A tecnológica espanhola PaynoPain, especializada no desenvolvimento de ferramentas de pagamento, anunciou esta terça-feira a expansão da atividade para Portugal, onde adquiriu uma carteira de clientes de vários setores.
“A fintech (empresa tecnológica do setor financeiro) constituiu uma empresa em Portugal, através da aquisição de uma nova carteira de clientes no país pertencente a diversos setores de atividade”, avançou a empresa em comunicado.
O mercado português, “devido à sua proximidade e semelhanças com Espanha”, é apontado como “uma grande oportunidade” pela PaynoPain, que diz sentir-se “totalmente preparada para se adaptar às exigências e necessidades dos consumidores portugueses”.
Assim, a empresa irá ter “em breve” um escritório em Lisboa, para “consolidar a sua posição na Península Ibérica”, esperando atingir em Portugal 50% do seu volume atual em Espanha ao longo dos próximos cinco anos.
“Mais tarde, a ideia é expandir-se para novos destinos, como por exemplo a Roménia”, revela.
Citado no comunicado, o presidente executivo (CEO) e cofundador da PaynoPain, Jordi Nebot, afirma que “o mercado português oferece uma oportunidade única” que permite à empresa “continuar a crescer”.
Fundada em 2011, a fintech espanhola de gestão de pagamentos passou dos 50 milhões de euros registados nesse ano para quase 993 milhões de euros em 2023, tendo a sua tecnologia sido utilizada em mais de 18 milhões de transações financeiras.
Entre 2022 e 2023, a empresa diz ter registado um aumento de 22% no volume de negócios, de 20% no número de clientes e de 15% no número de colaboradores.
A empresa iniciou operação na Europa em 2022, depois de obter licenciamento enquanto instituição de pagamento por parte do Banco de Espanha, que lhe permitiu passar a operar noutros países europeus e deixar de estar limitada ao volume de pagamentos que pode processar mensalmente.
Atualmente, a PaynoPain desenvolve projetos tecnológicos relacionados com os meios de pagamento em mais de 35 países, oferecendo soluções para empresas de diversas dimensões e setores, como o ‘e-commerce’, hotelaria, restauração e ‘catering’, microcréditos e ‘marketplaces’.