Não há dúvida de que Chipre encontrou o seu lugar no mundo moderno como um dos Estados mais avançados, com uma longa tradição democrática, depois de ter deambulado pelo Movimento dos Não Alinhados durante a Guerra Fria. No entanto, a ilha não conseguiu resolver o seu problema mais importante, a profunda divisão política que a separa em duas regiões. Uma, controlada pelo Governo de Chipre e liderada pela comunidade cipriota grega, está plenamente integrada na UE. Na outra região, na parte norte, dirigida pela comunidade cipriota turca, existe uma forte influência política e militar da Turquia. Chipre aderiu à UE com todo o seu território, mas o acervo comunitário está suspenso até à resolução do problema cipriota.
A ONU e a UE apoiam a reunificação da ilha numa república federal. Rejeitam a sua divisão em dois Estados cipriotas. Só a solução e a reunificação trarão paz e estabilidade a Chipre e libertarão o país da presença militar da Turquia em 37% do seu território. Enquanto o problema de Chipre não for resolvido, as duas comunidades cipriotas continuarão separadas e as fricções com a Turquia continuarão a complicar as relações da UE na região.