação israelita fez mais de 36 mil mortos em Gaza, segundo os números divulgados pelas autoridades de saúde controladas pelo Hamas.
Presidente turco considera que “espírito da ONU morreu em Gaza”
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou esta quarta-feira que “o espírito das Nações Unidas morreu em Gaza” e apelou ao “mundo islâmico para reagir” após os ataques israelitas aos campos de deslocados palestinianos em Rafah.
10:44 | 29/05
Correio da Manhã
Três soldados das Forças de Defesa de Israel mortos e sete feridos na Faixa de Gaza
Três soldados das Forças de Defesa de Israel morreram e sete ficaram feridos, esta quarta-feira, em vários incidentes na Faixa de Gaza, segundo o The Jerusalem Post.
Confrontos entre polícia e manifestantes junto à embaixada de Israel no México
Manifestantes entraram em confronto com a polícia perto da embaixada israelita no México, num protesto contra os ataques israelitas em Rafah, na Faixa de Gaza, avançou a agência de notícias France-Presse (AFP).
Na terça-feira à noite, os manifestantes, alguns com o rosto coberto, atiraram pedras contra um pelotão de polícias que bloqueava o caminho para o complexo diplomático no bairro de Lomas de Chapultepec, na capital, Cidade do México.
A polícia respondeu com gás lacrimogéneo, referiu ainda a AFP.
Argélia prepara projeto de resolução para travar “matança em Rafah”
A Argélia indicou que colocará ainda esta terça-feira a circular entre os Estados-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) um projeto de resolução “curto” e “decisivo” “para parar a matança em Rafah”.
Após uma reunião à porta fechada do Conselho de Segurança para discutir precisamente os recentes ataques israelitas a Rafah, o embaixador da Argélia, Amar Bendjama, o único representante árabe deste órgão da ONU, comunicou a sua intenção aos jornalistas.
“Esta tarde, a Argélia distribuirá aos membros do Conselho de Segurança um projeto de resolução sobre Rafah. O texto será curto e decisivo, para parar a matança em Rafah”, explicou o diplomata.
Israel pede novas negociações para troca de reféns e “calma sustentável” em Gaza
Israel propôs esta terça-feira a mediadores egípcios e do Qatar retomar as negociações para acordar a troca de reféns e discutir a demanda do grupo islâmico Hamas por uma “calma sustentável” em Gaza.
A informação está a ser avançada pela agência de notícias espanhola EFE com base numa fonte de segurança egípcia.
Segundo a fonte, a nova proposta israelita inclui a vontade de discutir a exigência do Movimento de Resistência Islâmica Hamas de chegar a uma “calma sustentável” no enclave palestiniano.
Governo esloveno espera Palestina reconhecida no parlamento na próxima semana
O Governo esloveno, que já propôs o reconhecimento do Estado palestiniano, pretende que o parlamento vote este assunto na próxima semana, disse esta terça-feira a ministra dos Negócios Estrangeiros, a social-democrata Tanja Fajon.
“Estou satisfeita que o Governo conclua o processo e envie ao parlamento nacional a sua decisão de reconhecer a Palestina como um Estado soberano e independente”, disse a governante, citada pela agência STA.
Tanja Fajon sustentou que a fórmula de dois estados é a única garantia para a segurança para israelitas e palestinianos e que, com o reconhecimento da Palestina, a Eslovénia defende a paz no Médio Oriente.
Guterres defende retorno da Autoridade Palestiniana a Gaza
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu esta terça-feira “esforços urgentes” para fortalecer o “novo Governo Palestiniano” e as suas instituições, incluindo a preparação da Autoridade Palestiniana para “reassumir as suas responsabilidades” em Gaza.
No seu ‘briefing’ diário à imprensa, o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, lançou um olhar para o futuro de Gaza, defendendo que a segurança, a dignidade e a esperança da população afetada pelo conflito seja restaurada rapidamente, reiterando o seu apelo a uma solução de dois Estados.
“Isto exigirá esforços urgentes para apoiar e reforçar o novo Governo Palestiniano e as suas instituições, incluindo a preparação da Autoridade Palestiniana para reassumir as suas responsabilidades em Gaza. Devemos também avançar com passos tangíveis e irreversíveis para criar um horizonte político”, instou.
Centenas de pessoas pedem que Portugal reconheça Estado palestino
Algumas centenas de pessoas, empunhando cartazes, estão esta tarde concentradas na praça do Rossio, em Lisboa, para expressar solidariedade com o povo palestiniano e exigir a Portugal o reconhecimento do Estado da Palestina.
“Fim ao bloqueia a Gaza” e “a nossa liberdade é incompleta sem a liberdade dos palestinianos” eram duas das frases que se podiam ler nos cartazes, no evento organizado O evento é organizado Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), CGTP, Movimento pelos direitos do povo palestino e pela paz no Médio Oriente (MPPM) e o projeto Ruído.
O vice-presidente do MPPM, Carlos Almeida, disse à agência Lusa que “esta é mais uma ação de solidariedade com a causa palestiniana, perante a continuação do genocídio, apesar da decisão do Tribunal Internacional de Justiça de impor o fim das operações israelitas em Rafah”.
O dirigente salientou que com o reconhecimento do Estado palestino por três países europeus – Espanha, Noruega e Irlanda — fez com que Portugal ficase mais isolado no sua posição de não reconhecimento do Estado da palestina.
Palestina insta governo português a “apoiar verdadeiramente os palestinianos”
O embaixador da Palestina em Lisboa instou hoje o governo português a “apoiar verdadeiramente os palestinianos”, juntando-se aos países europeus que reconheceram um Estado palestiniano independente e soberano.
Nabil Abuznaid saudou o reconhecimento hoje dado nesse sentido pela Espanha, Irlanda e Noruega, admitindo que não espera que Portugal o faça em breve e que “não gosta” de ver as autoridades portuguesas “no fim da lista” dos Estados que irão reconhecer, em breve, a Palestina.
“Não há nenhuma razão para que Portugal não esteja no topo da lista. Porque é que não está hoje ao lado da Palestina? Espero que não seja demasiado tarde para o fazer e tenho a certeza de que os palestinianos não esqueceriam essa posição de Portugal em relação à Palestina. Mas, infelizmente, ainda não aconteceu e instamos o governo português a fazê-lo e a apoiar verdadeiramente os palestinianos”, afirmou o diplomata em entrevista à Lusa.
Embaixador israelita critica reconhecimentos da Palestina e espera que Portugal mantenha posição
O embaixador israelita em Portugal, Dor Shapira, considerou esta terça-feira uma “decisão vergonhosa” o reconhecimento do Estado da Palestina pela Espanha, Noruega e Irlanda e espera que Portugal “mantenha a posição” de reconhecer “no momento e com os intervenientes certos”.
“Acho que é uma decisão vergonhosa porque há três problemas com essa decisão”, resumiu o diplomata em declarações à Lusa em Lisboa, o primeiro dos quais o “momento” para o reconhecimento oficial.
Militares israelitas negam ter realizado ataque em Al-Mawasi que matou 21 palestinianos
O exército israelita negou ter realizado um ataque em Al-Mawasi, na Faixa de Gaza, esta terça-feira, depois de ter sido noticiado que 21 palestinianos foram mortos a oeste da cidade de Rafah.
“Contrariamente às informações das últimas horas, as IDF (Forças de Defesa de Israel) não atacaram a zona humanitária de Al-Mawasi”, afirmaram os militares em comunicado, citado pela Reuters.
14:35 | 28/05
Correio da Manhã
21 mortos e dezenas de feridos em ataques israelitas em Rafah
Vinte e um palestinianos foram mortos, pelo menos doze dos quais mulheres, e dezenas ficaram feridos, esta terça-feira, em novos ataques israelitas a uma área de tendas que albergam pessoas deslocadas a oeste de Rafah, avança a Reuters.
Os novos ataques israelitas visaram tendas de famílias deslocadas na área humanitária designada em Mawasi, a oeste de Rafah, segundo médicos e residentes.
13:35 | 28/05
Correio da Manhã
Palestinianos denunciam morte de sete pessoas e dezenas de feridos em ataque israelita em Rafah
Sete palestinianos foram mortos e dezenas ficaram feridos, esta terça-feira, em novos ataques israelitas a uma zona de tendas que albergam pessoas deslocadas a oeste de Rafah, avança a Reuters.
Os novos ataques israelitas visaram tendas de famílias deslocadas na zona humanitária designada em Mawasi, a oeste de Rafah, de acordo com médicos e residentes. Segundo os meios de comunicação social do Hamas, o número de mortos ascende a 20.
Irlanda também reconhece Palestina como Estado independente
A Irlanda reconheceu oficialmente a Palestina como um Estado independente, numa reunião de ministros realizada na manhã desta terça-feira.É o terceiro país a formalizar a decisão esta terça-feira, depois de Espanha e Noruega.
Conselho de Ministros de Espanha aprovou reconhecimento da Palestina
O Conselho de Ministros de Espanha aprovou esta terça-feira o reconhecimento formal da Palestina como Estado, disseram a porta-voz do Governo de Madrid, Pilar Alegría, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jose Manuel Albares, numa conferência de imprensa.
“Hoje é um dia que fica gravado na história de Espanha, um dia em que o nosso país diz que perante o sofrimento não é possível a indiferença e que é possível a paz, a solidariedade, o compromisso e a confiança na humanidade”, disse Albares.
O ministro espanhol defendeu que a decisão tomada hoje em Madrid é uma questão de justiça com o povo palestiniano, mas também “a única via para garantir a Israel a segurança que legitimamente reivindica e o único caminho viável para a paz na região”.
Rafah voltou a ser alvo de ataques da artilharia e da aviação israelita
As forças de Israel voltaram a atacar Rafah, no sul da Faixa de Gaza, com artilharia e aviação de combate, apesar da condenação internacional após o bombardeamento de um campo de deslocados palestiniano, no domingo.
Correspondentes da Agência France Presse (AFP) em Rafah e várias testemunhas relataram hoje ataques aéreos e fogo de artilharia no centro e oeste da cidade do enclave que faz fronteira com o Egito.
“Não dormimos toda a noite porque houve bombardeamentos por todo o lado, incluindo fogo de artilharia e bombardeamentos aéreos”, disse à AFP Faten Jouda, uma mulher de 30 anos que vive no bairro de Tal Al-Sultan, no noroeste de Rafah, onde ocorreu o ataque de domingo.
China manifesta “profunda preocupação” com operação militar em Rafah
O Governo chinês expressou esta terça-feira a sua “profunda preocupação” com os ataques israelitas em Rafah, na Faixa de Gaza, depois de o exército de Israel ter bombardeado um campo para pessoas deslocadas, que fez um elevado número de mortos.
“A China manifesta a sua profunda preocupação com as operações militares israelitas em curso contra Rafah”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, em conferência de imprensa regular.
“Exigimos que todas as partes protejam os civis e as instalações civis e instamos Israel a dar ouvidos ao apelo da comunidade internacional e a cessar os seus ataques a Rafah”, afirmou Mao Ning.
MNE israelita acusa Pedro Sánchez de ser “cúmplice de incitar o genocídio judeu”
“Ao não despedir ‘@yolanda_diaz’_ e ao anunciar o reconhecimento do Estado palestiniano – é cúmplice do incitamento ao assassinato do povo judeu e de crimes de guerra”, escreveu esta terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, nas redes sociais, que também associou a mensagem à conta do líder do Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo, nas redes sociais.
Katz acrescentou que o chefe do Governo espanhol deveria ter demitido a vice-presidente do Governo espanhol, Yolanda Díaz, por ter afirmado que “a Palestina será livre ‘do rio (Jordão) ao mar'”.
Médicos Sem Fronteiras criticam ataque indiscriminado contra civis
O presidente da Organização Não Governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF), Christos Christou, criticou esta terça-feira o bombardeamento “indiscriminado e desproporcional” de civis em Gaza por parte de Israel.
Christos Christou, em declarações no Clube da Camberra Press, na Austrália, lamentou a impunidade com a qual o direito humanitário internacional é violado naquele enclave palestiniano.
“Vimos no terreno um bombardeamento indiscriminado e desproporcional de civis, de crianças. Vimos o bloqueio da ajuda humanitária, ataques a hospitais, perdemos colegas. Não há ninguém seguro em Gaza”, sublinhou.
Guterres condena ataque a Rafah e alerta que não há lugar seguro em Gaza
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou hoje os ataques israelitas a um campo de deslocados em Rafah que “mataram dezenas de civis inocentes que apenas procuravam abrigo”, alertando que “não há lugar seguro” na Faixa de Gaza.
“Condeno as ações de Israel, que mataram dezenas de civis inocentes que apenas procuravam abrigo neste conflito mortal. Não há lugar seguro em Gaza. Este horror deve parar”, destacou o diplomata português, numa nota na rede social X.
De acordo com as autoridades palestinianas, os bombardeamentos israelitas a um campo de deslocados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, causaram no domingo pelo menos cerca de 50 mortos.
Portugal condena bombardeamentos em Rafah e pede “cessar-fogo imediato”
O Governo português condenou hoje os bombardeamentos de Israel a um campo de deslocados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que causou dezenas de mortos, apelando a um “cessar-fogo imediato” e à “entrada urgente” de ajuda.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português manifestou consternação pelas vítimas civis, condenando “os bombardeamentos de ontem (domingo) em Rafah”, numa nota publicada na rede social X.
“[O Governo português] Reitera o apelo a um cessar-fogo imediato, ao respeito pelo direito internacional e à entrada urgente de ajuda humanitária em Gaza”, pode ler-se na nota.
União Europeia quer reunir com Israel para discutir respeito pelos direitos humanos
A União Europeia (UE) vai pedir uma reunião com Israel para abordar o desrespeito pelos direitos humanos na intervenção militar na Faixa de Gaza, anunciou esta segunda-feira o Alto-Representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.
“Os ministros concordaram em pedir um Conselho de Associação com Israel, algo que não tínhamos conseguido em reuniões anteriores”, disse Josep Borrell, em conferência de imprensa no final de uma reunião ministerial, com a participação do ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, em Bruxelas (Bélgica).
A deterioração das relações entre os países do Médio Oriente, exacerbada pela invasão israelita na Faixa de Gaza, foi o principal tópico da discussão desta segunda-feira e Josep Borrell referiu que “há unanimidade” para pedir uma reunião com Telavive e que todos os ministros “estavam horrorizados” com as últimas imagens disponíveis de Rafah.
135 camiões de ajuda humanitária entram em Gaza vindos do Egito
Pelo menos 135 camiões carregados apenas com alimentos entraram esta segunda-feira na Faixa de Gaza vindos do Egito, através do posto fronteiriço de Kerem Shalom, indicaram fontes do Crescente Vermelho egípcio.
Segundo a organização, é o segundo carregamento de centenas de toneladas de alimentos que, pelo segundo dia consecutivo, entram no corredor que conduz a Kerem Shalom a partir do território egípcio, onde são inspecionados por Israel antes de entrarem no enclave palestiniano.
Domingo, o Egito enviou para Gaza 125 camiões carregados de alimentos e material médico, bem como de combustível, através deste mesmo ponto, pela primeira vez desde que, há 20 dias, Israel se apoderou do lado palestiniano da passagem de Rafah, no sul do enclave e que faz fronteira com a Península do Sinai.
Hezbollah dispara “dezenas” de foguetes contra Israel
O Hezbollah anunciou ter disparado “dezenas” de foguetes contra duas localidades no norte de Israel, em resposta aos bombardeamentos com ‘drones’ que mataram esta segunda-feira uma pessoa e feriram várias outras em frente a um hospital no sul do Líbano.
“Em resposta ao ataque inimigo israelita que teve como alvo o Hospital Martyr Salah Ghandour, em Bint Jbeil, e feriu civis, os combatentes da Resistência Islâmica bombardearam hoje os colonatos de Meron e Safsufa com dezenas de foguetes ‘Katyusha'”, disse o grupo xiita pró-iraniano em comunicado.
Segundo a Agência Nacional de Notícias do Líbano (ANN), um ‘drone’ (aeronave não tripulada) israelita atacou esta segunda-feira de manhã uma mota nas imediações do centro de saúde, matando uma pessoa, ferindo várias outras e causando grandes danos materiais ao hospital.
Netanyahu diz que ataque em Rafah foi “incidente trágico”
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, classificou esta segunda-feira como “um incidente trágico” o ataque aéreo contra um campo de deslocados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, amplamente condenado pela comunidade internacional.
“Em Rafah, retirámos um milhão de habitantes que não estavam envolvidos e, apesar de todos os nossos esforços, ontem [domingo] ocorreu um incidente trágico. Estamos a investigar o que aconteceu e vamos tirar conclusões”, disse Netanyahu ao parlamento israelita.
No domingo, um ataque aéreo israelita provocou um incêndio num campo de deslocados no sul da Faixa de Gaza, provocando, segundo as autoridades palestinianas, pelo menos cerca de 50 mortos – perto de metade dos quais mulheres, crianças e idosos – e 249 feridos.
Egipto investiga tiroteio na fronteira de Rafah que causou a morte de uma pessoa
O porta-voz do exército egípcio disse esta segunda-feira que as autoridades estão a investigar um tiroteio perto da fronteira de Rafah que causou a morte de uma pessoa.
Colonos israelitas de extrema-direita atacam camiões de ajuda humanitária a Gaza
Colonos radicais israelitas intensificaram os ataques aos camiões de ajuda humanitária que atravessam a Cisjordânia, impedindo a chegada de alimentos a Gaza, noticiou no domingo o jornal The Washinton Post.
O jornal norte-americano, que cita fontes no local, motoristas de camiões e a rede de grupos de WhatsApp usadas pelos agressores, noticia que grupos de jovens colonos estão a seguir os comboios de ajuda humanitária, montando postos de controlo e interrogando os condutores.
Em alguns casos, os atacantes, que o jornal identifica como sendo de extrema-direita, saquearam e queimaram camiões e espancaram condutores palestinianos, deixando pelo menos dois hospitalizados.
Pelo menos 50 mortos em ataque israelita a campo de deslocados em Rafah
Pelo menos 50 pessoas morreram esta madrugada no bombardeamento a um campo de deslocados no noroeste de Rafah, sul da Faixa de Gaza, num ataque confirmado pelo exército israelita, que tinha como alvo dois altos responsáveis do Hamas.
“Um outro massacre atroz foi cometido pelas forças israelitas em Rafah, que até ao momento custou a vida a 50 mártires e fez dezenas de feridos, na sua maioria crianças e mulheres”, declarou um porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
O exército israelita confirmou o ataque dos aviões à zona de Tal al-Sultan, “com base em informações precisas” e visando dois altos responsáveis do Hamas, Yassin Rabia e Khaled Nagar.
Israel admite que atingiu civis em Rafah em ataque denunciado como “deliberado” pelo Hamas
O exército israelita anunciou este domingo que lançou ataques contra um complexo do Hamas em Rafah, extremo sul da Faixa de Gaza, admitindo ter ferido civis, mas a presidência palestiniana acusou Jerusalém de atacar deliberadamente um centro de deslocados.
“Um avião atingiu um complexo do Hamas em Rafah, onde operavam terroristas importantes do Hamas”, declarou o exército israelita em comunicado, acrescentando ter “conhecimento de informações segundo as quais vários civis da zona ficaram feridos”.
A presidência palestiniana acusou, no entanto Israel de ter atingido deliberadamente um centro para pessoas deslocadas perto de Rafah, matando, pelo menos, 35 pessoas, segundo as autoridades do Hamas que governam o território.
21:37 | 26/05
Correio da Manhã
Pelo menos 35 palestinianos mortos em ataques aéreos israelitas contra campo de refugiados em Rafah
Pelo menos 35 palestinianos morreram, este domingo, em ataques aéreos israelitas contra um campo de refugiados em Rafah, Gaza, segundo o gabinete de imprensa do governo de Gaza controlado pelo Hamas, cita a Reuters.
Autoridade Palestiniana pede que outros países acompanhem “decisão certa” de Espanha
O primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohammad Mustafa, defendeu este domingo que o reconhecimento do Estado da Palestina é a “decisão certa” e a única maneira de assegurar que a solução dos dois Estados é viável.
“Há países que estão hesitantes, não é por não quererem que a Palestina seja um Estado, mas por acharem que vai ser o fim do processo de paz. O reconhecimento é a decisão certa, faz parte do processo de paz”, disse Mohammad Mustafa, em conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Manuel Albares, em Bruxelas (Bélgica).
Dirigindo-se a países da União Europeia (UE) e não só, como Portugal, que ainda não reconhecerem o Estado da Palestina, o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana disse que o processo de paz “é uma razão para apoiar o reconhecimento”, em vez de cair em hesitações.
Ministro espanhol considera “escandaloso e execrável” vídeo de homólogo israelita a criticar Espanha
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha classificou como “escandaloso e execrável” uma montagem em vídeo divulgado pelo homólogo israelita com imagens do atentado de 07 de outubro misturadas com duas pessoas a dançar flamenco.
“Eu vi o vídeo, ainda antes de viajar para Bruxelas […], é escandaloso e execrável. Todo o planeta sabe, incluindo o meu colega israelita que nós condenámos o Hamas e as suas ações”, disse José Manuel Albares, em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohammad Mustafa, em Bruxelas (Bélgica).
Rockets lançados pelo Hamas atingem Telavive
Hamas reivindica ataque com rockets e um míssil em Telavive
O Hamas já reivindicou os ataques com “rockets e um míssil” a Telavive, como reação ao que consideram ser “massacres sionistas contra civis”.
A informação foi publicada no grupo de Telegram do al-Qassam, um braço armado do grupo palestiniano.
Soam sirenes de alerta no centro de Israel
Além de várias explosões, foram ouvidas em Telavive as sirenes de alerta para um ataque iminente de rockets.
Vários rockets disparados em direção a Telavive
Vários rockets foram lançados em direção a Telavive e ao centro de Israel, avança a imprensa israelita.
A imprensa relata que os rockets têm origem em Rafah, na Faiza de Gaza.
Dezenas de camiões de ajuda humanitária entram em Gaza vindos do Egito
Dezenas de camiões carregados de ajuda, incluindo combustível, entraram este domingo na Faixa de Gaza a partir do Egito através da passagem de Kerem Shalom, controlada por Israel, informaram fontes egípcias.
Os camiões, cada um carregado com cerca de 20 toneladas de alimentos, bem como quatro camiões-cisterna, começaram esta madrugada a entrar, a partir de território egípcio, no corredor que conduz a Kerem Shalom, onde estão a ser inspecionados por Israel, disseram fontes de segurança e do Crescente Vermelho egípcio.
É a primeira vez que o Egito envia ajuda a Gaza desde que Israel tomou o lado palestiniano da passagem de Rafah, no sul do enclave que faz fronteira com a Península do Sinai, há 20 dias.
Milhares de pessoas protestam em Telavive exigindo regresso de reféns
Milhares de pessoas reuniram-se em Telavive a exigir que o Governo de Israel traga de volta os reféns ainda detidos na Faixa de Gaza, num protesto que terminou com confrontos com a polícia.
Alguns dos manifestantes que saíram às ruas do principal centro económico de Israel seguravam faixas com as palavras “Parem a guerra” e “Ajuda”, enquanto pediam ao Governo que chegasse a um acordo com o grupo islamita palestiniano Hamas.
Autoridade Nacional Palestiniana denuncia “crimes atrozes” contra prisioneiros
O Ministério de Prisioneiros e Ex-detidos da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) denunciou este sábado “crimes atrozes” cometidos por Israel contra os presos e detidos na Faixa de Gaza “com tortura e espancamentos” em prisões e centros secretos israelitas.
“Os detidos [de Gaza] estão a ser transferidos para centros de detenção secretos, como o de ‘Sde Taman’ no Neguev [sul de Israel], conhecido pelo tratamento duro a que são submetidos os prisioneiros, para além de todo o tipo de torturas severas e sistemáticas”, alertou este sábado a ANP em comunicado.
Nesta nota, acusa os serviços de segurança de Israel de submeter os detidos a “todo o tipo de torturas” durante os interrogatórios com o objetivo de obter informação, rejeitando qualquer solicitação de visita de organismos humanitários, como o Comité Internacional da Cruz Vermelha.
Israel, EUA e Qatar concordam retomar negociações para trégua com Hamas
Israel, Estados Unidos e Qatar concordaram este sábado retomar as negociações para uma trégua com o movimento Hamas, noticiaram os meios de comunicação israelitas.
As conversações deverão ser retomadas na próxima semana.
Esta quinta-feira, o gabinete de Guerra de Israel autorizou a sua equipa negocial a voltar às negociações, tendo em vista o regresso dos reféns, retidos em Gaza desde 7 de outubro.
Ministério da Saúde do Hamas faz novo balanço e aponta para mais de 35 mil mortos
O Ministério da Saúde do Hamas anunciou este sábado um novo balanço de 35 903 mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano, a 7 de outubro de 2023.
No espaço de 24 horas, foram registadas pelo menos mais 46 mortes, segundo um comunicado do ministério, que informou também que 80 420 pessoas ficaram feridas em mais de sete meses de guerra.
O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de outubro de 2023, e causou cerca de 1 200 mortos, na maioria civis, segundo dados oficiais israelitas.
G7 apela a Israel que “garanta” serviços aos bancos palestinianos
Os ministros das Finanças do G7, reunidos em Itália, apelaram este sábado a Israel que “garanta” os serviços bancários aos bancos palestinianos, para evitar o bloqueio de transações vitais na Cisjordânia ocupada.
“Apelamos a Israel para que tome as medidas necessárias para garantir que os serviços bancários entre os bancos israelitas e palestinianos continuem a funcionar”, sustentam os ministros das Finanças dos países mais ricos do mundo num projeto de comunicado final citado pela agência de notícias AFP.
Este apelo surge depois de Israel ter ameaçado, esta semana, negar aos bancos palestinianos o acesso ao seu próprio sistema bancário, o que causou grande preocupação em Washington.
Cais temporário permitiu levar quase 100 camiões de ajuda a Gaza
A instalação do cais temporário norte-americano na costa de Gaza permitiu o desembarque, numa semana, de 97 camiões de ajuda humanitária, adiantou hoje o porta-voz da ONU, sublinhando que a operação alcançou estabilidade após “um início difícil”.
Os Estados Unidos concluíram na semana passada este cais, cuja construção foi anunciada em março pelo Presidente Joe Biden. A infraestrutura visa aliviar as restrições impostas por Israel à entrega terrestre de ajuda à Faixa de Gaza, devastada por sete meses de guerra desencadeada pelo ataque do Hamas contra território israelita em 07 de outubro.
Desde o primeiro descarregamento, em 17 de maio, o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM), responsável pela operação de descarregamento do material que chega desde o Chipre, “tomou posse de 97 camiões”, revelou hoje Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres.
Egito e Turquia instam Israel a cumprir decisão do tribunal da ONU
O Egito e a Turquia instaram esta sexta-feira Israel a cumprir a decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que exige a cessação imediata da sua ofensiva em Rafah, sul de Gaza, e a proteção dos habitantes do território palestiniano.
“O Egito instou Israel a cumprir as suas obrigações legais no âmbito da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio e do direito humanitário internacional”, indicou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Cairo em comunicado, depois de tomar conhecimento da decisão da mais alta autoridade judicial da ONU.
Na nota, o Egito exigiu que Israel “implemente todas as medidas provisórias emitidas pelo Tribunal Internacional de Justiça, que são consideradas juridicamente vinculativas e executórias”, entre as quais a cessação imediata das operações militares israelitas e qualquer outra ação na cidade palestiniana de Rafah.
África do Sul saúda ordem “inovadora” do TIJ para Israel parar ofensiva em Rafah
O Governo sul-africano congratulou-se com a decisão “inovadora” do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), divulgada, que ordena a Israel que suspenda imediatamente a sua operação militar em Rafah, no sul de Gaza.
“Esta ordem é inovadora, pois é a primeira a pedir explicitamente a Israel que suspenda a sua ação militar em qualquer área de Gaza”, disse Zane Dangor, diretor-geral do Departamento de Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul (Dirco), num vídeo publicado nas redes sociais.
“Embora o tribunal não possa utilizar legalmente o termo cessar-fogo (…), trata-se de um apelo de facto a um cessar-fogo”, acrescentou Dangor.
Israel diz que ofensiva em Rafah não ameaça existência dos palestinianos
Israel reagiu esta sexta-feira à decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que ordenou a suspensão imediata da sua ofensiva em Rafah, sul da Faixa de Gaza, afirmando que não coloca qualquer risco existencial para a “população civil palestiniana”.
“Israel não conduziu nem conduzirá operações militares na zona de Rafah que criem condições de vida suscetíveis de implicar a destruição da população civil palestiniana, no total ou em parte”, indica um comunicado comum do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Conselho de Segurança Nacional.
O TIJ pronunciou-se sobre um pedido da África do Sul de ordenar o fim da ofensiva israelita em Gaza, com Pretória a acusar Israel de “genocídio”.
Israel intensifica ataques em Rafah após decisão do Tribunal Internacional de Justiça
O exército israelita intensificou os ataques em Rafah, sul da Faixa de Gaza, após ser conhecida a decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) ordenando que Telavive cesse essas operações, indicou a agência palestiniana Wafa.
“Os aviões da ocupação israelita lançaram um violento bombardeamento contra várias zonas da cidade de Rafah. O bombardeamento teve como alvo as ruas e as casas dos cidadãos no centro do campo de Shaboura, em Rafah, causando vítimas entre os cidadãos”, informou a agência noticiosa.
Segundo a mesma fonte palestiniana, a artilharia israelita visou igualmente o hospital Abu Yoused al-Najjar, do qual dependem cada vez mais os restantes habitantes de Gaza em Rafah, uma vez que o outro hospital da zona, o Kuwaiti, poderá deixar de funcionar nas próximas horas devido aos danos causados pelos ataques israelitas.
Decisões do TIJ são vinculativas, sublinha António Guterres
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, sublinhou que as decisões do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) “são vinculativas”, após a principal instância judicial da ONU ordenar a Israel que cesse a ofensiva no sul de Gaza.
“O secretário-geral recorda que, nos termos da Carta e do Estatuto do Tribunal, as decisões do Tribunal são vinculativas e confia que as partes cumprirão devidamente a ordem do Tribunal”, indicou o gabinete do porta-voz de Guterres em comunicado.
O TIJ ordenou hoje a Israel que suspenda de imediato as operações militares em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Comissão Europeia diz que decisão do TIJ obriga Israel a parar invasão a Rafah
A Comissão Europeia disse que as decisões do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) sobre a suspensão da incursão militar israelita em Rafah “são vinculativas” e “todas as partes têm de obedecer”.
“Tomo nota da decisão do TIJ de ordenar a suspensão das operações militares em Rafah e a abertura de um corredor para acesso a apoio humanitário e serviços básicos”, escreveu o comissário para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, na rede social X (antigo Twitter).
“As decisões do TIJ são vinculativas e todas as partes têm de obedecer. Espero uma implementação total e imediata”, completou.
Hamas lamenta que decisão do tribunal de Haia se fique por Rafah
O Hamas saudou esta sexta-feira a decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) de ordenar a Israel a suspensão da ofensiva militar em Rafah, mas lamentou que a medida não abranja toda a Faixa de Gaza.
O Hamas espera que o TIJ “tome uma decisão que ponha termo à agressão e ao genocídio contra o nosso povo em toda a Faixa de Gaza, e não apenas em Rafah”, disse num comunicado.
O grupo islamista palestiniano argumentou que “o que se passa em Jabalia e noutras zonas não é menos criminoso e perigoso do que o que se passa em Rafah”, segundo a agência francesa AFP.
Envio de força de paz internacional para Gaza prematuro
O chefe das operações de paz das Nações Unidas, Jean-Pierre Lacroix, manifestou esta sexta-feira dúvidas quanto a um pedido da Liga Árabe para o envio de tropas internacionais para Gaza, onde a situação é “extremamente caótica”.
“Qualquer iniciativa deste tipo está, de qualquer modo, dependente de Israel, um crítico acérrimo da ONU”, afirmou Lacroix.
Numa entrevista à Bloomberg, Lacroix argumentou que qualquer envio de forças da ONU para Gaza necessitaria da autorização de Israel, um país que atualmente não tem uma estratégia para um futuro pós-guerra no enclave e que acusou as agências da ONU de conluio com o Hamas, movimento extremista islamita que pretende erradicar.
Primeiro-ministro português afasta “reconhecimento unilateral” do estado da Palestina
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou hoje, em Berlim, que Portugal não está em condições de reconhecer unilateralmente o estado da Palestina e reiterou a defesa de uma “solução política de dois estados”.
“Portugal votou favoravelmente na Assembleia Geral das Nações Unidas o reconhecimento da Palestina como membro de pleno direito desta organização (…) Relativamente a reconhecimentos unilaterais, nós não estamos em condições de o fazer, não o vamos fazer nesta oportunidade, e aguardaremos uma discussão de aprofundamento deste assunto na União Europeia”, frisou o líder do governo português.
14:34 | 24/05
Correio da Manhã
Tribunal da ONU ordena que Israel suspenda a ofensiva em Rafah
O Tribunal Internacional de Justiça ordenou que Israel suspenda de imediato a ofensiva em Rafah, avançou esta sexta-feira a agência Reuters.
O principal tribunal das Nações Unidas secundou um pedido da África do Sul. Os sul-africanos acusam Israel de genocídio em Gaza.
14:29 | 24/05
Correio da Manhã
Tribunal da ONU ordena que Israel suspenda a ofensiva em Rafah
Aliança que inclui Portugal contra fecho da Al Jazeera em Israel
Vinte e sete governos da Coligação para a Liberdade dos Meios de Comunicação Social, incluindo de Estados Unidos e Portugal, criticaram esta sexta-feira o encerramento do canal Al Jazeera em Israel por ordem do Governo israelita.
Os 27 países manifestaram-se preocupados com uma legislação recente “que concede poderes temporários ao Governo israelita para impedir as redes de meios de comunicação social estrangeiros de operarem em Israel”.
Os signatários “não apoiam o subsequente encerramento das operações da Al Jazeera em Israel”, segundo uma declaração conjunta citada pela agência espanhola EFE.
Para os 27 governos, é de “importância vital proteger a liberdade de imprensa e evitar restrições indevidas à liberdade de expressão e ao acesso à informação”.
O Governo israelita decidiu no início de maio proibir as emissões do canal Al Jazeera do Qatar em Israel.
A decisão teve por base uma aprovada em abril pelo Parlamento que permite ao Governo mandar encerrar meios de comunicação social estrangeiros.
A chamada “Lei Al Jazeera” confere ao ministro das Comunicações de Israel o poder de ordenar aos fornecedores de conteúdos, por um período renovável de 45 dias, que deixem de emitir a partir do país.
Exército israelita recuperou os corpos de três reféns em Gaza
O Exército israelita anunciou esta sexta-feira que os corpos de três reféns mortos a 7 de outubro de 2023 foram recuperados durante a noite, na Faixa de Gaza.
Os corpos de Hanan Yablonka, Michel Nisenbaum e Orion Hernandez foram encontrados e as famílias foram notificadas, indica uma nota oficial citada pela Associated Press.
De acordo com o Exército, as três pessoas foram mortas no dia do ataque em Mefalsim, Israel, tendo os corpos sido levados para Gaza pelos efetivos do Hamas.
Líder republicano anuncia que Benjamin Netanyahu vai discursar no parlamento dos EUA “em breve”
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, vai discursar no parlamento dos EUA “em breve”, anunciou Mike Johnson, o líder republicano da Câmara dos Representantes, a câmara baixa do Congresso.
“Em breve receberemos o primeiro-ministro Netanyahu no Capitólio para uma sessão conjunta do Congresso”, declarou Johnson, na noite de quinta-feira, durante uma receção na Embaixada de Israel em Washington.
“Acho que esta será uma demonstração oportuna e muito forte de apoio ao Governo israelita no seu momento de maior necessidade”, disse o republicano, num discurso a propósito do Dia Nacional de Israel.
Netanyahu diz ter “planos importantes e surpreendentes” para a frente norte
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu esta quinta-feira ter “planos importantes e surpreendentes” para a frente norte, onde há oito meses há uma troca de tiros diária entre Israel e o Hezbollah.
“Temos planos detalhados, importantes e até surpreendentes, mas não os vou partilhar com o nosso inimigo [Hezbollah]. Tudo tem como objetivo devolver a segurança ao norte para que os seus habitantes possam regressar a casa em segurança”, disse Netanyahu, referindo-se aos mais de 60.000 deslocados das cidades que confinam com a fronteira libanesa.
O primeiro-ministro israelita falava depois de se ter reunido com os comandantes da Divisão Norte do exército.
ONG pede a países da UE compromisso contra abusos em Israel e Palestina
A Human Rights Watch (HRW) defendeu esta quinta-feira que os países da União Europeia (UE) devem garantir a aplicação da justiça contra os graves abusos cometidos em Israel e na Palestina, quando se assinala na UE o dia contra a impunidade.
De acordo com comunicado divulgado pela Human Rights Watch, “a UE e os seus Estados-Membros contribuíram para uma resposta forte aos graves crimes cometidos na Ucrânia, em Myanmar (ex-Birmânia), na Síria e noutros locais, apoiando os esforços de justiça internacional e nacional”.
Segundo a organização não-governamental (ONG), no passado os países do bloco europeu também forneceram fundamental apoio político quando o processo judicial do TPI (Tribunal Penal Internacional) foi atacado por aqueles que “temiam ser responsabilizados” pelos seus crimes.
15:23 | 23/05
Correio da Manhã
Hamas revela que raptou comandante israelita no sul de Gaza a 7 de outubro
As brigadas Al Qassam do braço armado do Hamas revelaram ter raptado a 7 de outubro um comandante do exército israelita no sul de Gaza. A informação foi avançada pela Reuters.
Washington receia “crise humanitária” se Israel isolar os bancos palestinianos
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, admitiu esta quinta-fera temer “uma crise humanitária” se Israel concretizar a ameaça de negar aos bancos palestinianos o acesso ao seu próprio sistema bancário, bloqueando assim transações vitais na Cisjordânia ocupada.
“Estou particularmente preocupada com as ameaças de Israel de tomar medidas que cortariam o acesso dos bancos palestinianos aos bancos israelitas”, disse Yellen numa conferência de imprensa na abertura da reunião dos ministros das Finanças do G7 (as sete maiores economias mundiais), que decorre em Stresa, no nordeste de Itália.
27 camiões com ajuda humanitária chegam a Gaza
Um total de 27 camiões contendo 371 paletes de ajuda humanitária entraram em Gaza na quarta-feira através da doca construída pelos Estados Unidos, disseram hoje as Forças de Defesa de Israel em comunicado.
“Ontem [quarta-feira], 27 camiões contendo 371 paletes de ajuda humanitária, incluindo alimentos e equipamento de abrigo, foram transferidos para centros logísticos pertencentes a agências internacionais de ajuda na Faixa de Gaza”, acrescentaram os militares israelitas.
O Exército de Israel inspecionou 281 camiões que foram transferidos para os pontos de passagem de Kerem Shalom (sul da Faixa de Gaza) e Erez West (norte) para aceder ao enclave palestiniano.
09:42 | 23/05
Correio da Manhã
Tribunal Internacional de Justiça pronuncia-se sexta-feira sobre acusação de genocídio em Gaza
O Tribunal Internacional de Justiça vai pronunciar-se na sexta-feira sobre o apelo da África do Sul para ordenar a suspensão da ofensiva israelita em Gaza. A informação foi avançada pela Reuters.
Gabinete de guerra israelita anuncia retoma das negociações com Hamas
O Gabinete de Guerra de Israel anunciou esta quinta-feira que vai retomar as negociações com o Hamas para o regresso dos reféns, que estão retidos em Gaza desde 7 de outubro.
Em comunicado, aquela estrutura ordenou à equipa de negociação que retomasse o seu trabalho, que tinha sido interrompido em 10 de maio, após uma tentativa de acordo no Cairo que Israel rejeitou.
A decisão surge depois de na quarta-feira, o Egito ter ameaçado retirar-se como mediador do conflito entre Israel e o Hamas devido a acusações de ter feito uma má gestão da última ronda de negociações, que fracassou, segundo o jornal The Times of Israel.
08:02 | 23/05
Correio da Manhã
“Não desviem o olhar”: Israel divulga vídeo de mulheres soldado a serem raptadas pelo Hamas a 7 de outubro
As Forças de Defesa de Israel divulgaram esta quinta-feira um vídeo que mostra militares do Hamas a raptarem cinco mulheres soldado a 7 de outubro. Segundo a agência Reuters, o governo de Netanyahu considerou a divulgação das imagens uma oportunidade para reforçar o apoio da população.
As imagens mostram as jovens, de pijamas e algumas cobertas de sangue, a serem amarradas e colocadas num jipe.
Egipto ameaça retirar-se como mediador nas negociações de cessar-fogo em Gaza
O Egipto ameaçou, esta quarta-feira, retirar-se como mediador nas negociações de cessar-fogo em Gaza, depois de a CNN ter noticiado que os serviços secretos egípcios alteraram os termos de uma recente proposta de tréguas e arruinaram o acordo, avança a Reuters.
“As tentativas de lançar dúvidas e ofender os esforços de mediação do Egipto (…) só levarão a mais complicações da situação em Gaza e em toda a região e podem levar o Egipto a retirar-se completamente da sua mediação no atual conflito”, afirmou Diaa Rashwan, chefe do Serviço de Informação do Estado do Egipto, numa declaração publicada nas redes sociais.
Biden opõe-se ao “reconhecimento unilateral” de Estado palestiniano
O Presidente norte-americano, Joe Biden, opõe-se ao reconhecimento unilateral de um Estado palestiniano, indicou esta quarta-feira fonte oficial da Casa Branca.
“[Joe Biden] acredita que um Estado palestiniano deve surgir através de negociações diretas entre as partes e não através de um reconhecimento unilateral”, afirmou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano.
“O Presidente [Biden] é um forte apoiante de uma solução de dois Estados e tem-no sido ao longo da sua carreira. Acredita que um Estado palestiniano deve ser criado através de negociações diretas entre as partes e não através de um reconhecimento unilateral”, afirmou em reação à decisão de três países europeus de reconhecerem o Estado da Palestina.
Israel anuncia morte de mais três soldados no norte de Gaza
O Exército israelita anunciou esta quarta-feira a morte de mais três soldados durante combates no norte da Faixa de Gaza, elevando para 286 o número total de baixas nas suas fileiras desde o início da invasão terrestre.
Num comunicado, o Exército identificou os três soldados mortos como Gideon Chay DeRowe, de 33 anos, da unidade de elite Yahalom das Forças de Engenharia de Combate; Israel Yudkin, de 22 anos, do batalhão ultraortodoxo Netzah Yehuda; e Eliyahu Haim Emsallem, de 21 anos, da mesma brigada.
Emsallem e Yudkin foram mortos num ataque de francoatiradores do movimento islamita palestiniano Hamas em Beit Hanun, no norte da Faixa de Gaza, e DeRowe morreu numa explosão num edifício na mesma zona, segundo o Exército israelita.
Borrell insiste em posição comum na UE sobre reconhecimento do Estado da Palestina
O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros disse esta quarta-feira que “tomou nota” da decisão de Espanha e da Irlanda de reconhecerem o Estado da Palestina, mas insistiu numa posição comum a 27.
“Tomo nota do anúncio de dois Estados-membros – Espanha e Irlanda – e pela Noruega de reconhecerem o Estado da Palestina. No quadro da política externa e de segurança comum, vou trabalhar sem descansar com todos os Estados-membros para promover uma posição comum na UE baseada na solução dos dois Estados”, escreveu Josep Borrell na rede social X (antigo Twitter).
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou hoje que o país vai reconhecer o Estado da Palestina em 28 de maio, próxima terça-feira.
Nove mortos e dezenas de feridos em ataque israelita iniciado terça-feira
O número de palestinianos mortos na incursão militar israelita que prossegue desde terça-feira em Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, subiu hoje para nove, além de cerca de 30 feridos, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.
Nas últimas horas, Sami Al Qaisi, de 18 anos, foi morto “por balas da ocupação” e Jihad Muhammad Talib, de 38 anos, foi morto de madrugada, depois de sete palestinianos terem sido mortos terça-feira no norte da Cisjordânia, reduto do movimento das milícias palestinianas.
O ataque continua hoje, mais de 24 horas depois de ter começado, na manhã de terça-feira, disse um porta-voz militar à agência noticiosa espanhola EFE.
Biden opõe-se ao “reconhecimento unilateral” de Estado palestiniano
O Presidente norte-americano, Joe Biden, opõe-se ao reconhecimento unilateral de um Estado palestiniano, indicou esta quarta-feira fonte oficial da Casa Branca.
“[Joe Biden] acredita que um Estado palestiniano deve surgir através de negociações diretas entre as partes e não através de um reconhecimento unilateral”, afirmou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano.
“O Presidente [Biden] é um forte apoiante de uma solução de dois Estados e tem-no sido ao longo da sua carreira. Acredita que um Estado palestiniano deve ser criado através de negociações diretas entre as partes e não através de um reconhecimento unilateral”, afirmou em reação à decisão de três países europeus de reconhecerem o Estado da Palestina.
14:02 | 22/05
Correio da Manhã e Lusa
Israel retira embaixadores da Irlanda e Noruega. Hamas atribui reconhecimento da Palestina a “resistência corajosa”
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita anunciou, esta quarta-feira, a retirada imediata dos embaixadores da Irlanda e da Noruega, avança a Reuters. A decisão surge após o anúncio dos dois países sobre o reconhecimento do Estado da Palestina, agendado para 28 de maio. Israel repreendeu, também, os embaixadores espanhóis.
O grupo extremista palestiniano Hamas atribuiu a decisão de Espanha, Irlanda e Noruega de reconhecer o Estado da Palestina à “resistência corajosa” do povo palestiniano.
Israel pretende o regresso a quatro colonatos na Cisjordânia
Israel pretende o regresso a vários colonatos da Cisjordânia que foram evacuados ao abrigo do plano unilateral de retirada que pôs fim à presença em Gaza e em quatro locais no norte da Cisjordânia em 2005.
O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou que a legislação que permite o regresso dos civis israelitas à zona foi alargada de modo a incluir as áreas onde se situavam os colonatos de Sa Nur, Ganim e Kadim – todos eles evacuados em 2005.
Citado esta quarta-feira pelo jornal Times of Israel, Gallant disse que os israelitas podem voltar a entrar nestas zonas, incentivando “o desenvolvimento dos colonatos assim como melhorar a segurança dos residentes na região”.
Embora o governo ainda não tenha dado autorização a qualquer atividade relacionada com estes locais – um processo que normalmente demora anos – o levantamento da proibição pode encorajar o restabelecimento de colonatos ilegais.
07:56 | 22/05
Correio da Manhã
Noruega também vai reconher Estado palestiniano
A Noruega também vai reconhecer o Estado palestiniano, informou, esta quarta-feira, o primeiro-ministro, Jonas Gahr Stoere, citado pela Reuters.
“O reconhecimento da Palestina é um meio de apoiar as forças moderadas que têm vindo a perder terreno neste conflito prolongado. A guerra em Gaza tornou claro que a consecução da paz e da estabilidade tem de assentar na resolução da questão palestiniana”, disse.
Pedro Sánchez revela hoje calendário para Espanha reconhecer Palestina
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, revela esta quarta-feira no parlamento nacional o dia em que o Governo que lidera reconhecerá o Estado da Palestina, previsivelmente em simultâneo com outros países europeus.
O próprio Sánchez afirmou na semana passada que prevê revelar esta quarta-feira, perante o plenário dos deputados espanhóis, “o dia em que Espanha reconhecerá o Estado palestiniano”, através de uma resolução do Conselho de Ministros.
O primeiro-ministro do Partido Socialista espanhol (PSOE) disse, numa entrevista à televisão La Sexta na semana passada, estar a ultimar a coordenação com outros países para “haver uma declaração e um reconhecimento conjunto” da Palestina.
PAM avisa que falta de segurança pode condenar cais na Faixa de Gaza
O Programa Alimentar Mundial (PAM) alertou hoje que o projeto de um cais para entrega de ajuda à Faixa de Gaza pode falhar, a menos que Israel comece a fornecer as condições para os grupos humanitários operarem com segurança.
As entregas no cais, instalado no território palestiniano, foram interrompidas no domingo, depois de uma caravana de ajuda humanitária não conseguir chegar aos armazéns conforme o planeado, segundo o PAM, após os primeiros 10 camiões terem alcançado a estrutura na sexta-feira.
A agência da ONU está agora a reavaliar a logística e as medidas de segurança e a procurar rotas alternativas dentro da Faixa de Gaza, disse a porta-voz da organização, Abeer Etefa.
Pelo menos 7 palestinianos mortos e 25 feridos em incursão militar israelita na Cisjordânia
Pelo menos sete palestinianos foram esta terça-feira mortos e outros 25 feridos no decurso de uma incursão militar israelita que ainda prossegue após 12 horas de assédio no acampamento de refugiados da cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada.
Entre os mortos, informou a agência palestiniana Wafa, incluem-se dois adolescentes de 15 e 16 anos, para além de Osayd Kamal Jabareen, 51 anos, chefe do Departamento de cirurgia do hospital governamental de Jenin, um professor de 48 anos que se dirigia de carro para o trabalho e um estudante de 22 anos.
O Exército israelita indicou que está a efetuar uma “operação antiterrorista” na zona, com base em informações dos serviços secretos internos, e confirmou que investiga “acusações” sobre feridos “não envolvidos”, a forma como se refere à população local.
20:11 | 21/05
Correio da Manhã
Ministro israelita ordena a devolução do equipamento da AP
O ministro israelita das Comunicações, Shlomo Karhi, disse que ordenou a devolução do equipamento de filmagem pertencente à Associated Press, informou a agência noticiosa Axios citada pela Reuters.
As autoridades israelitas confiscaram o equipamento da AP, alegando que a agência de notícias estava a infringir a lei ao fazer uma transmissão em direto para a televisão Al Jazeera, segundo a AP e o Ministério das Comunicações de Israel.
EUA acreditam em cessar-fogo mas pedido do Tribunal Penal Internacional contra Israel complica conclusão
Os Estados Unidos consideram que ainda é possível um cessar-fogo entre Israel e Hamas em Gaza, mas que esses esforços foram dificultados pelo pedido do procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) de mandados de captura para dirigentes israelitas.
“Penso que estivemos muito, muito perto em duas ocasiões”, disse o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, numa audição parlamentar, elogiando os “esforços consideráveis” feitos pelos mediadores egípcios e do Qatar.
“Estamos a trabalhar nisso todos os dias. Penso que ainda há uma possibilidade”, acrescentou.
ONU defende jornalismo sem assédio após “chocante” corte de transmissão em Gaza
O porta-voz do secretário-geral da ONU considerou esta terça-feira “chocante” a apreensão de uma câmara e equipamento de transmissão da agência norte-americana Associated Press (AP) por parte de Israel e defendeu que os jornalistas possam trabalhar “livres de assédio”.
“Vi os relatos na imprensa israelita esta manhã e, francamente, é bastante chocante. Penso que os jornalistas precisam de poder fazer o seu trabalho livremente”, disse o porta-voz, Stéphane Dujarric, ao ser questionado sobre a reação de António Guterres à ação de Israel.
“A Associated Press (…) deveria ter permissão para fazer o seu trabalho livremente e livre de qualquer assédio”, acrescentou, no seu ‘briefing’ diário à imprensa, em Nova Iorque.
França e Polónia rejeitam equiparações entre Israel e Hamas após pedido do Tribunal Penal Internacional
França e Polónia criticaram esta terça-feira eventuais “equiparações” entre Israel e Hamas decorrentes do pedido do procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) de mandados de captura de dirigentes israelitas, incluindo o primeiro-ministro, e do grupo islamita palestiniano.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, considerou “inaceitável” a comparação feita “entre os líderes de uma organização terrorista e o primeiro-ministro de Israel”, mas admitiu que a “evolução política de [Benjamin] Netanyahu suscita ceticismo em relação ao que está a fazer”.
Disse ainda que não se considera um “fã” do primeiro-ministro israelita, uma vez que o conhece “há muito tempo”, segundo o diário ‘Rzeczpospolita’.
Entrada de alimentos suspensa em Rafah e hospital sob assalto israelita no norte de Gaza
A agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) anunciou esta terça-feira a suspensão da entrada de alimentos em Rafah por motivos de segurança, enquanto era anunciado novo ataque israelita a um hospital no norte de Gaza.
A UNRWA considerou que os ataques e a presença de tanques israelitas em Rafah, extremo sul da Faixa de Gaza, impedem o acesso ao centro de distribuição desta organização e ao armazém do Programa Alimentar Mundial (PAM), originando o fim do fornecimento de alimentos nessa zona pelas duas instituições.
“A operação militar israelita em Rafah está a prejudicar diretamente a ação dos organismos de ajuda para disponibilizar recursos humanitários críticos em Gaza”, informou a UNRWA em comunicado.
Casa Branca “obviamente preocupada” com corte de transmissão da AP em Gaza
A porta-voz da Casa Branca disse esta terça-feira estar “obviamente preocupada” com o facto de Israel ter cortado a transmissão de vídeo em direto da agência norte-americana Associated Press (AP) a partir de Gaza.
“Vamos analisar o assunto”, disse Karine Jean-Pierre, em declarações à imprensa.
A agência de notícias denunciou hoje que as autoridades israelitas apreenderam uma câmara e equipamento de transmissão a funcionários no sul de Israel, acusando a AP de violar a proibição que impuseram à televisão Al Jazeera.
Israel impede agência noticiosa AP de transmitir imagens de Gaza
As autoridades israelitas apreenderam hoje uma câmara e equipamento de transmissão à Associated Press no sul de Israel, acusando a agência noticiosa norte-americana de violar a proibição que impuseram à televisão Al Jazeera.
A denúncia foi feita pela AP, que tem o canal de satélite do Qatar entre os milhares de clientes que recebem transmissões de vídeo em direto da agência.
Presidente de Israel defende normalização de relações com Riade
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, pediu esta terça-feira esforços para se alcançar um acordo de normalização das relações diplomáticas com a Arábia Saudita.
De acordo com o jornal Times of Israel, Herzog revelou numa conferência organizada pelo Instituto Israelita para a Democracia que, durante uma reunião recente com o Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca (Estados Unidos), Jake Sullivan lhe comunicou que “há uma opção para a normalização com a Arábia Saudita”.
Israel reclama a morte de um comandante do Hezbollah no sul do Líbano
O Exército israelita confirmou que matou durante um ataque aéreo um comandante do Hezbollah, Qasam Saqlawi, responsável pelos disparos de mísseis na zona costeira do sul do Líbano.
“Ontem, segunda-feira, na zona de Tiro, no Líbano, um avião da Força Aérea atacou e eliminou o terrorista Qasam Saqlawi, comandante do complexo de mísseis e foguetes de artilharia no setor costeiro do Hezbollah”, refere um comunicado militar.
O Exército acusa Saqlawi de planear e executar numerosos ataques com foguetes contra Israel, bem como mísseis antitanque.
MNE italiano considera inaceitável equiparação entre Israel e o Hamas
O chefe da diplomacia de Itália, Antonio Tajani, considerou inaceitável a equiparação entre o Hamas e Israel, cujos dirigentes foram visados pelo procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI).
“É absolutamente inaceitável equiparar o Hamas e Israel, os líderes do grupo terrorista que lançou a guerra em Gaza massacrando cidadãos inocentes e os líderes do governo eleito pelo povo israelita”, afirmou Tajani numa entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera publicada hoje.
O procurador principal do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, acusou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e três dirigentes do Hamas – Yehya Sinwar, Mohammed Deif e Ismail Haniyeh – de crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza e em Israel.
Sete palestinianos mortos em confrontos com soldados de Israel em Jenin
Sete cidadãos palestinianos morreram esta terça-feira em confrontos com o Exército de Israel no campo de refugiados de Jenin no norte da Cisjordânia.
De acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, nove pessoas ficaram feridas na sequência dos mesmos confrontos.
Entre os mortos conta-se um cirurgião do hospital de Jenin, Aseed Jabareen, “atacado no acesso ao centro médico”, o professor Allam Jadarat e um aluno, que se encontravam numa escola, disse o diretor do hospital, Wissam Bakr, citado pela agência noticiosa oficial palestiniana Wafa.
Cinco mortos no Líbano em ataque atribuído a Israel
Cinco pessoas, incluindo quatro combatentes do Hezbollah, foram mortas esta segunda-feira no sul do Líbano, de acordo com o grupo xiita e a agência oficial libanesa (ANI).
“Pelo menos quatro combatentes do Hezbollah foram mortos em ataques em Naqoura e Meiss el-Jabal”, duas cidades fronteiriças, disse à agência France Presse (AFP) uma fonte próxima do grupo xiita.
Um combatente do Hezbollah também foi morto num ataque na vizinha Síria atribuído a Israel, indicou outra fonte do grupo libanês aliado do Irão à AFP.
Estudantes em protesto invadem Faculdade de Ciências da UPorto
Cerca de 50 estudantes esta segunda-feira concentrados desde o início da tarde em manifestação na Faculdade de Ciência da Universidade do Porto (UPorto) invadiram, pelas 20h00, as instalações, em resposta à “posição intransigente” da diretora.
Cerca das 19h30, uma comitiva dos estudantes reuniu com Ana Cristina Freire, diretora da faculdade, para tentar um entendimento que levasse a UPorto a cortar relações com Israel, na sequência do conflito na Faixa de Gaza.
Minutos depois do porta-voz, Tomás Nery, ter comunicado por altifalante aos cerca de 100 estudantes reunidos, que a diretora lhes tinha dito “ponham-se a andar daqui”, os manifestantes avançaram para o interior da faculdade, cujo jardim ocupam desde quinta-feira.
Biden critica mandado de captura solicitado pelo procurador do Tribunal Penal Internacional
O Presidente norte-americano, Joe Biden, criticou esta segunda-feira o mandado de captura solicitado pelo procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra dirigentes israelitas, rejeitando qualquer “equivalência” entre Israel e Hamas.
O pedido do procurador é “ultrajante”, afirmou Biden numa declaração, argumentando que “independentemente do que o procurador insinua, não há equivalência entre Israel e o Hamas, nenhuma”.
“Estaremos sempre ao lado de Israel contra as ameaças à sua segurança”, sublinhou.
Milhares de manifestantes israelitas exigem demissão de Netanyahu frente ao parlamento de Israel
Milhares de manifestantes israelitas concentraram-se esta segunda-feira nas ruas frente ao Knesset (parlamento) em Jerusalém para exigir a demissão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e a convocação de eleições antecipadas.
“Tu és o líder. És o culpado”, gritaram os manifestantes, muitos provenientes de outras zonas do país para integrar uma caravana lenta que provocou atrasos na entrada da cidade.
Também participaram no protesto, que coincide com o regresso dos trabalhos parlamentares após uma pausa de primavera de seis semanas familiares dos reféns israelitas em Gaza que exigem um acordo de cessar-fogo com o grupo islamista palestiniano Hamas para a libertação dos sequestrados.
Biden critica mandado de captura solicitado pelo procurador do Tribunal Penal Internacional
O Presidente norte-americano, Joe Biden, criticou esta segunda-feira o mandado de captura solicitado pelo procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra dirigentes israelitas, rejeitando qualquer “equivalência” entre Israel e Hamas.
O pedido do procurador é “ultrajante”, afirmou Biden numa declaração, argumentando que “independentemente do que o procurador insinua, não há equivalência entre Israel e o Hamas, nenhuma”.
“Estaremos sempre ao lado de Israel contra as ameaças à sua segurança”, sublinhou.
Israel diz ter “eliminado” centenas de combatentes palestinianos em Rafah e Jabalia
O Exército de Israel assegurou hoje ter “eliminado” centenas de alegados combatentes palestinianos nas suas operações das últimas semanas em toda a Faixa de Gaza.
As Foças Armadas referiram-se a pelo menos 200 mortos na cidade de Jabalia e no seu acampamento de refugiados (norte do enclave) em operações da divisão 98, e no terreno desde 11 de maio, segundo um comunicado militar.
As forças israelitas também referiram que 130 supostos combatentes foram mortos a leste de Rafah (sul), desde a entrada da divisão 162, em 07 de maio.
Human Rights Watch pede proteção à independência do Tribunal Penal Internacional
A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) pediu esta segunda-feira aos países membros do Tribunal Penal Internacional (TPI) que protejam a sua independência face a “pressões hostis que provavelmente aumentarão”.
A declaração, assinada pelo diretor de Justiça Internacional da organização não-governamental, Balkees Jarrah, surge num momento em que os juízes do TPI estão a examinar o pedido do procurador Karim Khan para que emitam um mandado de detenção contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, contra o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, e contra os três principais líderes do grupo islamita palestiniano Hamas.
A HRW acredita que o pedido de Khan de mandados de prisão foi feito perante “pressão dos legisladores dos Estados Unidos e outros”, e que, apesar disso, “reafirma o papel crucial do tribunal”.
Primeiro-ministro palestiniano agradece a Portugal voto favorável na ONU e ajuda humanitária
O primeiro-ministro palestiniano agradeceu a Portugal o voto favorável ao alargamento dos direitos da Palestina nas Nações Unidas e o apoio humanitário, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
“O primeiro-ministro palestiniano [Mohammed Mustafa] conversou, esta manhã, com o MNE @PauloRangel_pt, para agradecer o voto favorável na AGNU [Assembleia-Geral das Nações Unidas], assim como todo o apoio dado à Palestina, designadamente a ajuda humanitária. Saudou ainda os apelos ao cessar-fogo imediato”, referiu o ministro português, na rede social X.
Em 10 de maio, a Assembleia-Geral da ONU aprovou, com apoio esmagador de 143 países, incluindo Portugal, uma resolução que concede “direitos e privilégios adicionais” à Palestina e apela ao Conselho de Segurança que reconsidere favoravelmente o seu pedido de adesão plena à organização.
14:04 | 20/05
Correio da Manhã
Mais de 35.562 palestinianos mortos e 79.652 feridos desde 7 de outubro de 2023
Mais de 35.562 palestinianos foram mortos e 79.652 ficaram feridos na ofensiva militar israelita em Gaza desde 7 de outubro, informou o Ministério da Saúde de Gaza em comunicado, citado pela Reuters.
106 palestinianos foram mortos e 176 ficaram feridos nas últimas 24 horas, acrescentou o ministério.
Mortes na Faixa de Gaza ultrapassam as 35 400
As mortes na Faixa de Gaza atingiram este domingo as 35 456, depois de se terem registado pelo menos 70 em ataques de artilharia e bombardeamentos israelitas nas últimas 24 horas, comunicou o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas.
Os ataques israelitas também causaram pelo menos 110 feridos nas últimas 24 horas, pelo que o número total é agora de 79 476, segundo o mesmo balanço das autoridades de Gaza, citado pela agência EFE.
No campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, um bombardeamento israelita contra um edifício residencial matou pelo menos 31 habitantes ao início da manhã, incluindo mulheres e crianças, informaram hoje os serviços de resgate de Gaza, ouvidos pela mesma agência noticiosa.
23:02 | 19/05
Correio da Manhã
Camião de ajuda humanitária bloqueado na Cisjordânia. Mantimentos foram atirados para a estrada
Um camião de ajuda humanitária foi bloqueado na Cisjordânia, este domingo. Os mantimentos foram depois atirados para a estrada, avança o The Times of Israel.
Irão confirma negociações com os EUA para evitar escalada de ataques no Médio Oriente
O Irão confirmou este domingo que as negociações com os Estados Unidos que visam evitar uma escalada de ataques no Médio Oriente continuam em Omã mas de forma indireta pois estes dois países não mantêm relações diplomáticas.
Pelo menos 20 palestinianos mortos em ataques israelitas em Gaza
Pelo menos 20 civis, incluindo um jornalista, morreram, na madrugada deste domingo, na sequência de ataques do exército israelita na Faixa de Gaza, informou o jornal palestiniano Filastin.
Dezanove palestinianos foram mortos num ataque a uma casa a norte do campo de refugiados de Nuseirat, no centro do enclave, de acordo com o jornal diário.
As equipas de emergência tiveram de interromper as operações de busca devido à “falta de capacidade”, informou ainda o Filastin.
Militares israelitas dizem ter recuperado o corpo de mais um refém morto em Gaza
As forças armadas israelitas informaram que recuperaram o corpo de Ron Binyamin, que se encontrava entre as 252 pessoas sequestradas pelo Hamas a 7 de outubro.
O porta-voz militar, contra-almirante Daniel Hagari, disse que Binyamin foi encontrado com três outros reféns mortos, cujo repatriamento foi anunciado na sexta-feira. Citando informações dos serviços secretos, os militares disseram que todos tinham sido mortos a 7 de outubro.
Papa abraça israelita e palestiniano que perderam familiares no conflito
O Papa Francisco abraçou este sábado, durante um ato na cidade italiana de Verona, um israelita e um palestiniano que perderam familiares no conflito em curso no Médio Oriente, que classificou como uma “derrota histórica”.
16:52 | 17/05
Correio da Manhã
Forças israelitas recuperam corpos de três reféns do Hamas em Gaza
As forças israelitas resgataram, esta sexta-feira, os corpos de três reféns da Faixa de Gaza, informou o porta-voz militar Daniel Hagari, segundo a Reuters.
Hagari identificou os reféns como Shani Louk, Amit Buskila e Itzhak Gelerenter, que, segundo ele, foram mortos pelo Hamas no festival de música Nova.
13:23 | 17/05
Correio da Manhã
Presidente do governo espanhol vai reconhecer Estado palestiniano em conjunto com outros países
O presidente do governo espanhol só vai reconhecer o Estado palestiniano em conjunto com outros países, relatou esta sexta-feira a agência Reuters.
Numa entrevista ao canal televisivo La Sexta, Pedro Sánchez negou que esse reconhecimento vá acontecer a 21 de maio.
Ajuda humanitária desembarcada em cais temporário construído em Gaza
O Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) informou esta sexta-feira que vários camiões com ajuda humanitária começaram a desembarcar, pela primeira vez, na Faixa de Gaza através do cais flutuante construído pelos norte-americanos na costa do enclave palestiniano.
“Hoje, aproximadamente às 9h00, horário local (7h00 em Lisboa), camiões com ajuda humanitária começaram a desembarcar através do cais temporário em Gaza. Este é um esforço multinacional contínuo para fornecer ajuda adicional à população civil palestiniana através de um corredor marítimo de caráter totalmente humanitário”, disse o CENTCOM num comunicado, citado pela agência de notícias EFE.
O Exército dos Estados Unidos descartou o envio de tropas para a zona e especificou que os camiões contêm principalmente “produtos básicos doados por vários países e organizações humanitárias” para aliviar a grave crise enfrentada pelos palestinianos na zona.
Egito lamenta falta de vontade para resolver conflito palestiniano
O Presidente egípcio lamentou esta quinta-feira que haja falta de vontade política na comunidade internacional para resolver o conflito palestiniano e acusou Israel de cometer um massacre na Faixa de Gaza e de deslocar a população do território à força.
No seu discurso na cimeira da Liga Árabe, no Bahrein, Abdel Fattah al-Sisi afirmou que “não existe uma verdadeira vontade política internacional disposta a pôr fim à ocupação” de Israel na Palestina, nem “a abordar as raízes do conflito através da solução de dois estados”.
O Presidente egípcio defendeu que a região se encontra num “momento decisivo”, entre a “infeliz incapacidade” da comunidade internacional para travar o cerco e os massacres atribuídos a Israel, que “continua a fugir à sua responsabilidade” para um cessar-fogo na Faixa de Gaza entre as forças de Telavive e o grupo islamita palestiniano Hamas.
Patricarca católico latino de Jerusalém visita Gaza
O patriarca católico latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, encontra-se em visita pastoral a Gaza para entregar uma “mensagem de esperança, solidariedade e apoio” perante o ambiente de guerra, anunciou esta quinta-feira o Patriarcado de Jerusalém.
“Sua beatitude, o cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca de Jerusalém, entrou em Gaza e juntou-se em visita pastoral à paróquia da Sagrada Família” da Cidade de Gaza, informou, em comunicado, este patriarcado católico cuja diocese inclui Chipre, Jordânia, Territórios Palestinianos e Israel.
De acordo com este comunicado, a visita é a “primeira etapa de uma missão humanitária conjunta do Patriarcado Latino e da Ordem Soberana de Malta”, destinada a entregar alimentos e ajuda médica à população do território palestiniano.
Estados Unidos concluem construção de cais flutuante ao largo de Gaza
Os militares norte-americanos terminaram a instalação de um cais flutuante para a Faixa de Gaza, com os funcionários prontos para começar a transportar a ajuda humanitária para o enclave.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou a construção da estrutura há dois meses.
A porta-voz do Pentágono (Departamento de Defesa dos Estados Unidos) Sabrina Singh disse aos jornalistas que o projeto vai custar pelo menos 320 milhões de dólares, incluindo o transporte do equipamento e das secções do cais dos Estados Unidos para a costa de Gaza, bem como a construção e as operações de entrega.
Israelitas voltam a deter e vandalizar coluna humanitária para Gaza
Um grupo de israelitas bloqueou e vandalizou esta quarta-feira uma coluna humanitária jordana que transportava ajuda para a Faixa de Gaza, noticiou a comunicação social israelita.
Em vídeos divulgados nas redes sociais, vê-se um grupo de pessoas a retirar sacos de um camião e a atirá-los para a estrada, enquanto mais adiante disparos de armas de fogo cortam a passagem ao veículo.
Segundo o diário The Times of Israel, o incidente ocorreu próximo do colonato israelita de Beit El, na Cisjordânia ocupada.
Hezbollah reivindica ataque a base israelita a 30 quilómetros do Líbano
O grupo xiita libanês Hezbollah disse esta quarta-feira que intensificou os seus ataques contra Israel e que alvejou pela primeira vez uma base militar perto de Tiberíades, a cerca de 30 quilómetros da fronteira com o Líbano.
Em comunicado, o Hezbollah assumiu a responsabilidade por estes ataques em resposta a um bombardeamento israelita que matou um comandante local do movimento no dia anterior.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, a 7 de outubro, registam-se trocas diárias de tiros transfronteiriços entre o Exército israelita e o Hezbollah.
Netanyahu rejeita “catástrofe humanitária” em Rafah
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou esta quarta-feira que Israel evitou a “catástrofe humanitária” temida internacionalmente em Rafah, onde estão 1,4 milhões de pessoas e há uma semana decorre uma operação militar israelita.
“De momento, cerca de meio milhão de pessoas foram retiradas da zona de combate de Rafah. A catástrofe humanitária de que temos estado a falar não aconteceu e não acontecerá”, afirmou o chefe de Governo, citado em comunicado.
As forças israelitas estão a “combater em toda a Faixa de Gaza”, incluindo Rafah, “enquanto retiram a população civil e cumprem as suas obrigações para satisfazer as necessidades humanitárias”, acrescentou.
12:59 | 15/05
Correio da Manhã
Israel rejeita apoio da ONU para reconhecimento do Estado Palestiniano
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse, esta quarta-feira, que o governo tomou a decisão unânime de rejeitar o reconhecimento de um Estado Palestiniano, apoiado pela ONU, segundo a Reuters.
“Não permitiremos que estabeleçam um Estado de terror a partir do qual nos possam atacar ainda mais. Ninguém nos impedirá, a nós, Israel, de exercer o nosso direito básico de nos defendermos – nem a Assembleia Geral da ONU, nem qualquer outra entidade”, declarou Netanyahu.
EUA vão enviar mais de mil milhões de euros em armas para Israel
O Governo do Presidente dos EUA, Joe Biden, vai enviar para Israel armas no valor de 1,16 mil milhões de euros, disseram funcionários governamentais a comissões do Congresso norte-americano, informou o The Wall Street Journal.
O pacote de ajuda consiste em 700 milhões de dólares norte-americanos (646 milhões de euros) em munições para tanques, 500 milhões de dólares (462 milhões de euros) em veículos táticos e 60 milhões de dólares (55,4 milhões de euros) em morteiros, disseram os funcionários, que pediram para não ser identificados.
A decisão surge depois de, no início do mês, a Casa Branca ter suspendido um carregamento de cerca de 3.500 bombas por recear que um ataque planeado para o sul da Faixa de Gaza pudesse causar vítimas civis.
450 mil pessoas fogem de Rafah enquanto Israel avança a oeste da cidade
Cerca de 450 mil pessoas fugiram de Rafah desde 06 de maio, revelou a Agência das Nações Unidas UNRWA, enquanto o exército israelita intensificou a sua ofensiva contra aquela cidade do extremo sul da Faixa de Gaza.
“As ruas estão vazias em Rafah e as famílias fogem em busca de segurança. As pessoas enfrentam constante exaustão, fome e medo. Nenhum lugar é seguro. Um cessar-fogo imediato é a única esperança”, descreveu a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente conhecida por UNRWA.
Até há uma semana Rafah abrigava 1,4 milhões de pessoas.
HRW pede pressão de aliados de Israel para evitar ataques a ONG em Gaza
A organização Human Rights Watch (HRW) instou esta terça-feira os aliados de Israel a reforçarem a pressão, incluindo com sanções, para evitar ataques israelitas a trabalhadores humanitários em Gaza, enumerando oito incidentes desde outubro de 2023.
A HRW publicou um relatório onde descreve pelo menos oito ataques a caravanas e instalações de trabalhadores humanitários pelas forças israelitas, apesar de estas terem sido avisadas com respetivas coordenadas.
Por outro lado, acrescentou, as autoridades israelitas não emitiram avisos prévios a nenhuma das organizações humanitárias antes dos ataques, resultando na morte ou ferimento de pelo menos 31 trabalhadores humanitários e pessoas que os acompanhavam.
Presidente turco diz que mais de 1.000 membros do Hamas estão hospitalizados na Turquia
Mais de 1.000 membros do Hamas estão atualmente hospitalizados na Turquia, divulgou esta segunda-feira o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan, reafirmando que não considera o movimento islamita palestiniano, em guerra com Israel na Faixa de Gaza, uma organização terrorista.
“Morrem tantos membros do Hamas. Todo o Ocidente os ataca com todos os tipos de armas e munições”, sublinhou o chefe de Estado turco, em declarações aos jornalistas ao lado do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis.
“Considerar o Hamas (…) uma organização terrorista seria cruel”, frisou, lembrando que a Grécia e a Turquia “não concordam” nesta questão “muito importante”.
Maldivas vai juntar-se a África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça contra Israel
O governo das Maldivas anunciou esta segunda-feira a intenção de se juntar à denúncia apresentada no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) pela África do Sul contra Israel por alegadamente cometer “genocídio” na Faixa de Gaza.
“O Governo das Maldivas declarou a sua intenção de intervir no caso apresentado pela África do Sul contra Israel no TIJ, com a premissa de que Israel viola a Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio”, disse em comunicado o gabinete presidencial.
O país insular considera que “as exigências de Israel para a retirada imediata de milhares de civis palestinianos que procuram refúgio no leste de Rafah são uma prova do incumprimento por parte de Israel das medidas provisórias ordenadas pelo Tribunal Internacional de Justiça”, de acordo com o texto.
Líder do Hezbollah pede ao Líbano saída de refugiados sírios para UE
O líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hasan Nasrallah, pediu esta segunda-feira, ao Líbano a saída de barcos com refugiados sírios da costa do país para a Europa, entre uma polémica sobre um financiamento anunciado pela União Europeia (UE).
“Peço que seja adotada uma posição nacional libanesa para abrir o mar à partida voluntária dos sírios deslocados em direção à Europa (…) Quando uma decisão como esta for tomada, todos os ocidentais e europeus virão ao Líbano, e, em vez de pagarem mil milhões, [pagarão] 20 mil milhões”, disse Nasrallah num discurso televisionado.
No dia 02 de maio, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou, durante uma visita a Beirute, um pacote de ajuda comunitária ao Líbano no valor de mil milhões de euros até 2027, valor a ser distribuído por vários projetos de desenvolvimento.
Espanha pede apoio da ONU a conferência de paz sobre Palestina
P>Nações Unidas, 13 mai 2024 (Lusa) – O Governo espanhol pediu esta segunda-feira à Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) que apoie a proposta de uma conferência de paz sobre a questão palestiniana a realizar-se em Espanha.
O embaixador espanhol na ONU, Héctor Gómez, garantiu que esta conferência de paz, que ainda não tem data, já conta com o apoio da União Europeia, da Liga Árabe e da Organização da Conferência Islâmica, o que implica o apoio de “mais de oitenta Estados”, enfatizou.
O apelo de Gómez foi feito numa sessão dedicada às “explicações de voto”, depois de Espanha ter apoiado – e até copatrocinado – a resolução aprovada na sexta-feira por uma esmagadora maioria da Assembleia-Geral (143 votos a favor e nove contra) para pedir ao Conselho de Segurança que reconsidere a adesão plena da Palestina às Nações Unidas.
Força Aérea israelita atacou 120 alvos do Hamas em 24 horas
A Força Aérea israelita atacou 120 alvos militares do Hamas na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, enquanto as suas tropas terrestres operam em Rafah, no sul, e em Zeitun e Jabalia, no norte, informou esta segunda-feira o Exército.
A 162.ª Divisão está a combater no leste de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde dizem ter matado vários combatentes do Hamas, bem como localizado e confiscado armas encontradas numa escola e destruído infraestruturas militares.
Em Jabalia, onde Israel retomou a sua ofensiva militar, a 98.ª divisão combate para impedir que o Hamas se reagrupe naquela cidade do norte de Gaza, onde desde domingo decorrem combates sangrentos.
Guterres pede investigação a ataque em Rafah que matou funcionário da ONU
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu uma investigação completa ao ataque que resultou na morte de um funcionário da ONU na manhã desta segunda-feira na região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
“O secretário-geral ficou profundamente triste ao saber da morte de um funcionário do Departamento de Segurança e Proteção das Nações Unidas e do ferimento de outro funcionário do mesmo departamento quando o seu veículo da ONU foi atingido ao deslocarem-se para o Hospital Europeu em Rafah, esta manhã”, disse o porta-voz adjunto de Guterres, Farhan Haq.
António Guterres condenou todos os ataques contra o pessoal da ONU e apelou a uma “investigação completa”, enviando as suas condolências à família do funcionário que perdeu a vida no ataque de hoje.
Crescente Vermelho Palestiniano anuncia libertação de dois funcionários detidos por Israel em Gaza
O Crescente Vermelho Palestiniano anunciou esta segunda-feira a libertação de dois dos seus funcionários que estavam há quase 50 dias detidos pelas forças de segurança israelitas na Faixa de Gaza.
Os dois elementos tinham sido detidos em março durante uma ofensiva do exército israelita nas imediações do hospital Al Amal, em Khan Younis, no sul do enclave palestiniano.
“Esta manhã, as forças de ocupação libertaram dois membros da equipa de ambulâncias do Crescente Vermelho Palestiniano: Ahmad Abdul Khaliq Abu Taima e o paramédico Mumin Shabab al Taif”, anunciou a organização numa mensagem divulgada na rede social x (antigo Twitter).
17:17 | 13/05
Correio da Manhã
Braço armado do Hamas diz ter perdido contacto com os militantes que guardavam quatro reféns israelitas
O braço armado do Hamas, as Brigadas Al Qassam, disse esta segunda-feira que tinha perdido o contacto com os homens que guardavam quatro reféns israelitas, incluindo o cidadão americano-israelita Hersh Goldberg-Polin, devido aos bombardeamentos israelitas em Gaza nos últimos 10 dias, avança a Reuters.
Israel reconhece falhas de proteção no ataque de 07 de outubro
O chefe dos serviços de informações de Israel reconheceu esta segunda-feira que os serviços de segurança interna “falharam na proteção” dos cidadãos israelitas durante os ataques do Hamas de 07 de outubro de 2023.
Bispo José Ornelas condena “escândalo dos escândalos” que é a morte de milhares de crianças em Gaza
O bispo de Leiria-Fátima condenou esta segunda-feira, no final da peregrinação de maio ao santuário da Cova da Iria, a guerra na Faixa de Gaza, considerando “escândalo dos escândalos” a morte de milhares de crianças.
Blinken reitera apoio dos EUA a Israel mas opõe-se a operação em Rafah
O secretário de Estado norte-americano manifestou este domingo ao ministro da Defesa israelita o “firme compromisso” dos EUA com a segurança de Israel, mas expressou oposição à operação militar terrestre em Rafah, na Faixa de Gaza.
Durante uma conversa telefónica entre o chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, e o responsável pela Defesa de Israel, Yoav Gallant, foram discutidos a situação na Faixa de Gaza, “os esforços em curso para garantir a libertação dos reféns” e o objetivo comum de derrotar o movimento islamita palestiniano Hamas, informou o Departamento de Estado em comunicado.
No entanto, o secretário de Estado norte-americano reafirmou a “oposição dos Estados Unidos a uma grande operação militar terrestre” na zona sul de Rafah.
18:48 | 12/05
Correio da Manhã
Israel abre nova passagem em Gaza para ajuda humanitária
Israel afirmou, este domingo, ter aberto, em coordenação com os EUA, uma nova passagem em Gaza para ajuda humanitária, segundo a Reuters.
A travessia “Erez Ocidental” foi aberta no norte da Faixa de Gaza.
09:02 | 12/05
Correio da Manhã
Presidente da Colômbia diz que Netanyahu vai ficar para a história como um “genocida”
O presidente colombiano, Gustavo Petro, numa publicação no X, disse: “Sr. Netanyahu, vai ficar na história como um genocida. Lançar bombas sobre milhares de crianças, mulheres e idosos inocentes não faz de si um herói”.
Segundo o Al Jazeera, o presidente comparou Netanyahu com os nazis que mataram milhões de judeus na Europa e afirmou que “um genocídio é um genocídio”, independentemente da religião dos mortos.
Anteriormente, Netanyahu tinha chamado a Petro “um apoiante antissemita do Hamas”, depois de o líder colombiano ter pedido a prisão do primeiro-ministro israelita por causa da morte de palestinianos em Gaza.
08:58 | 12/05
Correio da Manhã
António Guterres apela a um cessar-fogo “imediato” em Gaza
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, voltou a apelar ao fim imediato da guerra em Gaza, ao regresso dos prisioneiros e a um “aumento” da ajuda humanitária ao território palestiniano sitiado, avança o Al Jazerra.
“Um cessar-fogo será apenas o início”, afirmou o Secretário-Geral da ONU, num discurso em vídeo proferido durante uma conferência internacional de doadores no Kuwait, acrescentando que “será um longo caminho para recuperar da devastação e do trauma desta guerra”.
22:36 | 11/05
Correio da Manhã
Israel impede que Hamas restabeleça capacidades militares em Jabalia
As forças israelitas estão a impedir que o Hamas restabeleça capacidades militares em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, segundo o porta-voz militar de Israel, citado pela Reuters.
“Identificámos nas últimas semanas tentativas do Hamas para reabilitar as suas capacidades militares em Jabalia. Estamos a operar no local para eliminar essas tentativas”, disse o contra-almirante Daniel Hagari.
Hagari afirmou, também, que Israel matou 30 militantes palestinianos em Zeitoun.
08:14 | 11/05
Correio da Manhã
Israel apela aos residentes das zonas do leste de Rafah para que se retirem para zona humanitária
Israel apelou, este sábado, aos residentes das zonas de Rafah, na Faixa de Gaza, para que se retirem e se desloquem para a “zona humanitária alargada” em Al-Mawasi, de acordo com uma publicação no X do porta-voz militar árabe, avança a Reuters.
07:27 | 11/05
Correio da Manhã
Hezbollah reivindica ataque a instalações militares israelitas
O Hezbollah afirma ter disparado rockets contra a base militar israelita de Ramia, perto da fronteira com o Líbano, atingindo-a diretamente, informa a Agência Nacional de Notícias do Líbano e avança o Al Jazeera.
As forças armadas israelitas ainda não se pronunciaram até ao momento.
O ataque surge depois de os militares israelitas terem alegadamente efetuado, na sexta-feira, vários ataques aéreos a cidades do sul do Líbano.
Um dos ataques atingiu um local de transmissão de telemóveis em Tayr Harfa e matou civis, incluindo um paramédico e um trabalhador.
Um outro ataque atingiu uma casa na aldeia meridional de Yarine, e matou um combatente do Hezbollah.
Venezuela insta EUA a reconhecer a Palestina como membro pleno da ONU
A Venezuela saudou o resultado da votação na ONU, em que 143 dos 193 Estados votaram a favor da integração da Palestina e instou os Estados Unidos a reconhecer o país como membro pleno da organização.
“A República Bolivariana da Venezuela celebra a vitória diplomática do valente povo palestiniano na Assembleia Geral das Nações Unidas, onde, por esmagadora maioria, os povos e governos do mundo deixaram claro que a Palestina deve ser admitida como membro das Nações Unidas, concedendo-lhe uma extensão dos direitos a que tem direito como Estado livre, soberano e independente”, de acordo com um comunicado divulgado na sexta-feira em Caracas.
No documento, o Ministério de Relações Exteriores venezuelano afirmou que “foi a posição isolada, arbitrária e injusta dos Estados Unidos, que, como membro permanente do Conselho de Segurança, tem abusado do direito de veto e da posição de poder, que impediu, por enquanto, a entrada da Palestina como membro de pleno direito, pelo que apela a esse país para reconhecer e acatar o mandato da Assembleia Geral de maneira imediata”.
Operação militar israelita em Rafah preocupa mas não passa linhas vermelhas
Os EUA “observam com preocupação” a operação militar israelita em curso em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, mas não consideram que exceda as linhas vermelhas definidas por Joe Biden, disse um porta-voz da Casa Branca.
“Não diria que o que vimos nas últimas 24 horas assinale uma invasão em grande escala ou uma operação terrestre relevante”, disse na sexta-feira John Kirby, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança.
O presidente Joe Biden ameaçou parar o fornecimento de alguns tipos de armas a Israel, em caso de uma ofensiva de grande amplitude contra esta cidade próxima da fronteira com o Egito, onde estão deslocados mais de um milhão de palestinianos.
23:48 | 10/05
Correio da Manhã
Israel pode ter violado o direito internacional com armas fornecidas pelos EUA
O governo de Joe Biden disse esta sexta-feira que o uso de armas fornecidas pelos EUA por Israel pode ter violado o direito internacional humanitário durante a operação militar em Gaza, avança a Reuters.
Segundo a mesma fonte, os EUA afirmam que devido ao caos da guerra em Gaza, não foi possível verificar os casos específicos em que o uso dessas armas poderia ter violado o direito internacional, ficando aquém de fazer uma avaliação definitiva sobre a questão.
Por esse motivo, a administração decidiu que continua a considerar credíveis as garantias dadas por Israel de que utilizou armas americanas na guerra contra o Hamas.
A avaliação, aparentemente contraditória, foi feita num relatório do Departamento de Estado ao Congresso, exigido por um novo Memorando de Segurança Nacional (NSM).
Israel anuncia entrada de 200 mil litros de combustível na Faixa de Gaza
Israel anunciou esta sexta-feira a entrega de 200 mil litros de combustível na Faixa de Gaza, depois de a ONU ter alertado que suspendeu todas as operações humanitárias no território palestiniano.
O Cogat, órgão do Ministério da Defesa que supervisiona os assuntos civis na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza, anunciou “a transferência de 200 mil litros de combustível para organizações internacionais”, através do ponto de passagem de Kerem Shalom entre Israel e o sul do enclave.
Após a inspeção dos camiões, “o combustível foi transferido para satisfazer as atuais necessidades essenciais da comunidade internacional, incluindo hospitais, zonas humanitárias, centros logísticos e distribuição de ajuda”, segundo o Cogat em comunicado de imprensa.
Conselho de Segurança da ONU expressa “profunda preocupação” com valas comuns em Gaza
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) expressou esta sexta-feira “profunda preocupação” com os relatos da descoberta de valas comuns em Gaza, onde centenas de corpos, incluindo de mulheres, crianças e idosos, foram enterrados.
Num comunicado à imprensa, os membros do Conselho de Segurança sublinharam a necessidade de responsabilização por violações do direito internacional e apelaram a que seja permitido aos investigadores o acesso desimpedido a todos os locais com valas comuns no enclave palestiniano.
O Conselho pediu assim “investigações imediatas, independentes, completas, abrangentes, transparentes e imparciais para estabelecer as circunstâncias” em torno das valas comuns encontradas dentro e ao redor das instalações médicas de Nasser e Al Shifa, no enclave palestiniano.
Portugal saúda reforço dos direitos da Palestina na ONU
A embaixadora de Portugal junto das Nações Unidas (ONU), Ana Paula Zacarias, saudou hoje o reforço dos direitos palestinianos na organização multilateral, considerando ser “um passo positivo em direção a um Estado da Palestina livre, democrático e independente”.
“Israel foi admitido como membro de pleno direito das Nações Unidas há 75 anos, mas o mesmo direito não foi concedido à Palestina. Por isso, hoje votámos a favor e saudamos a adoção desta resolução da Assembleia-Geral”, declarou Ana Paula Zacarias na sede da ONU, em Nova Iorque.
“Saudamos também o reforço dos direitos da Palestina, até que o Conselho de Segurança em última análise concorde em recomendar a sua adesão plena”, acrescentou a diplomata.
África do Sul quer Israel declarado como “Estado de apartheid” e nova intervenção do TIJ
A África do Sul quer que Israel seja declarado como um “Estado de apartheid”, tendo apelado ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que ordene Israel a sair de Rafah, que faz fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito.
“Gostaríamos de ver a formulação de estratégias práticas relativas à adoção da causa palestiniana no Tribunal Penal Internacional (TPI) e no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) para declarar Israel como um estado de apartheid e para mobilizar a sociedade civil, tanto na Palestina como internacionalmente, para apoiar a causa palestiniana”, declarou a chefe da diplomacia de Pretória.
Falando na primeira conferência global anti-apartheid sobre a Palestina, realizada hoje em Joanesburgo, a chefe da diplomacia de Pretória Naledi Pandor instou ainda a comunidade internacional; às Nações Unidas e à sociedade civil a “agir contra o regime colonial de apartheid dos colonos de Israel através de uma série de recomendações, incluindo para que Terceiros Estados tomem medidas no sentido da descolonização completa da Palestina”.
Governo espanhol contra a participação de Israel na final da Eurovisão
A vice-presidente do governo espanhol e ministra do Trabalho, Yolanda Diáz, assumiu-se esta sexta-feira contra a participação de Israel na final do 68.º Festival Eurovisão da Canção, no sábado em Malmö, na Suécia.
ONU lembra Israel dever de respeitar Carta fundadora após intervenção polémica do embaixador
O porta-voz adjunto da ONU lembrou esta sexta-feira que os Estados-membros se comprometeram a respeitar a Carta da Organização após ser questionado sobre as ações do embaixador israelita perante a Assembleia-Geral, onde triturou um exemplar do texto fundador.
“Esta é uma organização que se baseia no respeito pela Carta das Nações Unidas, todos os Estados-membros comprometeram-se a respeitá-la e esperamos que cumpram essa obrigação”, disse o porta-voz adjunto, Farhan Haq, em conferência de imprensa.
Neste sentido, explicou que as Nações Unidas não fazem comentários concretos sobre declarações feitas pelos diferentes representantes.
França e Alemanha consideram “inaceitáveis” protestos de apelo ao boicote de Israel na Eurovisão
Os governos alemão e francês consideraram esta sexta-feira “inaceitáveis” os protestos de apelo à proibição da participação de Israel no 68.º Festival Eurovisão da Canção e ao boicote do concurso por parte de outros países.
Hamas diz que recusa de Israel remete negociações “para o ponto de partida”
O movimento islamita palestiniano Hamas afirmou esta sexta-feira que a “rejeição por Israel” da última proposta de tréguas remete as negociações “para o ponto de partida”.
Em comunicado, o Hamas precisou ter aceitado uma proposta de tréguas que incluía uma retirada israelita de Gaza e uma troca de reféns israelitas e de prisioneiros palestinianos, para a obtenção de um “cessar-fogo permanente”.
As negociações foram interrompidas quinta-feira no Cairo sem um acordo.
ONU exorta Israel a abrir de imediato postos fronteiriços em Gaza
O alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Turk, exortou Israel a abrir passagens fronteiriças em Gaza para permitir a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano, perante o risco de encerramento de serviços de saúde.
Agências das Nações Unidas advertiram que numerosos centros médicos podem interromper as suas operações nos próximos dias por escassez de combustível.
“Estas medidas são indispensáveis para a entradas de alimentos, medicamentos, combustíveis e outras necessidades que devem chegar a uma população desesperada e aterrorizada”, indicou Turk em comunicado.
18:09 | 10/05
Correio da Manhã
Manifestantes incendeiam sede da Agência da ONU para palestinianos em Jerusalém
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) teve que encerrar a sede em Jerusalém depois de alguns manifestantes incendiarem as instalações esta sexta-feira.
“Trata-se de um acontecimento escandaloso. Mais uma vez, a vida do pessoal da ONU esteve em sério risco. É da responsabilidade do Estado de Israel, enquanto potência ocupante, garantir que o pessoal e as instalações das Nações Unidas estejam sempre protegidos”, afirmou Philippe Lazzarini, o chefe da UNWRA.
Israeli settlers seek to set fire to UNRWA HQ in Jerusalem tonight.
Whether it’s:
•Murdering food aid workers
•Removing US & UK funding for UNRWA
•Blocking aid trucks entering Gaza
•Burning out UNRWA HQEvery Israeli action is about genocide.pic.twitter.com/PnSJjULNhh
— Howard Beckett (@BeckettUnite) May 9, 2024
Hezbollah reivindica disparos de foguetes contra norte de Israel
O grupo Hezbollah, apoiado pelo Irão, anunciou esta sexta-feira que disparou foguetes contra o norte de Israel em retaliação pelos ataques israelitas no sul do Líbano, que terão matado duas pessoas.
Os combatentes do Hezbollah dispararam “uma salva de foguetes” contra o norte de Israel “em resposta aos ataques do inimigo israelita contra (…) civis em Tair Harfa”, uma vila na fronteira com Israel, informou o Hezbollah num comunicado.
Numa outra declaração, o grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques, incluindo ataques com foguetes contra quartéis no norte de Israel.O grupo Hezbollah, apoiado pelo Irão, anunciou esta sexta-feira que disparou foguetes contra o norte de Israel em retaliação pelos ataques israelitas no sul do Líbano, que terão matado duas pessoas.
Os combatentes do Hezbollah dispararam “uma salva de foguetes” contra o norte de Israel “em resposta aos ataques do inimigo israelita contra (…) civis em Tair Harfa”, uma vila na fronteira com Israel, informou o Hezbollah num comunicado.
Numa outra declaração, o grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques, incluindo ataques com foguetes contra quartéis no norte de Israel.
Dois mortos em ataque de ‘drone’ israelita no sul do Líbano
Pelo menos duas pessoas morreram esta sexta-feira e várias ficaram feridas quando um ‘drone’, identificado como israelita, bombardeou um grupo de técnicos que fazia trabalhos de manutenção na cidade de Tair Harfa, sul do Líbano, informou a imprensa nacional.
Segundo a Agência Nacional de Notícias (ANN), o drone atacou uma equipa da empresa libanesa de telecomunicações Touch enquanto esta realizavai operações de manutenção numa estação de transmissão, onde estava acompanhada por socorristas da Associação de Escuteiros da Mensagem Islâmica.
A ANN não forneceu pormenores sobre a identidade das vítimas, embora a Associação de Escuteiros da Mensagem Islâmica tenha anunciado, num comunicado, a morte de um dos paramédicos da Defesa Civil, Ghaleb Hussein al-Hajj.
Assembleia-Geral da ONU concede novos direitos à Palestina e apoia adesão plena
A Assembleia-Geral da ONU aprovou esta sexta-feira, com apoio esmagador de 143 países, uma resolução que concede “direitos e privilégios adicionais” à Palestina e apela ao Conselho de Segurança que reconsidere favoravelmente o seu pedido de adesão plena à organização.
16:12 | 10/05
Correio da Manhã
Quatro soldados israelitas morrem após serem atingidos por explosivos em Gaza
As Forças de Defesa de Israel anunciaram, esta sexta-feira, a morte de quatro soldados israelitas num beco em Gaza. As vítimas, todas com 19 anos, foram mortas por explosivos.
Segundo o The Times of Israel, as tropas estavam a invadir um complexo escolar onde os militares tinham indicações de atividade do Hamas.
No mesmo incidente, um oficial e um soldado ficaram gravemente feridos.
Hamas diz que “bola está do lado” de Israel para trégua em Gaza
O movimento islamita palestiniano Hamas declarou, depois da partida da delegação do Egito, onde decorrem negociações, que “a bola está inteiramente do lado de Israel”, com vista a um acordo de tréguas na Faixa de Gaza.
“A delegação negociadora deixou o Cairo em direção a Doha. A ocupação rejeitou a proposta apresentada pelos mediadores, que nós tínhamos aceite. Por conseguinte, a bola está agora inteiramente no campo da ocupação”, nome dado a Israel pelo movimento islamita, indicou o Hamas, numa carta enviada às outras fações palestinianas.
Os representantes dos dois campos deixaram o Cairo “depois de dois dias de negociações” para uma trégua na guerra que dura há sete meses no enclave palestiniano, informou na quinta-feira o meio de comunicação Al-Qahera News, próximo dos serviços secretos egípcios.
UE condena ataque de cidadãos israelitas a agência da ONU
O comissário europeu para a Gestão de Crises condenou o ataque, na quinta-feira, de cidadãos israelitas contra a sede da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) em Jerusalém Oriental.
“Apelo às autoridades israelitas para que garantam a segurança e a proteção do pessoal da ONU e das instalações, e para que julguem os responsáveis”, escreveu Janez Lenarcic na rede social X (antigo Twitter).
O chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, denunciou horas antes que o pessoal de várias agências da ONU estava no complexo quando residentes israelitas incendiaram o perímetro.
Egito pede a Hamas e Israel flexibilidade para trégua em Gaza
O Egito pediu flexibilidade ao movimento islamita palestiniano Hamas e a Israel para conseguir uma trégua nos combates na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns “o mais rapidamente possível”.
Durante uma conversa telefónica com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, o chefe da diplomacia egípcia, Sameh Chukri, sublinhou “a importância de instar as partes a mostrarem flexibilidade e a envidarem todos os esforços para chegarem a um acordo de tréguas e, assim, pôr fim à tragédia humanitária” em Gaza, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio.
O Egito considerou que as negociações no Cairo, que falharam esta semana o objetivo de chegar a um acordo de tréguas, estão atualmente numa “fase delicada”, uma vez que as delegações do Hamas e de Israel abandonaram a capital egípcia, referiu na mesma nota.
Europa sem capacidade para influenciar guerra em Gaza como devia
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, alertou esta quinta-feira que a “Europa hoje não tem a capacidade que devia para influenciar” a guerra em Gaza e a resposta de Israel ao ataque do Hamas.
Borrell, que falava na apresentação do seu livro “A Europa entre duas guerras”, na sede da Comissão Europeia, em Madrid, reviu o ano passado em política regional e as suas funções no cargo, concentrando-se nas guerras na Ucrânia e em Gaza, os dois principais elementos de preocupação na ação externa da UE.
Sobre Gaza, o diplomata espanhol assumiu que a UE “não tem capacidade para influenciar” embora “os meios” tenham, frisando que, apesar disso, “não há vontade política para os utilizar”.
ONU alerta que ajuda a Gaza está “completamente paralisada”
O encerramento por Israel dos principais pontos de passagem para a Faixa de Gaza cortou as principais portas de ajuda, em particular de combustível, e tornou as operações humanitárias praticamente impossíveis, alertou hoje um alto responsável da ONU.
“Perdemos a principal porta de entrada da ajuda humanitária [Kerem Shalom]”, frisou em entrevista à agência France-Presse (AFP), Andrea De Domenico, chefe do gabinete da Agência Humanitária das Nações Unidas (Ocha) nos territórios palestinianos ocupados.
Israel encerrou no domingo este importante ponto de passagem a sul do pequeno território costeiro palestiniano, depois de disparos de foguetes reivindicados pelo braço armado do Hamas terem matado quatro soldados israelitas naquele local.
Agência da ONU encerra instalações em Jerusalém após ataques de extremistas
A agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) vai encerrar as suas instalações em Jerusalém Oriental, após duas tentativas de fogo posto imputadas a “extremistas israelitas”, anunciou hoje o responsável da organização na rede X.
Hoje, “israelitas incendiaram duas vezes o perímetro da sede da UNRWA em Jerusalém Oriental ocupada”, indicou Philippe Lazzarini, referindo que elementos desta e de outras agências da ONU estavam no interior das instalações.
O chefe da UNRWA revelou que tomou a decisão de “fechar o recinto até que haja segurança adequada”, apontando dois incidentes em menos de uma semana, que atribuiu a “extremistas” e no qual “as vidas dos funcionários da ONU foram colocadas em grave perigo”.
Presidente do Egito e Guterres avisam Israel de impacto humanitário da invasão de Rafah
O Presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, e o secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiram esta quinta-feira Israel sobre as “enormes consequências humanitárias” de uma invasão em larga escala de Rafah, sul da Faixa de Gaza.
Neste exíguo território do enclave palestiniano concentram-se atualmente cerca de 1,4 milhões de pessoas.
No decurso de um contacto telefónico, ambos emitiram “uma advertência das enormes consequências humanitárias das operações militares israelitas na cidade palestiniana de Rafah”, principal ponto de entrada da ajuda humanitária e de saída de milhares de feridos que necessitam de intervenções fora de Gaza, indica um comunicado da presidência egípcia.
UNICEF alerta que combustível está por dias ou horas na Faixa de Gaza
A UNICEF alertou hoje que as reservas de combustível na Faixa de Gaza estão por dias ou mesmo horas e apelou à comunidade internacional para interceder para a abertura de passagens de ajuda humanitária no enclave.
Em comunicado, a diretora executiva da UNICEF, Catherine Russell, sublinha que a atividade da organização e dos seus parceiros requer combustível para transportar produtos essenciais e trabalhadores para ajudar as famílias, lamentando que as operações israelitas na região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e o encerramento das passagens para o enclave ameaçam paralisar os esforços humanitários e levar à perda de vidas.
“Apelo urgentemente às autoridades relevantes para que forneçam aos atores humanitários medidas viáveis e garantias concretas para facilitar a movimentação segura de remessas humanitárias, através de todas as vias, para dentro da Faixa de Gaza”, disse a responsável.
Delegações de Israel e Hamas abandonam Cairo após 2 dias de conversações indiretas
As delegações do Hamas e de Israel, que participaram em conversações indiretas no Cairo sobre uma trégua em Gaza, abandonaram esta quinta-feira a capital egípcia após negociações de dois dias sem resultados aparentes, indicou a televisão estatal Al Qahera News.
Fonte da segurança interna citada pela cadeia televisiva egípcia e considerada muito próxima dos serviços de informações egípcios indicou que “as delegações do Hamas e de Israel partiram após uma ronda negocial de dois dias no Cairo”.
Segundo a Al Qahera, e apesar de as negociações terem sido retomadas na terça-feira com a participação dos mediadores, de Israel e do Hamas, “permanecem por resolver diversos pontos controversos”.
INESC TEC refuta ligação à produção de drones para uso militar de Israel
O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) refutou esta quimta-feira, em comunicado enviado à Lusa, estar ligado à produção de drones para uso militar de Israel em Gaza.
Hamas diz que operações de Israel em Rafah visam “obstruir” negociações de trégua
O movimento islamita palestiniano Hamas defendeu esta quarta-feira que a ofensiva israelita a Rafah, no sul da Faixa de Gaza, tem como objetivo “obstruir” as negociações dos mediadores no Cairo para uma trégua após sete meses de guerra.
As operações israelitas na cidade de Rafah e no seu posto de passagem fronteiriça “visam obstruir os esforços dos mediadores”, declarou Ezzat al-Rishq, membro da direção política do Hamas, num comunicado, reafirmando o compromisso do movimento “em aceitar a proposta apresentada pelos mediadores”.
A delegação enviada ao Egito pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) para prosseguir as negociações sobre um eventual acordo de cessar-fogo abandonou hoje o Cairo com destino ao Qatar, sem que até agora tenha havido indicação de possíveis avanços nas conversações.
Netanyahu responde aos EUA que lutará sozinho contra Hamas
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, divulgou esta quarta-feira uma intervenção sua prometendo que o país enfrentará o Hamas sozinho, se necessário, pouco após os Estados Unidos anunciarem que deixarão de fornecer armas a Israel, face à ofensiva em Gaza.
“Digo aos líderes do mundo que nenhuma pressão, nenhuma decisão de qualquer fórum internacional impedirá Israel de se defender (…) Se Israel for forçado a permanecer sozinho, Israel permanecerá sozinho”, disse Netanyahu, esta semana, por ocasião do Dia do Holocausto, num evento em Jerusalém.
“Inúmeras pessoas decentes em todo o mundo apoiam a nossa causa justa (…) Derrotaremos os nossos inimigos genocidas”, disse o primeiro-ministro israelita no vídeo hoje divulgado nas suas redes sociais.
Israel desiludido com ameaça de Biden de suspender entrega de armas
O embaixador de Israel na ONU disse que a ameaça dos EUA de suspender a entrega de certas armas em caso de uma grande ofensiva em Rafah, no sul de Gaza, foi “dura e dececionante”.
“Esta é uma declaração muito dura e dececionante de um Presidente a quem temos estado gratos desde o início da guerra”, disse à rádio pública israelita Gilad Erdan, referindo-se ao líder norte-americano Joe Biden.
“É evidente que qualquer pressão sobre Israel, qualquer restrição que lhe seja imposta, mesmo por parte de aliados próximos preocupados com os nossos interesses, é interpretada pelos nossos inimigos” e “dá-lhes esperança”, acrescentou.
Mais de 80 casas demolidas em expulsões de beduínos no Negev
Pelo menos 80 casas foram demolidas esta quarta-feira e 320 residentes expulsos numa operação israelita numa aldeia beduína no deserto de Negev, sul de Israel, confirmou à agência EFE um porta-voz do Conselho Regional das Aldeias Não Reconhecidas do Negev.
“Centenas de residentes, crianças e idosos, estão a ser retirados das suas casas por um governo [israelita] que insiste em espezinhar e prejudicar à força a sociedade beduína do Negev”, afirmou Waleed Alhwashla, representante do Negev na formação política Lista Árabe Unida, na rede X.
O porta-voz do Conselho Regional das Aldeias Não Reconhecidas do Negev detalhou à EFE que que as autoridades israelitas destruíram a mesquita da aldeia de Wadi al Jalil, perto da localidade de Umm al Batin, bem como quintas e outras estruturas, numa operação que começou às primeiras horas da manhã da manhã com escavadoras e uma centena de polícias.
Israel fecha novamente passagem no sul da Faixa de Gaza
O Exército israelita revelou esta quarta-feira que voltou a fechar a passagem de Kerem Shalom, no sul da Faixa de Gaza, após um alegado novo ataque do grupo palestiniano Hamas, limitando ainda mais a entrada de ajuda humanitária ao enclave.
“Hoje o Hamas atacou Kerem Shalom, pela terceira vez esta semana”, disse à agência EFE um porta-voz militar israelita.
A agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) alertou hoje que nenhuma ajuda estava a entrar na Faixa de em Gaza, apesar do anúncio das autoridades israelitas de que reabriram Kerem Shalom na parte da manhã e estavam a inspecionar camiões de ajuda.
Israel diz ter matado alto cargo do Hamas em Gaza
O Exército israelita assegurou esta quarta-feira ter matado um suposto alto dirigente do Hamas num bombardeamento na cidade de Gaza, norte da Faixa de Gaza.
O combatente foi identificado como Ahmed Ali, dirigente da unidade naval do grupo islamita na localidade, segundo um comunicado militar.
As Forças Armadas divulgaram esta informação após decidirem intensificar os bombardeamentos em Rafah, a cidade mais a sul da Faixa de Gaza junto à fronteira com o Egito, segundo diversos ‘media’ palestinianos.
Entrada plena da Palestina na ONU será votada sexta-feira na Assembleia-Geral
A entrada da Palestina como membro pleno das Nações Unidas, rejeitada pelo Conselho de Segurança em abril devido ao veto exclusivo dos Estados Unidos, chegará na sexta-feira à Assembleia Geral, onde será votada sem efeitos vinculativos.
A votação na Assembleia – onde se espera que a Palestina obtenha um apoio esmagador – foi inicialmente uma mera questão de procedimento, uma vez que todas as resoluções que são vetadas no Conselho de Segurança são obrigadas a ir à Assembleia para um novo debate, de acordo com uma reforma interna de 2022.
No entanto, os países árabes elaboraram uma nova resolução, envolta em polémica e na qual propõem que a Assembleia conceda à Palestina certos direitos que lhe faltam agora como Estado Observador – um estatuto que só partilha com o Vaticano -, segundo um rascunho do projeto.
Jihad Islâmica confirma morte de três combatentes após ataques israelitas no sul do Líbano
A milícia palestiniana Jihad Islâmica confirmou esta quarta-feira a morte de três combatentes após ataques do Exército israelita no sul do Líbano também dirigidos a membros do movimento xiita libanês Hezbollah.
A Jihad Islâmica indicou que os três milicianos mortos eram de nacionalidade síria e pertenciam à Brigada Ali al Aswad, o nome de um destacado dirigente da organização morto em 2023 na Síria num ataque israelita, indicou o diário The Times of Israel.
Previamente, o Exército judaico tinha-se referido a um “amplo ataque” com bombardeamentos dirigido a “mais de 20 objetivos” do Hezbollah no sul do Líbano.
Médicos Sem Fronteiras pede reabertura de fronteira em Rafah
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) defendeu esta quarta-feira a necessidade urgente de proteger civis em Gaza e reabrir rapidamente a passagem de fronteira em Rafah.
Num comunicado esta quarta-feira divulgado, a MSF lembra que “as pessoas encurraladas em Gaza cairão ainda mais nas profundezas de um enorme desastre humanitário (…) com a tomada de controlo da passagem de fronteira” em Rafah, no âmbito da guerra que opõe Israel ao grupo islamita Hamas.
“O encerramento desse importante ponto de entrada em Gaza está a comprometer a resposta humanitária, deixando provisões em níveis perigosamente baixos, incluindo combustível, alimentos, medicamentos e água, e a deixar as pessoas com ainda menos alternativas para fugir aos combates”, explica o comunicado desta organização não governamental.
Pentágono confirma pausa no envio de bombas para Israel
Os Estados Unidos suspenderam na semana passada o envio de bombas para Israel, após indicações sobre um eventual assalto militar à cidade de Rafah, sul da Faixa de Gaza, criticado por Washington, disse esta quarta-feira o secretário da Defesa norte-americano.
O envio incluía 1.800 bombas de 900 quilos e 1.700 bombas de 225 quilos, indicou sob anonimato um responsável oficial citado pela agência noticiosa Associated Press (AP).
A eventual utilização destes poderosos explosivos e seu emprego numa zona densamente povoada, onde se encontram refugiados mais de um milhão de civis, terá estado na origem da decisão, hoje confirmada por Lloyd Austin.
Israel anuncia morte de polícia israelita ferido em operação na Cisjordânia
As autoridades israelitas anunciaram esta quarta-feira a morte de um inspetor da polícia que foi ferido durante uma operação realizada sábado nos arredores da cidade de Tulkarem, na Cisjordânia, que resultou na morte de seis outros palestinianos.
O major Yetav Lev Halevi, segundo uma publicação da polícia israelita na rede social X, foi ferido numa operação em Tulkarem e acabou por sucumbir hoje aos ferimentos.
A operação decorreu no meio de um pico de violência desde 2023, que se intensificou na sequência dos atentados perpetrados a 07 de outubro pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que fizeram cerca de 1.200 mortos e quase 240 raptados.
200 palestinianos abandonam Rafah a cada hora
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA) alertou esta quarta-feira que, em média, cerca de 200 palestinianos abandonam a cada hora a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
A informação surge numa altura em que as forças israelitas tomaram o lado palestiniano da passagem de Rafah, que liga o enclave ao Egito e constitui um dos principais pontos de entrada da ajuda humanitária na região.
O comissário geral da agência, Philippe Lazzarini, sublinhou a importância de se chegar a um acordo entre as partes para alcançar um cessar-fogo na zona e alertou para a “ansiedade” causada pelos últimos avanços do exército israelita na zona, que estão a obrigar a população a continuar a deslocar-se face ao aumento da violência.
Cerca de 50 estudantes em protesto diante da reitoria da Universidade do Porto
Cerca de 50 estudantes da Universidade do Porto estão desde as 14h00 acampados em frente à reitoria em defesa do fim da guerra em Gaza, seguindo os protestos que estão a acontecer em universidades europeias e norte-americanas.
O protesto é dinamizado pelo coletivo de estudantes em defesa da Palestina e na carta que vão entregar na reitoria exigem o fim das parcerias com universidades israelitas.
Autoridades de Gaza afirmam ter encontrado terceira vala comum em Al-Shifa
As autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islamita Hamas, afirmaram esta quarta-feira ter encontrado uma terceira vala comum nos terrenos do hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, e até ao momento foram exumados 49 corpos.
MNE afirma que Portugal está “sempre em avaliação” sobre reconhecimento do Estado da Palestina
Portugal está “sempre em avaliação” sobre o reconhecimento do Estado palestiniano, disse esta quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, que salientou o “enorme significado político” do voto favorável à admissão da Palestina como membro de pleno direito da ONU.
Qatar apela à comunidade internacional para evitar “genocídio” em Rafah
O Qatar apelou esta quarta-feira à comunidade internacional para evitar um “genocídio” em Rafah, no sul da Faixa da Gaza, que enfrenta a ameaça de uma ofensiva em grande escala do exército israelita.
O país do Golfo, mediador nas negociações sobre uma trégua entre Israel e o Hamas, numa declaração esta quarta-feira divulgada, apelou “a uma ação internacional urgente que evite que a cidade seja invadida e que um crime de genocídio seja cometido”.
O Governo do Qatar condenou a tomada pelo Exército israelita do lado palestiniano da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito.
Forças Armadas israelitas anunciam reabertura da passagem de Rafah no sul de Gaza
As forças armadas israelitas disseram esta quarta-feira que reabriram a passagem de Kerem Shalom, no sul de Gaza, um ponto de entrada de ajuda humanitária que foi encerrado há três dias.
O fecho da passagem, pelas forças de Israel, ocorreu depois de um ataque com foguetes de artilharia do Hamas que provocou a morte a quatro soldados israelitas.
Uma brigada de carros de combate israelitas posicionou-se na passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, na terça-feira, impedindo qualquer movimento.
EUA suspende entrega de bombas a Israel por preocupações sobre ofensiva em Rafah
Os Estados Unidos suspenderam a entrega de um carregamento de bombas na semana passada, depois de Israel não ter respondido às preocupações de Washington sobre a ofensiva em Rafah, sul da Faixa de Gaza, disse um dirigente governamental.
“Suspendemos a entrega de um carregamento de armas na semana passada. É composto por 1.800 bombas de 907 kg [quilogramas] e 1.700 bombas de 226 kg”, disse um dirigente da administração de Joe Biden, sob a condição de não ser identificado.
“Ainda não tomámos uma decisão final sobre como proceder com este carregamento”, acrescentou.
Sete mortos e vários feridos em ataque israelita em Gaza
Pelo menos sete pessoas morreram esta quarta-feira e várias ficaram feridas num ataque áereo israelita em Gaza, disse uma fonte de um hospital local.
O ataque visou um apartamento e matou sete membros de uma família em Gaza, no norte da Faixa de Gaza, indicou a mesma fonte do hospital Al-Ahli, citada pela agência de notícias France-Presse.
Ao início da madrugada, testemunhas disseram terem ocorrido tiros e ataques no centro e no sul do enclave palestiniano, nomeadamente na zona de Rafah.
EUA consideram inaceitável fecho de passagens para a Faixa de Gaza
Os Estados Unidos consideraram esta terça-feira ser inaceitável o encerramento por Israel de dois pontos de entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, em Rafah e Kerem Shalom, segundo uma porta-voz da Casa Branca.
“Os pontos de passagem fechados devem reabrir, é inaceitável que estejam fechados”, disse Karine Jean-Pierre, referindo que Kerem Shalom deverá ficar novamente operacional na quarta-feira.
O Exército israelita posicionou esta terça-feira tanques na terça-feira na região de Rafah e assumiu o controlo da passagem da fronteira com o Egito, como medidas anteriores à sua já anunciada decisão de invadir esta parte do enclave palestiniano.
Obstrução de ajuda em Rafah contraria Tribunal Internaciona
A organização Human Rights Watch (HRW) acusou hoje Israel de incumprimento das medidas provisórias do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) ao obstruir a entrada de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza nas passagens de Rafah e Kerem Shalom.
“Cada dia que as autoridades israelitas bloqueiam a ajuda humanitária, mais palestinianos correm o risco de morrer”, alertou em comunicado o diretor da organização não-governamental para Israel e Palestina, Omar Shakir.
O TIJ decretou medidas provisórias em março a Israel, no decurso da sua invasão da Faixa de Gaza, onde há sete meses trava uma guerra com o grupo palestiniano Hamas, nas quais foi instado a adotar “a prestação desimpedida e em grande escala” de ajuda humanitária, “sem demora” e em coordenação com as Nações Unidas.
Cerca de 30 estudantes acampam em faculdade em Lisboa para reclamar fim da guerra e dos fósseis
O átrio da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa está desde hoje de manhã ocupado por um acampamento improvisado, num protesto de estudantes que reclamam o fim da guerra na Faixa de Gaza e dos combustíveis fósseis.
Oito tendas de campismo estão instaladas no pátio do edifício, onde os estudantes colaram faixas e cartazes com as mensagens “Fim ao Genocídio”, “Fim ao Fóssil até 2030”, “De Lisboa a Rafah, Palestina Vencerá”, “O nosso futuro acima do lucro fóssil” ou “Eletricidade 100% renovável”.
Ao início da tarde, perto de três dezenas de estudantes estavam envolvidos nos preparativos deste acampamento, distribuindo mais cartazes. Alguns, com computadores portáteis e livros, terminavam trabalhos universitários dentro das tendas ou sentados no chão, enquanto outros almoçavam uma refeição que uma ativista distribuía.
Com esta ocupação, convocada por vários coletivos, os manifestantes juntam-se assim ao movimento estudantil internacional, iniciado em universidades norte-americanas e que se tem repercutido por todo o mundo, incluindo vários países europeus, na América Latina e na Austrália.
Até cerca das 16:00, os manifestantes, que chegaram à faculdade pelas 10:00, ainda não tinham falado com a direção da faculdade. A Lusa também tentou obter um comentário, mas sem sucesso até ao momento.
Egipto recebe Qatar, EUA e Hamas numa tentativa de cessar-fogo em Gaza
O Cairo está a receber delegações do Qatar, dos Estados Unidos e do grupo militante palestiniano Hamas, com o objetivo de conseguir um cessar-fogo em Gaza, informou esta terça-feira a televisão estatal egípcia Al-Qahera News TV, citada pela Reuters.
Israel afirma que o seu objetivo continua a ser a destruição do Hamas
Israel afirmou esta terça-feira que o seu objetivo continua a ser a destruição do grupo islâmico palestiniano Hamas, no momento em que os seus negociadores se preparavam para partir para conversações de cessar-fogo na capital egípcia, Cairo.
Borell diz que ofensiva israelita em Rafah provocará crise humanitária ainda maior
O alto representante da União Europeia (UE) para Assuntos Externos e Segurança, Josep Borrell, alertou esta terça-feira que a ofensiva terrestre empreendida pelo Exército israelita em Rafah provocará uma crise humanitária “ainda maior” do que a que Gaza já sofre.
“Certamente a situação é muito preocupante. Não posso antecipar as perdas humanitárias que isto vai originar”, alertou Borrell, perante a imprensa, à chegada a um Conselho de Ministros europeu do Desenvolvimento.
Israel nega acesso da ONU a Rafah
Israel negou o acesso das Nações Unidas ao ponto de passagem de Rafah, na Faixa de Gaza, anunciou esta terça-feira um porta-voz do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU.
“Atualmente, não temos qualquer presença física no ponto de passagem de Rafah”, disse Jens Laerke numa conferência de imprensa em Genebra, Suíça, citado pela agência francesa AFP.
O porta-voz disse que o acesso da ONU a Rafah foi negado pelo Cogat, o organismo israelita responsável pela coordenação da política de Israel nos territórios palestinianos ocupados.
Rafah, na fronteira com o Egito, é o principal ponto de passagem da ajuda humanitária para Gaza e onde se refugiaram mais de um milhão de deslocados palestinianos oriundos de outras zonas do território.
A ONU alertou que o combustível disponível em Gaza chega apenas para um dia de abastecimento.
08:55 | 07/05
Correio da Manhã
Exército Israelita assume o controlo da passagem de Rafah de Gaza para o Egipto
Os militares israelitas assumiram, esta terça-feira, o controlo do posto fronteiriço de Rafah, entre Gaza e o Egipto, após uma noite de ataques aéreos e com as perspetivas de um acordo de cessar-fogo em suspenso, avança a Reuters.
Tanques e aviões israelitas bombardearam várias zonas e casas em Rafah durante a noite e mataram 20 palestinianos e feriram vários outros em ataques que atingiram pelo menos quatro casas.
O Hamas disse na segunda-feira que tinha concordado com uma proposta de cessar-fogo dos mediadores, sete meses após o início da guerra.
Israel afirmou, contudo, que as condições não satisfazem as suas exigências e lançou uma operação militar em Rafah.
07:06 | 07/05
Correio da Manhã
Passagem de Rafah encerrada devido à presença de tanques israelitas
O posto fronteiriço de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egipto, está encerrado do lado palestiniano devido à presença de tanques israelitas, disse à Reuters o porta-voz da autoridade fronteiriça de Gaza.
Três fontes humanitárias referem que o fluxo de ajuda através do cruzamento foi interrompido.
Washington defende que Al Jazeera deve poder transmitir em Israel
O Governo dos EUA manifestou esta segunda-feira apoio à Al Jazeera, que este domingo deixou de transmitir em Israel, defendendo que a estação do Qatar deve pode operar em território israelita, tal como faz em outras nações da região.
“A Al Jazeera deveria poder operar em Israel da mesma forma que opera em outros países da região. Continuaremos a apoiar os defensores dos ‘media’ livres e independentes em todo o mundo”, sublinhou Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado, em conferência de imprensa.
Miller garantiu que a administração liderada pelo democrata Joe Biden é contra o bloqueio e está preocupada com a decisão das autoridades israelitas.
O Governo israelita aprovou este domingo o encerramento da estação, muito ativa na cobertura da guerra em Gaza, por “prejudicar a segurança do Estado”.
De acordo com um vídeo divulgado na rede social X pelo ministro das Comunicações de Israel, Shlomo Karhi, inspetores do Ministério das Comunicações, juntamente com a polícia, revistaram os escritórios do canal no Ambassador Hotel, no território ocupado de Jerusalém Oriental, e confiscaram os seus equipamentos.
A Al Jazeera é um dos canais com maior número de meios e jornalistas na Faixa de Gaza e, desde outubro, tem noticiado bombardeamentos a hospitais, ataques a edifícios residenciais e mortes de habitantes de Gaza desarmados, que segundo especialistas podem ser considerados crimes de guerra.
Prémios Pulitzer distinguem “corajoso trabalho” de jornalistas na Faixa de Gaza
O júri dos Prémios Pulitzer atribuiu esta segunda-feira uma menção especial ao “trabalho corajoso” dos jornalistas palestinianos que cobriram a guerra na Faixa de Gaza desde 07 de outubro, bem como aos seus colegas mortos durante o conflito.
“Este ano, é reconhecido o trabalho corajoso dos jornalistas e profissionais de media que cobrem a guerra em Gaza. Em condições horríveis, um número extraordinário de jornalistas morreu no esforço para contar a história dos palestinianos e dos trabalhadores em Gaza”, segundo a organização da 108.ª edição dos Pulitzer, durante a transmissão ‘online’ hoje realizada da revelação dos premiados.
Os Prémios Pulitzer, atribuídos pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque, a trabalhos de excelência de jornalismo, literatura, teatro e música, já tinham reconhecido o trabalho dos jornalistas em guerras como a da Ucrânia ou do Afeganistão, mas foi considerado que o conflito na Faixa de Gaza, entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, vai mais longe devido ao seu eco noutras áreas.
Peritos da ONU horrorizados com valas com cadáveres de pessoas sepultadas vivas
Peritos da ONU para os direitos humanos expressaram esta segunda-feira o seu “horror” com a descoberta de valas comuns com cadáveres de pessoas que tinham sinais de tortura, execução e de terem sido enterradas vivas pelos militares israelitas.
“Estamos horrorizados pelos detalhes sobre as fossas comuns recentemente descobertas na Faixa de Gaza. Mais de 390 corpos foram descobertos nos hospitais Al Nasser e Al Shifa, incluindo de mulheres e crianças, muitos dos quais parecem ter sinais de tortura e execuções sumárias e possíveis casos de pessoas enterradas vivas”, apontaram, em comunicado.
Salientaram, por outro lado, que as mulheres e as crianças “são dos mais expostos aos perigos” neste conflito. Quase metade dos mais de 34 mil palestinianos mortos são crianças e um terço, mulheres.
Guterres reitera “apelo urgente” por acordo que cesse “sofrimento atual”
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, reiterou hoje o seu “apelo urgente” às lideranças de Israel e do Hamas para que façam um esforço adicional em prol de um acordo que ponha “fim ao sofrimento atual”.
“O secretário-geral reitera o seu apelo urgente ao Governo de Israel e à liderança do Hamas para que façam o esforço extra necessário para concretizar um acordo e pôr fim ao sofrimento atual”, indicou o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em comunicado.
De acordo com a nota, Guterres “está profundamente preocupado” com a possibilidade de que uma operação militar em grande escala em Rafah possa estar iminente.
Acordo aceite pelo Hamas inclui trégua em três fases e libertação de reféns
A proposta de trégua esta segunda-feira aceite pelo grupo islamita palestiniano Hamas inclui um cessar-fogo em três fases e a libertação dos reféns na Faixa de Gaza, mas terá ainda de ser aprovada por Israel, segundo fontes próximas das conversações.
Citadas pela agência de notícias espanhola Efe a coberto do anonimato, as fontes indicaram que na primeira fase será aplicada uma suspensão das hostilidades por 40 dias com possibilidade de prorrogação, bem como a retirada das forças israelitas para o leste da Faixa de Gaza e para longe das áreas densamente povoadas
A proposta apresentada pelo Egito e o Qatar prevê também o regresso dos deslocados às suas casas, segundo o canal televisivo qatari Al-Jazeera e a estação de televisão estatal egípcia Al-Qahera News, muito próxima dos serviços secretos do país norte-africano.
Forças israelitas atacam 50 alvos em Rafah
As Forças de Defesa israelitas informaram esta segunda-feira que bombardearam mais de 50 alvos do grupo islamita palestiniano Hamas na região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nas últimas horas.
Os bombardeamentos foram dirigidos a “locais terroristas” localizados no extremo sul do enclave palestiniano em preparação da entrada das forças terrestres israelitas no leste de Rafah, de acordo com o porta-voz militar do Exército, Daniel Hagari.
Na manhã desta segunda-feira, as Forças de Defesa israelitas emitiram uma ordem de evacuação para a região das zonas orientais de Rafah, afetando cerca de cem mil pessoas, num primeiro passo de uma ofensiva em grande escala contra a região, onde se encontram mais de 1,2 milhões de deslocados.
África do Sul diz que é “ilegal” evacuação de Rafah ordenada por Israel
A África do Sul considerou esta segunda-feira “ilegal” a evacuação da cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, ordenada pelo exército israelita, afirmando estar em curso uma “deslocação forçada”.
Em comunicado divulgado esta segunda-feira, em Pretória, o Governo da África do Sul salientou que está “profundamente perturbado” com os acontecimentos em Gaza, acrescentando que está “horrorizado com o anúncio dos militares israelitas de que Rafah deveria ser evacuada imediatamente, uma vez que irá operar na área com ‘força extrema'”.
“Esta ação intencionada equivale a uma deslocação forçada de palestinianos em Gaza, que é ilegal ao abrigo do direito internacional e não pode ser justificada por qualquer imperativo militar”, salientou o Ministério das Relações Internacionais e Cooperação sul-africano.
Militares israelitas dizem que todas as propostas de reféns foram examinadas e que continuam a operar em Gaza
O porta-voz militar de Israel disse esta segunda-feira que todas as propostas relativas a negociações para libertar reféns em Gaza são examinadas com seriedade e que, paralelamente, continuam a operar no território governado pelo Hamas, avança a Reuters.
Questionado durante uma conferência de imprensa sobre se o facto de o Hamas ter aceite uma proposta de cessar-fogo teria impacto numa ofensiva planeada na cidade de Rafah, em Gaza, o contra-almirante Daniel Hagari disse: “Examinamos todas as respostas e reacções com a maior seriedade e estamos a esgotar todas as possibilidades no que diz respeito às negociações e ao regresso dos reféns”.
“Paralelamente, continuamos a operar na Faixa de Gaza e continuaremos a fazê-lo”, afirmou.
18:49 | 06/05
Correio da Manhã
Alto responsável israelita acredita que proposta do Hamas para cessar-fogo é inaceitável
Um alto responsável israelita disse esta segunda-feira que a trégua que o Hamas disse ter concordado era uma versão “suavizada” de uma proposta egípcia que incluía conclusões “de longo alcance” que Israel não poderia aceitar.
“Isto parece ser um estratagema destinado a fazer com que Israel pareça ser o lado que recusa um acordo”, disse o funcionário israelita, que falou sob condição de anonimato, à Reuters.
“Milhares de pessoas” abondonam leste de Rafah
O Crescente Vermelho Palestiniano indicou esta segunda-feira que “milhares de pessoas” estão a abandonar o leste de Rafah, no sul de Gaza, após ataques aéreos israelitas àquela zona, que o Exército israelita ordenara horas antes que fosse evacuada.
“O número de pessoas a deslocar-se de áreas do oriente para o ocidente da cidade de Rafah é significativo. Especialmente desde a intensificação dos bombardeamentos, milhares de pessoas estão a abandonar as suas casas”, declarou o porta-voz do Crescente Vermelho Palestiniano (CVP), Ossama al-Kahlut.
Segundo o porta-voz, cerca de 250.000 pessoas vivem nos bairros abrangidos pela ordem de evacuação, o que intensificou “o clima de terror e pânico” criado pelos bombardeamentos israelitas desta noite e madrugada.
ONU diz que ultimato sobre Rafah é “desumano”
O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, classificou o ultimato das autoridades israelitas sobre Rafah, sul de Gaza, como “desumano” e advertiu que a deslocação forçada de civis constitui um crime de guerra.
“Isto é desumano. É contrário aos princípios básicos das leis internacionais humanitárias e dos direitos humanos, que têm como preocupação primordial a proteção efetiva dos civis”, afirmou Volker Türk, em comunicado.
“Os habitantes de Gaza continuam a sofrer com as bombas, as doenças e até com a fome. E hoje, foi-lhes dito que têm de se deslocar mais uma vez porque as operações militares israelitas em Rafah vão aumentar”, denunciou o responsável em comunicado, horas depois da ordem de evacuação dada pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) relativa a alguns bairros de Rafah, cidade no sul do enclave palestiniano.
PM britânico “profundamente preocupado” com eventual ataque israelita em Rafah
O primeiro-ministro britânico afirmou esta segunda-feira estar “profundamente preocupado” com a possível ofensiva israelita em Rafah, no sul de Gaza, e apelou a “todas as partes, em particular o Hamas”, para que aceitem um acordo para libertar os reféns israelitas.
“Sempre disse que estamos profundamente preocupados com a perspetiva de uma incursão militar em Rafah, tendo em conta o número de civis que aí se abrigam e a importância desta passagem para a ajuda humanitária” na Faixa de Gaza, disse Rishi Sunak, aos meios de comunicação britânicos
Em Rafah, no sul da Faixa de Gaza e junto à fronteira com o Egito, estão refugiados cerca de milhão e meio de civis, refugiados.
Hamas diz aceitar a proposta de cessar-fogo do Egipto e do Qatar
O Hamas afirmou que aceitou uma proposta de cessar-fogo em Gaza apresentada pelo Egipto e pelo Qatar.
A fação islamista afirmou num comunicado que o seu chefe, Ismail Haniyeh, informou o primeiro-ministro do Qatar e o chefe dos serviços secretos do Egipto da sua aceitação da proposta.
Não foram divulgados pormenores imediatos sobre o conteúdo do acordo, avança a Reuters.
Netanyahu aceita reabrir a passagem de Gaza para ajuda humanitária, afirma a Casa Branca
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse ao presidente norte-americano, Joe Biden, esta segunda-feira, que iria garantir que a passagem de Kerem Shalom, entre Israel e Gaza, estivesse aberta à ajuda humanitária, informou a Casa Branca, citada pela Reuters.
Biden também reiterou a sua “posição clara sobre Rafah” numa chamada com Netanyahu, disse a Casa Branca num comunicado.
Berlim critica encerramento da Al-Jazeera em Israel
As autoridades alemãs criticaram esta segunda-feia Israel pelo encerramento da redação da televisão Al-Jazeera, sublinhando a importância da liberdade de imprensa, sobretudo “em tempos de conflito”.
“Uma imprensa livre e diversificada é a pedra angular de qualquer democracia liberal. Especialmente em tempos de conflito é de importância crucial proteger a liberdade de imprensa”, afirmou o ministério dos Negócios Estrangeiros alemão numa publicação na rede social X.
09:18 | 06/05
Correio da Manhã
Alto funcionário do Hamas diz que ordem de evacuação de Rafah por Israel é uma “escalada perigosa”
Sami Abu Zuhri, um alto funcionário do Hamas, disse esta segunda-feira à Reuters que a ordem de Israel para evacuar Rafah antes de uma ofensiva prevista é uma “escalada perigosa que terá consequências”.
Israel pede a habitantes de Rafah para irem para “zonas humanitárias”
O exército israelita pediu esta segunda-feira aos habitantes de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, para se deslocarem para “zonas humanitárias”.
“O exército está a encorajar os residentes da parte oriental de Rafah a deslocarem-se para as zonas humanitárias alargadas”, declarou, em comunicado.
A ONU estimou que cerca de 1,2 milhões de pessoas, a maior parte delas deslocadas pelos combates, estão em Rafah, contra a qual Israel insiste há meses que tenciona levar a cabo uma ofensiva militar de grande envergadura.
Ataque israelita contra Rafah mata 16 membros de duas famílias
Ataques israelitas contra a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, mataram 16 membros de duas famílias, disseram equipas de resgate, horas depois do grupo islamita palestiniano Hamas ter lançado mísseis da região.
Equipas de resgate disseram à agência de notícias France-Presse (AFP) que os ataques lançados pelas Forças de Defesa de Israel causaram nove mortes na “família Al Attar” e sete na “família Keshta”, no domingo à noite.
Uma fonte hospitalar confirmou à AFP o número de mortes dos dois ataques, acrescentando que os alvos foram uma casa “no campo de refugiados de Yebna em Rafah” e outra “nos arredores de Al Salam”, um bairro da cidade.
Hamas deixa Cairo para consultas e Israel acelera planos para ofensiva em Rafah
A delegação negociadora do Hamas abandonou este domingo o Cairo, para consultar a liderança do movimento sobre a última proposta de Israel de cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns, enquanto o Governo israelita admitiu para breve a ofensiva em Rafah.
A delegação abandonou a capital egípcia com destino ao Qatar, após dois dias de negociações sem acordo devido à exigência do Hamas de que a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza termine em troca das libertações de reféns na posse do movimento islamita palestiniano, disse fonte do Hamas citada pela Al Jazeera.
Israel sublinhou, no entanto, que não irá desistir do plano de tomar a região de Rafah, uma cidade no sul da Faixa de Gaza considerada por Israel o último reduto do Hamas, e onde se refugiam mais de 1,2 milhões de palestinianos deslocados pelo conflito que dura desde outubro do ano passado, desde que o movimento islamita atacou em território israelita, fazendo cerca de 1.200 vítimas e motivando uma retaliação israelita em Gaza.
Organização para a Cooperação Islâmica volta a apelar a cessar-fogo em Gaza
A Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) voltou hoje a apelar a um cessar-fogo imediato em Gaza e à abertura de corredores humanitários.
“A resolução sobre a Palestina (…) exigiu um cessar imediato da agressão israelita na Faixa de Gaza, assim como o acesso facilitado à entrega adequada e sustentável de ajuda”, afirmou o secretário-geral da OCI, Hissein Brahim Taha, numa conferência de imprensa após o encerramento da 25.ª cimeira da organização, que decorreu este fim de semana na Gâmbia.
A OCI, que reúne 57 países, adotou esta resolução no dia em que uma delegação do grupo islamita palestiniano Hamas abandonou a capital egípcia, Cairo, após uma nova ronda de negociações – mediadas por Egito, Qatar e Estados Unidos – para alcançar uma trégua.
Braço armado do Hamas reivindica ataque armado em Kerem Shalom
As brigadas Ezzedine al-Qassam – braço armado do grupo islamita Hamas — reivindicaram hoje o lançamento de foguetes em Kerem Shalom, principal ponto de passagem de ajuda humanitária para Gaza, levando o Exército israelita a encerrá-lo.
Num comunicado e num vídeo, as brigadas al-Qassam assumem ter atacado “forças inimigas” em Kerem Abu Salem (nome palestiniano de Kerem Shalom), bem como os seus arredores, com “foguetes de curto alcance”.
As autoridades militares israelitas anunciaram hoje o encerramento do ponto de passagem da fronteira de Kerem Shalom, que liga o sudeste da Faixa de Gaza ao território israelita, após o lançamento de uma dezena de mísseis provenientes da região de Rafah.
Líder do Hamas acusa Israel de sabotar negociações de paz
O líder do grupo islamita Hamas, Ismail Haniyeh, acusou este domingo Israel de sabotar os esforços de mediação para uma trégua em Gaza, associada a uma troca de reféns detidos neste território e de palestinianos detidos por Israel.
Num comunicado, Haniyeh defendeu que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, quer “inventar justificações constantes para a continuação da agressão, a extensão do conflito e a sabotagem dos esforços feitos pelos vários mediadores e partes”.
Ainda assim, o líder do Hamas garantiu que continua interessado em alcançar “um acordo abrangente e interligado” que ponha fim à guerra com Israel.
Macron condena protestos pró-palestinianos em França
O Presidente francês, Emmanuel Macron, condenou este domingo os acampamentos de protesto pró-palestinianos nas universidades e defendeu a rápida intervenção da polícia para pôr fim a ações como a do Instituto de Estudos Políticos de Paris.
“Não há respeito pelos outros. Sou a favor do debate (…), mas impor uma ou outra política pela força e pelos bloqueios, impedindo que outros estudantes tenham acesso a um anfiteatro com o pretexto de que são judeus, não é republicano”, argumentou o líder francês, numa entrevista aos jornais La Provence e La Tribune Dimanche.
Macron lembrou que a França é um dos países europeus que sofreu “menos excessos” nos protestos e denunciou que os estudantes que participam nestas ações são “politizados”.
Papa Francisco apela a diálogo entre Palestina e Israel
O Papa Francisco apelou a que o “diálogo” entre palestinianos e israelitas “seja fortalecido e dê bons frutos”, enquanto felicitou as Igrejas Ortodoxas e Orientais que, segundo o calendário juliano, celebram este domingo a Páscoa.
No ‘Regina Caeli’, o Papa pediu orações pela Palestina e por Israel, apelando a que “o diálogo seja fortalecido” para que produza bons frutos, e pela Ucrânia.
Felicitou ainda os cristãos ortodoxos e os católicos orientais que celebram este domingo a Páscoa.
Hezbollah ataca norte de Israel após bombardeamento no Líbano
O movimento islâmico libanês Hezbollah disse este domingo que disparou “dezenas” de foguetes contra o norte de Israel como retaliação pelo ataque aéreo atribuído aos israelitas, que matou três pessoas, um casal e o filho, no sul do Líbano.
Esta informação foi adiantada num comunicado, citado pela AFP, em que o Hezbollah afirma que disparou “dezenas de foguetes do tipo Katiousha e Falaq” contra Kiryat Shmona, no norte de Israel, “em resposta ao horrendo crime que o inimigo israelita cometeu em Mays al-Jabal” que resultou na morte de três civis, além de vários feridos.
A morte da família libanesa foi avançada pela agência nacional de notícias libanesa, tendo a informação sido confirmada pela agência AFP junto do responsável do município de Mays al-Jabal, Abdelmoneim Choukeir, que referiu a incursão israelita, adiantando que os três mortos são “um casal e o seu filho” que “foram martirizados”.
Três civis morrem em novo raide israelita no sul do Líbano
Pelo menos três pessoas da mesma família foram mortas este domingo durante um bombardeamento israelita sobre a aldeia de Mais al-Jabel, situada da fronteira sul do Líbano, informaram as autoridades locais.
Desde o início da guerra em Gaza que se assiste a uma troca de tiros quase diária entre o Hezbollah, no Líbano, aliado do Hamas palestiniano, e as forças armadas israelitas, na fronteira entre o Líbano e Israel, com as fações palestinianas e outros grupo aliados a reivindicarem também ataques contra o país liderado or Benjamin Netanyahu.
Segundo a agência nacional de notícias libanesa, “três civis morreram e vários ficaram feridos num ataque da força aérea israelita”.
11:52 | 05/05
Correio da Manhã
Netanyahu diz que acabar agora com a guerra em Gaza manteria o Hamas no poder
O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou a exigência do Hamas de pôr fim à guerra de Gaza em troca da libertação de reféns, acrescentou que isso manteria o grupo islamita palestiniano no poder e constituiria uma ameaça para Israel, avança a Reuters.
Benjamin Netanyahu sublinhou que vai continuar até atingir os objetivos de guerra.
Governo israelita decide encerrar canal Al Jazeera no país
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou este domingo que o governo aprovou por unanimidade o fecho da redação da televisão Al Jazeera, detida pelo Qatar, em Israel.
A decisão foi anunciada na rede X, anteriormente conhecida como Twitter, mas os detalhes sobre quando a medida entraria em vigor ou se seria permanente não foram imediatamente avançados, de acordo com a agência norte-americana de notícias AP.
O voto surge no contexto do conflito entre Israel e o canal, que piorou durante a guerra com o Hamas, e surge também numa altura em que o Qatar está a tentar ajudar a mediar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na guerra em Gaza.
A Al Jazeera é dos poucos meios de comunicação internacionais que continua em Gaza durante a guerra, transmitindo cenas sangrentas de ataques aéreos e hospitais sobrelotados, acusando Israel de cometer massacres, ao passo que Israel acusa a estação de televisão de colaborar com o Hamas.
A Al Jazeera, fundada pelo governo do Qatar, não comentou imediatamente a decisão, escreve a AP, notando que na versão árabe, a notícia do encerramento da redação já foi difundida, enquanto a versão inglesa continua a transmitir de Jerusalém, minutos após o anúncio de Netanyahu.
De acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), a ordem de apreensão do equipamento técnico e de transmissão já foi assinada este domingo, entrando em vigor de imediato.
O ministro israelita das Comunicações, Shlomo Karhi, assinou e publicou este domingo uma ordem de apreensão do equipamento do canal Al-Jazeera, detido pelo governo do Qatar, na sequência da decisão do governo de “fechar” o canal em Israel e bloquear a sua emissão.
De acordo com o documento, citado pela AFP, são dadas instruções para apreender “o equipamento utilizado para transmitir o conteúdo do canal”, que é detalhado numa lista que inclui câmaras, microfones, mesas de edição, servidores informáticos, computadores, equipamento de transmissão e telemóveis.
Incidentes antissemitas aumentaram em 2023 após ataque do Hamas
O relatório anual Global Antisemitism Report, este domingo divulgado pela Universidade de Telavive e pela Liga Antidifamação, revela que em 2023 aumentou em dezenas de pontos percentuais o número de incidentes antissemitas nos países ocidentais em comparação com 2022.
O estudo refere que após os ataques do Hamas, em 07 de outubro, registou-se um aumento dos atos antissemitas, mas também refere que, nos meses que antecederam o início da guerra em Gaza, esses incidentes foram registados em países com grandes minorias judaicas, incluindo os Estados Unidos, a França, o Reino Unido, a Austrália, a Itália, o Brasil e o México.
O diretor executivo e nacional da Liga Antidifamação (ADL), Jonathan Greenblatt, considera o relatório deste ano “incrivelmente alarmante”, uma vez que documenta níveis sem precedentes de antissemitismo, incluindo nos Estados Unidos, que registaram o maior número de incidentes antissemitas em 2023.
Autoridades israelitas dizem ter desmantelado célula do Hamas e matado quatro pessoas
As autoridades israelitas disseram no sábado à noite que desmantelaram uma célula do grupo islamista palestiniano Hamas, na localidade de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, matando pelo menos quatro pessoas.
Por seu lado, as Brigadas al Qasam, o braço armado do Hamas, reconheceram a morte de três elementos numa operação israelita, que, segundo o grupo, se prolongou durante 15 horas.
Entre os mortos, encontra-se o comandante das brigadas em Tulkarem, Alaa Adib, confirmou o grupo palestiniano.
09:03 | 05/05
Correio da Manhã
Forças israelitas anunciam morte de alto responsável da Jihad Islâmica que participou no ataque de 7 de outubro
As forças israelitas mataram um alto responsável da Jihad Islâmica palestiniana que participou no ataque ao Kibbutz Sufa e ao posto militar de Sufa, a 7 de outubro, avançou este domingo o exército israelita na rede social X (antigo Twitter).
Ayman Zaareb, um dos comandantes da Brigada Rafah, morreu juntamente com outros dois membros da Jihad Islâmica palestiniana.
Palestinianos esperam que se ponha fim a “sete meses de tortura”
Ramzi Okasha, residente em Gaza, diz que, embora espere que se chegue a um acordo de tréguas, continua “pessimista” em relação à última ronda de negociações entre o Hamas e Israel, devido a meses de fracassos anteriores.
“Infelizmente, já vimos muitas vezes as negociações falharem. Esperamos que desta vez haja um acordo de cessar-fogo para acabar com sete meses de tortura, sete meses de perda de humanidade, sete meses de falta de necessidades básicas de vida”, disse à Al Jazeera.
Pelo menos seis pessoas morrem em ataque israelita na Cisjordânia
Pelo menos seis palestinianos morreram hoje num ataque israelita em Deir al Ghusun, a norte de Tulkarem, na Cisjordânia, onde soldados demoliram uma casa onde se escondiam suspeitos de terrorismo.
Os militares levaram cinco dos corpos dos falecidos, cuja identidade não foi revelada, noticia o jornal palestiniano Al Quds na sua edição digital.
Após a retirada das forças israelitas, na tarde de hoje, funcionários da organização Crescente Vermelho Palestiniano conseguiram entrar na área e recuperar um corpo dos escombros.
Protestos estudantis pró-Palestina em Valência ocupam interior de faculdade
O movimento estudantil contra a ofensiva israelita na Faixa de Gaza acampado desde segunda-feira em frente à Faculdade de Filosofia da Universidade de Valência (UV) decidiu ocupar o interior do edifício por considerar ter sido ignorado pelas instituições.
Os membros do acampamento universitário de protesto pró-Palestina decidiram “agir e dar um passo em frente, entrando no interior da Faculdade de Filosofia, “apesar da recusa e da tentativa de chamada das forças policiais por parte do reitor”.
Os membros do movimento garantem que não irão dar “qualquer passo atrás” nas suas reivindicações e irão continuar a avançar com ações até que todas as suas reivindicações sejam atendidas.
Banco da Palestina denuncia assalto de 66 milhões de euros por grupos armados
O Banco da Palestina denunciou este sábado que grupos armados palestinianos roubaram cerca de 66 milhões de euros dos seus cofres e que o exército israelita se apropriou de “dezenas de milhões” para evitar que cheguem às mãos do Hamas.
O Banco da Palestina, que opera na Faixa de Gaza e é uma das principais fontes de dinheiro da população palestiniana, indica que grupo armados roubaram, em 17 de abril, cerca de 29 milhões de euros num único assalto, de acordo com documentos do banco a que o jornal Le Monde teve acesso.
De acordo com a mesma fonte, um dia depois, um grupo de homens que se identificavam como “a autoridade máxima da Faixa de Gaza”, termo usado para designar o Hamas, roubou cerca de 33,6 milhões de euros, .
Israel reafirma que recusa cessar-fogo permanente por troca de reféns
Responsáveis israelitas insistiram este sábado que o país não aceitará um cessar-fogo permanente como parte de um acordo com o movimento islamita Hamas para a troca de reféns por prisioneiros palestinianos.
“Ao contrário do que se diz, Israel não aceitará, em circunstância alguma, o fim da guerra como parte de um acordo para libertar os nossos reféns”, disse um funcionário citado por vários meios de comunicação israelitas.
O mesmo responsável insistiu que o exército entrará em Rafah e “destruirá os restantes batalhões do Hamas, com ou sem uma pausa temporária para permitir a libertação” dos reféns, noticiou o Times of Israel.
Delegação do Hamas no Egito para negociar trégua
Uma delegação do movimento islamita palestiniano Hamas chegou este sábado ao Egipto para negociar uma proposta de trégua em Gaza e a libertação de reféns.
Segundo o portal egípcio Al-Qahera News, “foram registados progressos significativos nas negociações” entre o Hamas e Israel, citando uma “fonte de alto nível” dos serviços secretos do Egito, que estão a mediar o processo.
Os mediadores egípcios “chegaram a uma fórmula consensual sobre a maior parte dos pontos de desacordo”, acrescentou a mesma fonte.
09:56 | 04/05
Correio da Manhã
Hamas aprova primeira fase do acordo de cessar-fogo após os EUA terem garantido a retirada das tropas de Israel de Gaza
O Hamas terá aprovado a primeira fase do acordo de cessar-fogo e troca de reféns, depois dos Estados Unidos terem garantido que Israel irá retirar as forças da Faixa de Gaza no prazo de 124 dias depois do acordo estar fechado, avança o The Times of Israel.
Garantia dos EUA terá sido comunicada através de mediadores egípcios e do Qatar que irão reunir-se este sábado com representantes do Hamas no Cairo.
EUA afirmam que ataque israelita a Rafah causaria danos “além do aceitável
O secretário de Estado norte-americano disse que um ataque israelita a Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde vivem mais de um milhão de deslocados de guerra, causaria danos “além do aceitável”.
Israel não apresentou um plano para proteger os civis durante um possível ataque, lembrou Antony Blinken, na sexta-feira, durante o Fórum Sedona do Instituto McCain, no Arizona.
“Na ausência de tal plano, não podemos apoiar uma operação militar de grande envergadura em Rafah, porque causaria danos além do aceitável”, declarou Blinken.
Cais flutuante na Faixa de Gaza deve estar a funcionar até meados do mês de maio
Os trabalhos para a instalação de um cais flutuante na Faixa de Gaza devem estar prontos até meados deste mês, disse um dirigente da Agência para o Desenvolvimento Internacional, na sexta-feira (USAID, na sigla em Inglês).
Esta infraestrutura, que está a ser construída pelos militares norte-americanos, vai permitir aos trabalhadores humanitários entregarem alimentos, tratarem as crianças que estão em risco de morte por falta de comida e fazerem outras assistências urgentes.
O dirigente da USAID disse à The Associated Press que o aumento das entregas de ajuda na rota marítima, apoiada pelos EUA, deve ser gradual, à medida que os grupos de ajuda testem a distribuição e os acordos de segurança para os trabalhadores humanitários.
23:24 | 03/05
Correio da Manhã
Hamas vai ao Cairo com “espírito positivo” para chegar a acordo
O Hamas sublinhou o “espírito positivo” com que o movimento estudou a proposta de cessar-fogo recebida recentemente e irá ao Cairo com o mesmo espírito para chegar a um acordo, afirmou o grupo militante palestiniano, esta sexta-feira, segundo avança a Reuters.
“Estamos determinados a garantir um acordo que satisfaça as exigências dos palestinianos”, declarou o Hamas em comunicado.
21:55 | 03/05
Lusa e A.M.P.
OMS diz que ataque a Rafah “pode conduzir a um banho de sangue”
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou esta sexta-feira que uma ofensiva terrestre do exército israelita na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, “pode conduzir a um banho de sangue”.
“A OMS está profundamente preocupada com o facto de uma operação militar em grande escala em Rafah, Gaza, poder conduzir a um banho de sangue e enfraquecer ainda mais um sistema de saúde que já está de rastos”, escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus na rede social X (antigo Twitter), referindo-se à cidade onde 1,2 milhões de palestinianos procuraram refúgio.
O exército israelita continua a bombardear a cidade, onde o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu quer lançar uma ofensiva terrestre para “aniquilar”, segundo disse, as últimas brigadas dos islamitas palestinianos do Hamas.
Guterres “chocado” com elevado número de jornalistas mortos em Gaza
O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou esta sexta-feira o trabalho dos jornalistas na guerra em Gaza e disse estar “chocado” com o elevado número de profissionais mortos no enclave palestiniano.
“As Nações Unidas reconhecem o trabalho inestimável dos jornalistas e dos profissionais da comunicação social para garantir que o público esteja informado e empenhado”, afirmou hoje o ex-governante português, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
O Comité para a Proteção dos Jornalistas informou que pelo menos 97 jornalistas e profissionais da comunicação social foram mortos desde o início do conflito em Gaza, a 7 de outubro.
Guerra em Gaza provoca discussão acesa na OCDE
O conflito no Médio Oriente foi tema na reunião ministerial anual da OCDE que terminou esta sexta-feira em Paris, com discussões acesas entre vários dos países membros e uma frase de compromisso vazio acordada na declaração final.
Nessa declaração, os 38 países membros mostram “profunda preocupação com os impactos económicos e sociais negativos da evolução dos conflitos no Médio Oriente”.
Questionado na conferência de imprensa de encerramento sobre as discussões acerca deste ponto e sobre quem teve a iniciativa de o incluir na declaração final, o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o ex-ministro australiano Mathias Cormann, limitou-se a parafrasear a frase de consenso.
Protestos estudantis contra ofensiva israelita na Faixa de Gaza alargam-se dos EUA até à Europa e Austrália
O movimento estudantil contra a ofensiva israelita na Faixa de Gaza que começou há cerca de duas semanas nos campus norte-americanos continua a espalhar-se pelo mundo.
Perto de 2.300 jovens já foram detidos nos protestos nos EUA, que fazem lembrar a contestação à guerra do Vietname, no final da década de 1960.
Do Canadá à Austrália, passando pela Europa, estudantes de vários países têm aderido à contestação.
Israel reduz todos os laços económicos da Turquia com Gaza e a Autoridade Palestina
O Governo israelita ordenou esta sexta-feira a redução de todos os laços económicos da Turquia com Gaza e a Autoridade Palestina (AP) em represália à decisão do Presidente turco de “fechar as portas” ao comércio com Israel.
“[Recep Tayyip] Erdogan, o ditador que sonha ser sultão, trabalha ao serviço do Hamas, viola acordos e quer prejudicar Israel, mas na realidade prejudica os palestinianos que finge ajudar”, afirmou o Governo israelita, num comunicado.
Além de tomar medidas para cortar as relações económicas e comerciais com os territórios palestinianos, Israel apelará aos fóruns económicos internacionais para que considerem a possibilidade de aplicar sanções à Turquia por violação dos acordos comerciais.
UE classifica como “desprezível” ataque a caravana humanitária em Gaza
O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, condenou esta sexta-feira o ataque de colonos israelitas contra duas caravanas de ajuda humanitária da Jordânia para Gaza, classificando-o como ato “desprezível”.
Numa mensagem nas redes sociais, o chefe da diplomacia europeia manifesta a sua “forte condenação” ao ataque perpetrado por colonos violentos, manifestando também solidariedade para com a Jordânia, país afetado por esta ação.
“É desprezível que as pessoas que não precisam de nada impeçam que os alimentos cheguem aos que deles necessitam. Israel deve garantir a entrega segura da ajuda”, defendeu Borrell, acusando de forma dura os colonos radicais.
Colômbia corta relações diplomáticas com Israel
O Governo colombiano notificou oficialmente Israel sobre a rotura das relações diplomáticas, forma que o Presidente Gustavo Petro encontrou para protestar contra o que considerou de “genocídio” em Gaza, indica hoje um comunicado oficial.
No comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros colombiano acrescentou que deu também início aos preparativos para a saída dos diplomatas israelitas na Colômbia.
“O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Colômbia informa que ontem [quinta-feira] foi oficialmente entregue ao embaixador de Israel na Colômbia [Gali Dagan] a Nota Verbal sobre a decisão do Governo de romper as relações diplomáticas com o Estado de Israel a partir de hoje”, lê-se no comunicado.
Policia sueca aguarda manifestações sobre Gaza durante Eurovisão da Canção
A polícia sueca confirmou existirem vários pedidos de manifestações para Malmo, na próxima semana, coincidindo com a realização do Festival Eurovisão da Canção naquela cidade, sobretudo relacionados com a guerra na Faixa de Gaza.
Neste contexto, vários países pediram aos seus cidadãos que tomem precauções adicionais se viajarem para Malmo, onde se esperam cerca de 100 mil visitantes durante os próximos dias.
Os organizadores e a polícia estimaram já que as manifestações poderão reunir cerca de 40.000 pessoas, segundo a televisão pública SVT.
17:03 | 03/05
Correio da Manhã
Turquia suspende comércio com Israel até existir um cessar-fogo permanente em Gaza
A Turquia declarou, esta sexta-feira, que não retomará as trocas comerciais com Israel, no valor de 7 mil milhões de dólares por ano, enquanto não for assegurado um cessar-fogo permanente e a ajuda humanitária em Gaza, tornando-se o primeiro dos principais parceiros comerciais de Israel a tomar essa medida, segundo avança a Reuters.
A “atitude intransigente” de Israel e o agravamento da situação na região de Rafah, em Gaza, um refúgio para as pessoas deslocadas que Israel ameaçou invadir, levaram Ancara a suspender todas as exportações e importações, afirmou o Ministro do Comércio, Omer Bolat.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, criticou a decisão do Presidente turco, Tayyip Erdogan, decretada na quinta-feira, afirmando que a mesma viola os acordos comerciais internacionais e é “o comportamento de um ditador”.
O grupo militante Hamas, que governa Gaza, elogiou a decisão, considerando-a corajosa e favorável aos direitos dos palestinianos.
A Turquia não pode ficar inativa face aos “bombardeamentos israelitas contra palestinianos indefesos”, afirmou Erdogan após as orações de sexta-feira. Israel diz que tem como alvo os militantes que se escondem em zonas residenciais.
Biden diz que “demasiados jornalistas” moreram em Gaza
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse esta sexta-feira que “demasiados jornalistas, na sua maioria palestinianos”, morreram na guerra em Gaza, num comunicado por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
Biden anunciou que nas próximas semanas tomará medidas em resposta à repressão global à liberdade de imprensa, declarando-a “uma séria ameaça à segurança nacional e autorizando medidas incluindo sanções e proibições de vistos contra aqueles que cometem abusos para silenciar a imprensa”.
“Neste dia, homenageamos a coragem e o sacrifício de jornalistas e trabalhadores da comunicação social de todo o mundo que arriscam tudo em busca da verdade”, disse o presidente norte-americano.
Hamas acusa Netanyahu de torpedear esforços para obter possível trégua na guerra
Um dirigente do Hamas acusou esta sexta-feira o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de multiplicar declarações na imprensa para torpedear os esforços para obter uma trégua na guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano na Faixa de Gaza.
Hossam Badran, membro do gabinete político do movimento, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) que os negociadores do Hamas estão atualmente a discutir, internamente e com os outros grupos armados palestinianos, a proposta de tréguas transmitida no final de abril, antes de regressarem ao Cairo, onde decorrem negociações indiretas com Israel.
Os mediadores — Egito, Qatar e Estados Unidos — aguardam ainda no Cairo que o Hamas responda à proposta de trégua, que inclui uma pausa na ofensiva israelita e a libertação de detidos palestinianos em troca dos reféns raptados durante o ataque do movimento palestiniano a 07 de outubro no sul de Israel, que desencadeou a guerra.
Houthis ameaçam alargar ataques à navegação ao Mediterrâneo
Os rebeldes iemenitas Houthis ameaçaram esta sexta-feira alargar o seu raio de ação para punir Israel pela sua ofensiva na Faixa de Gaza e atacar navios no Mar Mediterrâneo, embora se ignore se teriam essa capacidade.
Um porta-voz militar destes rebeldes, Yahya Sarea, anunciou numa declaração o início formal da “quarta fase” da ofensiva, que tem estado ligada aos preparativos das Forças de Defesa de Israel (IDF) para lançar um ataque em grande escala na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde se concentram mais de um milhão de palestinianos.
Situação alimentar melhorou mas mantém-se risco de fome em Gaza
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou esta sexta-feira que a situação alimentar na Faixa de Gaza está a melhorar ligeiramente, mas alertou que se mantém o risco de fome.
“Há um pouco mais de comida, comida mais variada (…), as pessoas também nos dizem isso”, afirmou o representante da OMS nos territórios palestinianos, Rik Peeperkorn, citado pela agência francesa AFP.
14:56 | 03/05
Correio da Manhã
Guerra em Gaza já matou 34 622 palestinianos
A guerra em Gaza já matou, pelo menos, 34 622 palestinianos e feriu 77 867, desde 7 de outubro, segundo o ministério da Saúde, citado pela Reuters.
EUA querem medidas para evitar ataques de colonos a ajuda humanitária em Gaza
O Governo dos Estados Unidos pediu a Israel que tome medidas para evitar os “ataques inaceitáveis” de colonos a comboios com ajuda humanitária para Gaza.
“Estes ataques a carregamentos de ajuda são inaceitáveis e Israel deve tomar medidas para os impedir e deve tomar medidas para que os responsáveis paguem”, disse, na quinta-feira, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em conferência de imprensa.
Miller referiu que a mesma mensagem foi transmitida em Jerusalém, na quarta-feira, pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Turquia suspende todas as relações comerciais com Israel
A Turquia suspendeu esta quinta-feira as suas relações comerciais com Israel, depois de já ter restringido as exportações para este país em abril, anunciou o Ministério do Comércio turco.
“As exportações e importações em relação a Israel foram suspensas”, frisou o ministério num comunicado, numa decisão que marca uma nova etapa na deterioração das relações entre os dois países.
A Turquia aplicará estas novas medidas “estritamente até que o governo israelita autorize um fluxo ininterrupto de ajuda humanitária para Gaza”, acrescentou o ministério.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, acusou hoje o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan de “quebrar acordos [entre Israel e Turquia] ao bloquear as importações e exportações israelitas nos portos”.
O chefe da diplomacia israelita frisou ainda que pretende “criar alternativas ao comércio com a Turquia, concentrando-se na produção local e nas importações de outros países”.
Casa Branca diz que cais de descarga em Gaza poderá estar operacional dentro de dias
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca afirmou esta quinta-feira que a doca temporária que está a ser construída pelos Estados Unidos para descarregar ajuda humanitária na costa de Gaza poderá estar pronta numa questão de dias.
Numa conferência de imprensa, John Kirby disse que as más condições climatéricas estão a dificultar os preparativos.
A plataforma flutuante, onde estão envolvidas as Forças Armadas norte-americanas, permitirá a entrada de mais alimentos e outros bens essenciais, embora até os Estados Unidos tenham reconhecido que tem limites e que a melhor opção é a entrada de camiões por estrada.
Netanyahu defende que judeus devem conseguir proteger-se sozinhos porque ninguém o fará por eles
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu esta quinta-feira que os judeus devem conseguir proteger-se sozinhos porque ninguém o fará por eles, à medida que enfrenta acusações em todo o mundo ao modo como conduz a guerra na Faixa de Gaza.
“Se tivermos de nos defender sozinhos, defender-nos-emos sozinhos. Se for possível mobilizar os ‘gentios’ [não-judeus], isso é bom. Mas se não nos protegermos, ninguém nos protegerá”, afirmou Netanyahu.
O primeiro-ministro israelita falava num encontro com sobreviventes do genocídio nazi que participarão no domingo no memorial Yad Vashem nas cerimónias do Yom HaShoah (Dia Anual em Memória do Holocausto).
Quase 40 ONG apelam ao governo alemão que suspenda envio de armas para Israel
Trinta e sete organizações da sociedade civil alemã apelaram esta quinta-feira ao chanceler Olaf Scholz para que o seu governo suspenda o envio de armas para Israel, invocando “violações dos direitos humanos” por este país na ofensiva em Gaza.
“Reconhecemos o direito de Israel a defender-se. Mas todas as ações militares devem respeitar o direito internacional sem limitações, incluindo a responsabilidade de Israel enquanto força ocupante”, defendem os signatários, numa carta aberta.
Os peritos das Nações Unidas tinham alertado para o facto de qualquer fornecimento de armas poder violar o direito internacional e dever ser imediatamente suspenso, acrescentam as organizações, nas quais se incluem as representações locais da Amnistia Internacional, Oxfam, Médicos do Mundo, CARE, Medico International e Terre des Hommes.
Biden diz que a ordem deve prevalecer nas universidades
O Presidente dos EUA, Joe Biden, defendeu esta quinta-feira o direito ao protesto, mas insistiu que “a ordem deve prevalecer”, quando universidades em todo o país enfrentam agitação por causa da guerra em Gaza.
“A dissidência é essencial para a democracia. Mas a dissidência nunca deve levar à desordem”, insistiu o Presidente norte-americano.
O Presidente democrata tinha estado até hoje silencioso sobre os protestos estudantis e as repressões policiais nas universidades norte-americanas, enquanto os republicanos procuram usar a situação como arma de campanha eleitoral.
Mais de uma dezena de mortos em Gaza após bombardeamento
Mais de uma dezena de palestinianos morreram esta quinta-feira na sequência de ataques aéreos e de artilharia israelita em zonas do norte e do sul da Faixa de Gaza, indica a agência Wafa.
20:08 | 01/05
Correio da Manhã
Israel afirma que ofensiva em Gaza vai continuar “com força”
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel afirmou, esta quarta-feira, que a operação ofensiva em Gaza “vai continuar com força” e que Israel está a “preparar-se para uma ofensiva no norte”, avança a Reuters.
O chefe das forças armadas, Herzi Halevi, não entrou em pormenores nas observações que fez durante uma visita e uma avaliação da situação na fronteira libanesa.
Colômbia corta relações diplomáticas com Israel e acusa Netanyahu genocídio
O Presidente colombiano, Gustavo Petro, anunciou esta quarta-feira que pretende cortar todas as relações diplomáticas com Israel, descrevendo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como um “genocida”.
“Amanhã [quinta-feira], as relações diplomáticas com o Estado de Israel serão cortadas”, declarou Petro, o primeiro Presidente de esquerda da história da Colômbia, num discurso aos seus apoiantes em Bogotá.
A 20 de fevereiro, Petro já tinha acusado Israel de cometer um “genocídio” contra os palestinianos na Faixa de Gaza, manifestando a sua “total solidariedade” com o seu homólogo brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, mergulhado numa crise diplomática por ter comparado a ofensiva israelita ao extermínio dos judeus pelos nazis.
Blinken pressiona Hamas a aceitar trégua
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse esta quarta-feira que a rejeição pelo Hamas de uma trégua na Faixa de Gaza atualmente em cima da mesa das negociações mostraria a sua falta de consideração pelos palestinianos.
“Se o Hamas realmente se preocupa com os palestinianos e deseja ver o seu sofrimento imediatamente aliviado, deve aceitar o acordo” de trégua que lhe foi proposto, disse o chefe da diplomacia norte-americana aos jornalistas no decurso de uma viagem ao Médio Oriente.
“Se não o fizer, penso que será mais uma prova que não tem a mínima consideração” pelos palestinianos, acrescentou.
17:36 | 01/05
Correio da Manhã
Hezbollah ataca casas na cidade israelita de Shtula
A Rádio do Exército israelita confirmou, esta quarta-feira, um ataque do grupo libanês Hezbollah a casas na cidade de Shtula, em Israel, e afirmou que não houve feridos durante o ataque, segundo o Al Jazeera.
A rádio disse que uma casa foi atingida com um míssil anti-tanque, ao contrário das duas casas que o Hezbollah afirmou ter atacado.
Blinken reiterou a Netanyahu a oposição dos EUA ao ataque a Rafah
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reiterou hoje, em Jerusalém, ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a oposição de Washington a um ataque israelita em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, segundo um porta-voz dos EUA.
Numa reunião com Netanyahu, Blinken “reiterou a posição clara dos Estados Unidos sobre Rafah”, disse Matthew Miller, porta-voz do departamento de Estado norte-americano, referindo-se à ofensiva terrestre na cidade da Palestina sobre a qual o primeiro-ministro israelita se recusa a desistir.
O ataque de Israel à cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, tem a oposição da Organização das Nações Unidas (ONU) e de muitas capitais, que temem a carnificina entre os cerca de 1,5 milhões de civis ali aglomerados, a grande maioria deslocados.
Blinken diz que proposta de trégua apresentada ao Hamas é “muito inteligente”
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse esta quarta-feira a um grupo de manifestantes israelitas em Telavive que a proposta de trégua em Gaza apresentada ao Hamas é “muito inteligente” e que o grupo palestiniano “tem de dizer sim”.
“Neste momento está em cima da mesa uma proposta muito inteligente, o Hamas tem de dizer que sim, isto tem de acontecer”, afirmou Blinken, citado pelo diário liberal israelita Haaretz, aos manifestantes que se encontravam frente ao seu hotel.
Blinken, que chegou a Israel na terça-feira à noite no âmbito de uma digressão regional para impulsionar um segundo cessar-fogo – depois de quase sete meses de guerra em Gaza e mais de 34.500 mortos – insistiu junto dos manifestantes, que empunhavam cartazes pedindo ajuda para libertar os reféns, que os EUA não descansarão enquanto estes não regressarem a casa.
Mais de 34 mil mortos em Gaza desde o início da guerra
O Ministério da Saúde do Hamas anunciou hoje um novo balanço de 34.568 mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano a 07 de outubro.
Nas últimas 24 horas foram registadas mais 33 mortes, segundo um comunicado do Ministério da Saúde que, informou também, 77.765 feridos em quase seis meses de guerra.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023 que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Funcionário do Hamas diz que os comentários sobre o cessar-fogo de Blinken são uma tentativa de pressionar o grupo
Sami Abu Zuhri, alto funcionário do Hamas, disse na quarta-feira que os comentários de Blinken sobre um cessar-fogo em Gaza são uma tentativa de pressionar o grupo palestiniano e absolver Israel.
Abu Zuhri disse ainda à Reuters que o grupo ainda está a estudar a recente oferta de cessar-fogo.
Blinken apela ao Hamas para que aceite trégua “sem mais demoras”
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, apelou esta terça-feira ao grupo islamita palestiniano Hamas para que aceite “sem mais demoras” a proposta de trégua com Israel, associada à libertação dos reféns detidos na Faixa de Gaza.
“Chega de atrasos, chega de desculpas. A hora de agir é agora”, declarou Blinken aos jornalistas na Jordânia pouco antes de partir para Israel, no âmbito da sua sétima viagem à região desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas, há mais de seis meses.
Blinken sustentou que o Hamas deveria aceitar o acordo de cessar-fogo e libertar os reféns que mantém no território palestiniano desde 7 de outubro — uma proposta que considerou “extraordinariamente generosa por parte de Israel”.
Diretor da Agência Internacional da Energia Atómica visita Irão a 06 e 07 de maio
A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) anunciou esta terça-feira que o diretor-geral da instituição vai visitar o Irão na próxima semana, quando as tensões entre o país islâmico e Israel fazem recear um ataque a uma instalação nuclear.
“Podemos confirmar que Rafael Grossi estará no Irão a 6 e 7 de maio para reuniões com altos funcionários”, informou à agência noticiosa AFP um porta-voz do organismo da ONU, mais de um ano após a última visita do responsável.
O porta-voz da Organização da Energia Atómica do Irão, Behrouz Kamalvandi, também referiu a viagem, tendo a agência noticiosa Tasnim avançado que Grossi vai participar na “primeira conferência internacional sobre energia nuclear” prevista para a província de Isfahan.
EUA condenam ocupação de edifício na Universidade de Columbia
Os Estados Unidos condenaram esta terça-feira e classificaram como “um erro” a ocupação de um edifício da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, na sequência dos protestos pró-palestinianos ocorridos durante esta noite.
“O Presidente Biden respeita o direito à liberdade de expressão, mas os protestos devem ser pacíficos e legais. A tomada de edifícios à força não é pacífica, é um erro. E o discurso de ódio e os símbolos de ódio não têm lugar na América”, afirmou o secretário de imprensa adjunto Andrew Bates.
Bates também referiu que “Biden tem-se posicionado contra as difamações repugnantes e antissemitas e a retórica violenta durante toda a sua vida”, acrescentando que o líder norte-americano “condena o uso do termo ‘intifada’, assim como condena outro trágico e perigoso discurso de ódio exibido nos últimos dias”.
Congresso dos EUA ameaça retaliar se TPI mandar deter responsáveis de Israel
O presidente da Câmara de Representantes norte-americana, o republicano Mike Johnson, indicou esta terça-feira que vários congressistas republicanos estão a trabalhar numa retaliação legislativa contra o Tribunal Penal Internacional (TPI), alegadamente a preparar ordens de detenção de responsáveis israelitas.
O tribunal internacional, com sede em Haia, nos Países Baixos, investiga desde 2014 as denúncias de crimes de guerra cometidos pelas forças militares de Israel e as milícias palestinianas, e poderá emitir ordens de detenção do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e outros altos responsáveis de Israel pelo seu papel na morte de civis na guerra contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em curso há quase sete meses.
Num comunicado, Johnson defendeu que o Governo do Presidente Joe Biden deve opor-se a tais mandados de detenção, que classificou como “vergonhosos” e “ilegais”, e “usar todos os instrumentos disponíveis para impedir tal abominação”.
Hamas e Fatah discutem fim de divisões e “unidade nacional”
Os movimentos palestinianos Hamas e Fatah sublinharam esta terça-feira em Pequim a necessidade de acabar com divisões entre fações e da “unidade nacional” no âmbito da Organização para a Libertação do Palestina (OLP), informou a agência de notícias Wafa.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, disse em conferência de imprensa que “ambos os lados expressaram plenamente a sua vontade política de alcançar a reconciliação através do diálogo e consultas e exploraram uma série de questões específicas”.
Lin indicou que as negociações resultaram em “progressos positivos” e num acordo para “continuar o processo de diálogo com o objetivo de concretizar a unidade do povo palestiniano o mais rápido possível”.
Defesa Civil de Gaza estima que 10 mil cadáveres estão sob escombros
As equipas da Defesa Civil da Faixa de Gaza estimam que mais de dez mil cadáveres de palestinianos estão sob os escombros de edifícios destruídos por Israel na ofensiva militar lançada contra o movimento islamita Hamas no enclave.
“Estimamos em mais de dez mil o número de desaparecidos que ainda se encontram sob os escombros de centenas de edifícios destruídos desde o início da agressão”, declarou a Defesa Civil, acrescentando que “as equipas especializadas não conseguiram recuperar os corpos”.
A Defesa Civil palestiniana, controlada pelo Hamas, explicou que este número “não está incluído nas estatísticas dos ‘mártires’ publicados pelo Ministério da Saúde de Gaza”.
Netanyahu promete entrar em Rafah com ou sem acordo de trégua
O primeiro-ministro de Israel disse esta terça-feira que o exército israelita entrará, “com ou sem acordo” de trégua, em Rafah, sul da Faixa de Gaza, para eliminar os quatro batalhões do Hamas que afirma permanecerem nessa área.
“Entraremos em Rafah e eliminaremos os batalhões do Hamas que lá se encontram, com ou sem acordo”, afirmou Benjamin Netanyahu, durante um encontro com familiares dos raptados e das vítimas do atentado de 7 de outubro em território israelita conduzido pelo grupo islamita palestiniano Hamas.
Estas declarações surgem no momento em que o Hamas analisa a mais recente proposta de tréguas apresentada pelos mediadores do Cairo, que prevê um cessar-fogo de 40 dias e a libertação de milhares de prisioneiros palestinianos em troca de reféns em Gaza, segundo os meios de comunicação israelitas.
Netanyahu prometeu alcançar a “vitória total” na guerra e tem enfrentado pressões dos seus parceiros governantes nacionalistas para lançar uma ofensiva em Rafah, que Israel diz ser o último grande reduto do Hamas.
Exército israelita vai substituir defesa anti-aérea de mísseis Patriot
Estados Unidos, França e Reino Unido – terem abatido centenas de mísseis e drones lançados pelo Irão em resposta ao bombardeamento, a 01 de abril, do consulado iraniano na capital da Síria e que matou sete membros dos Guardas da Revolução e seis cidadãos sírios.
O Irão defendeu os ataques contra Israel perante as críticas internacionais, argumentando que fazem parte de uma resposta legítima e frisando que Teerão tem o direito à “autodefesa” na sequência do bombardeamento, ao mesmo tempo que reiterou a possibilidade de uma resposta ainda mais dura caso Israel levasse a cabo um novo ataque.
Do ponto de vista internacional registaram-se manifestações de preocupação crescente com o aumento das tensões e a possibilidade de uma escalada do conflito através de uma confrontação direta entre os dois países.
Hamas e Fatah mantiveram conversações em Pequim
A China anunciou esta terça-feira que os movimentos Hamas e Fatah, dois grupos palestinianos que estão em desacordo há muitos anos, mantiveram negociações em Pequim para alcançar a “reconciliação” na Palestina.
“Convidados pela China, representantes do Movimento de Libertação Nacional da Palestina (Fatah) e do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) visitaram recentemente Pequim para discussões profundas e francas sobre a promoção da reconciliação” na Palestina, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jean.
“Os dois lados expressaram plenamente a sua vontade política de alcançar a reconciliação através do diálogo, discutiram muitas questões específicas e fizeram progressos”, sublinhou o porta-voz em conferência de imprensa regular.
Egito aguarda resposta do Hamas sobre proposta de tréguas em Gaza
O Egito, principal mediador da última tentativa de cessar-fogo em Gaza entre Israel e o Hamas, aguarda o regresso ao Cairo de uma delegação do grupo palestiniano “com uma resposta por escrito” à última proposta de tréguas.
“A delegação do Hamas deixou o Cairo, mas vai regressar com uma resposta por escrito à proposta de tréguas”, disseram fontes egípcias de “alto nível”, segundo o canal de televisão Al QaheraNews, do Cairo.
A delegação, chefiada por um membro do gabinete político do Hamas, Khalil al-Haya, manteve “conversações prolongadas” na segunda-feira com responsáveis da segurança egípcia tendo explicado a nova proposta de cessar-fogo em Gaza.
EUA não são favoráveis a investigação do TPI à guerra na Faixa de Gaza
Os EUA “não são favoráveis” a uma investigação do Tribunal Penal Internacional sobre o conflito na Faixa de Gaza, disse a porta-voz da Casa Branca, a propósito da eventual emissão de mandados de captura em nome de dirigentes israelitas.
“Pensamos que [o Tribunal] não é competente” neste assunto, acrescentou Karine Jean-Pierre.
Segundo o sítio noticioso Axios, no domingo, Benjamin Netanyahu pediu ajuda ao presidente dos EUA, Joe Biden, durante um telefonema, para impedir a emissão daqueles mandados de captura.
Estudantes da Columbia consideram “ridículas” ameaças de suspensão por acampamento de apoio a Gaza
Alunos da Universidade de Columbia consideram “ridículas” as ameaças de suspensão feitas pela direção desta prestigiada instituição de ensino norte-americana num ultimato para que o polémico acampamento pró-Palestina fosse removido do campus universitário.
“Acho completamente ridículo que a universidade ameace os alunos com suspensão se não levantarem o acampamento. Estes estudantes estão apenas a exercer o seu direito ao protesto” defendeu, em declarações à Lusa, Michael, um estudante presente no acampamento, numa posição partilhada por outros manifestantes.
23:29 | 29/04
Correio da Manhã
Forças de Defesa Israelita anunciam morte de dois soldados durante batalha em Gaza
O exército israelita anunciou que dois soldados foram mortos, no domingo, no centro da Faixa de Gaza, avança o Al Jazeera.
O número de soldados israelitas mortos ascende assim a 263, segundo o exército.
Um outro soldado ficou gravemente ferido na área do Corredor de Netzarim.
Plataforma flutuante para apoio humanitário a Gaza custa 298 milhões de euros
A plataforma flutuante que está a ser construída ao largo da Faixa de Gaza para levar mais ajuda ao enclave, projeto onde estão envolvidas as Forças Armadas norte-americanas, custará pelo menos 320 milhões de dólares, revelou esta segunda-feira o Pentágono.
A porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, frisou aos jornalistas que o custo de 320 milhões de dólares (298 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) é uma estimativa aproximada para o projeto e inclui o transporte dos equipamentos e secções do cais dos EUA para a costa de Gaza, bem como as operações de construção e entrega de ajuda.
Um oficial militar dos EUA confirmou no final da semana passada que o Benavidez tinha começado a construção e que estava longe o suficiente da costa para garantir que as tropas que construíam a plataforma estariam seguras.
Singh acrescentou esta segunda-feira que a próxima etapa será a construção da ponte, que será ancorada na praia.
Israel destrói mais dois túneis do Hamas no norte de Gaza
Engenheiros do Exército israelita destruíram mais dois túneis do movimento islamita palestiniano Hamas e da Jihad Islâmica na cidade de Beit Hanun, no norte de Gaza, palco de uma ofensiva israelita após o ataque de 7 de outubro.
Segundo um comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI), os túneis foram descobertos há algum tempo e têm estado, desde então, sob “permanente vigilância tecnológica e dos serviços secretos”.
Nenhum dos túneis atravessava a fronteira para território israelita, de acordo com o diário The Times of Israel.
Israel ataca “complexo militar” do Hezbollah no sul do Líbano
O Exército israelita anunciou que aviões de combate atacaram esta segunda-feira um “complexo militar” pertencente ao grupo xiita libanês Hezbollah, na zona de Blat, situada no sul do Líbano.
Num comunicado, o Exército indicou que os caças atacaram “numerosas estruturas militares” no interior dessa infraestrutura do Hezbollah, de onde “se tinham realizado lançamentos para o norte de Israel esta manhã”.
As forças israelitas efetuaram também outros ataques aéreos contra “estruturas militares” nas zonas de Jibbain, Khiam, Ayta ash Shab e Tayr Harfa, também no sul do Líbano, acrescenta-se na nota.
Borrell estima que vários Estados-membros reconheçam a Palestina em maio
O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, afirmou esta segunda-feira que vários Estados-Membros poderão reconhecer o Estado palestiniano já em maio, na sequência de uma votação da Assembleia Geral da ONU.
Numa entrevista a vários meios de comunicação social na Arábia Saudita, onde participa no Fórum Económico Mundial, o chefe da diplomacia dos 27 manifestou a sua expectativa em que alguns países anunciem a decisão de reconhecer a Palestina no próximo mês, segundo a agência Europa Press, citando fontes comunitárias.
O Alto Representante insistiu que a solução de dois Estados apenas é possível se a Palestina for reconhecida, disseram as mesmas fontes.
EUA acusam cinco unidades do Exército israelita de abusos na Cisjordânia
Os Estados Unidos determinaram que cinco unidades do Exército israelita cometeram abusos contra palestinianos na Cisjordânia, antes do ataque do Hamas em outubro contra Israel, divulgou esta segunda-feira o Departamento de Estado norte-americano.
Quatro destas unidades tomaram “medidas corretivas” para eliminar a perspetiva de sanções pelos Estados Unidos, revelou o vice-porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel.
Washington e o Governo israelita continuam conversações sobre uma quinta unidade do Exército, acrescentou a mesma fonte.
Cessar-fogo de 40 dias proposto ao Hamas
Uma proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza foi apresentada ao movimento islamita palestiniano Hamas, prevendo a suspensão das hostilidades durante 40 dias e a libertação de reféns e prisioneiros, declarou o chefe da diplomacia britânico, David Cameron.
“Uma proposta muito generosa de um cessar-fogo de 40 dias e da libertação de milhares de prisioneiros palestinianos em troca da libertação dos reféns” foi apresentada ao Hamas, disse Cameron numa reunião do Fórum Económico Mundial na capital saudita, Riade.
Uma delegação do Hamas é hoje esperada no Egito para dar uma resposta à mais recente proposta dos mediadores para uma trégua na Faixa de Gaza associada à libertação dos reféns em poder do movimento islamita palestiniano, após quase sete meses de guerra entre Israel e o Hamas naquele território palestiniano.
13:48 | 29/04
Correio da Manhã
Israel deve aceitar reduzir para 33 o número de reféns a libertar pelo Hamas para dar início ao cessar-fogo em Gaza
Israel reduziu para 33 o número de reféns que pretende que o Hamas liberte para que o processo de tréguas em Gaza possa iniciar, avança o New York Times, citando funcionários do governo israelita.
As negociações de cessar-fogo deverão recomeçar na terça-feira.
Durante vários meses Israel tem vindo a exigir ao Hamas que liberte 40 reféns, como garantia de uma nova trégua. A redução terá sido motivada pelo facto de Israel acreditar que alguns dos 40 reféns terão morrido.
Israel teme que Tribunal Penal Internacional emita mandados de prisão para Netanyahu
As autoridades israelitas temem que o Tribunal Penal Internacional (TPI) emita esta semana mandados de detenção contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o chefe do Exército, noticia esta segunda-feira o jornal Haaretz.
Segundo o jornal israelita, tanto o Ministério da Justiça como os advogados do Exército estão a tentar evitar que isso aconteça e, também, Netanyahu, o Ministro dos Assuntos Estratégicos, Ron Dremes, e países amigos de Israel, bem como os Estados Unidos, estão a tentar convencer o procurador-geral do TPI, Karim Khan, a atrasar ou mesmo impedir a emissão dos mandados.
Fontes do governo israelitas, que o Haaretz não identifica, acreditam que os mandados de prisão poderiam ser entregues a Netanyahu, Gallant e Halevi um dia desta semana.
Pelo menos 19 palestinianos mortos em bombardeamentos israelitas em Rafah
Pelo menos 19 palestinianos morreram depois de um bombardeamento do exército israelita contra a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, informaram meios de comunicação social palestinianos.
O bombardeamento, no domingo à noite, causou ainda uma dezena de feridos, acrescentaram.
Um dos ataques atingiu uma casa no leste da cidade, matando pelo menos quatro palestinianos, incluindo duas crianças, informou o jornal diário palestiniano Philastin, na plataforma de mensagens Telegram.
Chefe da diplomacia dos EUA vai a Israel e Jordânia na quarta-feira
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos vai a Israel e Jordânia quarta-feira, informou este domingo o Departamento de Estado, depois do Presidente norte-americano e primeiro-ministro israelita falarem sobre negociações para um cessar-fogo em Gaza.
Antony Blinken visitará Israel e a Jordânia, disse o Departamento de Estado, sem dar mais detalhes, no momento em que o chefe da diplomacia dos EUA está a caminho da Arábia Saudita para uma reunião especial do Fórum Económico Mundial (FEM) onde serão discutidos os esforços para garantir um cessar-fogo em Gaza que permita a libertação de reféns.
O chefe da diplomacia norte-americana estará na Arábia Saudita segunda e terça-feira, anunciou no sábado o Departamento de Estado.
Hamas não vê problemas “de maior” na proposta egípcia de tréguas
O Hamas não identificou “problemas de maior” na proposta egípcia de trégua com Israel, disse este domingo um responsável do movimento palestiniano, na véspera de uma reunião tripartida no Cairo com o Egito e o Qatar.
“A atmosfera é positiva, salvo novos obstáculos colocados por Israel”, disse o responsável à agência de notícias France-Presse (AFP) sob condição de anonimato.
“Não foram levantados problemas de maior nas observações e exigências que o Hamas irá apresentar relativamente ao conteúdo da proposta egípcia” nesta reunião, acrescentou.
Biden e Netanyahu falaram de cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns
O Presidente dos Estados Unidos falou este domingo com o primeiro-ministro israelita, quando aumenta a pressão para Israel e Hamas acordarem um cessar-fogo em Gaza e para a libertação de reféns israelitas, anunciou a Casa Branca.
Os líderes dos dois países aliados, Joe Biden e Benjamin Netanyahu, “reviram as discussões em curso sobre a libertação dos reféns, bem como um cessar-fogo imediato em Gaza”, disse a Casa Branca em comunicado, enquanto os esforços diplomáticos para esse fim se intensificaram hoje.
A presidência dos Estados Unidos adiantou que Biden reiterou a “posição clara” de Washington, que se opõe, por razões humanitárias, aos planos de Israel de invadir a cidade de Rafah, no sul de Gaza, abrigo de mais de um milhão de palestinianos deslocados das regiões destruídas pelos bombardeamentos israelitas.
19:38 | 28/04
Correio da Manhã
Volume de ajuda humanitária para Gaza aumenta nos próximos dias
A quantidade de ajuda humanitária enviada para a Faixa de Gaza vai aumentar nos próximos dias, segundo revela este domingo a Reuters, citando militares israelitas.
De acordo com o porta-voz do exército serão encaminhados “alimentos, água, equipamentos médicos e para abrigos” e outros tipos de ajuda. Daniel Hagari acrescenta que se trata de uma quantidade recorde.
Depois do ataque de 7 de outubro, Israel tem autorizado a entrada de comboios de ajuda, com bens destinados a mais de dois milhões de habitantes de Gaza. Também a abertura do porto de Ashdood, no sul do país, e de uma nova passagem no norte da região facilitaram o transporte.
Egipto pede a Borrell que pressione Israel para evitar invasão de Rafah
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shukri, pediu este domingo ao alto representante da União Europeia (UE) para Assuntos Exteriores e Segurança, Josep Borrell, que “pressione” Israel para evitar uma operação militar em Rafah.
“O ministro Shukri sublinhou a importância de a União Europeia e a comunidade internacional atuarem para pressionar Israel a evitar uma operação militar” na cidade fronteiriça egípcia de Rafah, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio num comunicado divulgado no final de uma reunião com Borrell em Riade, na Arábia Saudita.
O governante egípcio apelou também a que “se ponha termo a qualquer tentativa de implementar um cenário de deslocação forçada da população da Faixa de Gaza ou de liquidação da causa palestiniana”.
11:04 | 28/04
Correio da Manhã
Delegação do Hamas vai ao Cairo para negociar acordo de cessar-fogo
Uma delegação do Hamas irá esta segunda-feira ao Cairo para negociar acordo de cessar-fogo em Gaza, avança a Reuters. Será discutida a proposta de tréguas dos mediadores e a de Israel.
10:42 | 28/04
Correio da Manhã
Israel suspenderá operação em Rafah se chegar a acordo com o Hamas
Israel poderá suspender uma operação planeada na cidade de Rafah caso venha a existir um acordo com o Hamas para garantir a libertação dos reféns detidos pelo Hamas, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, citado pela Reuters.
“A libertação dos reféns é a nossa principal prioridade. Se houver um acordo, suspenderemos a operação.”, disse Israel Katz, durante uma entrevista ao canal de televisão local Channel 12.
Arábia Saudita e outros países árabes pedem medidas irreversíveis para reconhecer a Palestina
Arábia Saudita, Jordânia, Egito, Emirados Árabes Unidos e Qatar pediram este sábado “medidas irreversíveis” para reconhecer a Palestina e a solução de dois Estados, e rejeitaram uma operação militar israelita em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
A posição consta da declaração final de uma reunião em Riade entre os ministros dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Faisal bin Farhan, do Egito, Sameh Shukri, do Qatar, Mohammed bin Abdulaziz, e da Jordânia, Ayman Safadi, e ainda o conselheiro diplomático do Presidente dos Emirados Árabes, Anwar Gargash, e o ministro palestiniano dos Assuntos Civis, Hussein al-Sheikh.
“A necessidade de pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, alcançar um cessar-fogo imediato e abrangente” e garantir a proteção dos civis de acordo com o direito humanitário internacional, é afirmada na declaração.
Chefe da diplomacia dos EUA na Arábia Saudita para discutir esforços para cessar-fogo
O chefe da diplomacia norte-americana estará na Arábia Saudita segunda e terça-feira para discutir esforços em curso para alcançar um cessar-fogo em Gaza que permita libertar reféns, anunciou este sábado o Departamento de Estado.
Antony Blinken também “enfatizará a importância de evitar uma expansão regional” da guerra lançada por Israel na Faixa de Gaza depois do ataque em território israelita do grupo islamita palestiniano Hamas, de 7 de outubro, lê-se num comunicado divulgado pelo Departamento de Estado dos EUA.
O secretário de Estado pretende “discutir formas de alcançar uma paz duradoura na região, inclusive através de um caminho para um Estado palestiniano independente acompanhado de garantias de segurança para Israel”.
Hamas divulga novo vídeo com dois reféns israelitas
O movimento islamita palestino Hamas divulgou este sábado um vídeo que mostra dois reféns israelitas sequestrados durante o ataque de 7 de outubro no sul de Israel e levados para Gaza.
Os dois reféns identificaram-se como Keith Siegel, de 64 anos, e Omri Miran, de 47, e o Fórum das famílias de reféns confirmou as suas identidades.
O movimento islamita palestiniano já tinha divulgado na quarta-feira um vídeo de outro refém israelita, Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos.
Hamas está a estudar contraproposta de Israel para nova trégua em Gaza e libertação de reféns
O movimento islâmico palestiniano Hamas indicou este sábado que está a analisar uma contraproposta de Israel para uma nova trégua nos combates na Faixa de Gaza e para a libertação de reféns.
“O Hamas recebeu a resposta oficial da ocupação sionista à nossa posição, que foi entregue aos mediadores egípcios e cataris em 13 de abril”, disse o número dois do braço político do grupo em Gaza.
“O movimento estudará esta proposta e apresentará a sua resposta assim que o seu estudo estiver concluído”, declarou, num comunicado, Khalil al-Hayya.
Diálogo entre delegação egípcia e Israel alcançou “progressos notáveis”
As reuniões realizadas esta sexta-feira entre uma delegação do Egito e autoridades israelitas em Telavive alcançaram “progressos notáveis” para uma trégua na Faixa de Gaza, informaram fontes de segurança à agência EFE e à televisão estatal egípcia Al-Qahera News.
O canal estatal, muito próximo dos serviços de informações do Egito, afirmou que “foram feitos progressos notáveis ??na reunião nos pontos de vista das delegações egípcia e israelita sobre uma trégua na Faixa de Gaza”, mas não forneceu mais detalhes.
Fontes próximas das reuniões confirmaram à EFE que as negociações foram frutíferas e que muitos obstáculos que impediam um acordo de trégua foram superados, embora a delegação do Cairo tenha alertado para os riscos de uma invasão israelita em Rafah, no extremo sul do enclave palestiniano, onde permanecem cerca de 1,4 milhões de pessoas deslocadas.
Blinken considera protestos pró-Gaza nos EUA parte da democracia mas critica “silêncio” sobre Hamas
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou hoje que os protestos pró-palestinianos nos ‘campus’ universitários dos Estados Unidos são parte da “força da democracia” norte-americana, mas criticou o “silêncio” sobre o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
“É uma marca distintiva da nossa democracia que os nossos cidadãos deem a conhecer os seus pontos de vista, as suas preocupações e a sua revolta num dado momento. E creio que isso reflete a força do país, a força da democracia”, afirmou, numa conferência de imprensa em Pequim.
Por essa razão, Blinken asseverou que entende que a população norte-americana tenha “sentimentos fortes e fervorosos” sobre o que está a acontecer na Faixa de Gaza, devido ao “horrível sofrimento humano” e à morte de crianças, mulheres e homens “apanhados num fogo cruzado criado pelo Hamas”.
Presidente turco chama a Netanyahu “carniceiro de Gaza”
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, qualificou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, como o “carniceiro de Gaza”, com Israel a acusar o líder turco de “envergonhar o povo”.
“O Hitler e os nazis do nosso tempo são os assassinos que mataram mais de 15.000 crianças em Gaza. Netanyahu, tal como os criminosos que o antecederam, deixou vergonhosamente o seu nome na história como o carniceiro de Gaza”, disse Erdogan, num discurso em Ancara.
“Ninguém pode esperar que fiquemos em silêncio perante um genocídio”, acrescentou o chefe de Estado turco, que insistiu que, para a Turquia, a organização islamista Hamas não é um grupo terrorista, mas sim “a resistência nacional palestiniana”.
Membro da Jamaa Islamyia morto no Líbano em ataque atribuído a Israel
Um destacado membro do grupo Jamaa Islamya, próximo do movimento palestiniano Hamas, foi morto num ataque israelita contra o seu carro no Líbano, segundo uma fonte de segurança libanesa citada pela agência France Presse (AFP).
“Um quadro libanês da Jamaa Islamiya foi morto por um ataque com um ‘drone’ israelita que teve como alvo o seu carro”, na estrada de Meidoun, disse esta fonte sob anonimato à AFP.
A Agência Nacional de Informação (ANI, oficial), por sua vez, relatou duas mortes num ataque “inimigo” na estrada de Meidoun.
Três rabinos e jornalista americana detidos por tentarem introduzir alimentos em Gaza
Três rabinos e uma jornalista norte-americana foram esta sexta-feira detidos, juntamente com três ativistas israelitas, pela polícia de Israel quando tentavam atravessar a passagem de Erez para levar alimentos para a Faixa de Gaza.
As detenções foram anunciadas pela Rabbis for Peace, a organização a que pertencem os rabinos, que identifica a jornalista norte-americana como Ayelet Waldman.
Na sua conta na rede social X, a Rabbis for Peace denuncia que “o governo israelita está a usar a fome como arma de guerra contra 2,3 milhões de palestinianos na Faixa de Gaza ocupada”.
Netanyahu diz que nunca aceitará autoridade do TPI
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, advertiu esta sexta-feira que o seu Governo “nunca” aceitará a autoridade do Tribunal Penal Internacional (TPI), perante a possibilidade de este ordenar a detenção de militares e ministros israelitas.
“A ameaça contra os soldados das FDI [Forças de Defesa de Israel] e as figuras públicas de Israel, a única democracia do Médio Oriente e o único Estado judeu do mundo, é escandalosa”, protestou Netanyahu numa mensagem publicada na sua conta do Telegram.
“Não desistiremos. Israel continuará até à vitória na nossa guerra justa contra os abomináveis terroristas que procuram destruir-nos. Nunca deixaremos de nos defender”, sublinhou o primeiro-ministro israelita.
Protesto de estudantes pró-Palestina paralisa instituto Sciences Po em Paris
Cerca de 200 estudantes pró-palestinianos bloquearam esta sexta-feira o acesso ao instituto Sciences Po em Paris, após outras ações nos últimos dias para exigir uma reação política e académica às operações militares israelitas contra Gaza, que qualificam de “genocídio”.
Os manifestantes pró-palestinianos, que ocuparam um edifício central do Instituto de Estudos Políticos de Paris, mais conhecido como Sciences Po, penduraram cartazes onde se lia “Somos Todos Palestinianos” e gritaram palavras de ordem das janelas do edifício.
Os estudantes votaram ao início da tarde a continuação do seu protesto e por volta das 16h00 locais as tensões aumentaram, com a chegada de cerca de 50 manifestantes pró-Israel, que usavam máscaras e capacetes, gritando “Libertem a Sciences Po” e “Libertem Gaza do Hamas”.
Gaza na agenda de dirigentes árabes e europeus em Riade a partir de domingo
A guerra em Gaza estará no topo da agenda de dirigentes árabes e europeus no Fórum Económico Mundial em Riade, capital da Arábia Saudita, a partir de domingo, enquanto Israel manifesta disponibilidade para uma trégua “temporária”.
O fórum contará com a presença dos ministros dos Negócios Estrangeiros saudita, jordano, egípcio e turco, segundo o programa da reunião, que inclui na segunda-feira uma sessão dedicada a Gaza com o novo primeiro-ministro palestiniano Mohammed Mustafa, o chefe do governo egípcio Mostafa Madbouly e Sigrid Kaag, coordenadora da ajuda das Nações Unidas para Gaza.
O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Stéphane Séjourné, tem previstos encontros com os seus “homólogos europeus, americanos e regionais sobre Gaza e a situação regional, em Riade”, afirmou fonte diplomática à agência noticiosa AFP.
ONU estima em Gaza 37 milhões de toneladas e detritos com munições
A ONU estima que 37 milhões de toneladas de detritos e escombros têm de ser retirados da Faixa de Gaza, alvo de bombardeamentos e combates intensos desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas.
“Estimámos que há 37 milhões de toneladas de detritos, ou seja, cerca de 300 quilos de detritos por metro quadrado” na Faixa de Gaza, que antes da guerra era densamente povoada e urbanizada, explicou Pehr Lodhammar, responsável da UNMAS, a agência das Nações Unidas responsável pela desminagem.
Partindo do pressuposto da utilização de uma centena de camiões, “seriam necessários 14 anos para a desminagem”, sublinhou Pehr Lodhammar, durante a conferência de imprensa regular da ONU em Genebra.
15:26 | 26/04
Correio da Manhã
Hamas critica proposta que apela à libertação dos reféns para o cessar-fogo em Gaza
O Hamas criticou a proposta dos EUA e de outros 17 países que apela à libertação de todos os reféns para acabar com a crise em Gaza, afirmando que a medida não corresponde às exigências da Palestina. O anúncio foi dado esta sexta-feira pela Reuters.
Em comunicado, o Hamas acrescenta que está disponível a receber propostas para o cessar-fogo, mantendo-se fiel às exigências do grupo.
13:37 | 26/04
Correio da Manhã
Morreu a bebé salva do útero da mãe morta após ataque israelita a Gaza
A bebé que foi salva do útero da mãe morta, em Gaza, depois de um ataque aéreo israelita, acabou por morrer, segundo noticia esta sexta-feira a Reuters.
A informação foi confirmada pelo médico responsável que afirma que a bebé, com nome de ‘Rouh’, Alma em português, morreu após alguns dias de vida.
A bebé foi retirada com vida do ventre da mãe, que morreu no ataque israelita na cidade de Rafah, em Gaza, na semana passada. A criança pesava 1,4kg e nasceu de uma cesariana de emergência.
13:32 | 26/04
Correio da Manhã
Oficial das Nações Unidas afirma que são necessários 14 anos para retirar escombros da Faixa de Gaza
Um oficial das Nações Unidas revelou esta sexta-feira que os escombros e engenhos por explodir na Faixa de Gaza podem demorar cerca de 14 anos a ser retirados do território, divulga a Reuters.
Pehr Lodhammar, do Serviço de Anti-minas, afirmou que o conflito deixou cerca de 37 milhões de toneladas de destroços, embora o número exato de engenhos por explodir não seja conhecido.
“Sabemos que normalmente existe uma falha em pelo menos 10% das munições que são disparadas via terrestre e não funcionam”, acrescentou.
“Estamos a falar de 14 anos de trabalho com 100 camiões”, concluíu.
11:50 | 26/04
Correio da Manhã
Dois palestinianos detidos na Cisjordânia por planearem ataque. Um dos suspeitos estava armado com um machado
Dois palestinianos, um dos quais se encontrava armado com um machado, foram detidos pelo exército israelita num posto agrícola ilegal na Cisjordânia. Segundo as Forças de Defesa de Israel, citadas pelo The Times of Israel, os indivíduos planeavam um ataque perto da aldeia palestiniana de Wadi as-Seeq.
Segundo as IDF, foram encontrados outros machados e facas no seu veículo.
EUA começaram a construir porto e cais na Faixa de Gaza
O Pentágono anunciou esta quinta-feira que os Estados Unidos iniciaram a construção de um porto temporário e um cais na Faixa de Gaza, para facilitar a entrega de ajuda humanitária ao território palestiniano bombardeado e sitiado por Israel.
Perante os atrasos e bloqueios de Israel à distribuição de ajuda humanitária por terra a uma Faixa de Gaza afetada por uma catástrofe humanitária, o Presidente norte-americano, Joe Biden, tinha anunciado no início de março a construção de um porto artificial.
Navios militares norte-americanos “começaram a construir (…) o porto temporário e o cais no mar”, declarou à imprensa o porta-voz do Pentágono (Departamento da Defesa dos Estados Unidos), o general Pat Ryder.
Mais de mil colonos extremistas invadem Esplanada das Mesquitas
Mais de mil colonos israelitas extremistas irromperam esta quinta-feira pela Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, onde se situa a mesquita de Al-Aqsa, o terceiro lugar mais sagrado do Islão, durante a celebração da Páscoa judaica.
Os 1.160 atacantes percorreram vários locais da Esplanada das Mesquitas, onde se situa também a Cúpula da Rocha, por entre fortes medidas de segurança, noticiou a agência palestiniana Wafa.
Segundo a Wafa, os militares que seguiam os extremistas judeus impediram a livre circulação dos fiéis muçulmanos, que foram instados a apresentar os seus documentos de identificação.
Novas sanções dos EUA contra indústria de ‘drones’ do Irão
Os Estados Unidos reforçaram esta quinta-feira as sanções ao Irão, visando novamente a indústria de ‘drones’ militares, em paralelo com sanções semelhantes impostas por Otava e Londres, quase duas semanas após o ataque de Teerão a Israel.
Estas sanções económicas têm como alvo “mais de uma dúzia de entidades, pessoas e navios que desempenharam um papel central na facultação e no financiamento da venda clandestina de ‘drones’ (aeronaves não-tripuladas) iranianos pelo Ministério da Defesa iraniano”, anunciou o Departamento do Tesouro norte-americano.
A empresa Sahara Thunder, em particular, é visada pela Autoridade de Supervisão Financeira (OFAC) do Departamento do Tesouro, acusada por Washington de ser “a principal empresa de fachada que supervisiona as atividades comerciais [do Ministério da Defesa iraniano] para apoiar estas ações”.
“A Sahara Thunder também desempenha um papel fundamental na conceção, no desenvolvimento, no fabrico e na venda de milhares de ‘drones’ pelo Irão, muitos dos quais acabaram por ser transportados para a Rússia para serem utilizados na sua guerra contra a Ucrânia”, acrescentou o Tesouro norte-americano.
A OFAC “sanciona igualmente duas empresas e um navio envolvidos no transporte de produtos iranianos para a Sepehr Energy Jahan Nama Pars, que também desempenha um papel de primeiro plano nas atividades comerciais do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas”.
“Paralelamente a esta ação, o Reino Unido e o Canadá estão a impor sanções a várias entidades e pessoas envolvidos na compra de ‘drones’ pelo Irão e noutras atividades militares ligadas ao Exército iraniano”, indicou o Tesouro.
“O Ministério da Defesa iraniano continua a destabilizar a região e o mundo ao apoiar a guerra russa na Ucrânia, o ataque sem precedentes a Israel e a proliferação de ‘drones’ e de outros equipamentos militares perigosos destinados aos terroristas”, declarou o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Serviço de Informações Financeiras, Brian Nelson.
Na quarta-feira, o Irão classificou como “infundadas” várias sanções norte-americanas por “ciberataques maliciosos”, realizados, segundo Washington, “em nome do comando cibereletrónico dos Guardiões da Revolução”, o Exército ideológico da República Islâmica.
Entre 80 mil a 100 mil palestinianos chegaram ao Egito desde o inicio do conflito
Entre 80 mil e 100 mil palestinianos chegaram ao Egito desde o início da guerra entre o Hamas e Israel, informou esta quinta-feira o embaixador da Palestina no Cairo, Diab Allouh.
De acordo com a informação divulgada pela Agência France-Presse (AFP), o ponto de passagem de Rafah é, em teoria, a única abertura para a faixa de Gaza que não se encontra sob controlo direto de Israel.
Na prática, Israel mantém o direito de supervisionar a entrada e saída de bens e pessoas, sendo por este ponto que passa “a conta-gotas” a ajuda humanitária destinada a Gaza.
Portugal e mais 17 países pedem libertação imediata dos reféns detidos pelo Hamas
Portugal e mais 17 países, incluindo Estados Unidos da América, França, Alemanha e Reino Unido, subscreveram um apelo para a libertação imediata dos reféns detidos pelo Hamas, foi hoje anunciado.
“Exigimos a libertação imediata de todos os reféns detidos pelo Hamas em Gaza desde há mais de 200 dias. Entre esses reféns, estão cidadãos dos nossos países”, refere uma declaração conjunta dos líderes dos 18 países divulgada hoje pela Casa Branca.
A declaração é subscrita também pela Argentina, Áustria, Brasil, Bulgária, Canadá, Colômbia, Dinamarca, Hungria, Polónia, Roménia, Sérvia, Espanha e Tailândia.
Relatora da ONU pede investigação sobre se apoio é cumplicidade com genocídio
A relatora das Nações Unidas (ONU) para os Territórios Palestinianos pediu, esta quinta-feira, uma investigação sobre se o apoio político e militar de países ocidentais a Israel na guerra na Faixa de Gaza pode equivaler a cumplicidade com genocídio.
“A cumplicidade no genocídio é um crime em si mesmo segundo a Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio”, disse Francesca Albanese, numa conferência de imprensa no final de uma visita de uma semana ao Egipto e à Jordânia, para avaliar a situação dos palestinianos em Gaza e na Cisjordânia.
Francesca Albanese, que é uma das vozes mais críticas da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, apelou para se investigar “até que ponto a ajuda, tanto política como militar, que foi dada a Israel por vários países, principalmente pelos Estados Unidos, pode equivaler a cumplicidade”.
Netanyahu classifica como antissemitas protestos pró-palestinianos em universidades de EUA
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, condenou esta quarta-feira os protestos estudantis pró-palestinianos que alastraram pelos ‘campus’ universitários dos Estados Unidos, classificando-os como “horríveis” e “antissemitas”.
“O que está a acontecer nos ‘campus’ universitários dos Estados Unidos é horrível. Turbas antissemitas apoderaram-se das principais universidades”, afirmou Netanyahu numa mensagem de vídeo gravada em inglês.
Desde há vários dias, algumas das grandes universidades norte-americanas, como Columbia, em Nova Iorque, Berkeley, na Califórnia, e Yale, no Connecticut, são palco de protestos e concentrações com tendas que apelam acima de tudo para uma mudança de rumo na política de Washington em relação a Israel.
Biden exige que Israel permita ajuda humanitária em Gaza
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu esta quarta-feira ao Governo israelita que permita a entrada em Gaza da ajuda humanitária que o Congresso norte-americano acaba de aprovar.
“Israel deve garantir que toda esta ajuda chegue aos palestinianos em Gaza, sem demora”, disse Biden, referindo-se à medida que hoje assinou na Casa Branca, avaliada em 95 mil milhões de dólares (cerca de 89 mil milhões de euros), abrangendo ajuda militar à Ucrânia, Taiwan e Israel, incluindo mil milhões de dólares (cerca de 930 milhões de euros) em assistência para Gaza.
“Temos de levar ajuda humanitária a Gaza o mais rapidamente possível. Esta lei inclui mil milhões de dólares de ajuda humanitária adicional em Gaza. Vamos garantir essa ajuda e melhorá-la com alimentos, suprimentos médicos e água e Israel deve garantir que esta ajuda chega a todos os palestinianos em Gaza”, disse o presidente norte-americano, após assinar a lei.
Biden assina pacote de ajuda militar à Ucrânia, Israel e Taiwan. Envio começa nas próximas horas
O Presidente norte-americano, Joe Biden, assinou esta quarta-feira uma medida de ajuda militar que inclui assistência à Ucrânia, Israel e Taiwan, assegurando que um pacote de material de guerra seguirá para Kiev “nas próximas horas”.
Israel atinge 40 “alvos terroristas” do Hezbollah no sul do Líbano
O Exército israelita anunciou esta quarta-feira que atingiu 40 “alvos terroristas” do Hezbollah libanês, no sul do Líbano, em particular instalações militares e de infraestruturas usadas para atacar civis e soldados israelitas.
“Aviões de combate e artilharia do Exército israelita atingiram cerca de 40 alvos terroristas do Hezbollah”, nos arredores de Aita al-Shaab, no sul do Líbano, incluindo locais de armazenamento de armas, informou o Exército, em comunicado.
Israel justificou o seu ataque contra esta área do sul do Líbano alegando que o grupo xiita tinha estabelecido dezenas de instalações militares e de infraestruturas para atacar civis e soldados israelitas.
12:32 | 24/04
Correio da Manhã
Hezbollah lança o maior ataque em Israel desde o início da guerra
O grupo libanês Hezbollah diz ter lançado drones contra bases israelitas a norte da cidade de Acre, em retaliação pela morte de um dos seus combatentes, marcando o mais profundo ataque em território israelita desde o início da guerra de Gaza.
Segundo a Al Jazeera, as forças armadas israelitas afirmaram não ter conhecimento de que alguma das suas instalações tenha sido atingida pelo Hezbollah, mas disseram anteriormente que tinham intercetado dois “alvos aéreos” ao largo da costa norte de Israel.
12:25 | 24/04
Correio da Manhã
Número de mortos em Gaza sobe para 34 262
Pelo menos 34 262 palestinianos morreram e 77 229 ficaram feridos nos ataques israelitas desde 7 de outubro, avança a Al Jazeera, que cita o Ministério de Saúde de Gaza.
O ministério acrescentou que 79 pessoas foram mortas e 86 ficaram feridas nas últimas 24 horas.
ONU defende investigação sobre valas comuns encontradas em hospitais de Gaza
A ONU considera necessária uma investigação às valas comuns encontradas nos últimos dias sob os escombros de dois hospitais na Faixa de Gaza, Al-Shifa e Nasser, frisou esta terça-feira Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral António Guterres.
“Precisamos de uma investigação clara, credível e transparente”, destacou Dujarric, acrescentando que várias agências da ONU podem ser encarregadas de realizá-la e que em nenhum caso os resultados dessa eventual investigação deveriam ser alvo de um prejulgamento antes de serem conhecidos.
“[Mas também] Precisamos de mais jornalistas com a possibilidade de fazer o seu trabalho em Gaza com segurança e contar os factos”, acrescentou o porta-voz do secretário-geral da ONU, em referência ao bloqueio de informação registado na Faixa de Gaza, onde o Exército israelita só permite a entrada de alguns repórteres incorporados nas suas fileiras.
Líder da UNRWA quer investigação do Conselho de Segurança a ataques de Israel à ONU
O líder da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) pediu esta terça-feira uma investigação do Conselho de Segurança aos ataques israelitas às Nações Unidas, nos quais 180 funcionários foram mortos em Gaza desde o início da guerra.
Philippe Lazzarini falou aos jornalistas, em Nova Iorque, após uma investigação independente liderada pela ex-ministra francesa Catherine Colonna excluir que Israel tenham provado o envolvimento de funcionários da UNRWA em atividades terroristas, mas apontar aspetos a melhorar em termos de neutralidade e transparência.
“Apelei aos membros do Conselho de Segurança para uma investigação independente e responsabilização pelo flagrante desrespeito pelas instalações da ONU, pelo pessoal da ONU e pelas operações da ONU na Faixa de Gaza”, insistiu o chefe da UNRWA.
ONU denuncia detenção com maus-tratos de mais de 1.500 palestinianos em Gaza
A Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) denunciou esta terça-feira a detenção de pelo menos 1.506 palestinianos da Faixa de Gaza, incluindo 84 mulheres e 43 menores, e alertou que muitos poderão ter sofrido maus-tratos e abusos.
A UNRWA cita, num comunicado hoje divulgado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que afirmou ter recebido “numerosos relatos de detenções, maus-tratos e execuções forçadas, além do possível desaparecimento de milhares de homens e rapazes palestinianos e de várias mulheres e raparigas, às mãos das forças israelitas”.
Os habitantes de Gaza detidos explicaram, de acordo com a mesma fonte, terem sido levados para quartéis militares improvisados, onde foram reunidos em grupos de 100 a 120 pessoas, tendo alguns deles referido ter sido deixados incomunicáveis durante várias semanas.
“Não restará pedra sobre pedra”: Presidente do Irão ameaça Israel sobre eventual ataque
O presidente do Irão, Ebrahim Raisi, avisou esta terça-feira que “não restará pedra sobre pedra” do “regime sionista” se o Exército israelita “voltar a cometer um erro” e atacar o seu país.
“Se o regime sionista cometer um erro novamente e atacar a terra sagrada do Irão, a situação será diferente e não ficará pedra sobre pedra deste regime”, garantiu Raisi, a partir do Paquistão, onde está em visita oficial.
O líder iraniano lembrou que o seu país puniu Israel após o seu atentado bombista contra o consulado em Damasco, que resultou na morte de sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana e de seis cidadãos sírios, alegando que esse ataque “foi uma violação de todas as leis e convenções e a Carta das Nações Unidas”.
Hezbollah diz ter atacado duas posições militares israelitas no norte de Israel
O Hezbollah garantiu esta terça-feira ter atacado duas posições militares no norte de Israel, na fronteira com o sul do Líbano, “em represália” pela morte de pelo menos um membro do movimento xiita libanês, abatido pelo exército israelita.
Os combatentes do Hezbollah “efetuaram um ataque aéreo” utilizando ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) contra duas posições militares israelitas a norte da cidade de Acre, “em represália pelo assassínio” de membros do grupo pró-iraniano, indicou em comunicado, sem dar conta de eventuais mortos ou feridos.
O Hezbollah, que intensificou os ataques nos últimos dias, geralmente visa apenas posições fronteiriças.
Israel construiu acampamento com 500 tendas em Khan Yunis
Um acampamento com 500 tendas de lona branca foi montado em Khan Yunis, a sul de Gaza, e um segundo está em construção, numa ação que habitantes do enclave acreditam estar ligada à anunciada invasão terrestre israelita de Rafah.
Uma fonte palestiniana confirmou à agência noticiosa espanhola EFE que o campo foi montado a oeste de Khan Yunis, “perto de um cemitério”, enquanto um segundo complexo, semelhante, está a ser construído nas proximidades.
O exército israelita não respondeu nem indicou o objetivo destes campos, que a EFE também não conseguiu confirmar junto de fontes oficiais de Israel.
Qatar reavalia papel de mediador perante ataques de Israel em Gaza
O Governo do Qatar afirmou esta terça-feira continuar comprometido com as conversações para alcançar uma trégua em Gaza, mas está a reavaliar o seu papel de mediador face a “ataques” e “falta de seriedade” que atribui a Israel.
“Estamos empenhados na mediação, mas estamos a reavaliar tudo agora”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), Majed al Ansari, numa conferência de imprensa, referindo que a mudança se deve, entre outras razões, às “campanhas” contra o Qatar por parte de funcionários do Governo israelita que demonstram uma “falta de seriedade” na procura de uma solução.
“O Qatar está a reconsiderar o seu papel de mediador e isso tem a ver com muitos elementos, incluindo as campanhas contra o meu país em vários meios de comunicação social e por vários funcionários que atacam o meu país e o seu papel de mediador, e usam todas essas informações falsas para justificar esses ataques”, disse o diplomata.
UE apela a manutenção de apoio à agência da ONU para Refugiados Palestinianos
A União Europeia apelou esta terça-feira aos doadores da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) para continuarem a apoiar a organização após uma investigação independente apontar problemas de neutralidade, sem encontrar provas de alegadas ligações ao Hamas.
“Apelo aos doadores para que apoiem a UNRWA, que é vital para os refugiados palestinianos”, afirmou o comissário europeu para Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Janez Lenarcic, numa mensagem hoje publicada na rede social X.
A União Europeia é o maior doador da UNRWA.
Irão lamenta novas sanções da UE após retaliação contra Israel
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão considerou “lamentável” a decisão da União Europeia (UE) de alargar as sanções contra Teerão na sequência do ataque de retaliação sem precedentes contra o seu arqui-inimigo Israel.
“É lamentável ver a União Europeia decidir rapidamente aplicar mais restrições ilegais contra o Irão, simplesmente porque este país exerceu o seu direito de autodefesa face à agressão irresponsável de Israel”, afirmou o chefe da diplomacia iraniana, Hossein Amir-Abdollahian, numa mensagem na rede social X.
“A UE não deve seguir o conselho de Washington de dar satisfação ao regime criminoso israelita”, afirmou o ministro.
Alto-Comissário das Nações Unidas “horrorizado” com descoberta de 280 cadáveres em vala comum na Faixa de Gaza
O Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, manifestou-se hoje “horrorizado” com a descoberta de mais de 280 cadáveres numa vala comum nos terrenos do Hospital Nasser, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.
Turk utilizou o mesmo adjetivo para definir a destruição do hospital local na sequência da ofensiva militar de Israel e apelou a uma investigação “independente, efetiva e transparente” sobre a morte destas pessoas.
“Dado o clima de impunidade, a investigação deve incluir investigadores internacionais”, defendeu.
Braço armado do Hamas lança foguetes contra Israel
As brigadas Ezzeldin al-Qassam, braço armado do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), lançaram esta terça-feira vários foguetes a partir de Gaza contra a cidade israelita de Sderot, onde um dos projéteis fez deflagrar um incêndio num armazém.
“Atacámos Sderot e Niram — localizada nos arredores de Sderot — com uma saraivada de projéteis em resposta aos crimes do inimigo sionista contra o nosso povo”, afirmou um responsável do braço armado do Hamas, citado pelo jornal palestiniano Filastin, também ligado ao grupo islamita.
As autoridades de Sderot indicaram que quatro dos cinco projéteis disparados de Gaza foram intercetados, enquanto um quinto atingiu um armazém, causando um incêndio mas sem fazer vítimas, adiantou o jornal israelita Haaretz.
Membro do grupo Hezbollah morto em ataque israelita no Líbano
Um membro do Hezbollah morreu esta terça-feira quando o seu carro foi alvo de um ataque aéreo israelita no sul do Líbano, longe da fronteira com Israel, confirmou fonte próxima do movimento islamita à agência de notícias AFP.
“Um ataque israelita teve como alvo um engenheiro do Hezbollah, membro da defesa aérea”, disse à AFP uma fonte próxima do partido xiita libanês.
Os meios de comunicação libaneses já haviam divulgado antes a morte de uma pessoa num ataque aéreo israelita no sul do Líbano.
Pelo menos um morto em aparente ataque aéreo israelita no Líbano
Pelo menos uma pessoa morreu esta terça-feira num aparente ataque aéreo israelita contra um automóvel no sul do Líbano, segundo a imprensa local e testemunhas, citadas pela agência de notícias Associated Press (AP).
Os meios de comunicação estatais e testemunhas disseram que o ataque aconteceu na área de Adloun, entre as cidades costeiras de Sidon e Tiro, a cerca de 40 quilómetros ao norte da fronteira com Israel.
Segundo a AP, não ficou claro quem era a pessoa que morreu neste incidente.
EUA destacam mortes de civis em Gaza em relatório de violações de direitos humanos
Os Estados Unidos destacaram a morte de dezenas de milhares de palestinianos causada pela ofensiva israelita em Gaza na listagem de violação dos direitos humanos no mundo, esta segunda-feira publicada pelo Departamento de Estado, que confirmou uma investigação aos abusos.
O relatório anual, relativo a 2023, assinala ainda “crimes contra a humanidade” cometidos pelo Exército Russo no seu segundo ano de invasão da Ucrânia, critica a lei anti-LGTBI (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, transexuais ou intersexuais) do Uganda e aponta a existência de “prisioneiros políticos” em Cuba e Nicarágua.
Este exaustivo relatório elaborado desde 1977 pelo Departamento de Estado serve de guia ao Congresso norte-americano na determinação da ajuda externa concedida a cada país.
Hezbollah afirma que atacou quartel israelita com dezenas de foguetes
O grupo xiita libanês Hezbollah anunciou esta segunda-feira que alvejou um quartel-general militar no norte de Israel com dezenas de foguetes Katyusha, em resposta a ataques contra aldeias no sul do Líbano.
Em comunicado, o Hezbollah assumiu a responsabilidade pelo bombardeamento do quartel-general de comando da 3.ª Brigada de Infantaria da 91.ª Divisão na base de Ain Zeitim, com dezenas de foguetes Katyusha.
O movimento libanês, aliado do Irão, alegou que os bombardeamentos ocorreram “em resposta aos ataques do inimigo israelita a aldeias e casas de civis no sul, sendo os mais recentes em Srifa, al-Adissa e Rab el-Thalatine”.
19:52 | 22/04
Correio da Manhã
Blinken afirma que EUA estão a investigar alegadas violações dos direitos humanos de Israel em Gaza
O Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou esta segunda-feira que os Estados Unidos estão a analisar as alegações de violações dos direitos humanos por parte de Israel nas operações contra o Hamas em Gaza, avança a Reuters.
“Será que temos dois pesos e duas medidas? A resposta é não”, disse Blinken.
Governo israelita desvaloriza investigação independente sobre ligações terroristas de agência da ONU
O Governo israelita considerou esta segunda-feira que a investigação independente sobre a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA) não foi autêntica nem exaustiva ao investigar alegadas ligações terroristas de fucionários.
“Não parece ser uma investigação genuína e exaustiva. Parece uma tentativa de evitar o problema e não de o encarar de frente”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Oren Marmorstein, em comunicado.
O inquérito conduzido pela antiga ministra dos Negócios Estrangeiros francesa Catherine Colonna concluiu que a organização pode ser melhorada em questões como a neutralidade e a transparência, mas excluiu que as autoridades israelitas tenham apresentado provas de ligações terroristas atribuídas a vários funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA).
Autoridades de Gaza dizem que exumaram 200 corpos de vala comum
A Defesa Civil da Faixa de Gaza, controlada pelo movimento islamita palestiniano Hamas, afirmou esta segunda-feira que exumou nos últimos três dias cerca de 200 corpos de pessoas alegadamente enterradas pelas forças israelitas em valas comuns num hospital.
“As nossas equipas continuam a encontrar corpos dentro do Complexo Médico Nasser e desde sábado que os corpos de cerca de 200 mártires foram exumados”, disse Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil.
Mohammed al-Mughayer, líder da Defesa Civil da Faixa de Gaza, confirmou que 283 corpos foram descobertos nas sepulturas do hospital Nasser, em Khan Younis.
Investigação independente exclui provas de ligações terroristas de funcionários da ONU
A investigação independente à agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) excluiu que as autoridades israelitas tenham provado envolvimento de funcionários em atividades terroristas, mas apontou aspetos a melhorar em termos de neutralidade e transparência.
O trabalho, dirigido pela antiga ministra dos Negócios Estrangeiros francesa Catherine Colonna e com a ajuda de vários institutos internacionais, pretendia examinar o trabalho da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), para além da revisão interna que a própria ONU também lançou, após Israel ter acusado trabalhadores da organização de estarem ligados aos ataques do grupo islamita Hamas de 07 de outubro, o que causou uma onda de críticas e a retirada de fundos à organização.
Estas acusações remontam a março, quando, como recorda o relatório, Israel acusou “um número significativo” de trabalhadores da UNRWA de “serem membros de organizações terroristas”.
Paulo Rangel qualifica como de “acordo fácil” alargamento das sanções ao Irão
O ministro dos Negócios Estrangeiros qualificou esta segunda-feira como de “acordo fácil” o alargamento das sanções ao Irão abrangendo os ‘drones’ e os mísseis iranianos, fechado pelos chefes da diplomacia da União Europeia.
“[Verificou-se] a extensão das sanções ao Irão, agora não apenas [a venda] para a Rússia, mas para toda a região do Médio Oriente, para os ‘proxys’ [grupos armados apoiados] do Irão no Médio Oriente, e essas sanções já não apenas relativas a ‘drones’ [aeronaves não tripuladas], mas também mísseis balísticos e a componentes”, disse Paulo Rangel.
“Portanto no fundo há aqui um alargamento do espetro de sanções relativamente ao Irão, no qual acho que houve um acordo, digamos, fácil”, acrescentou o chefe da diplomacia de Portugal, falando em declarações à imprensa portuguesa na sua estreia nas reuniões dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, no Luxemburgo.
14:41 | 22/04
Correio da Manhã
Israel planeou retaliação em grande escala contra o Irão mas reduziu número de ataques sob pressão dos aliados
Israel atacou o Irão, na madrugada desta sexta-feira, em resposta aos mais de 300 ‘drones’ e mísseis disparados contra o país no dia 13 de abril. O plano inicial de retaliação de Israel contra o Irão incluía um ataque em maior escala que teria como alvo grandes objetos militares, inclusive perto da capital Teerão, afirmaram três autoridades israelitas citadas pelo The New York Times.
Chefe dos serviços secretos israelita demite-se
O chefe dos serviços secretos militares israelitas demitiu-se por causa do ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, sendo a primeira figura de topo a demitir-se de um cargo devido à investida.
Aharon Haliva, o chefe dos serviços secretos militares de Israel, torna-se na primeira figura israelita de alto nível a demitir-se por causa do ataque do Hamas, que fez 1.200 mortos, na maioria civis, sendo que 250 pessoas foram levadas em cativeiro para Gaza onde a campanha militar israelita se prolonga há seis meses.
00:07 | 22/04
Correio da Manhã
EUA sancionam unidade israelita
Os EUA estão a preparar sanções contra uma unidade das Forças de Defesa de Israel acusada de graves violações dos direitos humanos na Cisjordânia. De acordo com a imprensa israelita, a unidade visada é o batalhão Netzah Yeahuda, formado, na sua maioria, por militares ultraortodoxos.
Ao abrigo das sanções, esta unidade deixaria de receber ajuda militar norte-americana e os seus militares seriam impedidos de participar em ações de treino financiadas pelos EUA. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, considerou a decisão “absurda”.
Israel dá por terminadas operações em campo de refugiados na Cisjordânia
O Exército israelita anunciou este domingo o fim de uma operação de mais de 50 horas no campo de refugiados palestinianos de Nur Shams, na Cisjordânia, que deixou 14 mortos e dezenas de detidos.
O Exército israelita confirmou que nove soldados e um agente da polícia fronteiriça israelita ficaram feridos durante a operação junto da cidade de Tulkarem e o seu estado varia de leve a grave.
Embora órgãos palestinianos, citando fontes familiares, tenham noticiado na sexta-feira a morte de um líder local da Jihad Islâmica, Muhamad Jaber, conhecido como Abu Shuja, o militante apareceu em imagens publicadas nas últimas horas pela imprensa local nos funerais das vítimas da operação israelita.
Netanyahu promete aumentar a pressão militar sobre o Hamas “nos próximos dias”
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu este domingo aumentar a “pressão militar” sobre o Hamas “nos próximos dias”, sem mencionar um ataque à cidade sobrelotada de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
“Vamos desferir-lhe novos golpes duros – e isso vai acontecer em breve. Nos próximos dias, vamos aumentar a pressão militar e política sobre o Hamas, porque é a única forma de libertar os nossos reféns e de obter a nossa vitória”, declarou o governante israelita num vídeo divulgado na véspera da Páscoa judaica.
O conflito em curso entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas foi desencadeado pelo ataque de 07 de outubro de 2023, que provocou a morte de cerca de 1.200 israelitas, a maioria dos quais civis, e levou ao sequestro de cerca de 240 civis, dos quais mais de 100 permanecem como reféns em Gaza.
Líder do Irão elogia militares por criarem “sentimento de glória”
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, elogiou este domingo as forças armadas iranianas após uma troca de ataques aéreos com Israel, afirmando que criaram um “sentimento de glória”.
“As recentes conquistas das forças armadas criaram um sentimento de glória e grandeza sobre o Irão islâmico aos olhos do mundo e dos observadores globais”, disse Khamenei numa reunião com comandantes militares em Teerão, segundo a imprensa iraniana.
O líder afirmou que “é importante reduzir os custos e aumentar as realizações com sabedoria e foi isso que as forças armadas fizeram muito bem durante os recentes acontecimentos”.
Israel acusa irmã de líder do Hamas por incitação ao terrorismo
A irmã do líder do gabinete político do grupo palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, foi acusada pela justiça israelita de incitação ao terrorismo e de identificação com uma organização terrorista, após a sua detenção no sul de Israel.
De acordo com o jornal Times of Israel, Sabah Al-Salem Haniyeh, de 57 anos, é acusada de ter enviado duas mensagens através da aplicação WhatsApp a dezenas dos seus contactos, incluindo o próprio líder do Hamas, “elogiando, encorajando e apoiando” os ataques do grupo islamita em 07 de outubro em solo israelita, que deixaram quase 1.200 mortos e 253 pessoas sequestradas.
A irmã de Ismail Haniyeh foi presa no dia 01 de abril na cidade beduína de Tel Sheva, no sul de Israel.
Líder supremo do Irão diz que país “demonstrou poder” no ataque a Israel
O líder supremo do Irão Khamenei disse que o país mostrou o seu poder durante o ataque a Israel – e que a questão principal não é quantos alvos foram atingidos, avança a Sky News.
Segundo a mesma fonte, a agência de notícias oficial do Irão informou que Khamenei agradeceu às forças armadas do país pela operação de 13 de Abril contra Israel.
A agência acrescenta que apelou aos militares para “procurarem incessantemente a inovação militar e aprenderem as tácticas do inimigo”.
“Quantos mísseis foram lançados e quantos deles atingiram o alvo não é a questão principal, o que realmente importa é que o Irão demonstrou a sua força de vontade durante essa operação”, disse Khamenei.
A grande maioria dos mísseis lançados pelo Irão foram interceptados pelos sistemas de defesa aérea israelitas, com a ajuda dos EUA e do Reino Unido.
Papa Francisco pede para não se ceder à lógica da guerra no Médio Oriente
O Papa Francisco pediu este domingo que “não se ceda à lógica da justificação da guerra” e expressou preocupação e dor pela situação no Médio Oriente, após as orações na Praça de São Pedro, no Vaticano.
“Que prevaleça o caminho do diálogo e da diplomacia, que tanto pode fazer”, disse o Papa no seu apelo.
Francisco recordou que reza todos os dias pela paz na Palestina e em Israel e manifestou o seu desejo de que “estes dois povos deixem de sofrer”.
08:53 | 21/04
Correio da Manhã
50 cadáveres encontrados em vala comum em hospital em Khan Younis
Os serviços de emergência palestinianos descobriram uma vala comum com 50 corpos no Complexo Médico Nasser em Khan Younis, avança a Al Jazeera.
A descoberta ocorre depois de os militares israelitas terem retirado as suas tropas da cidade do sul, a 7 de abril.
Presidência palestiniana diz que ajuda militar de EUA a Israel é “agressão ao povo palestiniano”
A Presidência palestiniana reagiu este sábado à aprovação pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos de milhares de milhões de dólares de ajuda militar a Israel, classificando-a como uma “agressão ao povo palestiniano”.
Esse dinheiro pode “resultar em milhares de vítimas palestinianas na Faixa de Gaza” e na Cisjordânia, declarou Nabil Abu Rudeina, porta-voz do Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, condenando o que descreveu como uma “perigosa escalada”.
O diploma hoje aprovado pela câmara baixa do Congresso norte-americano prevê 13 mil milhões de dólares (cerca de 12 mil milhões de euros) de ajuda militar a Israel, aliado histórico dos Estados Unidos, em guerra há mais de seis meses com o movimento islamita palestiniano Hamas, na Faixa de Gaza.
Erdogan pede unidade contra Israel após reunião com líder do Hamas
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu este sábado aos palestinianos unidade contra Israel, no final da sua reunião com o líder do grupo islamita Hamas, Ismail Haniyeh, em Istambul.
“É vital que os palestinianos atuem em unidade neste processo. A resposta mais forte a Israel e o caminho para a vitória é através da unidade e da integridade”, disse Erdogan, de acordo com um comunicado de imprensa da presidência turca.
Após as recentes tensões militares entre Israel e o Irão, Erdogan sublinhou que “o que aconteceu não deve fazer Israel ganhar terreno e que é importante agir de uma forma que mantenha o foco em Gaza”, afirma o texto, aludindo à guerra que se prolonga há mais de seis meses entre as forças de Telavive e o Hamas no enclave palestiniano.
Autoridade Palestiniana ameaça rever relações com EUA após veto na ONU
O presidente da Autoridade Palestiniana (AP), Mahmoud Abbas, condenou este sábado o veto dos Estados Unidos à integração da Palestina como Estado-membro de pleno direito na ONU e avisou que irá reconsiderar as relações com Washington.
“Os líderes palestinianos reconsiderarão as relações bilaterais com os Estados Unidos, de uma forma que garanta a proteção dos interesses do nosso povo, da nossa causa e dos nossos direitos”, disse Abbas em entrevista à agência da Palestina WAFA.
Dois dias depois de os Estados Unidos terem anulado o reconhecimento da Palestina no Conselho de Segurança da ONU, o presidente da AP defendeu que o veto norte-americano é “uma agressão flagrante contra os direitos, a história e a pátria” do povo palestiniano, adicionando que a administração norte-americana “desafia a vontade da comunidade internacional”.
Autoridade Palestiniana ameaça rever relações com EUA após veto na ONU
O presidente da Autoridade Palestiniana (AP), Mahmoud Abbas, condenou este sábado o veto dos Estados Unidos à integração da Palestina como Estado-membro de pleno direito na ONU e avisou que irá reconsiderar as relações com Washington.
“Os líderes palestinianos reconsiderarão as relações bilaterais com os Estados Unidos, de uma forma que garanta a proteção dos interesses do nosso povo, da nossa causa e dos nossos direitos”, disse Abbas em entrevista à agência da Palestina WAFA.
Dois dias depois de os Estados Unidos terem anulado o reconhecimento da Palestina no Conselho de Segurança da ONU, o presidente da AP defendeu que o veto norte-americano é “uma agressão flagrante contra os direitos, a história e a pátria” do povo palestiniano, adicionando que a administração norte-americana “desafia a vontade da comunidade internacional”.
Israel reivindica eliminação de dez combatentes palestinianos na Cisjordânia
O Exército israelita anunciou este sábado a morte de dez combatentes palestinianos e a detenção de outros oito durante uma operação no campo de refugiados de Nur Shams, perto da cidade de Tulkarem, na Cisjordânia.
“As forças de segurança eliminaram dez terroristas durante os confrontos”, afirmou o Exército em comunicado, acrescentando que a operação prolongou-se por “mais de 40 horas”.
As forças israelitas justificam que estas incursões têm como alvo grupos armados palestinianos, mas os civis estão frequentemente entre as vítimas.
Ataque israelita a uma casa em Rafah provoca 9 mortos
Um ataque aéreo israelita a uma casa em Rafah, a cidade mais a sul de Gaza, matou pelo menos nove pessoas, seis das quais crianças, anunciaram hoje as autoridades hospitalares locais.
O ataque, no final de sexta-feira, atingiu um edifício residencial no bairro ocidental de Tel Sultan, segundo a defesa civil de Gaza, citada pela agência norte-americana AP.
Os corpos de seis crianças, duas mulheres e um homem foram levados para o hospital Abu Yousef al-Najjar de Rafah, segundo os registos do hospital.
11:42 | 20/04
Correio da Manhã
Líderes do Hamas dispostos a sair do Qatar devido a pressões para aceitar acordo com Israel
Os líderes do Hamas estão a analisar a hipótese de transferir a sua base de operações para fora do Qatar devido a uma alegada pressão sofrida nas últimas semanas para chegarem a acordo com Israel, avança o The Times of Irsael.
“As conversações já foram novamente interrompidas, sem quaisquer sinais ou perspetivas de serem retomadas em breve, e a desconfiança está a aumentar entre o Hamas e os negociadores”, afirma um mediador árabe, citado pelo The Wall Street Journal.
Um outro mediador árabe adverte que “a possibilidade de as conversações serem totalmente interrompidas é muito real”, referindo o jornal que os líderes do Hamas foram ameaçados de expulsão se não concordassem com um acordo de negociação.
Casa Branca recusa comentar alegado ataque israelita ao Irão
A Casa Branca recusou esta sexta-feira pronunciar-se sobre o alegado ataque israelita desta madrugada ao Irão, que, segundo a comunicação social norte-americana, foi realizado com mísseis, embora a operação não tenha sido assumida por Israel.
A porta-voz da Presidência dos Estados Unidos, Karine Jean-Pierre, foi repetidamente questionada numa conferência de imprensa sobre a informação e a posição dos Estados Unidos, mas escusou-se a falar sobre o assunto.
Horas antes, numa comparência perante a imprensa após a conclusão da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo) na ilha italiana de Capri, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, limitou-se a dizer que o seu país “não está envolvido em operações ofensivas” contra o Irão e que está a trabalhar para conter a escalada do conflito no Médio Oriente.
Síria acusa Israel de ataques aéreos contra posição militar no sul do país
Israel atacou na madrugada desta sexta-feira uma posição militar no sul da Síria, provocando apenas danos materiais, segundo o Ministério da Defesa de Damasco e o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
“Por volta das 2h55 (00h55 em Lisboa), o inimigo israelita realizou um ataque com mísseis (…) visando os nossos locais de defesa aérea na região sul”, informou o Ministério da Defesa sírio em comunicado, acrescentando que apenas houve danos materiais.
Por sua vez, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos indicou “ataques israelitas visando uma posição de radar do Exército sírio na província de Daraa, que detetou a entrada de aviões israelitas” no espaço aéreo do país.
EUA aplicam sanções a entidades de financiamento a colonos israelitas extremistas
Os Estados Unidos anunciaram esta sexta-feira sanções contra duas entidades acusadas de arrecadar fundos para colonos extremistas de Israel já sancionados e acusados de atacar regularmente palestinianos na Cisjordânia.
O anúncio do Departamento do Tesouro ocorre no mesmo dia em que a União Europeia (UE) também decretou sanções contra colonos israelitas, num momento em que a Cisjordânia tem vivido alguns dos seus piores episódios de violência, perpetrados por extremistas contra palestinianos desde o início da guerra na vizinha Faixa de Gaza entre Israel e o grupo islamita Hamas.
Incluídas nas sanções estão duas entidades — Mount Hebron Fund e Shlom Asiraich –, acusadas de reunir fundos para os colonos sancionados Yinon Levi e David Chai Chasdai.
15:05 | 19/04
Correio da Manhã
Mais de 34 mil palestinianos mortos e 76 mil feridos em Gaza desde 7 de outubro
Pelo menos 34.012 palestinianos foram mortos e 76.833 ficaram feridos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, a 7 de outubro, segundo informa o Ministério da Saúde Gaza e avança a Reuters.
G7 reitera oposição a ofensiva em Rafah e pede ação humanitária
Os chefes de diplomacia do G7 reiteraram esta sexta-feira a sua oposição a uma ofensiva militar israelita em Rafah e instaram Israel a garantir as condições para “resolver a crise humanitária devastadora e crescente” na Faixa de Gaza.
Reiterando a forte condenação dos “ataques terroristas perpetrados pelo Hamas e outros grupos terroristas contra Israel” em outubro passado, os ministros do G7 sublinharam que “ao exercer o seu direito de se defender, Israel deve respeitar plenamente o direito internacional, incluindo o direito humanitário internacional”.
“Deploramos todas as perdas de vidas civis e registamos com grande preocupação o número inaceitável de civis, incluindo milhares de mulheres, crianças e pessoas em situações vulneráveis, que foram mortos em Gaza. Apelamos a uma ação urgente para resolver a crise humanitária devastadora e crescente em Gaza, em especial a situação dos civis em todo o território”, lê-se no comunicado.
Opondo-se a uma operação militar em grande escala em Rafah, que teria consequências catastróficas para a população civil”, os chefes de diplomacia do G7 voltam a apelar a “um plano credível e exequível para proteger a população civil e dar resposta às suas necessidades humanitárias”.
Defenderam “medidas específicas, concretas e mensuráveis para aumentar significativamente o fluxo de ajuda para Gaza, tendo em conta o risco iminente de fome para a maioria da população”, pedindo ao Governo israelita que honre o seu “compromisso de alargar o fluxo de ajuda através dos atuais pontos de passagem terrestres, abrindo novos pontos de passagem terrestres e facilitando a ajuda ao norte de Gaza, onde as necessidades humanitárias são mais prementes, nomeadamente através da abertura de mais rotas para Gaza”.
Comunidade internacional apela a contenção depois de explosões no Irão
Várias explosões no centro do Irão foram relatadas esta sexta-feira de madrugada e considerados por responsáveis norte-americanos citados pela imprensa como uma retaliação de Israel pelos ataques sem precedentes de ‘drones’ e mísseis no fim de semana passado.
A agência de notícias iraniana Tasnim, no entanto, indicou, citando “fontes bem informadas”, que não havia “nenhuma informação que indicasse um ataque vindo do exterior”.
Numa reação ainda cautelosa, vários países e organizações internacionais apelaram à contenção.
11:32 | 19/04
Correio da Manhã
Ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 vão continuar a trabalhar para evitar uma escalada entre Israel e o Irão
Os ministros dos Negócios Estrangeiros das principais potências do Grupo dos Sete afirmaram esta sexta-feira que vão continuar a trabalhar para evitar a escalada do conflito entre Israel e o Irão, após relatos de um ataque israelita ao Irão, avança a Reuters.
“À luz das informações sobre os ataques de 19 de abril, apelamos a todas as partes para que trabalhem no sentido de evitar uma nova escalada. O G7 continuará a trabalhar para este fim”, afirma uma declaração emitida pelos ministros na sexta-feira, no final de uma cimeira de três dias na ilha de Capri.
10:17 | 19/04
Correio da Manhã
PM britânico diz que não irá especular sobre ataque de Israel ao Irão
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse esta sexta-feira, que não iria especular sobre as informações de que Israel teria feito um ataque em solo iraniano, segundo avança a Reuters.
“É uma situação em desenvolvimento, não seria correto da minha parte especular até que os factos se tornem mais claros e estamos a trabalhar para confirmar os detalhes juntamente com os aliados”, disse Sunak.
“Uma escalada significativa não é do interesse de ninguém. O que queremos é ver a calma prevalecer em toda a região”, acrescentou.
09:09 | 19/04
Correio da Manhã
China diz que se opõe a qualquer ação que faça escalar as tensões no Médio Oriente
A China, referiu esta sexta-feira, que se opõe a qualquer ação que provoque uma escalada das tensões no Médio Oriente após o ataque israelita ao Irão, segundo avança a Reuters.
Vários países já tinham alertado para o facto de um ataque de retaliação de Israel contra os recentes ataques iranianos poder levar toda a região a uma guerra regional mais alargada.
Defesa iraniana garante que disparos contra “objetos estranhos” não cusaram danos
As autoridades militares iranianas indicaram hoje que os sistemas de defesa do país “dispararam contra objetos suspeitos” que não causaram danos, no meio de especulações sobre um possível ataque de mísseis israelitas.
“O som [de explosões] está relacionado com o disparo dos sistemas de defesa de Isfahan”, disse o comandante do exército iraniano na província de Isfahan, Siavosh Mihan-Dust, à televisão estatal iraniana.
“Não sofremos danos nem houve acidentes”, acrescentou.
Agência da ONU diz que explosões não danificaram instalações nucleares do Irão
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) indicou que não se registaram “quaisquer danos” em instalações nucleares após as explosões registadas esta sexta-feira no centro do Irão atribuídas a Israel.
A Agência Internacional da Energia Atómica das Nações Unidas, com sede em Viena, Áustria, continua a apelar nas redes sociais a todas as partes para que se contenham e reitera que “nenhuma instalação nuclear” deve ser alvo de conflitos militares.
Até ao momento nenhum funcionário iraniano reconheceu diretamente a possibilidade de danos enquanto os militares israelitas não comentaram as explosões.
As autoridades dos Estados Unidos recusaram-se a comentar, mas as cadeias de televisão norte-americanas, citando autoridades dos Estados Unidos não identificadas, disseram que Israel tinha realizado o ataque.
De acordo com a Associated Presse, o Irão disparou as defesas aéreas localizadas perto de uma base aérea e de uma instalação nuclear na cidade de Isfahan (centro do Irão), depois de terem sido avistados ‘drones’.
Israel lança ataques contra posição militar no sul da Síria
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) indicou que Israel atacou esta sexta-feira uma posição militar no sul da Síria, no mesmo dia em que foram registadas explosões no centro do Irão.
“Os ataques israelitas visaram uma posição de radar do exército sírio entre as províncias de Sueida e Dera”, disse Rami Abdel Rahman, diretor da organização não-governamental OSDH, sediado no Reino Unido e com uma rede de informadores no terreno.
A cadeia de televisão norte-americana ABC News noticiou, citando um responsável dos Estados Unidos, que Israel tinha lançado esta madrugada um ataque contra o Irão, em resposta aos disparos iranianos contra território israelita.
Austrália pede a cidadãos para deixarem Israel e territórios palestinianos
A Austrália pediu esta sexta-feira aos seus cidadãos para saírem de Israel e dos territórios palestinianos, depois de explosões no Irão e na Síria, suscitando receios de um alargamento do conflito entre Israel e o Hamas.
Dada a “forte ameaça de retaliação militar e de ataques terroristas”, Camberra “instou os australianos que se encontram em Israel e nos Territórios Palestinianos Ocupados a abandonarem o país se estiverem confiantes de que o podem fazer em segurança”, escreveu o Ministério dos Negócios Estrangeiros numa nota.
A Austrália já tinha apelado anteriormente aos seus cidadãos para evitarem estas duas zonas e, até, saírem.
Retomados voos nos aeroportos de Teerão após “fortes explosões” no Irão
As ligações aéreas foram esta sexta-feira retomadas nos dois aeroportos de Teerão, depois de terem sido suspensas na sequência de explosões registadas no Irão, disse a agência de notícias oficial IRNA
Os aviões voltaram a aterrar e descolar dos aeroportos internacionais Imam Khomeini e Mehrabad, notou a IRNA, indicando que um voo de Roma, que tinha sido desviado para Ancara, capital da Turquia, era esperado em Teerão.
A cadeia de televisão norte-americana ABC News noticiou, citando um responsável dos Estados Unidos, que Israel tinha lançado um ataque contra o Irão, em resposta aos disparos iranianos contra território israelita.
Defesa aérea do Irão diz que vários drones foram “abatidos com êxito”
Vários drones foram esta sexta-feira “abatidos com êxito” pela defesa aérea iraniana, mas não há informações sobre um possível ataque com mísseis “até agora”, disse o porta-voz da agência espacial iraniana.
“Até agora, não houve qualquer ataque aéreo fora de Isfahan e de outras partes do país”, afirmou Hossein Dalirian, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), na sequência de relatos na televisão norte-americana sobre um alegado ataque israelita ao Irão.
A agência de notícias iraniana IRNA informou, contudo, esta sexta-feira que não foram registados danos significativos na sequência das explosões ouvidas durante a madrugada no país.
“Na sequência da ativação da defesa aérea em certas regiões” do Irão “não foram registados danos nem explosões significativos”, escreveu a agência.
De acordo com a cadeia de televisão norte-americana ABC News, que citou um responsável dos Estados Unidos, Israel lançou um ataque contra o Irão, ao mesmo tempo que a TV oficial iraniana dava conta de informações sobre “fortes explosões” na província de Isfahan (centro).
Hamas condena veto dos EUA à adesão da Palestina à ONU e promete continuar a luta
O movimento islamita palestiniano Hamas, no poder na Faixa de Gaza e em guerra contra Israel, condenou esta sexta-feira o veto dos Estados Unidos à adesão da Palestina à ONU.
“O Hamas condena o veto norte-americano no Conselho de Segurança ao projeto de resolução que concede à Palestina o estatuto de membro de pleno direito das Nações Unidas”, declarou o movimento, numa breve declaração em árabe, divulgada na sexta-feira.
O Hamas garantiu ainda “ao mundo” que o povo palestiniano “continuará a luta até à criação (…) de um Estado palestiniano independente e plenamente soberano, com Jerusalém como capital”.
Israel lança ataque contra o Irão
Israel lançou um ataque contra o Irão, anunciou uma televisão norte-americana, enquanto a TV oficial iraniana deu conta de informações sobre “fortes explosões” na província de Isfahan (centro).
Espanha homenageia líder da agência da ONU para refugiados palestinianos contestada por Israel
O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, concedeu esta quinta-feira a Grã-Cruz da Ordem de Isabel a Católica ao chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), Phillipe Lazzarini.
O Governo espanhol atribuiu esta medalha a Lazzarini, numa cerimónia que decorreu na missão espanhola em Nova Iorque, num momento em que a UNRWA é questionada por Israel, que a acusa de conluio com o Hamas e o terrorismo em geral.
Albares está em Nova Iorque para participar na histórica sessão do Conselho de Segurança na qual será votado o pedido palestiniano para se tornar membro pleno – e não mero observador – da ONU.
22:29 | 18/04
Correio da Manhã
EUA voltam a vetar Palestina como Estado-membro da ONU
Os Estados Unidos da América voltaram a vetar esta quinta-feira o pedido da Palestina para aderir à Organização das Nações Unidas, avança a Reuters.
Presidente do Conselho Europeu insiste no pedido de contenção a Israel e Irão
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, insistiu esta quinta-feira no apelo a Israel e Irão de contenção após o ataque lançado por Teerão no fim de semana e sublinhou a necessidade de um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
“Acreditamos que todas as partes, incluindo Israel, devem ser encorajadas a mostrar moderação e a não reagir de uma forma que arrisque uma nova escalada”, disse Michel em conferência de imprensa no final de uma cimeira de dois dias dos líderes dos 27, na qual foi abordada a crise no Médio Oriente.
O político belga sublinhou que, se os países da região querem colaboração com a União Europeia (UE), também é preciso proteger os civis na Faixa de Gaza, libertar os reféns detidos no enclave, permitir o acesso efetivo da ajuda humanitária e garantir o cessar-fogo.
EUA preparam-se para vetar na ONU resolução sobre admissão da Palestina
Os Estados Unidos vão opor-se a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para admitir a Palestina como Estado-membro de pleno direito da organização, indicou esta quinta-feira o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Vedant Padel.
Com o voto contra de Washington, a resolução será rejeitada apesar de obter o apoio da maioria dos membros do Conselho de Segurança, porque os Estados Unidos são um dos cinco membros permanentes daquele órgão (juntamente com Rússia, China, França e Reino Unido), os únicos com poder de veto.
“Fomos muito claros ao dizer que ações prematuras em Nova Iorque, embora tenham as melhores intenções, não conseguirão que a Palestina seja reconhecida como um Estado”, afirmou Padel numa conferência de imprensa em Washington.
Irão garante na ONU que fará Israel “lamentar” qualquer ataque ao país
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano afiançou esta quinta-feira no Conselho de Segurança da ONU que Teerão fará Israel “lamentar” qualquer ataque ao seu país.
“As ações de legítima defesa e contramedidas do Irão terminaram, pelo que o regime terrorista israelita deve pôr termo a qualquer novo aventureirismo militar contra os nossos interesses”, declarou Hossein Amir-Abdollahian numa reunião sobre a situação no Médio Oriente.
“No caso de o regime israelita utilizar a força e violar a nossa soberania, a República Islâmica do Irão não hesitará um segundo em fazer valer os seus direitos, responder de forma decisiva e adequada e fazer com que o regime lamente as suas ações”, acrescentou.
Israel anuncia morte de 40 “terroristas” e destruição de 100 tipos de infraestruturas em Gaza
O exército israelita fez esta quinta-feira o balanço de uma operação pontual conduzida esta semana no centro da Faixa de Gaza, na qual matou cerca de 40 “terroristas” e destruiu mais de 100 tipos de infraestruturas, incluindo uma rede de túneis.
A operação aconteceu nos arredores do campo de refugiados de Nuseirat e entre as infraestruturas destruídas encontravam-se duas instalações de produção de projéteis e uma rede de túneis subterrâneos que ligavam o campo à cidade de Gaza, segundo a mesma fonte.
As Forças de Defesa de Israel informaram que conseguiram expandir o corredor de Netzarim, o que lhes permitirá efetuar incursões mais diretas no norte e no centro do enclave palestiniano, bem como controlar o fluxo de deslocados que procuram fugir do sul da Faixa.
14:49 | 18/04
Correio da Manhã
EUA admite responder com sanções aos programas militares desestabilizadores do Irão
O Presidente dos EUA, Joe Biden, admitiu, esta quinta-feira, que os EUA vão emitir sanções em resposta aos programas militares desestabilizadores do Irão, avança a Reuters.
10:39 | 18/04
Correio da Manhã
China e Indonésia apelam ao cessar-fogo em Gaza
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da China e da Indonésia apelaram a um cessar-fogo imediato e duradouro em Gaza, após uma reunião em Jacarta, segundo avança o Al Jazeera.
Wang Yi, da China, renovou os apelos à aplicação da resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o cessar-fogo, criticando os EUA por sugerirem que a resolução não era vinculativa.
“Aos olhos dos Estados Unidos, o direito internacional parece ser um instrumento que pode ser utilizado sempre que se considere útil e descartado se não o quiser utilizar”, afirmou Wang Yi.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi, disse esperar que a China “utilize a sua influência para evitar uma escalada”.
10:36 | 18/04
Correio da Manhã
MNE da Alemanha diz que é necessária uma resposta do G7 ao ataque do Irão a Israel
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, afirmou esta quinta-feira que discutiu os ataques do Irão a Israel com os seus homólogos do G7 numa reunião em Itália, segundo o Al Jazeera.
“Estamos também a discutir outras medidas no G7 porque, obviamente, tem de haver uma resposta a este incidente sem precedentes”, disse Baerbock.
“Não deve haver mais nenhuma escalada na região, isso seria fatal para o seu povo”, acrescentou.
O chanceler alemão Olaf Scholz também afirmou na quarta-feira que é importante que Israel “não responda com um ataque maciço”.
China pede conferência internacional para reconhecimento oficial da Palestina
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China pediu esta quinta-feira, durante uma visita oficial à Indonésia, à realização de uma conferência internacional de paz para reconhecer oficialmente a Palestina como membro das Nações Unidas.
“Em breve será possível aceitar a Palestina como membro oficial da ONU”, disse Wang Yi, numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo indonésio, Retno Marsudi.
Os dois responsáveis pediram a proteção dos civis no conflito na Faixa de Gaza.
Líderes pedem “todos os esforços” para evitar escalada de tensões no Médio Oriente
O Conselho Europeu pediu esta quarta-feira “todos os esforços” e “máxima contenção” para evitar uma escalada de tensões no Médio Oriente, após os ataques do Irão contra Israel, insistindo ainda no “acesso sem entraves à ajuda humanitária” a Gaza.
“A UE condena o ataque do Irão contra Israel. Devem ser envidados todos os esforços para ajudar a trazer estabilidade à região e evitar uma escalada e apelamos a todas as partes para que deem provas da máxima contenção”, escreveu o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, na rede social X (antigo Twitter).
Na publicação feita após cerca de cinco horas de discussões no primeiro dia de dois de cimeira europeia em Bruxelas, no qual Portugal é pela primeira vez representado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, Charles Michel adiantou que o Conselho Europeu “está empenhado em colaborar com os seus parceiros para pôr termo à crise em Gaza, nomeadamente através de cessar-fogo imediato, libertação incondicional dos reféns e garantia de acesso sem entraves à ajuda humanitária”.
ONU diz que desmantelar UNRWA arrisca acelerar fome em Gaza
O desmantelamento da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) poderá acelerar a fome em Gaza e condenar uma geração de crianças “ao desespero”, alimentando “ciclos intermináveis de violência”, alertou hoje o seu diretor.
A agência, que tem mais de 30 mil empregados na região (Gaza, Cisjordânia, Líbano, Jordânia e Síria), foi acusada por Israel de empregar “mais de 400 terroristas” em Gaza.
Daqueles, 12 empregados são acusados pelos israelitas de terem estado diretamente envolvidos no ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 7 de outubro, que fez 1160 mortos, na sua maioria civis, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais.
Presidente do Irão avisa para reação “maciça e dura” se Israel lançar invasão
O Presidente do Irão aviso, esta quarta-feira, que a “mais pequena invasão” de Israel provocaria uma resposta “maciça e dura”, enquanto a região se prepara para uma potencial retaliação israelita após o ataque do Irão no passado fim de semana.
O Presidente Ebrahim Raisi lançou o aviso durante uma parada anual do exército, com a cerimónia a ser transferida para um quartel a norte da capital, Teerão, em vez do local habitual, uma autoestrada na periferia sul da cidade.
As autoridades iranianas não deram qualquer explicação para a mudança de local e a televisão estatal não transmitiu o desfile em direto, como nos anos anteriores.
Qatar reavalia continuação de papel de mediador no conflito entre Israel e Hamas
O Qatar está a reavaliar a continuidade no grupo de países mediadores do conflito entre Israel e o grupo palestiniano Hamas, revelou hoje o primeiro-ministro deste país do Golfo envolvido nas negociações para uma trégua na Faixa de Gaza.
“Estamos a realizar uma reavaliação global do nosso papel”, disse o xeque Mohammed bin Abdelrahman Al-Thani em conferência de imprensa conjunta em Doha com o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan.
Al-Thani considerou que houve “um ataque ao papel do Qatar” e que o seu país tomaria uma decisão “no momento apropriado” sobre a continuação do seu envolvimento nas negociações destinadas a obter, em particular, uma trégua entre o Hamas e Israel na guerra que dura há mais de seis meses na Faixa de Gaza.
Analistas afirmam que futuros confrontos Israel-Irão serão diretos
A rivalidade entre Israel e Irão evoluiu de confrontos envolvendo terceiros para enfrentamentos diretos, como o ataque iraniano do passado fim-de-semana, enquadrando a forma da aguardada resposta israelita, afirmaram dois analistas de assuntos internacionais da BMI Politics.
“A decisão do Governo iraniano responder ao ataque israelita ao complexo diplomático [iraniano] na Síria (a 01 de abril), que é tecnicamente solo iraniano e protegido pela Convenção de Viena, com um ataque direto a Israel marca uma escalada e um afastamento da guerra paralela que tem estado em curso entre os dois Estados há mais de uma década”, sublinhou Ramona Moubarak, chefe de Risco País do Banco Global dos Estados do Médio Oriente e do Norte de África (MENA), num webinar sobre as tensões no Médio Oriente organizado pela BMI.
Para a analista, os mais de 300 ‘drones’, mísseis balísticos e de cruzeiro que foram lançados em direção a Israel, a maioria deles do Irão e com a participação de grupos apoiados por Teerão no Líbano, Iraque, Iémen e Síria, representa uma “clarificação” dos países e grupos que são membros do Eixo da Resistência.
Turquia acusa Netanyahu de arrastar a região para a guerra para se manter no poder
A Turquia acusou esta quarta-feira o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de tentar arrastar o Médio Oriente para a guerra “a fim de se manter no poder”, tendo como pano de fundo o conflito na Faixa de Gaza com o Hamas.
“É óbvio que (Benjamin) Netanyahu está a tentar arrastar a região para a guerra para se manter no poder”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, numa conferência de imprensa no Qatar.
Fidan, que tinha ao lado o primeiro-ministro e chefe da diplomacia do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, qualificou de “persistente” o risco de o conflito em Gaza se estender à região.
Exército anuncia a entrada de ajuda em Gaza através do porto de Ashdod
O Exército israelita anunciou esta quarta-feira a entrada em Gaza de reservas de farinha do Programa Alimentar Mundial (PAM) através do porto de Ashdod, no âmbito de uma estratégia para aumentar as entregas de ajuda humanitária.
“Oito camiões de farinha do Programa Alimentar Mundial entraram na Faixa de Gaza a partir do porto de Ashdod hoje”, informou o Exército num comunicado.
No início de abril, sob pressão internacional e em particular dos Estados Unidos, Israel comprometeu-se a utilizar este porto, localizado a cerca de 30 quilómetros a norte de Gaza, para entregar ajuda humanitária.
Presidente francês defende reforço de sanções da UE contra Irão
O Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu hoje que é “dever” da União Europeia (UE) alargar o âmbito das sanções contra o Irão, na sequência do ataque a Israel, na noite de 13 para 14 de abril.
“Nós somos favoráveis a sanções que possam também visar todos aqueles que ajudam a fabricar os mísseis, os ‘drones’ que foram utilizados no ataque de sábado e domingo”, disse Macron em Bruxelas, pouco antes de uma cimeira dos 27 estados-membros da UE.
Por essa razão, a UE tem o “dever” de “alargar estas sanções”,insistiu hoje o Presidente francês, lembrando que tinha defendido esta solução na cimeira virtual do G7, no domingo.
Protestos na Cisjordânia a favor de palestinianos detidos nas prisões israelitas
Palestinianos da Cisjordânia ocupada manifestaram-se hoje para exigir a libertação dos detidos administrativamente nas prisões israelitas e pelo acesso das famílias aos presos, proibido desde o ataque do movimento islâmico Hamas em 07 de outubro.
As manifestações organizadas por ocasião do Dia dos Prisioneiros tiveram lugar nas principais cidades do território ocupado por Israel desde 1967, nomeadamente em Ramallah, Hebron, Jericó e Nablus.
O dia tem particular significado este ano, após a prisão de milhares de pessoas nos últimos meses, num contexto de guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque do movimento islamita a Israel.
Guterres diz que retórica entre Israel e Irão “também é perigosa”
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse hoje, através do seu porta-voz, que “a retórica também é perigosa” no Médio Oriente, em referência às ameaças e contra-ameaças feitas por Israel e pelo Irão.
O porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, disse que há “uma retórica cada vez mais perigosa na região, e a retórica também é perigosa”.
O secretário-geral apelou à máxima contenção de todas as partes.
Montenegro apela à contenção e admite sanções ao Irão sem exacerbar violência
O primeiro-ministro fez esta quarta-feira um apelo à contenção de Israel na reação ao ataque perpetrado pelo Irão no último fim de semana, mostrando-se favorável à aplicação de sanções ao executivo de Teerão, desde que contribuam para apaziguar as tensões.
“Em primeiro lugar é preciso condenar o ataque que o Irão desferiu contra o Estado de Israel e, ao mesmo tempo, apelar à contenção, de uma eventual reação, por parte de Israel, que creio que não beneficia ninguém”, disse Luís Montenegro à entrada para a sua primeira reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.
O primeiro-ministro disse que Portugal pode associar-se à imposição de mais sanções a Teerão, mas advertiu que tem de ser “na perspetiva de ser uma consequência que não crie mais violência”.
Exército israelita ataca posições do Hezbollah após movimento xiita ter ferido 14 soldados
O exército israelita anunciou esta quarta-feira ter atacado posições do Hezbollah no sul do Líbano, após o movimento xiita libanês ter disparado vários mísseis para uma aldeia perto da fronteira com o Líbano, provocando ferimentos em 14 soldados.
Num comunicado, o exército adianta que o ataque foi feito por caças das Forças de Defesa de Israel (FDI) a “complexos militares do Hezbollah e infraestruturas terroristas” nas áreas de Naqoura e Yarine, no sul do Líbano, “atingindo as fontes dos disparos”.
“Nas últimas horas, vários lançamentos de mísseis foram identificados a cruzar o território libanês em direção à comunidade de Arab al-Aramshe, no norte de Israel. Seis soldados ficaram gravemente feridos, dois moderadamente feridos e outros seis ficaram levemente feridos. Os soldados foram retirados para receber tratamento médico e as respetivas famílias foram notificadas”, lê-se no comunicado.
14:40 | 17/04
Correio da Manhã
MNE turco encontrou-se com o líder do Hamas no Qatar para discutir situação em Gaza
O Ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, encontrou-se na terça-feira, com Ismail Haniyeh, líder do Hamas, durante uma visita ao Qatar, para discutir a ajuda humanitária a Gaza, os esforços de cessar-fogo e os reféns, segundo avança a Reuters.
Líder do Hamas vai visitar a Turquia no fim de semana para manter conversações com o Presidente turco Tayyip Erdogan.
MNE britânico diz que Israel decidiu responder ao ataque do Irão
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, afirmou esta quarta-feira que Israel decidiu responder ao ataque iraniano do fim de semana, um dia depois de Londres ter apelado ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para “manter a calma”.
Conselho de Segurança vai votar pedido de adesão da Palestina à ONU
O Conselho de Segurança vai debater e votar na quinta-feira o pedido apresentado pela Palestina para se tornar um Estado-membro de pleno direito das Nações Unidas, disseram fontes diplomáticas.
As fontes, que pediram para não serem identificadas, disseram à agência de notícias France-Presse na terça-feira à noite que a votação vai coincidir com uma reunião do organismo sobre a situação na Faixa de Gaza.
Esta reunião do Conselho de Segurança, prevista há várias semanas, deverá contar com a presença de diplomatas de vários países árabes.
00:10 | 17/04
Correio da Manhã
EUA prometem novas sanções contra programa de mísseis e drones do Irão
Os Estados Unidos planeiam impor, nos próximos dias, novas sanções contra o programa de mísseis e drones do Irão, avança a Reuters.
Guterres apela para “urgente redução da escalada” da tensão no Médio Oriente
O secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterou a necessidade de uma “urgente redução da escalada” das hostilidades no Médio Oriente, disse hoje o seu porta-voz.
Stephane Dujarric, que falava na conferência de imprensa diária, disse que Guterres fez aquele comentário durante uma conversa telefónica com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, após o ataque de Teerão a Israel no fim de semana.
O porta-voz acrescentou que Guterres falou com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amirabdollahian, na segunda-feira.
Sunak avisa Netanyahu para evitar escalar conflito com Irão
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, avisou hoje o homólogo israelita, Benjamin Netanyahu, para evitar agravar a instabilidade na região com uma resposta ao ataque iraniano.
Segundo um porta-voz, Sunak disse num telefonema esta tarde que “uma escalada significativa não é do interesse de ninguém e só iria aprofundar a insegurança no Médio Oriente”.
O líder britânico “reiterou o apoio inabalável do Reino Unido à segurança de Israel e à estabilidade regional em geral” e confirmou que o G7 está a preparar uma resposta diplomática ao Irão.
Egito promete continuar a trabalhar com EUA para conseguir cessar-fogo em Gaza
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shukri, prometeu hoje que o seu país continuará a trabalhar com os Estados Unidos e com o Qatar para conseguir um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Numa entrevista à rede norte-americana CNN, Shukri garantiu que os esforços devem continuar a concentrar-se em alcançar um cessar-fogo duradouro no enclave palestiniano, um ponto que ainda não foi alcançado apesar dos esforços dos mediadores nos últimos meses.
“Estamos a trabalhar arduamente em conjunto com os Estados Unidos e os nossos países parceiros para chegar a este ponto de acordo”, explicou o chefe da diplomacia egípcia.
UE quer alargar sanções ao Irão para incluir mísseis
A União Europeia está a ponderar expandir as sanções contra o Irão para incluir os mísseis que Teerão venha a disponibilizar à Rússia e a agentes sob influência iraniana no Médio Oriente, anunciou hoje o chefe da diplomacia europeia.
O anúncio do Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, aconteceu no final de uma reunião ministerial por videoconferência, convocada de urgência na véspera de um Conselho Europeu, agendado para quarta e quinta-feira em Bruxelas.
Borrell anunciou que durante a reunião foi proposta a expansão do regime de sanções contra o Irão, por causa da disponibilização de ‘drones’ (aeronaves sem tripulação) à Rússia, e incluir os mísseis que Teerão eventualmente venda a Moscovo e a “‘proxies’ na região”, em particular milícias que têm ligações ao Governo iraniano.
ONU pede 2,8 mil milhões de dólares para ajudar população palestiniana
A ONU vai lançar um pedido de doações de 2,8 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros) para ajudar a população na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, anunciou esta terça-feira o chefe do escritório humanitário na Palestina.
“Amanhã [quarta-feira] publicamos o pedido de doações até ao final do ano. Juntamente com a comunidade humanitária, pedimos 2,8 mil milhões de dólares para ajudar três milhões de pessoas identificadas na Cisjordânia e em Gaza”, disse Andrea de Domenico em videoconferência de imprensa.
“Obviamente, 90% é para Gaza”, esclareceu, lembrando que inicialmente o plano para 2024 estava estimado em quatro mil milhões (3,7 mil milhões de euros), mas foi reduzido para 2,8 mil milhões dados os limites de acesso da ajuda humanitária, devido ao conflito armado que decorre há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Forças de Defesa de Israel afirmam ter eliminado o comandante do Hezbollah num ataque aéreo no Líbano
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam ter eliminado o comandante do Hezbollah num ataque aéreo esta terça-feira.
De acordo com o The Times of Israel, Ismail Yousef Baz foi alvo de um ataque de drone na cidade de Ain Baal, perto de Tiro, no Líbano.
Segundo a mesma fonte, as IDF afirmam que o mesmo era “um oficial sénior e veterano da ala militar do Hezbollah”, ocupando vários cargos, sendo o último o de comandante da região costeira.
“Como parte de sua posição, esteve envolvido no avanço e planeamento de lançamentos de foguetes e mísseis antitanque em direção ao Estado de Israel a partir da área costeira do Líbano”, disseram os militares.
EUA “não hesitarão” em reforçar sanções ao Irão
A secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, vai advertir esta terça-feira, num discurso do qual foram divulgados excertos, de que Washington “não hesitará” em, juntamente com os seus aliados, reforçar as sanções ao Irão após o ataque a Israel.
FMI corta crescimento de Israel e deixa de publicar dados sobre Gaza e Cisjordânia
O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou esta terça-feira as perspetivas de crescimento económico de Israel para 1,6% em 2024 e deixou de publicar dados sobre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza devido à guerra.
De acordo com as previsões económicas mundiais (WEO) esta terça-feira divulgadas, a organização liderada por Kristalina Georgieva espera que o Produto Interno Bruto (PIB) israelita cresça 1,6% este ano, o que representa uma redução acentuada face aos 3% que tinha previsto no relatório de outubro do ano passado, antes do início do conflito com o Hamas.
Até 2025, a economia de Israel deverá recuperar com um crescimento de 5,4%, de acordo com as projeções do FMI.
13:31 | 16/04
Correio da Manhã
Norte de Israel atingido por drones do Líbano
Drones de ataque provenientes do Líbano atingiram o norte de Israel, esta terça-feira.
De acordo com o Al Jazeera, dois drones explosivos atravessaram o território do Líbano em direção ao território de Israel e explodiram na zona de Beit Hillel.
O incidente está a ser investigado, declarou o exército israelita em comunicado.
Não foram divulgados pormenores sobre danos ou vítimas.
13:01 | 16/04
Correio da Manhã
Portugal pede contenção na escalada do conflito e exige libertação de navio com bandeira portuguesa apreendido pelo Irão
O Embaixador da República Islâmica do Irão em Lisboa foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, na manhã desta terça-feira, para reunir com o Diretor-Geral de Política Externa. De acordo com uma nota enviada ao CM, o Governo português manifestou a sua preocupação com a escalada do conflito na região, apelando à máxima contenção.
11:58 | 16/04
Correio da Manhã
Gabinete de guerra de Israel volta a reunir-se esta terça-feira
O gabinete de guerra de Israel vai reunir-se esta terça-feira para discutir a resposta ao ataque do Irão no fim de semana, disse um funcionário israelita, avança a Reuters.
De acordo com a mesma fonte, a reunião não tem hora marcada.
Será a terceira vez que o gabinete de decisão se reúne desde que o Irão lançou mais de 300 mísseis e drones contra Israel no sábado à noite.
Israel lança “ofensiva diplomática” para imposição de sanções ao Irão
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita anunciou esta terça-feira estar a lançar “uma ofensiva diplomática contra o Irão”, após o ataque de sábado da República Islâmica e perante a oposição de muitos Estados a uma resposta militar de Israel.
“Paralelamente à resposta militar aos ataques de mísseis e ‘drones’ [aeronaves não tripuladas], estou a liderar uma ofensiva diplomática contra o Irão”, escreveu Israel Katz na rede social X.
10:31 | 16/04
Correio da Manhã
ONU diz que Israel continua a impor restrições “ilegais” à ajuda humanitária em Gaza
O gabinete dos direito humanos na ONU, afirmou esta terça-feira, que Israel continua a impor restrições “ilegais” à ajuda humanitária em Gaza, avança a Reuters.
“Israel continua a impor restrições ilegais à entrada e à distribuição de ajuda humanitária e a destruir de forma generalizada as infra-estruturas civis”, declarou Ravina Shamdasani, porta-voz do gabinete dos direitos humanos da ONU, numa conferência de imprensa em Genebra.
ONU diz que Gaza vive “crise sem precedentes” em risco de fome total dentro de 1 mês
Com as atenções internacionais a virarem-se para conflito Irão-Israel, a crise sem precedentes em Gaza prossegue e as atividades das agências humanitárias estão em risco, face aos entraves impostos pelas autoridades israelitas, alertam responsáveis da ONU no terreno.
No total, segundo as Nações Unidas, mais de 33 mil pessoas morreram em seis meses de conflito, 1,7 milhões estão deslocadas e 1,1 milhões – metade da população de Gaza – em risco imediato de morrer à fome.
08:48 | 16/04
Correio da Manhã
Irão afirma que qualquer ação contra os seus interesses será objeto de resposta
O Presidente Ebrahim Raisi, afirmou esta terça-feira, que o Irão responderá a qualquer ação contra os seus interesses na terça-feira, um dia depois de Israel ter avisado que responderia ao ataque de drones e mísseis de Teerão no fim de semana, segundo avança a Reuters.
“Declaramos categoricamente que a mais pequena ação contra os interesses iranianos será certamente objeto de uma resposta severa, generalizada e dolorosa contra qualquer perpetrador”, disse Raisi ao Emir do Qatar, Sheikh Tamim bin Hamad al-Thani.
O chefe do Estado-Maior de Israel, Herzi Halevi, já tinha afirmado na segunda-feira que o ataque do Irão a Israel – que foi uma retaliação após o bombardeamento, a 1 de abril, do complexo da embaixada iraniana em Damasco – justificava uma resposta.
Congresso dos EUA vai votar planos separados de ajuda à Ucrânia e a Israel
A Câmara dos Representantes norte-americana vai votar esta semana planos separados de ajuda militar à Ucrânia e a Israel, depois de meses de bloqueio, disse o líder da câmara baixa do Congresso dos Estados Unidos.
“Esta semana, iremos considerar projetos de lei separados”, incluindo aqueles para “financiar o aliado israelita” e “apoiar a Ucrânia na guerra contra a agressão russa”, declarou na segunda-feira o republicano Mike Johnson.
“Há acontecimentos repentinos em todo o mundo que todos estamos a seguir de perto”, disse Johnson, numa conferência de imprensa, numa aparente referência aos mais de 300 ‘drones’ e mísseis lançados contra Israel entre a noite de sábado e o domingo.
EUA negam que Irão tenha dado “aviso prévio” sobre ataque contra Israel
A Casa Branca negou que o Irão tenha transmitido um “aviso prévio” do ataque contra Israel no sábado e disse que, apesar de uma troca de mensagens, nunca foram avançados horas ou alvos.
“Já vi o Irão dizer que emitiu um aviso prévio para ajudar Israel a preparar as defesas e limitar os danos potenciais. Este ataque falhou porque foi derrotado por Israel, pelos Estados Unidos e por uma coligação de outros parceiros empenhados na defesa de Israel”, disse o porta-voz de segurança da Presidência norte-americana, John Kirby, numa conferência de imprensa na segunda-feira.
O ataque “acabou por falhar”, apesar do lançamento de mais de 300 drones de ataque, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro, acrescentou.
MNE e homólogos da UE reúnem-se hoje para discutir escalada “sem precedentes”
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) reúnem-se esta segunda-feira por videoconferência para discutir o agravamento das tensões no Médio Oriente, depois do ataque iraniano de grande escala contra Israel.
A reunião, na qual vai participar o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, vai realizar-se inteiramente por videoconferência e foi convocada pelo Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell.
Os governantes reúnem-se pelas 17h00 locais (16h00 em Lisboa).
EUA e Iraque reforçam aliança para desenvolver estabilidade no Médio Oriente
O Presidente dos Estados Unidos e o primeiro-ministro do Iraque reforçaram a parceria estratégica e concordaram com a necessidade de trabalhar juntos para promover a estabilidade no Médio Oriente.
Joe Biden recebeu Mohamed Shia al-Sudani na Sala Oval na segunda-feira, numa reunião agendada antes do ataque do Irão a Israel.
A reunião devia centrar-se nas relações entre os EUA e o Iraque, com destaque para a segurança e as tropas norte-americanas em solo iraquiano, mas também para questões energéticas, económicas e de investimento.
Netanyahu apela à comunidade internacional para “continuar unida” contra Irão
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apelou à comunidade internacional para “continuar unida” face à “agressão iraniana, que ameaça a paz mundial”, após os mísseis e ‘drones’ [aparelhos aéreos não tripulados] lançadas pelo Irão contra Israel.
“A comunidade internacional deve continuar unida para resistir a esta agressão iraniana, que ameaça a paz mundial”, escreveu o primeiro-ministro numa mensagem difundida pelos seus serviços nas redes sociais.
Nessa mensagem, o primeiro-ministro israelita saúda e “agradece profundamente o apoio dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha, da França e de outros países para impedir o ataque iraniano”.
Israel bombardeia novamente alvos do Hezbollah no sul do Líbano
As Forças Armadas israelitas indicaram, esta segunda-feira, ter efetuado novos bombardeamentos no sul do Líbano, em particular, de “estruturas militares” do partido-milícia xiita Hezbollah.
“Caças atacaram edifícios militares da organização terrorista Hezbollah nas zonas de Merkaba e Majdal Yun, no sul do Líbano”, afirmou o Exército israelita num comunicado.
Além disso, Israel deu também conta da utilização de fogo de artilharia para “eliminar uma ameaça” nas áreas de Yebel Balt e Al-Hamra, enquanto contabilizou cinco projéteis lançados de território libanês que caíram em descampados, sem causar vítimas.
Israel afirma que vitimas de ataque contra consulado iraniano eram terroristas
O porta-voz do Exército israelita disse esta segunda-feira que as vítimas do bombardeamento contra o Consulado iraniano em Damasco eram terroristas mobilizados contra Israel, no primeiro comentário oficial das forças de Telavive sobre o ataque ocorrido há duas semanas.
“As pessoas mortas em Damasco eram membros da Força Quds [braço de operações especiais estrangeiras da Guarda Revolucionária]. São pessoas envolvidas no terrorismo contra o Estado de Israel”, disse Daniel Hagari em conferência de imprensa.
O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 ‘drones’, mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.
Exército israelita mostra danos em base aérea após ataque do Irão
Biden reafirma empenho em obter trégua em Gaza após ataque do Irão a Israel
O Presidente norte-americano, Joe Biden, reiterou esta segunda-feira o seu empenho nas negociações para um cessar-fogo temporário em Gaza e a libertação dos reféns, sublinhando também que Washington “está comprometido com a segurança de Israel”, após o ataque do Irão.
“Estamos comprometidos com a segurança de Israel”, disse, em declarações à imprensa antes de iniciar, na Sala Oval, uma reunião com o primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Shia al-Sudani.
“Estamos empenhados num cessar-fogo que traga de volta os reféns e evite que estes conflitos alastrem mais do que já alastraram”, acrescentou.
Chefe do Estado-Maior do Exército de Israel garante resposta a Irão
O chefe do Estado-Maior do Exército israelita, Herzi Halevi, garantiu esta segunda-feira que Israel vai responder ao ataque perpetrado pelo Irão no fim de semana contra território israelita.
O líder militar indicou estarem ainda a ser considerados os passos a dar, mas garantiu que o ataque iraniano de mísseis e ‘drones’ “será objeto de uma resposta”, em declarações durante uma visita à base aérea de Nevatim.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem mantido reuniões com altos responsáveis para discutir uma possível resposta ao Irão.
República Checa e França chamam embaixadores do Irão e pedem para se evitar escalada
A França e a República Checa chamaram os respetivos embaixadores iranianos nas suas capitais para insistir que Teerão evite uma escalada da crise com Israel, à semelhança do que já tinham feito outros países europeus.
Confirmando um anúncio no domingo, o Governo Francês convocou esta segunda-feira o embaixador iraniano no país, Mohammad Amin-Nejad, ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, que lhe manifestou “com grande firmeza” a condenação de Paris ao ataque a Israel, realizado no sábado com centenas de mísseis e ‘drones’.
A França disse ao embaixador iraniano que, “ao lançar este ataque irresponsável, [o Irão] corre o risco de uma escalada na qual ninguém tem interesse”, afirmou o ministério francês em comunicado.
EUA condenam morte de adolescente israelita na Cisjordânia
Os Estados Unidos condenaram, esta sexta-feira, o assassínio de um adolescente israelita na Cisjordânia, bem como os episódios de violência no território palestiniano ocupado que o crime provocou.
“Condenamos veementemente o assassínio do israelita Binyamin Achimeir, de 14 anos”, disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, em comunicado, acrescentando que as autoridades dos Estados Unidos estão também “cada vez mais preocupado com a violência cometida contra civis palestinianos e contra as suas propriedades”.
“A violência deve parar. Os civis nunca são alvos legítimos”, disse o porta-voz, apelando às autoridades para que “tomem todas as medidas para proteger de perigos todas as comunidades”.
Dois palestinianos mortos a tiro no norte da Cisjordânia
Colonos israelitas mataram a tiros dois palestinianos em um confronto perto da vila de Aqrabah, no norte da Cisjordânia, informa o Crescente Vermelho Palestiniano citado pelo The Times of Israel.
De acordo com a mesma fonte, um oficial de segurança israelita disse à Rádio do Exército que os palestinianos provavelmente foram mortos pelos colonos.
A violência mortal entre colonos teve outro aumento nos últimos dias, após o que as Forças de Defesa de Israel dizem ter sido o assassinato de um adolescente israelita por terroristas palestinianos no fim de semana.
MNE belga convoca embaixador iraniano e pede “grande contenção” após ataque a Israel
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Bélgica convocou o embaixador do Irão na sequência do ataque iraniano a Israel no fim-de-semana e pediu uma “grande contenção” para evitar uma escalada ainda maior do conflito no Médio Oriente.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bélgica revelou que a ministra Hadja Lahbib convocou o embaixador Seyed Mohammad Ali Robatjazi para condenar o ataque iraniano contra o território israelita e apelar à contenção de Teerão para desagravar as tensões, que aumentaram desde outubro do ano passado.
“Este ataque constitui uma escalada sem precedentes e representa um risco de conflagração a toda a região. Condenámo-lo da maneira mais veemente possível. Este ataque coloca em perigo a estabilidade e as populações, e afasta-nos da paz. Peço a todas as partes que exerçam a máxima contenção”, disse a chefe da diplomacia belga.
Chefe da diplomacia dos EUA assegura defesa de Israel mas rejeita escalada com Irão
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, clarificou esta segunda-feira que não pretende uma escalada do conflito no Médio Oriente, mas assegurando que os Estados Unidos continuarão a defender Israel após o ataque do Irão.
“Não queremos uma escalada, mas continuaremos a defender Israel e a proteger as nossas forças na região”, assegurou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, no início de uma reunião, em Washington, com o vice-primeiro-ministro iraquiano, Muhammad Ali Tamim.
“Penso que este fim de semana demonstrou que Israel não tem de se defender sozinho quando é vítima de uma agressão, de um ataque”, acrescentou o chefe da diplomacia dos EUA, condenando o ataque iraniano, que classificou como um “golpe de magnitude sem precedentes” contra Israel.
17:03 | 15/04
Correio da Manhã
Irão responderá “imediatamente e com mais força” caso Israel retalie, avisa MNE iraniano
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amirabdollahian, afirmou que o Irão responderá “imediatamente e com mais força” caso haja retaliação por parte de Israel. A informação é avançada pelo The Times of Israel.
16:50 | 15/04
Correio da Manhã
Gabinete de Guerra de Israel pondera resposta “dolorosa” ao ataque do Irão
O Gabinete de Guerra de Israel disse estar a ponderar uma resposta “dolorosa” ao ataque do Irão.
Segundo o Canal 12, citado pelo The Times of Israel, foram discutidas várias opções, sendo cada uma delas uma resposta de retaliação “dolorosa” contra o Irão, mas que não desencadeia uma guerra regional.
O gabinete de guerra pretende também escolher uma reação ao ataque de mísseis e drones iranianos de sábado à noite que não seja bloqueada pelos Estados Unidos, segundo a emissora.
Israel adia ofensiva militar em Rafah após ataque iraniano
Israel adiou os planos para uma ofensiva militar em Rafah, sul da Faixa de Gaza, enquanto o gabinete de guerra discute uma resposta ao ataque iraniano do fim de semana, disseram fontes israelitas à emissora norte-americana CNN.
A força aérea israelita tinha previsto começar esta segunda-feira a distribuir panfletos em partes de Rafah, avisando as pessoas sobre a ofensiva contra a cidade onde mais de um milhão de palestinianos, a grande maioria deslocados pela campanha militar de Israel, estão abrigados.
De acordo com a CNN, um funcionário israelita disse que o Governo de Benjamin Netanyahu continua determinado a levar a cabo a ofensiva contra o Hamas em Rafah, mas “o calendário para a retirada de civis e para a iminente ofensiva terrestre permanece pouco claro neste momento”.
MNE iraniano garante que Irão vai responder rapidamente se Israel retaliar
O Irão não quer um aumento das tensões, mas responderá imediatamente e com mais força do que antes se Israel retaliar, disse, esta segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amirabdollahian, ao seu homólogo britânico, segundo a imprensa estatal iraniana citada pela Reuters.
Portugueses que deixaram Irão após ataque a Israel estão a caminho de Lisboa
Trinta e cinco dos 47 portugueses que optaram por deixar o Irão após o ataque a Israel no sábado partiram para Istambul onde, ainda esta segunda-feira, apanharão um voo para Lisboa, segundo o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
De acordo com José Cesário, os restantes oito portugueses deverão também chegar a Istambul hoje à noite ou terça-feira e depois viajar para Lisboa.
Estes portugueses que quiseram deixar o Irão após os ataques deste país a Israel estão a regressar pelos seus meios, em companhias aéreas comerciais, não tendo sido necessário, para já, a intervenção do Estado português.
José Cesário sublinhou que a situação em Israel “melhorou, existem voos comerciais e as escolas estão abertas”.
No domingo, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas garantiu que “está tudo preparado se for preciso” retirar portugueses expatriados de Israel.
Segundo José Cesário, em Israel “há uma comunidade de cerca de 30 mil cidadãos com nacionalidade portuguesa” e “alguns portugueses expatriados em turismo ou a trabalhar”, estando neste último caso referenciadas 13 pessoas.
O Governo português está “atento à evolução da situação”, estando “tudo preparado se for preciso uma evacuação”, havendo os meios para o efeito, disse.
Irão entrega mensagem sobre ‘linhas vermelhas’ a Israel com ataque
Quase 48 horas depois do ataque do Irão a Israel, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amirabdollahian, conversou com seu homólogo alemão por telefone mais cedo e disse que o objetivo da operação não era infligir danos reais às instalações militares israelitas, mas sim transmitir uma mensagem de que se e quando Israel cruzar as linhas vermelhas do Irão, haverá consequências.
De acordo com o Aljazeera, o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irão também emitiu uma declaração onde afirma que se Israel responder diretamente ao Irão, então a contra-resposta do Irão será 10 vezes maior e mais forte do que o que aconteceu no domingo pasado.
Exército renova aviso aos palestinianos para evitar regresso ao norte de Gaza
O exército israelita renovou esta segunda-feira os avisos aos palestinianos de Gaza para não regressarem ao norte do enclave, um dia depois de as autoridades hospitalares de Gaza terem afirmado que cinco pessoas foram mortas.
Alemanha convoca embaixador iraniano após ataque a Israel
A Alemanha convocou o embaixador do Irão esta segunda-feira de manhã, na sequência do ataque de mísseis e drones contra Israel, de acordo com um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros em Berlim.
“A reunião está a decorrer neste momento”, acrescentou o porta-voz, citado pela Reuters.
10:09 | 15/04
Correio da Manhã
Benjamin Netanyahu vai voltar a reunir gabinete de guerra de Israel
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, vai voltar a reunir o gabinete de guerra, o fórum que tem poderes para decidir sobre qualquer ação em resposta ao ataque de drones e mísseis do Irão no fim de semana, às 14h00 (11h00 GMT) de segunda-feira, avança a Reuters.
O gabinete de guerra, composto por Netanyahu, pelo ministro da Defesa Yoav Gallant, pelo antigo ministro da Defesa Benny Gantz e por vários observadores, reuniu-se anteriormente no domingo à noite.
10:04 | 15/04
Correio da Manhã
Kremlin afirma estar extremamente preocupado com o aumento das tensões no Médio Oriente
A Rússia afirmou esta segunda-feira estar extremamente preocupada com o aumento das tensões no Médio Oriente, na sequência do ataque de drones e mísseis do Irão a Israel no fim de semana, avança a Reuters.
Apela ainda que todos os países da região mostrem contenção.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que uma nova escalada não é do interesse de ninguém e que Moscovo considera que todos os desacordos devem ser resolvidos por meios diplomáticos.
Irão afirma que não houve acordo prévio com nenhum país antes do ataque contra Israel
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Nasser Kanaani, afirmou na segunda-feira que não foi feito qualquer acordo prévio com qualquer país antes do ataque de retaliação do Irão contra Israel, informa a Reuters.
08:20 | 15/04
Correio da Manhã
David Cameron insta Israel a não retaliar contra o Irão
O Ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, instou Israel a não retaliar após o ataque iraniano com drones e mísseis, afirmando que o país deveria “pensar com a cabeça e com o coração”, uma vez que o ataque de Teerão foi um fracasso quase total, avança a Reuters.
O ataque de mais de 300 mísseis e drones do Irão causou apenas danos modestos em Israel, uma vez que a maioria foi abatida pelo seu sistema de defesa Iron Dome e com a ajuda dos EUA, Grã-Bretanha, França e Jordânia. O ataque aéreo israelita ao complexo da embaixada do Irão na Síria ocorreu a 1 de abril.
“Penso que é perfeitamente justificado que pensem que devem responder porque foram atacados, mas estamos a pedir-lhes, como amigos, que pensem com a cabeça e com o coração, que sejam inteligentes e duros”, refere Cameron.
França intercetou mísseis e ‘drones’ iranianos a pedido da Jordânia
A França intercetou mísseis e ‘drones’ iranianos apontados a Israel no sábado à noite, a pedido da Jordânia, disse esta segunda-feira o Presidente francês, que quer “fazer tudo o que for possível para evitar uma conflagração” no Médio Oriente.
“Temos uma base aérea na Jordânia (…). O espaço aéreo jordano foi violado por estes ataques. Enviámos os nossos aviões para o ar e intercetámos o que tínhamos de intercetar”, declarou Emmanuel Macron, aos canais BFMTV-RMC.
Ao decidir “atacar Israel” a partir do seu território, o Irão provocou “uma rutura profunda”, disse ainda.
23:55 | 14/04
Correio da Manhã
Pai relata momento em que única vítima de ataque iraniano a Israel foi atingida
A menina de 7 anos, única vítima do ataque iraniano a Israel, no sábado, continua em estado crítico após ter sido atingida por estilhaços de drones intercetados pelas forças israelitas, perto de Arad.
A criança foi operada a um ferimento grave na cabeça e encontra-se internada nos cuidados intensivos do Soroka Medical Center em Beersheba.
Segundo o pai da menina, Mohammed, os estilhaços atingiram a criança por volta das 02h00 de domingo (00h00 em Portugal Continental), enquanto estava a dormir.
Guterres pede “máxima contenção” no Médio Oriente e defende que é “hora de recuar do abismo”
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou este domingo que a população do Médio Oriente enfrenta o perigo real de um “conflito devastador em grande escala” e apelou à “máxima contenção”, frisando que “é hora de recuar do abismo”.
Numa reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU convocada por Israel para abordar o ataque iraniano de sábado, Guterres alertou que os civis já estão a “suportar o peso e a pagar o preço mais elevado”.
“É hora de recuar do abismo. (…) É vital evitar qualquer acção que possa conduzir a grandes confrontos militares”, disse Guterres.
Governo cabo-verdiano condena ataque do Irão a Israel
O Governo cabo-verdiano condenou este domingo “veementemente” o ataque do Irão a Israel, anunciou numa publicação na Internet.
“O Governo de Cabo Verde acompanha com preocupação a situação de conflito no Médio Oriente e condena veementemente o ataque do Irão a Israel”, referiu numa mensagem em que apela à “contenção”, para “evitar uma indesejável escalada de violência naquela região”.
19:46 | 14/04
Correio da Manhã
Gabinete de guerra de Israel concorda com retaliação contra o Irão mas diverge quanto à escala da resposta
O gabinete de guerra do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou, este domingo, após uma reunião, ser favorável a uma retaliação contra o Irão após o ataque deste sábado, avança a Reuters. Não sabe, contudo, quando e de que forma Israel deverá contra-atacar.
18:45 | 14/04
Correio da Manhã
Irão enviou mensagem aos EUA após lançar ataque contra Israel
O Irão terá enviado uma mensagem aos EUA após ter lançado, este sábado, drones e mísseis de cruzeiro contra Israel, afirmou, este domingo, um alto funcionário da administração norte-americana citado pela Reuters.
Segundo a mesma fonte, não existiu um aviso de 72 horas antes do ataque apara que a ofensiva fosse “altamente destrutivo”. Os Líderes do G7 estiveram este domingo reunidos e, de acordo com o alto funcionário da administração dos EUA, foram discutidas sanções a aplicar contra o Irão, designando o corpo de Guardas da Revolução Islâmica como organização terrorista.
Exército israelita mantém restrições de segurança até segunda-feira
O Exército israelita afirmou este domingo que as restrições de segurança impostas face ao ataque iraniano a Israel na noite de sábado vão continuar em vigor até segunda-feira, às 23h00.
A política defensiva “mantém-se sem mudanças até segunda-feira, às 23h00”, afirmou o Exército israelita, num comunicado oficial.
Desde sábado que estão proibidas em Israel atividades educativas, incluindo as realizadas ao ar livre, e a concentração de mais de 1.000 pessoas em qualquer tipo de evento.
17:19 | 14/04
Correio da Manhã
Líderes do G7 condenam ataque do Irão e reafirmam compromisso com a segurança de Israel
Os líderes do G7 condenaram este domingo o ataque do Irão e reafirmaram o compromisso com a segurança de Israel, divulga a Reuters.
Em atualização
16:44 | 14/04
Correio da Manhã
Presidente de Israel diz que ataque do Irão foi uma “declaração de guerra”
O presidente de Israel, Isaac Herzog, disse este domingo que o ataque do Irão ao país foi uma “declaração de guerra”, em entrevista à SkyNews.
Isaac Herzog referiu que Israel “procura a paz” desde a sua criação, rejeitando qualquer cenário de guerra.
Irão avisa que atacará bases dos EUA na região usadas para “apoiar” Israel
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisou este domingo os Estados Unidos de que Teerão atacará “inevitavelmente” as bases militares norte americanas no Médio Oriente se estas forem usadas para “defender e apoiar” Israel, avança a Efe.
Segundo aquela agência de notícias espanhola, que cita a congénere iraniana, a agência ISNA, Hosein Amir Abdolahian alertou que “se o espaço aéreo ou o território dos países referidos forem utilizados pelos EUA para defender e apoiar o regime de Telavive, a base americana nesse país será inevitavelmente atacada”.
O chefe da diplomacia do Irão deu por concluída a resposta de Teerão ao ataque contra o consulado iraniano em Damasco, a 1 de abril, que o governo do seu país atribuiu a Israel, e que matou seis sírios e sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana, incluindo dois generais.
15:27 | 14/04
Correio da Manhã
Israel reabre o espaço aéreo
Israel reabriu o espaço aéreo este domingo, embora se espere que os horários dos voos de Telavive sejam afetados e os viajantes sejam aconselhados a verificar os horários dos voos antes de irem para o Aeroporto Internacional Ben Gurion, avança a Reuters.
As companhias aéreas israelitas disseram que as operações estavam a voltar ao normal, depois de um ataque noturno de mísseis e drones iranianos ter fechado o espaço aéreo e levado ao cancelamento de voos.
Turquia apela ao Irão para que evite uma “nova escalada”
A Turquia apelou este domingo a Teerão para que evite uma “nova escalada” de violência na região, depois do ataque iraniano contra Israel lançado na noite de sábado, afirmou fonte da diplomacia turca.
“O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, teve hoje uma conversa telefónica com o seu homólogo iraniano […] e disse que não queremos uma nova escalada na região”, afirmou à agência de notícias francesa France-Presse uma fonte da diplomacia da Turquia.
Segundo a mesma fonte, o chefe da diplomacia iraniana, Hossein Amir-Abdollahian, afirmou que “a operação de retaliação contra Israel terminou”, mas que Teerão mantinha o direito de agir “com mais firmeza”, em caso de uma resposta por parte de Telavive.
Centenas de palestinianos tentam marcha para regressar a casa no norte de Gaza
Centenas de civis palestinianos iniciaram este domingo de madrugada uma marcha em direção ao norte da Faixa de Gaza para regressar a casas, apesar de o exército israelita ter proibido o retorno ao que considera “zona de combate”.
A agência palestiniana Maan relatou esta marcha, que começou pouco depois da meia-noite, coincidindo aproximadamente com o ataque lançado pelo Irão contra Israel.
Centenas de pessoas iniciaram então a viagem em direção à Cidade de Gaza, no norte do enclave.
PCP condena ataque do Irão e defende que Portugal deve ser “construtor da Paz”
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, condenou este domingo o ataque do Irão a Israel no sábado à noite e defendeu que o Estado português “está obrigado a ser um construtor da Paz” em respeito da Constituição da República.
“É em respeito da Constituição da República e da própria revolução [do 25 de Abril] que o Estado português está obrigado a ser um construtor da Paz, a ser um agente da Paz e não a ser um promotor e um incentivador da guerra”, afirmou.
“Condenamos esta escalada que começou de forma mais expressiva com o bombardeamento de Israel ao Consulado do Irão, em Damasco, e que teve agora esta resposta militar por parte do Irão”, acrescentou.
E defendeu que “é preciso acabar de uma vez por todas com o massacre e com o genocídio do povo palestiniano, reconhecer os seus direitos, reconhecer o seu Estado e o seu direito próprio ao seu próprio desenvolvimento”.
ONU alerta para “custo potencial” de direitos humanos de escalada do conflito no Médio Oriente
A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou este domingo para o “custo potencial” em matéria de direitos humanos e humanitários que a escalada belicista no Médio Oriente pode representar se o conflito se espalhar pela região.
Segundo a agência de notícias EFE, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, que condenou o ataque de ‘drones’ e mísseis do Irão a Israel, afirmou que estes dispositivos poderiam ter causado danos graves para além dos seus objetivos militares e colocado civis em risco.
“Isto só vem alimentar o fogo em toda a região”, alertou, citado pela Efe, num comunicado enviado à comunicação social, lembrando a todas as partes envolvidas que têm obrigações ao abrigo do direito internacional humanitário.
Zelensky apela a resposta global unida ao “terror” do Irão e da Rússia
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou este domingo a uma resposta global “firme e unida” ao “terror” provocado pelo Irão e pela Rússia, condenando o ataque de sábado à noite de Teerão a Israel.
“As ações do Irão ameaçam toda a região e o mundo, tal como as da Rússia ameaçam um conflito mais vasto. A colaboração óbvia entre os dois regimes para espalhar o terror deve ser enfrentada com uma resposta firme e unida do mundo”, escreveu, apelando a que tudo seja feito para evitar uma escalada no Médio Oriente.
Segundo escreveu Zelensky na rede social X (antigo Twitter), a Ucrânia condena o ataque do Irão a Israel utilizando ‘drones’ [aeronaves não tripuladas] e mísseis ‘Shahed’.
Jordânia intercetou “engenhos voadores” durante ataque do Irão contra Israel
O Governo da Jordânia anunciou este domingo ter intercetado “engenhos voadores” que penetraram no seu espaço aéreo durante o ataque com drones e mísseis lançado pelo Irão contra Israel na noite passada.
Em comunicado, o Governo avisou ainda que o Exército do reino árabe “irá confrontar (…) tudo o que exponha a segurança da nação, dos seus cidadãos e do seu espaço aéreo e território a qualquer perigo ou transgressão por qualquer das partes, com todas as capacidades disponíveis”.
O comunicado refere que as Forças Armadas “intercetaram e neutralizaram os engenhos que penetraram no espaço aéreo (jordano) na noite passada” e que os destroços caíram “em vários locais” sem causar feridos.
Alemanha considera que Irão colocou Médio Oriente “à beira do precipício”
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha acusou este domingo o Irão de colocar “conscientemente” o Médio Oriente “à beira do precipício”, ao disparar centenas de foguetes, drones e mísseis contra Israel.
Annalena Baerbock, que fazia uma intervenção em Frankfurt, disse que o regime iraniano “quase mergulhou uma região inteira no caos”, pelo que apelou a “todos os atores da região para agirem com cautela”, porque “a espiral de escalada deve ser quebrada”.
As palavras de Baerbock foram proferidas numa altura em que o chanceler alemão, Olaf Scholz, está de visita à China, onde também apelou à contenção de todas as partes na sequência dos ataques iranianos.
França recomenda aos seus cidadãos que abandonem Irão
O Governo francês recomendou este domingo aos seus cidadãos que abandonem o Irão devido à escalada militar do conflito deste país com Israel, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.
“Devido ao novo nível atingido durante a noite pelo Irão e ao risco de uma escalada militar, a Embaixada de França recomenda aos franceses residentes no Irão que têm a possibilidade, em função da retoma do tráfego aéreo internacional, que abandonem temporariamente o país”, refere o ministério em comunicado.
Além disso, “pede-se-lhes que sejam extremamente prudentes nas suas deslocações, que evitem as multidões no país e que se mantenham informados sobre a situação”, continua-se no texto.
Hamas considera ataque iraniano um “direito natural e resposta merecida”
O Hamas considerou este domingo a resposta iraniana, com mais de 300 ‘drones’, mísseis balísticos e de cruzeiro lançados sábado contra Israel, como “um direito natural e uma resposta merecida”.
“Nós, no Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), consideramos a operação militar levada a cabo pela República Islâmica do Irão contra a entidade ocupante sionista como um direito natural e uma resposta merecida ao crime de ataque ao consulado iraniano em Damasco”, a 01 deste mês, referiu, num comunicado, o Hamas, movimento apoiado por Teerão.
O Hamas também apelou ao resto dos países árabes, “aos povos livres do mundo e às forças de resistência da região” para continuarem a apoiar “a liberdade e independência” do povo palestiniano, em referência à guerra que Israel continua que se alastrou na Faixa de Gaza e já ceifou a vida a mais de 33.600 pessoas em pouco mais de seis meses.
Primeiro-Ministro do Reino Unido confirma que aviões britânicos abateram drones iranianos
O Primeiro-Ministro britânico, Rishi Sunak, confirmou este domingo que os aviões da Força Aérea do Reino Unido posicionados no Médio Oriente abateram “vários” drones iranianos durante o ataque do Irão contra Israel na noite de sábado.
Em declarações à BBC, o líder conservador afirmou que graças ao “esforço de colaboração internacional, no qual o Reino Unido participou, quase todos os mísseis foram intercetados, salvando vidas não só em Israel, mas também em países vizinhos como a Jordânia”.
O porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, disse hoje que “99% das ameaças lançadas [desde sábado pelo Irão] contra o território israelita foram intercetadas”, tendo a maioria delas ocorrido fora das fronteiras de Israel, graças à ajuda dos “sistemas [antiaéreos] israelitas” e de parceiros, como EUA e Reino Unido.
Irão convoca embaixadores do Reino Unido, Alemanha e França
O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano afirmou, este domingo, que convocou os embaixadores do Reino Unido, França e Alemanha, para protestar contra as reações das autoridades daqueles países após o ataque do Irão contra Israel.
Os três diplomatas europeus foram “convocados ao ministério”, na sequência “das posições irresponsáveis” das autoridades daqueles países, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão num comunicado publicado pela agência estatal Irna.
Em causa, segundo a diplomacia iraniana, estão as reações desses países “à resposta do Irão a uma série de ações do regime sionista [Israel]” contra os interesses de Teerão.
Comunidade Israelita diz que Portugal deve manter e até reforçar o apoio a Israel
A Comunidade Israelita de Lisboa saudou este domingo a condenação pelo Governo do ataque do Irão a Israel e apelou ao Parlamento para a acompanhar, considerando que Portugal deve manter e até reforçar o apoio a Israel.
“A direção da Comunidade Israelita de Lisboa saúda a posição ontem expressamente assumida pelo primeiro-ministro de Portugal de condenar veementemente o ataque do Irão a Israel e de apelar à contenção, em ordem a evitar uma escalada da violência”, lê-se no comunicado hoje divulgado, que “exorta o Parlamento português a adotar a mesma posição”.
Para a Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) “estar ao lado de Israel num momento como este é um imperativo das nações democráticas”.
12:53 | 14/04
Correio da Manhã
Irão diz que “amigos e vizinhos” foram notificados dos ataques a Israel 72 horas antes
O Irão notificou os seus vizinhos dos seus ataques de retaliação contra Israel com 72 horas de antecedência, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amirabdollahian, este domingo, segundo refere a Reuters.
“Cerca de 72 horas antes das nossas operações, informámos os nossos amigos e vizinhos da região que a resposta do Irão contra Israel era certa, legítima e irrevogável”, disse Amirabdollahian numa conferência de imprensa.
Hossein Amirabdollahian diz ainda que informou os EUA que os ataques serão “limitados” e em legítima defesa.
Portugal tem “tudo preparado se for preciso” retirar portugueses expatriados de Israel
O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas garantiu este domingo que “está tudo preparado se for preciso” retirar portugueses expatriados de Israel, revelando ainda que há 47 portugueses a tentar sair do Irão.
Em declarações à agência Lusa a propósito do ataque iraniano a Israel, no sábado, José Cesário referiu que em Israel “há uma comunidade de cerca de 30 mil cidadãos com nacionalidade portuguesa” e “alguns portugueses expatriados em turismo ou a trabalhar”, estando neste último caso referenciadas 13 pessoas.
Segundo José Cesário, o Governo português está “atento à evolução da situação”, estando “tudo preparado se for preciso uma evacuação”, havendo os meios para o efeito.
Pedro Nuno Santos condena ataque do Irão e pede que se trave escalada
O secretário-geral do PS condenou este domingo “sem reservas” o ataque do Irão a Israel no sábado à noite e pediu que a comunidade internacional “mobilize todos os meios diplomáticos para travar a escalada do conflito”.
“Os violentos ataques desencadeados pelo Irão na passada noite, dirigidos a inúmeros alvos em Israel, merecem uma condenação sem reservas”, lê-se numa publicação na página oficial de Pedro Nuno Santos na rede social X (antigo Twitter).
O líder socialista defende que a paz no Médio Oriente “não se construirá através de escaladas desproporcionais dirigidas contra alvos civis, sendo fundamental que a comunidade internacional mobilize todos os meios diplomáticos para travar a escalada do conflito, de forma a poupar vidas inocentes e a garantir o não alastramento de hostilidade”.
Presidente do Irão promete medidas “mais duras” caso Israel responda ao ataque
O presidente do Irão afirmou este domingo que o ataque lançado no sábado contra Israel foi “uma lição contra o inimigo sionista”, avisando Telavive que qualquer “nova aventura” irá contar com uma resposta “ainda mais dura” de Teerão.
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, classificou este domingo o ataque lançado por Teerão contra Israel na noite de sábado e madrugada de hoje como uma “medida defensiva” e de “legítima defesa”, numa resposta “às ações agressivas do regime sionista [Israel] contra os objetivos e interesses do Irão”, nomeadamente o bombardeamento recente ao consulado de Irão em Damasco, na Síria.
Num comunicado publicado na sua página de internet, Ebrahim Raisi, realçou que o ataque foi “uma ação militar decisiva”, apesar de o Exército israelita ter afirmado que a grande maioria dos ‘drones’, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos lançados por Teerão foram intercetados.
NATO condena a escalada do Irão e “pede contenção”
A NATO “condena a escalada do Irão”, que no sábado realizou um ataque sem precedentes contra Israel, e “pede contenção” para que “o conflito no Médio Oriente não se torne incontrolável”, disse este domingo um porta-voz da Aliança Atlântica.
“Condenamos a escalada do Irão durante a noite, apelamos à contenção e monitorizamos de perto os desenvolvimentos. É essencial que o conflito no Médio Oriente não saia do controlo”, afirmou o porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Farah Dakhlallah, num comunicado.
O ataque do Irão contra Israel, em que, segundo Telavive, foram utilizados mais de 300 ‘drones’, mísseis balísticos e de cruzeiro, ocorreu duas semanas depois de um atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, no qual morreram sete membros da Guarda revolucionária iraniana e seis sírios, ataque que Teerão atribui a Israel.
11:39 | 14/04
Correio da Manhã
Papa apela ao fim das ações que alimentam a “espiral de violência” no Médio Oriente
O Papa Francisco, apelou ao Irão e Israel a evitarem ações que possam alimentar “uma espiral de violência” que arrisca arrastar o Médio Oriente para um conflito mais profundo, segundo avança a Reuters.
“Basta de guerra, basta de ataques, basta de violência. Sim ao diálogo, sim à paz”, disse aos peregrinos na Praça de São Pedro, este domingo.
Papa apelou também à comunidade internacional para ajudar israelitas e palestinianos a viverem em “dois Estados vizinhos”.
Moscovo pede contenção a “todas as partes envolvidas” após os ataques iranianos
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia apelou à contenção de “todas as partes envolvidas”, após os ataques iranianos de sábado à noite e madrugada deste domingo contra Israel.
“Apelamos a todas as partes envolvidas para que tenham contenção e para evitar uma escalada perigosa. Contamos com os Estados da região para encontrar uma solução para os problemas existentes, através de meios políticos e diplomáticos”, acrescentou, num comunicado, o ministério tutelado por Serguei Lavrov.
O Governo russo destaca no entanto que, “de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, o ataque [contra Israel] foi realizado no âmbito do seu direito à autodefesa nos termos do artigo 51 da Carta da ONU, em resposta a ataques contra alvos iranianos no região”, nomeadamente o ataque ao consulado iraniano em Damasco, que Moscovo “condenou veementemente”.
11:35 | 14/04
Correio da Manhã
Marcelo Rebelo de Sousa convoca Conselho Superior de Defesa Nacional
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou este domingo, o Conselho Superior de Defesa Nacional, para terça-feira.
“Tendo em conta a situação atual e possíveis desenvolvimentos, o Presidente da República decidiu convocar uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional para terça-feira, 16 de abril, pelas 18h00, no Palácio de Belém”, refere nota oficial no site da Presidência da República.
Von der Leyen e Michel pedem que se evite escalada ainda maior
Os líderes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu pediram este domingo que se evite uma “nova escalada” no Médio Oriente depois dos ataques que o Irão lançou sábado à noite contra Israel, ofensiva que ambos condenaram.
Numa mensagem nas redes sociais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, apelou ao Irão e aos seus aliados para “cessarem imediatamente estes ataques” e apelou a “todos os intervenientes” para se “absterem de novas escaladas e trabalharem para restaurar a estabilidade na região”.
Israel disse ter intercetado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos “mais de 120″ mísseis balísticos”, bem como os 70 ‘drones’ (aeronaves não tripuladas), em ataques que deixaram uma pessoa gravemente ferida em Israel e outras oito com ferimentos leves.
Israel bombardeia leste do Líbano
A aviação israelita bombardeou este domingo o Vale de Bekaa, um reduto do grupo xiita Hezbollah no leste do Líbano, longe da fronteira comum, num contexto de crescente tensão regional depois do ataque do Irão contra o Estado judaico.
O bombardeamento por “combatentes inimigos” teve como alvo a aldeia de Nabi Chit, no distrito de Baalbek, uma zona que já tinha sido alvo de vários ataques durante os últimos dois meses de combates, informou o jornal online Al Ahed News, propriedade do Hezbollah.
De acordo com a Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa, os projéteis atingiram um edifício na localidade, que ficou destruído com o impacto, enquanto as forças de segurança isolaram a área, sem que tenham sido registadas vítimas até ao momento.
Iraque, Líbano e Jordânia reabrem espaços aéreos
O Iraque, o Líbano e a Jordânia anunciaram este domingo a reabertura dos respetivos espaços aéreos, fechados desde sábado à noite devido ao ataque sem precedentes lançado pelo Irão contra Israel.
Estes três países tinham anunciado o encerramento dos seus espaços aéreos e a interrupção do tráfego no sábado à noite.
Num comunicado emitido hoje de manhã, a Autoridade da Aviação Civil iraquiana confirmou que “o espaço aéreo foi reaberto” aos aviões que chegam ou partem dos aeroportos iraquianos, assegurando, nomeadamente, que “todos os riscos para a segurança dos aviões civis no Iraque – país vizinho do Irão – foram excluídos”.
Irão diz que “alcançou todos os seus objetivos” com ataque a Israel
O chefe das forças armadas iranianas disse este domingo que o ataque realizado durante a noite contra Israel “alcançou todos os seus objetivos”.
“A Operação Honest Promise foi realizada com sucesso entre ontem (sábado) à noite e esta manhã, e alcançou todos os seus objetivos”, declarou o general Mohammad Bagheri na televisão, especificando que nenhum centro urbano ou económico foi alvo de ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) e mísseis iranianos.
Bagheri afirmou que os dois locais mais visados foram “o centro de inteligência que forneceu aos sionistas as informações necessárias” para o ataque que destruiu o consulado iraniano em Damasco a 1 de abril, bem como “a base aérea de Novatim, de onde descolaram os aviões de caça israelitas ‘F-35’ que bombardearam as instalações diplomáticas do Irão na capital síria.
Benjamin Netanyahu e Joe Biden falaram ao telefone sobre ataque do Irão
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, falou este domingo ao telefone com o Presidente norte-americano, Joe Biden, sobre o ataque iraniano contra Israel lançado no sábado à noite.
Segundo o gabinete do chefe do Governo israelita, Netanyahu telefonou a Biden após uma reunião do Gabinete de Guerra que acompanhou o ataque sem precedentes do Irão, que lançou centenas de ‘drones’ e mísseis para atingir território israelita.
Joe Biden já tinha manifestado numa mensagem na rede social X o “compromisso férreo” dos Estados Unidos da América com a defesa de Israel contra ataques do Irão ou dos seus parceiros.
Brasil pede “máxima contenção” após ataque iraniano
O Brasil pediu “máxima contenção” ao Irão e a Israel, após os ataques iranianos no sábado à noite, e instou a comunidade internacional a mobilizar esforços para “evitar uma escalada”.
O Irão lançou ataque com ‘drones’ contra Israel “a partir do seu território”, confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.
O Governo brasileiro está a acompanhar “com grave preocupação” os relatos de lançamentos de ‘drones’ e mísseis do Irão contra Israel, afirma-se num comunicado divulgado esta noite pelo Ministério das Relações Exteriores.
EUA ajudaram a abater “quase todos” os projécteis iranianos
O Presidente norte-americano, Joe Biden, declarou no sábado à noite que as forças dos Estados Unidos ajudaram a abater “quase todos” os ‘drones’ e mísseis disparados pelo Irão contra Israel.
Em comunicado, Joe Biden afirmou ainda que vai convocar hoje os homólogos do G7, o grupo dos países mais industrializados, para coordenar uma “resposta diplomática unida” ao “ataque descarado” do Irão.
“O Irão e os seus representantes que operam a partir do Iémen, da Síria e do Iraque lançaram um ataque aéreo sem precedentes contra instalações militares em Israel. Condeno estes ataques da forma mais veemente possível”, afirmou.
Israel afirma que 99% dos mais de 300 ‘drones’ e mísseis iranianos foram intercetados
Israel afirmou este domingo que 99% dos mais de 300 ‘drones’ e mísseis disparados pelo Irão, no ataque de sábado à noite, foram intercetados, e que a defesa israelita foi um “êxito estratégico muito significativo”.
Teerão disparou 170 ‘drones’, mais de 30 mísseis de cruzeiro e mais de 120 mísseis balísticos, disse o contra-almirante israelita Daniel Hagari.
Vários mísseis balísticos atingiram território israelita, causando pequenos danos numa base aérea, indicou ainda Hagari, notando que o resultado da defesa foi um “êxito estratégico muito significativo”
Serviços secretos israelitas dizem que Hamas rejeitou proposta de trégua
Os serviços secretos israelitas afirmaram este domingo que o grupo islamita palestiniano Hamas rejeitou a última proposta de tréguas apresentada há uma semana no Cairo pelos mediadores.
A rejeição da proposta apresentada pelos três países que estão a mediar as negociações – Estados Unidos, Egito e Qatar – mostra que o chefe do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinouar, “não quer um acordo humanitário, nem o regresso dos reféns”, declarou a Mossad, os serviços secretos de Israel, num comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro.
Sinouar “continua a explorar as tensões com o Irão”, com o objetivo de “obter uma escalada na região”, lê-se no comunicado, publicado poucas horas depois de um ataque sem precedentes de Terão, que disparou ‘drones’ e mísseis na direção de Israel, sem causar danos significativos.
China expressa “profunda preocupação” com situação no Médio Oriente
A China expressou este domingo “profunda preocupação” com o agravamento da situação no Médio Oriente, após o ataque do Irão contra Israel, e pediu “calma e contenção”.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês manifestou preocupação “com a atual escalada da situação” na região e apelou a “todas as partes para que exerçam a calma e a contenção”.
O Irão lançou no sábado à noite um ataque com ‘drones’ contra Israel “a partir do seu território”, confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.
Espaço aéreo israelita reaberto após ataque iraniano
O espaço aéreo israelita, encerrado no sábado à noite pouco antes do ataque iraniano a Israel, reabriu às 07h30 locais (05h30 em Lisboa), anunciou a autoridade aeroportuária.
“De acordo com as diretivas de segurança, o espaço aéreo israelita foi reaberto depois das 07h30 da manhã (04h30 GMT) e o aeroporto Be Gurion está de novo operacional”, lê-se num comunicado da autoridade aeroportuária.
O portal na Internet do aeroporto dá conta de atrasos significativos, tanto nas partidas como nas chegadas.
02:05 | 14/04
Correio da Manhã
Israel solicita reunião de emergência ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para condenar ataque do Irão
Israel solicitou, este sábado, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma reunião de emergência para condenar o ataque do Irão e designar o Corpo de Guardas da Revolução Iraniana como organização terrorista.
“O ataque iraniano é uma séria ameaça à paz e à segurança mundiais e espero que o Conselho utilize todos os meios para tomar medidas concretas contra o Irão”, escreveu Gilad Erdan, embaixador de Israel nas Nações Unidas, na plataforma X.
01:51 | 14/04
Correio da Manhã
Israel admite fim de ameaça do Irão e reverte estado de alerta
Israel admitiu, este domingo, o fim de ameaça do Irão e reverteu o estado de alerta, avança a Reuters. Este sábado, as autoridades israelitas tinham aconselhado a população a protegerem-se dos drones e mísseis de cruzeiro iranianos.
01:19 | 14/04
Correio da Manhã
Guterres condena ataque do Irão contra Israel e pede “máxima contenção” a todos os envolvidos
O secretário-geral da ONU, António Guterres, já reagiu ao ataque iraniano a Israel.
“Condeno veementemente a grave escalada que representa o ataque em grande escala lançado esta noite contra Israel pela República Islâmica do Irão. Apelo à cessação imediata destas hostilidades.
Estou profundamente alarmado com o perigo muito real de uma escalada devastadora em toda a região. Exorto todas as partes a exercerem a máxima contenção para evitar qualquer ação que possa conduzir a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Médio Oriente.
Tenho sublinhado repetidamente que nem a região nem o mundo se podem permitir outra guerra”.
00:55 | 14/04
Correio da Manhã
Hezbollah lança dezenas de rockets contra quartel-general israelita nos Montes Golã
O Hezbollah afirmou no Telegram ter lançado dezenas de rockets contra o quartel-general de defesa aérea e antimísseis do exército israelita no “quartel de Keila”, nos Montes Golã, na Síria, território ocupado por Israel.
00:43 | 14/04
Correio da Manhã
Menina de 10 anos atingido por estilhaços de drone intercetado em Israel
Uma menina de 10 anos é a primeira vítima do ataque de drones iranianos lançado este sábado contra Israel. Segundo o serviço de ambulâncias Magen David Adom, citado pelo The Times of Israel, a criança ficou gravemente ferida após ter sido atingida por estilhaços de um drone intercetado por Israel, Bedouin, região inóspita perto do Mar Morto.
A vítima foi hospitalizada.
00:19 | 14/04
Correio da Manhã
Israel ameaça com “resposta significativa” a ataques do Irão
Um alto funcionário avisou que Israel vai dar uma “resposta significativa” ao ataque de drones iranianos lançados este sábado, segunda a Channel 12 TV, citada pela Reuters.
Iranianos saem à rua para comemorar ataques contra Israel
23:54 | 13/04
Correio da Manhã
Sirenes começam a soar em Jerusalém quando já se ouvem explosões
As forças israelitas fizeram soar sirenes em Jerusalém após se começarem a ouvir explosões, avança a Reuters.
23:39 | 13/04
Correio da Manhã
EUA abatem drones iranianos
23:39 | 13/04
Correio da Manhã
Houthis atacam Israel em coordenação com Irão
Os Houthis também lançaram, este sábado, vários drones contra Israel. Segundo a empresa de segurança Ambrey, citada pela Al Jazeera, o ataque dos rebeldes do Iémen foi coordenado com o do Irão para que os drones atinjam Israel em simultâneo.
“Os veículos aéreos não tripulados (UAV) foram alegadamente lançados pelos Houthis em direção a Israel. Os UAVs foram lançados em coordenação com o Irão”, afirmou a empresa.
23:25 | 13/04
Correio da Manhã
Exército israelita aconselha habitantes de várias regiões a preparar abrigos
O exército israelita aconselhou este sábado os residentes de várias regiões a prepararem abrigos para se protegerem dos drones e misseis de cruzeiro lançados pelo Irão.
22:46 | 13/04
Correio da Manhã
Irão responderá contra todos os países que ajudem Israel
O ministro da defesa iraniano, Mohammad Reza Ashtiani afirmou este sábado que o Irão responderá contra todos os países que ajudem Israel.
22:18 | 13/04
Correio da Manhã
Netanyahu convoca Gabinete de Guerra em Telavive
Benjamin Netanyahu convocou este sábado o Gabinete de Guerra em Telavive após o Irão ter lançado drones e misseis de cruzeiro contra Israel.
Companhias aéreas israelitas cancelam voos
A El Al Airlines, companhia aérea de Israel, cancelou 15 voos para este fim-de semana.
Jordânia declara estado de emergência face à ameaça do ataque iraniano a Israel
Biden regressa à Casa Branca para reunir com o conselho de segurança
Irão lança dezenas de drones não tripulados contra Israel
O Irão terá lançado dezenas de drones não tripulados contra vários alvos em Israel, avançou este sábado o Channel 12, estação televisiva israelita.
Iraque determinou o encerramento do espaço aéreo e cancelou todos os voos, revela o ministro dos transportes
19:16 | 13/04
Correio da Manhã
Em alerta máximo, Israel cancela eventos escolares devido a ameaças iranianas
Israel cancelou este sábado as viagens e eventos escolares. O país está em alerta máximo devido às ameaças do Irão a possíveis ataques a território israelita, avança Reuters.
Segundo o porta-voz militar chefe, contra-almirante Daniel Hagari, dezenas de aviões estão no ar prontos para responder à ofensiva iraniana.
14:53 | 13/04
Correio da Manhã
Mais de 33 mil palestinianos mortos e 76 mil feridos em Gaza desde 7 de outubro
Cerca de 33.686 palestinianos foram mortos e 76.309 ficaram feridos em Gaza desde 7 de outubro, refere o Ministério da Saúde de Gaza, segundo avança a Reuters.
Israel recusa comentar assalto iraniano a navio com pavilhão português
O Exército israelita escusou-se este sábado a comentar a aparente abordagem por um helicóptero da Guarda Revolucionária Iraniana a um navio de pavilhão português alegadamente associado a Israel no Golfo Pérsico.
“Sem comentários”, disse um porta-voz militar israelita questionado pela EFE, depois de a agência Tasnim, ligada à Guarda Revolucionária iraniana, ter anunciado que “um navio cargueiro associado ao regime sionista [Israel]” fora apresado.
O incidente ocorre no meio da tensão criada pelo ataque israelita ao consulado do Irão em Damasco, a 01 deste mês, que deixou sete membros da Guarda Revolucionária mortos.
11:55 | 13/04
Correio da Manhã
Cargueiro com bandeira portuguesa atacado no Estreito de Ormuz
Um navio cargueiro com bandeira portuguesa, o MSC Aries, um porta-contentores associado à Zodiac Maritime, foi atacado por um helicóptero perto do estreito de Ormuz, entre os Emirados Árabes Unidos e o Irão, este sábado, avança o The Guardian.
De acordo com o jornal, o funcionário da defesa do Médio Oriente atribuiu as culpas do ataque ao Irão, num momento de tensão entre o Teerão e o Ocidente.
Ministério dos Negócios Estrangeiros português reforça alerta sobre viagens perante ameaças do Irão
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português reforçou esta sexta-feira o alerta para que se evitem viagens a Israel e países da região, num momento de grande tensão no Médio Oriente devido a um possível ataque de Teerão contra os israelitas.
Ataque israelita com míssil faz pelo menos 28 mortos em Gaza
Pelo menos 28 pessoas morreram num ataque com míssil das forças israelitas em Gaza, num dia de intensas ofensivas quer na Cidade de Gaza, no norte, quer no campo de Nuseirat, no centro do enclave.
O ataque ocorreu antes do amanhecer e teve como alvo um edifício de seis andares no bairro de al-Daraj, na Cidade de Gaza, no norte, atingindo membros da família Al-Tabatibi, noticiou a agência France-Presse (AFP).
Mahmud Busal, porta-voz das equipas de defesa civil do enclave palestiniano, independente do Hamas, adiantou à agência Efe que além dos 28 mortos, incluindo cinco crianças e cinco mulheres, cerca de trinta pessoas ficaram feridas no bombardeamento aéreo contra a casa da família Al-Tabatibi, no bairro de Daraj, na Cidade de Gaza.
“Risco de escalada”: Alemanha pede aos seus cidadãos que abandonem o Irão
A Alemanha avisou os seus cidadãos para abandonarem o Irão, afirmando que havia o risco de uma súbita escalada das tensões existentes entre Teerão e Israel, avança a Reuters.
“Nas atuais tensões, especialmente entre Israel e o Irão, existe o risco de uma súbita escalada”, escreveu o Ministério dos Negócios Estrangeiros num novo aviso de viagem emitido na sexta-feira. “Não se pode excluir que as rotas de transporte aéreo, terrestre e marítimo possam ser afetadas”, acrescentou.
“Os cidadãos alemães correm o risco concreto de serem arbitrariamente detidos e interrogados e de serem condenados a longas penas de prisão. Os cidadãos com dupla nacionalidade, iraniana e alemã, estão especialmente em risco”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Hezbollah lança dezenas de ‘rockets’ para Israel em plena tensão com Irão
O grupo xiita libanês Hezbollah, aliado próximo do Irão, anunciou esta sexta-feira ter lançado dezenas de ‘rockets’ contra posições israelitas, num momento de grande tensão na região do Médio Oriente devido a um possível ataque de Teerão a Israel.
“Em resposta aos ataques do inimigo a aldeias e habitações civis do sul, incluindo a recente agressão às localidades de Al-Taybeh e Ayta al-Shaab, os combatentes da Resistência Islâmica bombardearam os paióis de artilharia do inimigo em Al-Zaura com dezenas de ‘rockets’ Katyusha”, declarou o movimento libanês num comunicado.
O lançamento dos ‘rockets’ ocorreu às 20:00 locais (18:00 de Lisboa) contra Al-Zaura, nos montes Golã ocupados por Israel, e realizou-se também para “apoiar o povo palestiniano da Faixa de Gaza”.
Invasão de colonos israelitas em aldeia da Cisjordânia mata um palestiniano
Dezenas de colonos israelitas invadiram hoje uma aldeia na Cisjordânia, atirando e incendiando casas e carros, num surto de violência que matou um palestiniano e feriu outros 25, segundo autoridades de saúde do território.
O grupo israelita de direitos humanos Yesh Din descreveu que os colonos invadiram a localidade de al-Mughayyir na noite de sexta-feira, em busca do rapaz de 14 anos que estava desaparecido do seu assentamento.
Vídeos divulgados na rede X pelo grupo de direitos humanos mostravam nuvens escuras de fumo saindo de carros em chamas, ao som de tiros e uma fotografia exibia o que parecia ser uma multidão de colonos mascarados.
EUA enviam reforços para Médio Oriente devido a ameaças do Irão
Os Estados Unidos anunciaram esta sexta-feira o envio de reforços para o Médio Oriente, quando se intensificam na região os receios de que o Irão possa retaliar contra Israel, acusado de um ataque mortal ao consulado iraniano em Damasco.
“Estamos a enviar mais meios para a região, para reforçar os esforços regionais de dissuasão e aumentar a proteção das forças norte-americanas”, declarou um responsável da Defesa norte-americana que solicitou o anonimato, sem especificar a natureza desses reforços.
Também Israel está a preparar-se para um possível ataque do Irão, que poderá ocorrer já esta sexta-feira ou no sábado, segundo uma fonte próxima, citada pelo diário norte-americano The Wall Street Journal (WSJ).
Espanha e Irlanda “cada vez mais perto” de reconhecerem Palestina
Os primeiros-ministros de Espanha e da Irlanda, Pedro Sánchez e Simon Harris, reiteraram esta sexta-feira que os dois países estão prontos para reconhecer a Palestina como Estado e garantiram que esse momento está “cada vez mais próximo”.
“O momento está cada vez mais próximo. A vontade que manifesto, como presidente do Governo de Espanha, é que possamos tomar essa decisão de forma coordenada [com outros países]”, disse Sánchez, que já assumiu o compromisso de reconhecer o estado palestiniano até julho, mas esta sexta-feira não foi mais concreto em termos de datas.
“Estamos prontos para reconhecer o Estado da Palestina. Pensamos ser importante fazê-lo no momento adequado e esse momento está cada vez mais perto. Pensamos também que é importante avançar em conjunto com outros países e queremos fazê-lo com Espanha e com outros no momento adequado”, disse, por seu turno, Simon Harris.
Três palestinianos, incluindo um membro do braço armado do Hamas, mortos em ataques na Cisjordânia
As forças israelitas mataram a tiro três palestinianos, incluindo um membro do braço armado do Hamas, em ataques na Cisjordânia ocupada, na sexta-feira, e o Ministério da Saúde palestiniano informou que pelo menos uma pessoa foi morta num ataque de colonos israelitas perto de Ramallah.
O exército israelita afirmou que Mohammad Omar Daraghmeh, que descreveu como o chefe das infra-estruturas do Hamas na zona de Tubas, no vale do Jordão, foi morto durante uma troca de tiros com as forças de segurança.
O Hamas confirmou que Daraghmeh foi morto durante uma troca de tiros com as forças de segurança, tendo sido encontradas no seu veículo várias armas e equipamento de tipo militar, incluindo espingardas automáticas.
O Hamas confirmou a morte de Daraghmeh e a sua pertença às Brigadas Al Qassam armadas.
A agência noticiosa oficial palestiniana WAFA declarou que um outro homem foi morto pelas forças israelitas durante uma incursão no campo de refugiados de Al-Far’a, em Tubas. O Hamas lamentou a morte do homem, mas não o reivindicou como membro.
Segundo as forças militares, as forças que levavam a cabo a operação abriram fogo contra palestinianos que lançaram engenhos explosivos e mataram um homem que, segundo as forças israelitas, tentou atacá-las.
Polónia vai investigar como homicídio morte de trabalhador humanitário em Gaza
O Governo da Polónia classificou esta sexta-feira a morte de um trabalhador humanitário polaco num ataque aéreo israelita na Faixa de Gaza como homicídio e exigiu o apoio de Israel a uma investigação de Varsóvia sobre o caso.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Wladyslaw Teofil Bartoszewski, disse aos deputados no parlamento que a morte, no dia 01 de abril, de Damian Soból, 35 anos, e de seis outros trabalhadores da instituição World Central Kitchen na Faixa de Gaza foi “chocante e perturbante”.
A Polónia espera a “cooperação total” de Israel na investigação aberta pelos procuradores polacos na cidade natal de Soból, Przemysl, no sudeste da Polónia, disse Bartoszewski.
Polónia adverte contra viagens a Israel, Palestina e Líbano
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia desaconselha as viagens a Israel, à Palestina e ao Líbano, segundo uma atualização das orientações de viagem publicada na sexta-feira.
“Não se pode excluir que haja uma escalada súbita das operações militares, o que causaria dificuldades significativas na saída desses três países”, disse o ministério em um comunicado.
“Qualquer escalada pode levar a restrições significativas no tráfego aéreo e à impossibilidade de atravessar as fronteiras terrestres.”
Os territórios palestinianos ocupados por Israel são constituídos pela Faixa de Gaza e pela Cisjordânia.
Portugal vê “com bons olhos” Palestina como membro pleno na ONU
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse esta quimta-feira ver “com bons olhos” que a Palestina adquira o estatuto de membro pleno nas Nações Unidas, reiterando a defesa da solução dos dois Estados, Israel e Palestina, para o conflito no Médio Oriente.
“Os sucessivos governos de Portugal têm sustentado nas organizações internacionais, em particular na Nações Unidas, a adoção da solução dos dois Estados. Queria acrescentar que o Governo português mantém esta posição e acrescentar mesmo que nós vemos com bons olhos a pretensão da Palestina em adquirir o estatuto de membro pleno nas Nações Unidas, que ultrapassa o de observador que tem neste momento”, declarou o chefe do executivo, num debate na Assembleia da República sobre o Conselho Europeu extraordinário da próxima semana.
“É uma forma de sinalizarmos que vale a pena promover o entendimento, a negociação, conjugar, no âmbito de todas as organizações internacionais, os interesses para termos uma paz duradoura”, afirmou Luís Montenegro, respondendo a uma pergunta do Bloco de Esquerda sobre se Portugal irá reconhecer o Estado da Palestina.
Casa Branca afirma que retaliação do Irão é uma “ameaça real e viável”
A Casa Branca afirmou, esta sexta-feira, que um ataque do Irão a Israel é uma ameaça “real” e “viável”, sem fornecer mais pormenores sobre os possíveis prazos.
“Continuamos a considerar que a ameaça potencial do Irão é real e viável”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, aos jornalistas citado pela Reuters.
“Estamos a observar isto muito de perto”, acrescentando que Washington irá garantir que os israelitas “têm o que precisam e que são capazes de se defender”.
ONU lamenta falta de comunicação nas operações de ajuda humanitária em Gaza
O coordenador humanitário da ONU para Gaza, Jamie McGoldrick, defendeu esta sexta-feira a necessidade de desenvolver a coordenação com Israel para facilitar as operações de ajuda humanitária em Gaza, relação marcada por “desconfiança e mal-entendidos”.
“O exército israelita nunca trabalhou com organizações humanitárias neste tipo de ambiente até agora. Não compreende a forma como trabalhamos, não compreende a nossa linguagem nem o nosso objetivo e nós não compreendemos as suas expectativas”, afirmou o coordenador humanitário durante uma conferência de imprensa.
No encontro com os jornalistas, após uma reunião com altos responsáveis militares israelitas para discutir a questão, McGoldrick reconheceu que existe “um certo grau de desconfiança e de incompreensão” nas relações entre Israel e as agências humanitárias “que precisa de ser abordado”.
“[Deve ser abordado] de preferência, frente a frente com os responsáveis israelitas, para que se possa incentivar o atual mecanismo de diminuição do conflito, bem como o conjunto de medidas que estipulam a transferência de ajuda, pois é grande a falta de hábito israelita de colaborar com organizações humanitárias em zonas de conflito”, insistiu.
McGoldrick, por exemplo, considerou imperativa a abertura de uma “linha de comunicação direta”, que não existe atualmente e que seria necessária caso ocorresse “algum incidente grave”.
“Neste momento não temos rádios, não temos uma rede de comunicação estabelecida, acabamos por falar através de outras organizações”, explicou.
“Gostaríamos de falar com pessoas desarmadas. Queremos trabalhar com elas de uma forma diferente. Não lidamos diretamente com o exército quando, na verdade, é preciso também falar com as pessoas que estão a disparar. Precisamos de falar com os generais, numa base mais regular. É com eles que precisamos de construir um entendimento”, frisou.
OMS diz que maior hospital de Gaza é agora um cemitério
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou esta sexta-feira que o hospital al-Shifa – o maior complexo de saúde de Gaza – está completamente destruído e que uma missão descobriu que foram enterrados corpos em áreas abertas dentro instalações.
Exército israelita reclama ação contra altos cargos palestinianos no norte de Gaza
O Exército israelita confirmou esta sexta-feira a morte de Ridwan Mohamed Abdallah, responsável pelas operações de segurança interna em Jabalya, no norte de Gaza, durante um ataque aéreo.
Israel atribui a Ridwan a responsabilidade pela ordem para que os membros do Hamas “tomassem o controlo dos camiões de ajuda humanitária” na zona norte do enclave.
O ataque aéreo foi efetuado na quinta-feira, contra a casa de Ridwan.
07:57 | 12/04
Correio da Manhã
EUA prevêm ataque do Irão em Israel
Os Estados Unidos da América (EUA) esperam um grande ataque do Irão contra Israel, avançou um funcionário norte-americano.
De acordo com o The Times of Israel, não se acredita que o ataque seja suficientemente grande para levar os EUA a intervir.
A Casa Branca acrescentou que avisou o Irão para não utilizar esse ataque como pretexto para uma nova escalada na região.
Líder do Hamas afirma que grupo continua a procurar acordo de cessar-fogo após ataque israelita aos filhos
O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, negou na quinta-feira que os filhos, mortos num ataque israelita esta semana, fossem combatentes do grupo e disse que “os interesses do povo palestiniano são colocados à frente de tudo”, quando questionado se a sua morte teria impacto nas conversações.
“Estamos a tentar chegar a um acordo, mas a ocupação continua a procrastinar e a evitar uma resposta às exigências”, disse à Reuters, referindo-se ao cessar-fogo em Gaza e às conversações sobre a troca de reféns atualmente em curso.
Conselho de Segurança da ONU pede fim “imediato” de entraves à ajuda a Gaza
O Conselho de Segurança da ONU manifestou esta quinta-feira “profunda preocupação” com a situação humanitária “catastrófica” e a ameaça de fome iminente em Gaza, apelando ao “levantamento imediato de todas as barreiras” à entrega de ajuda ao enclave palestiniano.
Num comunicado conjunto, os 15 Estados-membros do Conselho de Segurança da ONU referem que tomaram nota do anúncio de Israel de abrir a passagem de Erez e permitir a utilização do porto de Ashdod para entrega de ajuda a Gaza, mas sublinharam que “mais deveria ser feito” para levar auxílio na escala necessária ao enclave, alvo de intensos bombardeamentos israelitas desde outubro passado.
O órgão da ONU exigiu também que todas as partes no conflito respeitem plenamente o estatuto protegido dos trabalhadores, instalações e operações humanitárias, ao abrigo do direito internacional.
Líder do Hamas acusa Israel de matar três dos seus filhos
O líder supremo do grupo islamita Hamas, Ismail Haniyeh, acusou esta quarta-feira Israel de matar três dos seus filhos num ataque aéreo na Faixa de Gaza, num “espírito de vingança e assassínio”.
Segundo os relatos, Hazem, Ameer e Mohammed Haniyeh foram mortos, juntamente com outros membros da família, no ataque perto do campo de refugiados de Shati, na cidade de Gaza.
“O inimigo criminoso é movido pelo espírito de vingança e de assassínio e não valoriza quaisquer normas ou leis”, afirmou o líder em entrevista telefónica à cadeia televisiva Al Jazeera.
Israel afirma que Hamas já foi “derrotado” militarmente, mas remanescentes permanecerão durante anos em Gaza
O ministro sem pasta do Gabinete de Guerra de Israel, Benny Gantz, afirmou esta quarta-feira que o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) foi “derrotado” militarmente, mas que os seus remanescentes permanecerão na Faixa de Gaza durante anos.
“Do ponto de vista militar, o Hamas está derrotado. Os seus combatentes foram eliminados ou estão escondidos”, afirmou Gantz, quando passam seis meses da guerra no enclave palestiniano, referindo que as capacidades da milícia palestiniana estão “enfraquecidas”, mas que a vitória total chegará “passo a passo”.
Sobre este ponto, Gantz sublinhou que Israel “não vai parar” e que as suas tropas vão finalmente entrar na cidade de Rafah (sul), considerada o último bastião do Hamas, mas que alberga também mais de um milhão de palestinianos deslocados no contexto da guerra.
11:03 | 10/04
Correio da Manhã
“Cheiro a morte está em todo o lado”: O cenário no maior hospital de Gaza após ataques israelitas
Depois dos ataques perpetrados por Israel, no maior hospital de Gaza, o al-Shifa, “o cheiro a morte está em todo todo o lado”. A descrição é feita por profissionais de saúde, que dão conta do caos em que se encontra a unidade hospitalar.
Blinken duvida de que esteja “iminente” uma ofensiva israelita a Rafah
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, assegurou esta terça-feira que Israel não forneceu aos Estados Unidos qualquer data para uma eventual operação militar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, pelo que considera que não estará “iminente”.
“Não, não temos qualquer data para uma operação, pelo menos uma que nos tenha sido comunicada pelos israelitas”, declarou Blinken numa conferência de imprensa em Washington, ao lado do homólogo britânico, David Cameron.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou na segunda-feira que tinha sido definida uma data para uma ofensiva à cidade de Rafah que, segundo Israel, é um dos últimos bastiões do movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
UNICEF insiste no apelo ao cessar-fogo e acesso à ajuda humanitária em Gaza
A UNICEF insistiu esta terça-feira nos apelos ao cessar-fogo entre Israel e Hamas e ao acesso à ajuda humanitária à população na Faixa de Gaza, onde a crise humanitária, seis meses após o início da guerra, atingiu “proporções alarmantes”.
Num comunicado distribuído às redações, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lembra que, nos últimos seis meses, a crise humanitária na Faixa de Gaza atingiu “proporções alarmantes”, razão pela qual está no terreno a tentar apoiar crianças e famílias, apesar dos desafios sem precedentes.
13:52 | 09/04
Correio da Manhã
Israel confirma morte de chefe da agência de controlo civil do Hamas no centro de Gaza
As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmou, esta terça-feira, ter morto o chefe da agência de controlo civil do Hamas no centro de Gaza. A informação foi avançada pelo The Times of Israel.
11:39 | 09/04
Correio da Manhã
ONU alerta que maior hospital de Gaza está “completamente inoperacional”
O Hospital al-Shifa, o maior de Gaza, está “completamente inoperacional” devido ao cerco feito pelos militares israelitas, avança a ONU.
Segundo a Al Jazeera, durante uma missão liderada pela OMS, os funcionários conseguiram aceder à unidade hospitalar após a operação militar das forças israelitas.
A missão concluiu que eram necessários “esforços substanciais” para eliminar as munições no hospital Al-Shifa e para “avaliar as possibilidades de tornar as instalações novamente seguras e acessíveis”.
Devido à destruição do hospital, o norte do enclave palestiniano ficou sem capacidade para realizar exames de TAC, com uma capacidade laboratorial significativamente reduzida e com apenas uma fonte de produção de oxigénio medicinal.
Hamas contesta proposta de tréguas mas vai estudá-la
O grupo islamita palestiniano Hamas afirmou esta terça-feira, através de um comunicado, que a proposta que recebeu dos mediadores no Cairo para uma trégua na Faixa de Gaza não responde às suas exigências, mas ainda assim a irá estudar.
“A posição de Israel continua obstinada e não responde a nenhuma das exigências do nosso povo e da nossa resistência”, afirmou o grupo islamita.
Depois de uma nova ronda de negociações no Cairo, no domingo, o Hamas recebeu uma proposta de trégua que, segundo os meios de comunicação israelitas, permitiria a libertação de 40 reféns que estão em Gaza em troca de um cessar-fogo temporário e da libertação de centenas de prisioneiros palestinianos.
Guterres diz que impedir acesso de jornalistas a Gaza permite “florescimento da desinformação”
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu esta segunda-feira que Gaza vive uma guerra de informação que “aumentou o trauma da guerra” e alertou que negar a entrada de jornalistas internacionais no enclave permite “o florescimento da desinformação”.
“Uma guerra de informação aumentou o trauma da guerra em Gaza — obscurecendo os factos e transferindo a culpa. Negar a entrada de jornalistas internacionais em Gaza está a permitir o florescimento da desinformação e de narrativas falsas”, referiu o diplomata português, através da rede social X.
Imprensa estrangeira quer ter acesso independente à Faixa de Gaza
A Associação da Imprensa Estrangeira (AIE) em Israel, que representa os jornalistas que cobrem o país e os territórios palestinianos ocupados, solicitou esta segunda-feira ao governo israelita um acesso independente à Faixa de Gaza.
“As restrições ao acesso independente para a imprensa a uma zona de guerra durante tanto tempo não têm precedentes em Israel. Isto coloca dúvidas sobre o que Israel não quer que os jornalistas estrangeiros vejam”, considerou o grupo, em comunicado, realçando que “seis meses [sem acesso] é demasiado tempo”.
A AIE especificou que os dirigentes israelitas negaram por várias vezes os seus pedidos de entrada no território ocupado, argumentando com a segurança e a logística.
MNE iraniano acusa Estados Unidos de darem “luz verde” a ataque israelita em Damasco
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano acusou esta segunda-feira os Estados Unidos de darem “luz verde” a Israel para o ataque ao consulado do Irão na Síria que matou há uma semana sete oficiais militares da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais.
“Gostaria de dizer em voz alta, daqui de Damasco, que a América tem responsabilidade pelo que aconteceu e deve ser responsabilizada”, disse Hossein Amirabdollahian aos jornalistas durante uma visita à capital síria, onde se encontrou com o seu homólogo, Faisal Mekdad.
Amirabdollahian também se avistou com o Presidente sírio, Bashar Al-Assad, com quem discutiu a situação na Faixa de Gaza e a situação mais ampla na região, de acordo com um comunicado do gabinete da presidência da Síria.
EUA e União Europeia discordam sobre responsabilidade de aplicação de trégua em Gaza
Estados Unidos e União Europeia discordaram esta segunda-feira sobre o cessar-fogo em Gaza, recomendado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, com Washington a responsabilizar o Hamas pela sua aplicação e Bruxelas a reclamar que cabe a Israel.
O alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, disse esta segunda-feira à BBC que a recente resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre um cessar-fogo em Gaza, na qual os Estados Unidos não exerceram o seu direito de veto, “deve ser implementada por Israel”.
“Existe uma resolução da ONU que foi votada e aprovada e que deve ser implementada; apoiamo-la e apelamos a Israel para que a implemente”, afirmou.
18:21 | 08/04
Correio da Manhã
“Vai acontecer”: Netanyahu diz que data para invasão de Israel a Rafah está definida
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou esta segunda-feira que foi fixada uma data para a invasão israelita de Rafah, o último refúgio de Gaza para os palestinianos deslocados, sem revelar essa data, numa altura em que se realiza no Cairo uma nova ronda de negociações sobre o cessar-fogo, avança a Reuters.
“Hoje recebi um relatório pormenorizado sobre as conversações no Cairo. Estamos constantemente a trabalhar para atingir os nossos objetivos, em primeiro lugar a libertação de todos os nossos reféns e a obtenção de uma vitória completa sobre o Hamas”, diz Netanyahu.
“Esta vitória exige a entrada em Rafah e a eliminação dos batalhões terroristas que lá se encontram. Isso vai acontecer. Há uma data.”
Rússia e China acusam EUA de dar “carta branca” a Israel na ONU para “matança” em Gaza
A Rússia e a China argumentaram esta sgeunda-feira que tentaram travar a “matança” em Gaza vetando uma resolução proposta por Washington no Conselho de Segurança da ONU que dava “carta-branca a Israel para continuar a ação desumana” no enclave.
Numa sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) em que tiveram de justificar o veto que aplicaram em 22 de março a uma resolução norte-americana que “determinava” o “imperativo de um cessar-fogo imediato e sustentado” em Gaza, a Rússia e China, ambos membros permanentes do órgão, acusaram Washington de tentar “chantagear” o Conselho de Segurança.
“O documento que os nossos colegas americanos tentaram forçar o Conselho de Segurança da ONU a adotar em 22 de março através de intriga e chantagem não só não continha uma exigência direta a um cessar-fogo, mas na verdade emitia uma espécie de licença para matar ainda mais palestinianos”, advogou o vice-representante permanente da Rússia na ONU, Dmitriy Polyansky.
17:11 | 08/04
Correio da Manhã
Proposta de acordo em Gaza prevê pausa de seis semanas nos confrontos e libertação de 40 reféns
Segundo um relatório divulgado esta segunda-feira por fontes egípcias, a proposta elaborada pelos EUA para um acordo de tréguas temporárias e de libertação de reféns, prevê uma pausa temporária de seis semanas nos combates, a libertação de 40 reféns detidos pelo Hamas desde 7 de outubro e o regresso parcial dos civis deslocados ao norte de Gaza, avança o The Times of Israel.
A fonte refere, no entanto, que a proposta não inclui um compromisso para um cessar-fogo permanente, que o Hamas tem insistido que é um item inegociável, e que Israel tem descartado.
As negociações contemplam também a opção de iniciar uma trégua de três dias, sem outras obrigações, durante o feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadão, no final desta semana
Mulher palestiniana tenta esfaquear soldados israelitas e acaba alvejada na Cisjordânia
O Exército israelita anunciou esta segunda-feira ter alvejado uma mulher palestiniana após uma alegada tentativa de esfaqueamento num posto de controlo a leste da cidade de Tubas, no norte da Cisjordânia.
11:07 | 08/04
Correio da Manhã
“Estamos longe de parar”: Chefe do exército israelita garante que soldados continuam operações em Gaza
Um alto militar israelita garantiu que uma força significa que soldados continua em Gaza para continuar com as operações. “A guerra em Gaza continua e estamos longe de parar”, disse o chefe militar, tenente-general Herzi Halevi, citado pela Al Jazeera.
07:43 | 08/04
Correio da Manhã
“Continuamos a não ver um acordo no horizonte”: Israel nega progressos em conversações para cessar-fogo em Gaza
Altos funcionários israelitas dizem continuar sem perspetivas acerca de um cessar-fogo em Gaza, avança o The Times of Israel, citando uma televisão daquele país.
“Continuamos a não ver um acordo no horizonte. A distância [entre as partes] ainda é grande e não houve nada de significativo até agora”, disse um responsável.
A informação é avançada depois da imprensa egípcia falar sobre avanços nas negociações entre Israel e o Hamas.
Canal egípcio diz que negociações para cessar-fogo entre Israel e o Hamas chegaram a um consenso
As negociações para chegar a uma trégua na Faixa de Gaza alcançaram progressos no Cairo, com “um consenso” sobre “muitos pontos controversos”, informou esta segunda-feira o canal egípcio Al Qahera News.
“Na ronda de negociações do Cairo, estão a ser feitos progressos significativos na aproximação dos pontos de vista”, disse fonte egípcia próxima dos serviços secretos do Egito ao canal Al Qahera News, referindo que se alcançou um “consenso sobre muitos pontos controversos”.
As delegações dos Estados Unidos e de Israel “vão retirar-se” hoje e as consultas “prosseguem nas próximas 48 horas”, indicou o Al Qahera News.
Netanyahu diz que está a “um passo da vitória” contra o Hamas
O primeiro-ministro de Israel afirmou este domingo que o país está a “um passo da vitória” na guerra contra o Hamas, no dia em que se assinalam os seis meses do conflito com o movimento islamita palestiniano em Gaza.
“Estamos a um passo da vitória, mas o preço a pagar é doloroso”, reconheceu o chefe do executivo Benjamin Netanyahu, antes de reunir o gabinete de guerra do seu Governo, citado pela agência France-Presse.
13:34 | 07/04
Correio da Manhã
Israel afirma que vai participar nas conversações no Cairo sobre cessar-fogo em Gaza
Uma delegação israelita vai participar na última ronda de negociações no Cairo para cessar-fogo em Gaza e para conseguir um acordo para a libertação de reféns, disse um funcionário do governo israelita, este domingo, citado pela Reuters.
10:50 | 07/04
Correio da Manhã
Israel retira maioria das tropas do sul da Faixa de Gaza
O exército israelita retirou todas as tropas terrestres do sul de Gaza este domingo, à exceção de uma brigada. A informação foi avançada pela Reuters, que cita um porta-voz do exército.
10:48 | 07/04
Correio da Manhã
Novo impulso para cessar-fogo em Gaza e acordo entre Israel e o Hamas
O diretor da CIA, Bill Burns, e o primeiro-ministro do Qatar Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al-Thani, juntaram-se aos mediadores egípcios para as conversações para um cessar-fogo em Gaza.
O Hamas confirmou que as suas principais exigências são um cessar-fogo total no enclave palestiniano e a retirada das forças israelitas, avança a Al Jazeera.
Nova ação contra guerra de Gaza marcada para 11 de maio em Lisboa
Uma nova ação em Lisboa contra a guerra em Gaza foi anunciada para 11 de maio, quando se assinalam dois anos da morte da jornalista Shirren Abu Akleh e a “quatro dias do Nakba, a catástrofe”, segundo a organização.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Almeida, do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz do Médio Oriente (MPPM), informou que a ação de maio será organizada pelas mesmas quatro entidades promotoras da marcha de hoje em Lisboa, que se prolongou por mais de duas horas e “juntou vários milhares” de pessoas.
Fonte oficial do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa escusou-se, contudo, a quantificar os participantes da marcha entre a embaixada de Israel e a Assembleia da República.
20:57 | 06/04
Correio da Manhã
Cinco manifestantes atropelados por um carro em Telavive
Um carro atropelou cinco manifestantes em Telavive, no decurso de um protesto a pedir a libertação dos reféns israelitas, avançou este sábado o jornal The Times of Israel.
As vítimas estão a receber assistência médica. O condutor do carro continuou a conduzir até ser travado e detido pela polícia israelita.
Os ferimentos das vítimas são considerados ligeiros.
ONU recebe novas promessas para aumentar ajuda ao norte de Gaza
O representante da ONU para os Territórios Palestinianos Ocupados, Jamie McGoldrick, anunciou que recebeu novas promessas de Israel para aumentar a chegada de ajuda humanitária ao norte de Gaza.
Entre os compromissos anunciados por McGoldrick estão a abertura de 20 padarias no norte de Gaza, o desenvolvimento da coordenação humanitária com o Comando Sul do Exército israelita ou a reativação do canal de água de Nahar Oz.
O responsável humanitário da ONU confirmou os planos para “aumentar o número de camiões que atravessam a ponte Allenby”, que liga a Jordânia à cidade de Jericó, na Cisjordânia, de 25 para “pelo menos 50” por dia.
“A comunidade humanitária está pronta para aumentar a assistência em Gaza, mas isso requer melhores acessos e instalações mais fiáveis por parte das autoridades israelitas”, alertou McGoldrick, depois de recordar que a situação humanitária no enclave “é, simplesmente, catastrófica”.
11:38 | 06/04
Correio da Manhã
Corpo de refém assassinado em Gaza levado para Israel
Elad Katzir, raptado pelo Hamas a 7 de outubro, foi dado como morto, anunciou a irmã no Facebook. As forças de Defesa de Israel (IDF) recuperaram o corpo, na zona de Khan Younis, para que pudesse ser sepultado em Israel.
“Elad foi trazido para Israel ontem à noite, depois de ter sido assassinado em cativeiro”, escreve, acrescentando que o porta-voz das Forças de Defesa de Israel vai anunciar a “corajosa operação de salvamento”.
Analista dis que Guterres está “moralmente forte, mas politicamente fraco” em seis meses de guerra
O analista Richard Gowan, do International Crisis Group (ICG), considera que o secretário-geral da ONU, António Guterres, foi “moralmente forte, mas politicamente fraco” durante os seis meses de guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.
Em entrevista à Lusa, Gowan, um especialista no sistema das Nações Unidas, Conselho de Segurança e em operações de manutenção da paz, observou que apesar da reputação de ser um secretário-geral extremamente cauteloso, Guterres tem sido “muito ousado” nas suas declarações sobre esta guerra.
“Guterres tem sido invulgarmente franco nas suas críticas às ações israelitas e apelos a um cessar-fogo. (…) Isto não só prejudicou as suas relações com Israel, mas também irritou a administração de Joe Biden”, advogou Gowan.
08:07 | 06/04
Correio da Manhã
Pelo menos 16 fiéis detidos durante oração em mesquita na noite mais sagrada do Ramadão
Pelo menos 16 fiéis foram detidos, este sábado, durante orações na Mesquita de Al-Aqsa em Jersalém.
Segundo o The Times of Israel, as detenções tiveram lugar durante a Laylat al-Qadr, considerada pelos muçulmanos como a noite mais sagrada do Ramadão, o mês sagrado islâmico de jejum.
As tensões têm aumentado no local, uma vez que as autoridades israelitas têm negado a entrada na mesquita à grande maioria dos palestinianos.
Israel permite entrega de ajuda humanitária a Gaza através de Ashdod e Erez
Israel vai permitir temporariamente a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, assolada pela fome, através do porto de Ashdod e do ponto de passagem de Erez, anunciou esta sexta-feira o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
O gabinete de guerra autorizou o governo a “tomar medidas imediatas para aumentar a ajuda humanitária” com a finalidade de “evitar uma crise humanitária” e “assegurar a continuação dos combates”, adiantou o gabinete de Netanyahu, em comunicado.
A informação foi avançada poucas horas após um aviso do presidente dos EUA, Joe Biden, que disse na quinta-feira ao primeiro-ministro israelita que o futuro norte-americano à guerra de Israel em Gaza depende da adoção de novas medidas para proteger civis e trabalhadores humanitários.
Biden diz que Netanyahu cumpre compromisso sobre ajuda humanitária em Gaza
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse esta sexta-feira que o Governo de Israel está a executar as medidas por si solicitadas relativamente ao aumento da entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Questionado antes de embarcar no helicóptero presidencial rumo à cidade de Baltimore, sobre se tinha ameaçado interromper a entrega de ajuda militar a Israel durante a conversa telefónica que teve com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, Biden limitou-se a responder que tinha pedido a Israel que “fizessem o que estão a fazer”, reconhecendo que o seu apelo foi atendido.
Israel anunciou nas últimas horas que vai permitir a prestação temporária de ajuda através do porto de Ashdod, no sul de Israel, bem como através da passagem de Erez, que dá acesso direto ao norte da Faixa, além de aumentar o fluxo de ajuda proveniente da Jordânia, que entra pela passagem de Kerem Shalom, no sul.