“Os partidos que se recusarem a dialogar com o Governo estão a hipotecar o futuro da nossa terra e a piorar a vida dos nossos cidadãos”, disse o CDS-PP.
O CDS-PP considerou que a população da Região Autónoma da Madeira “não pode ser prejudicada” pelos jogos políticos dos partidos. Os centristas voltaram a apelar ao sentido de responsabilidade dos partidos com assento na Assembleia Regional no sentido de se aprovar o Programa de Governo e o Orçamento Regional para 2024. “Os partidos que se recusarem a dialogar com o Governo estão a hipotecar o futuro da nossa terra e a piorar a vida dos nossos cidadãos”, disse a força partidária.
“Os madeirenses votaram e fizeram as suas escolhas em quatro eleições no espaço de oito meses e foram claros quanto ao partido ganhador dessas eleições”, referiram os centristas.
A força partidária salientou que desde a primeira hora, após as eleições de 26 de maio, o CDS-PP, “tirou as devidas conclusões” do resultado do ato eleitoral, que vinha na sequência das eleições regionais de setembro do ano passado, das eleições nacionais de 10 de março e das eleições europeias de 9 de junho.
“A população votou e escolheu e agora compete aos partidos se entenderem sobre o novo Programa do Governo Regional e a aprovação do Orçamento para este ano, cujo atraso está a prejudicar a vida das empresas, cidadãos e famílias da Madeira e do Porto Santo”, alertou a força partidária.
O partido lembrou que sempre disse, antes e depois das eleições, que a “estabilidade política e a governabilidade” da Madeira eram a sua “prioridade”, e que se devia “normalizar a vida pública regional”.
Os centristas referiram que foi devido a isso que o CDS-PP chegou a um entendimento com o PSD para viabilizar o Programa de Governo e aprovar um Orçamento, fazendo inscrever nesse Programa, “80% do seu Manifesto Eleitoral, nomeadamente na redução da carga fiscal e na melhoria dos rendimentos das famílias”.
O partido apela a todos os deputados e grupos parlamentares para que tenham “sentido de responsabilidade e priorizem o interesse regional para que seja possível reduzir os impostos, aumentar os salários, retirar a administração pública da paralisia em que se encontra, desbloquear o aumento e as carreiras dos funcionários públicos, aproveitar ao máximo os fundos europeus e relançar o investimento e as obras públicas, impulsionar a retoma do investimento privado, apoiar mais as instituições de solidariedade social e tomar medidas para combater a pobreza e a exclusão social”.
O CDS-PP sublinhou que a “redução de 30% nos escalões do IRS e a diminuição do IVA nos bens essenciais, no valor de 165 milhões de euros, o reforço de quase 50 milhões de euros destinados à melhoria dos rendimentos dos enfermeiros, dos técnicos de saúde, das ajudantes domiciliárias e dos bombeiros, o reforço do investimento na construção de habitações e a continuação da construção do novo Hospital, são algumas das medidas que estão em causa, caso não exista Governo e Orçamento este ano”.
Para a força partidária quem está contra estas medidas “está claramente contra” a Madeira e os Madeirenses.
“Os partidos que se recusarem a dialogar com o Governo estão a hipotecar o futuro da nossa terra e a piorar a vida dos nossos cidadãos. Nós, Madeirenses, não aceitamos esta prolongada indefinição política que só gera desconfiança e descrença e provoca estagnação e recessão económica e social. É por isso que o CDS-PP apela, mais uma vez, à maturidade, ao diálogo, à negociação e ao consenso mínimo entre todos os deputados e partidos para termos um Governo e um Orçamento aprovados”, reforçaram os centristas.
No entender do CDS-PP se tal não acontecer “a alternativa mais provável” é voltarmos a ter um Governo de gestão e uma Região sem Orçamento, “com as todas as consequências que já se sentem e aquelas que se adivinham na vida da comunidade regional”.
Os centrista dizem que “nunca nos podemos esquecer” que a Madeira e os Madeirenses “estão acima de qualquer interesse político e o Bem Comum tem que se sobrepor a qualquer interesse partidário”.