“É dos maiores problemas que temos este ano para resolver. Não adianta andar a esconder nem adianta não falar a verdade: levou-se esta situação até ao limite”, declarou, durante uma audição na comissão parlamentar de Agricultura e Pescas.
“No ano passado gastou-se 18,6 milhões de euros em destilação – e, como toda a gente sabe, são precisos cerca de sete litros de vinho para dar um litro de aguardente -, com uma autorização excecional da Comissão Europeia, com dinheiro do FEAGA [Fundo Europeu Agrícola de Garantia, o primeiro pilar da Política Agrícola Comum]. Não se pode andar todos os anos a dizer que vamos ter uma exceção, quando outros Estados-membros, por exemplo, têm avançado para a destilação mas com recursos do Orçamento do Estado”, detalhou.
Neste sentido, José Manuel Fernandes adiantou que o Governo está “em diálogo” com Bruxelas no sentido de “arranjar uma solução”
Em simultâneo, adiantou, o Governo vai apertar o cerco: “Vamos aumentar fortemente a fiscalização à entrada ilegal de vinho”.
“E se, por acaso, por exemplo, houver destilação, há uma coisa que é certa: quem importou vinho nos últimos três anos não teria nunca destilação porque é inaceitavel andar-se a importar vinho para depois se tentar destilar e, portanto, isto não pode ser um negócio que prejudica todos, nomeadamente os pequenos produtores.