O Presidente ucraniano considera que a China está a trabalhar com a Rússia para desencorajar os países da Ásia-Pacífico de participarem na cimeira da paz que pretende realizar na Suíça este mês.
“Infelizmente, a Rússia, usando a influência chinesa na região, usando também os diplomatas chineses, faz tudo para impedir a cimeira da paz. É lamentável que um país tão grande, independente e poderoso como a China seja um instrumento nas mãos de Putin”, declarou Volodymir Zelensky em Singapura, citado pelo “Guardian”.
Zelensky encontra-se em Singapura, onde participou na cimeira de Defesa Diálogo de Shangri-La: “Não há outra forma de parar Putin – apenas o isolamento diplomático, uma Ucrânia forte militarmente e que os países não estejam entre a Rússia e a Rússia, mas defendam o Direito e a Justiça internacionais”.
No seu dia, o líder ucraniano esteve em encontros com investidores e responsáveis políticos de Singapura, tal como já tinha acontecido no sábado, procurando apoios para a cimeira da paz, como tem vindo a escrever na rede social X.
Entretanto, foi também publicada uma entrevista de Zelensky ao “Guardian” em que defende que se Donald Trump sair vencedor nas eleições de novembro, e se o apoio militar à Ucrânia for limitado, os Estados Unidos da América arriscam deixar o topo do mundo.
“Vão ficar bastante enfraquecidos. Os EUA vão deixar de liderar o mundo”, declarou o líder ucraniano, acrescentando que a influência internacional passará a ser “zero”.
Apagões na Ucrânia
Este domingo, na Ucrânia, continuaram a verificar-se as consequências dos ataques russos a infraestruturas energéticas. O país justificou os apagões elétricos com tais ataques de drones e misseis, que terão ferido 19 pessoas, segundo a Associated Press. A Rússia tem vindo a empreender ataques a este tipo de infraestruturas, obrigando a decisões de apagamentos na Ucrânia.
Também este domingo, o chanceler alemão, Olaf Scholz, dramatizou as intenções da Rússia, defendendo que a ameaça vinda de Putin “vai continuar” e que as ameaças à segurança europeia não se vão ficar pela Ucrânia, de acordo com citações obtidas pela agência Bloomberg.
“Esta mudança na nossa política de segurança é necessária para mostrar à Rússia que estamos prontos a defender cada centímetro quadrado do território da NATO contra os ataques”, afirmou Scholz, citado pela agência espanhola Efe.