Com o foco noticioso do lado do PSD, Pedro Nuno Santos apareceu a não querer comentar a escolha da AD e a querer defender a sua escolha, feita “com seriedade”, para cabeça de lista às eleições europeias. O socialista justificou a escolha de Marta Temido para número um do partido por ser uma “grande mulher” que deu a cara num “momento difícil” e “ganhou a confiança” dos portugueses pelo trabalho durante a pandemia.
Foi sobretudo a experiência de Temido, que tem “capacidade política”, durante a pandemia que foi usada pelo líder do PS para justifica uma escolha que surpreendeu. Depois de semanas em que vários nomes circularam, como o de António Vitorino e Francisco Assis, Pedro Nuno Santos recusou que tenha havido trocas de última hora: “Todos os convites que fiz foram aceites. Não houve alterações de lugares nem de candidatos”, garantiu numa conferência de imprensa depois da reunião da Comissão Política Nacional do partido.
TIAGO MIRANDA
Europeias 2024
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É uma lista de “muita qualidade” que tem nomes com “experiência”, mas também “juventude”, que é “partidária” e que é “liderada por uma grande mulher que os portugueses conhecem muito bem”. Num “momento difícil”, como foi a pandemia de covid-19, “esteve à altura de proteger os portugueses”, disse Pedro Nuno Santos.
Mas, para já, não põe objetivos. Diz que quer “ganhar” as eleições, mas não estabelece um número de deputados que quer eleger: “É com esta lista com que nos apresentamos e com o grande objetivo que é vencer as próximas eleições europeias”, respondeu o secretário-geral do PS aos jornalistas.
A reunião foi pacífica, apesar dos nove votos contra a lista. Um dos argumentos para os votos contra terá sido o facto de o secretário-geral socialista ter feito uma renovação completa da equipa de eurodeputados: nem um dos nove consta da lista de candidatos. “Não há nenhuma rutura, há sempre alterações, evolução, mudança. Nada tem que ver com a qualidade do trabalho dos eurodeputados” que continuarão a contribuir para o PS de outras formas, disse. “Obviamente, há momentos em que é preciso mudar”. “É normal que assim seja”, acrescentou.