O exército israelita está a avançar que conseguiu resgatar, neste sábado, em duas operações em separado, quatro reféns que se encontravam no centro de Gaza. Os reféns libertados – Noa Argamani, Almog Meir Jan, Andrey Kozlov e Shlomi Ziv – foram raptados por combatentes do Hamas do festival de música electrónica Nova durante o ataque de 7 de Outubro.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), os quatro estavam na zona de Nuseirat, onde neste sábado tinha sido anunciada uma operação militar. Não é habitual as forças armadas israelitas informarem sobre as suas acções quando as operações ainda estão em curso, escreveu a Reuters logo nas primeiras horas da manhã.
De acordo com o hospital dos Mártires de Al-Aqsa em Deir al-Balah, dezenas de palestinianos foram mortos e feridos em resultado da operação, incluindo mulheres e crianças. “O hospital Al-Aqsa está a abarrotar. As pessoas estão no chão. Médicos, voluntários, toda a gente está a tentar ajudá-los. Não há lugar para tanta gente”, escreve a correspondente da estação pan-árabe Al Jazera em Gaza, Hin Khoudary.
Encontro com a família
“Encontram-se em bom estado de saúde e foram transferidos para o Centro Médico “Sheba”, em Tel-HaShomer [uma base das IDF], para mais exames médicos”, indicaram as IDF na rede social X. Pouco depois do primeiro anúncio da libertação dos reféns, foi o porta-voz das IDF, Daniel Hagari, que confirmou, segundo escreve o jornal The New York Times, que os militares tinham localizado as quatro pessoas em dois edifícios separados, onde estavam a ser mantidos por militantes do Hamas. “As forças israelitas foram alvo de fogo, mas conseguiram retirar os reféns em segurança”, disse o responsável.
O canal televisivo News 12 já transmitiu imagens do encontro entre Noa Argamani e o pai. O vídeo do rapto de Argamani foi amplamente divulgado nas redes sociais pouco depois de ela ter sido levada para Gaza por homens armados, logo no dia 7 de Outubro.
Israel diz que há mais de 130 reféns em Gaza, cerca de um quarto dos quais podem já estar mortos, numa altura em que crescem as divisões no país sobre a melhor forma de os trazer de volta a casa.