Do novo Governo, com o qual já reuniu (ao nível das secretarias de Estado do ministério do Ambiente e Energia), o responsável também já recebeu a indicação que se mantém o desejo de que seja instalada em Portugal uma refinaria de lítio. No entanto, e caso isso não aconteça, o CEO diz que o projeto não será afetado e poderá exportar o mineral para ser refinado em qualquer outro país, de preferência em território europeu. Ainda assim, não esconde a preferência face a um cenário em que o lítio extraído em Boticas possa de facto ficar em Portugal, apesar de não ser obrigatório.
Quanto à localização da refinaria onde será processado o lítio da mina do Barroso, diz que “dependerá dos processos de parceria que estamos a trabalhar”. “Espero que seja em Portugal, porque é mais benéfico, mas será claramente na Europa”.
Sobre a indústria automóvel nacional, que terá de produzir cada vez mais carros elétricos (com as baterias feitas a partir de lítio), Emanuel Proença espera que o projeto da Savannah tenha impacto nos planos de transformação para a mobilidade elétrica da Autoeuropa, mas também nas fábricas de Cacia e Mangualde.
“Além disso, há a possibilidade de atração de mais fábricas e de mais investimento para Portugal. É necessário que, ao longo dos próximos 10 anos, a Europa e o mundo construam cerca de 200 gigafábricas de baterias. Se o projeto da Savannah já estivesse a produzir, teria 2,5% da base mineral de lítio do mundo, o que significa que o país poderia ter cinco destas gigafábricas”, garante.