Manifestantes ambientalistas lançaram fumo laranja junto ao monumento megalítico de Stonehenge, no Reino Unido, esta quarta-feira, numa acção destinada exigir que o próximo Governo britânico, que sair das eleições legislativas de 4 de Julho, trabalhe com outros países para acabar com a extracção de petróleo, gás e carvão até 2030.
Duas pessoas foram detidas por suspeita de terem danificado o monumento no Sul de Inglaterra, que é Património Mundial da UNESCO e um dos pontos turísticos mais visitados do Reino Unido. Na quarta-feira, milhares de pessoas devem juntar-se em Stonehenge, para assinalar o dia do solstício de Verão.
Vídeos divulgados online mostram marcas laranja a cobrir algumas das pedras da mundialmente famosa estrutura megalítica pré-histórica. A organização Just Stop Oil, que promoveu a acção, diz tratar-se de tinta em pó.
Esta acção aconteceu poucos dias depois de o Partido Trabalhista, apontado como o grande favorito, ter voltado a prometer, no seu programa eleitoral, que não emitiria novas licenças para a exploração de petróleo e gás natural, se ganhasse as eleições e formasse governo.
“Mas todos sabemos que isto não basta. Continuar a queimar carvão, petróleo e gás vai resultar na morte de milhões de pessoas. Por isso é que queremos que o próximo Governo assine um tratado vinculativo com o objectivo de eliminar o uso de combustíveis fósseis até 2030″, disse um porta-voz da Stop Oil, citado num comunicado.
A Just Stop Oil ganhou proeminência no Reino Unido devido aos protestos ambientais de grande impacto, com os seus activistas a cortarem estradas principais, perturbarem eventos culturais e desportivos e até a atirarem sopa a uma pintura de Van Gogh.
Há pouco tempo, duas activistas de 80 anos desta organização atacaram a moldura onde se encontra a Magna Carta, na Biblioteca Britânica. O documento histórico não foi danificado, segundo a Biblioteca Britânica. A Magna Carta data de Junho de 1215. Foi o primeiro documento a declarar por escrito o princípio de que o rei e o seu Governo não estão acima da lei. Tinha por objectivo evitar que o rei abusasse do seu poder, e impunha limites à autoridade real enquanto poder.