A guerra está ao rubro dentro da maior central sindical portuguesa, a CGTP. Excluída no último congresso da direção executiva da central, a minoria socialista decidiu agora passar ao ataque, tendo do seu lado sindicalistas do Bloco e até antigos dirigentes da central que durante muitos anos militaram ou foram muito próximos do PCP (casos de Fernando Fidalgo, Adão Mendes, Florival Lança, Branco Viana e António Avelãs).
Num manifesto intitulado “O alerta necessário”, ao qual o Expresso teve acesso, quase 40 ex-dirigentes da CGTP afirmam que “a grande central unitária dos trabalhadores portugueses, mostra-se cada vez menos unitária e sofre o domínio e controlo duma força partidária” [o PCP]. “A CGTP evidencia-se cada vez menos de massas e muito menos autónoma. Assim perde credibilidade e vai desgastando o seu rico capital histórico. Assim tem perdido relevância. Assim, perde poder e, no jogo político social, não conta; faz de conta”, lê-se no documento.