A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, foi atacada por um homem no centro de Copenhaga nesta sexta-feira, informou a agência noticiosa Ritzau, citando a polícia e o gabinete da primeira-ministra, de acordo com a Reuters.
O incidente, que deixou Frederiksen “chocada”, ocorreu na praça Kultorvet, indica um comunicado do gabinete da primeira-ministra, acrescentando que o homem já foi detido. Não há informações sobre possíveis ferimentos.
A polícia confirmou a detenção e referiu estar a investigar o sucedido, recusando-se a dar mais pormenores. O ataque acontece dois dias antes de os dinamarqueses irem às urnas para votar nas eleições europeias.
Na rede social X (antigo Twitter), Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, qualificou a agressão como “apavorante” e afirmou que a “violência não tem lugar na política”. Também Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, exprimiu indignação e condenou “veementemente a agressão cobarde”.
A presidente da Comissão Europeia declarou-se “profundamente chocada”. “Condeno este ato desprezível, que vai contra tudo aquilo em que acreditamos e por que lutamos na Europa. Desejo-lhe força e coragem – sei que as tem de sobra”, escreveu Ursula von der Leyen.
“Isto não é a Dinamarca. Não atacamos os nossos primeiros-ministros. Envio os meus melhores pensamentos a Mette”, disse o vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa dinamarquês, Troels Lund Poulsen, na mesma rede social.
O primeiro-ministro português também condenou o “ataque violento”. “Expresso toda a minha solidariedade a Mette Frederiksen, primeira-ministra da Dinamarca, minha amiga e colega. Condeno firmemente este ataque violento a uma líder democrática eleita. Neste momento difícil, pode contar com o apoio do povo e Governo portugueses”, escreveu Luís Montenegro.
O primeiro-ministro da Finlândia reagiu dizendo estar “profundamente chocado com a agressão”. “Condeno veementemente qualquer forma de violência contra os dirigentes democraticamente eleitos nas nossas sociedades livres. Os meus pensamentos estão convosco e desejo-vos força durante este momento difícil”, afirmou Petteri Orpo.
“Para mim, Mette é uma excelente colega e uma parceira sábia. Um ataque a um líder democraticamente eleito é também um ataque à nossa democracia”, escreveu nas redes sociais o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson.
Há três semanas, o primeiro-ministro da Eslováquia ficou gravemente ferido numa tentativa de assassinato: Robert Fico foi baleado quando cumprimentava apoiantes na rua. Um homem de 71 anos foi detido no local.
Mette Frederiksen, de 46 anos, é chefe do Governo desde junho de 2019. No primeiro mandato esteve à frente de uma coligação de centro-esquerda e desde dezembro de 2022 que lidera um executivo de centro com duas forças de direita.