O objetivo da visita a Madrid será, segundo o diário espanhol, a assinatura de um acordo de segurança entre os dois países, idêntico àqueles que Kiev firmou com outros Governos, como Alemanha, França, Itália, Reino Unido ou Canadá.
Zelensky quer garantir o apoio militar dos seus aliados a médio e longo prazo. Será também esse o motivo da sua presença em Lisboa, mas o objetivo da visita poderá ser mais amplo, de cariz diplomático, tendo em conta a possibilidade real de o ex-primeiro-ministro António Costa vir a presidir ao Conselho Europeu, após as eleições europeias de 9 de junho.
A Ucrânia quer pertencer à União Europeia (UE) e à NATO o mais rapidamente possível e, naquele contexto, Portugal pode ser uma peça importante para acelerar ambas as adesões.
Embora a visita de Zelensky ao nosso país não seja referida na mensagem que Rangel deixou no X (ex-Twitter), é de admitir que a conversa com Kuleba tivesse como principal objetivo a viagem do líder ucraniano a Lisboa – que esteve prevista para 29 de setembro último.
Uma visita que, a confirmar-se, ocorre num momento particularmente difícil para a Ucrânia, com o Exército de Moscovo a ganhar terreno na região fronteiriça de Kharkiv. Situação que obrigou Kiev a deslocar reservistas para o teatro de operações.
100 MILHÕES
Portugal, através do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, comprometeu-se a ajudar a Ucrânia militarmente com 100 milhões de euros para munições de grande calibre. A resolução que autoriza a despesa foi aprovada a 14 de março em Conselho de Ministros, após as eleições legislativas.Vovchansk
“A situação nos arredores de Vovchansk [região de Kharkiv] é extremamente difícil”, reconheceu na segunda-feira o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.KHARKIV
O Estado-Maior ucraniano estimou na segunda-feira em 1740 o número de vítimas russas nas últimas 24 horas, um número sem precedentes na ofensiva transfronteiriça lançada pela Rússia contra a região Nordeste da Ucrânia de Kharkiv.