Lisboa é a 100º cidade mais cara do mundo para expatriados, divulgou esta segunda-feira a consultora Mercer no estudo “Custo de vida”. A capital portuguesa subiu 17 posições no ranking relativamente à posição que tinha no ano passado. A nível europeu Lisboa permaneceu na 38ª posição que já tinha no ano passado.
A subida dos custos da habitação e a inflação, inibindo o poder de compra, dificultam, segundo a consultora, a atração e retenção de talentos-chave, e contribuem para um aumento dos custos com benefícios/remunerações e custos operacionais. As tendências económicas incertas e fatores geopolíticos são também identificados como importantes na decisão de seguir uma carreira internacional.
“A subida do custo de vida leva a que os colaboradores repensem rotinas e reduzam despesas, podendo mesmo obrigar a um esforço adicional para que consigam satisfazer as suas necessidades básicas”, afirma Tiago Borges, responsável pela área de carreiras da Mercer Portugal. “Perante estes desafios, as empresas podem repensar a compensação associada à mobilidade, podendo, por exemplo, incluir ou reforçar apoios à habitação, prestar serviços de apoio ou explorar estratégias alternativas de atração e retenção de talento”.
Quatro cidades suíças surgem nas primeiras posições do ranking global, com Zurique em terceiro lugar, Genebra em quarto, Basileia em quinto e Berna em sexto. Ainda no contexto europeu, as cidades mais caras são Londres, no Reino Unido (8.º lugar), Copenhaga, na Dinamarca (11.º lugar), Viena, na Áustria (24.º lugar), Paris, em França (29.º lugar) e Amesterdão, nos Países Baixos (30.º lugar).
Na Ásia, Hong Kong, região especial administrativa chinesa, e Singapura, capital do país com o mesmo nome, são, respetivamente, as duas cidades mais caras do mundo para expatriados. O Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entra na 15.ª posição, e Bombaim é agora a cidade mais cara da Índia.
No continente americano, todas as cidades norte-americanas estão nas 100 primeiras posições, Nova Iorque encontra-se no sétimo lugar e Los Angeles em 10.º lugar no ranking mundial. Já no sul do continente, Montevideu, a capital do Uruguai, é a cidade mais cara para colaboradores expatriados.
Em África, as cidades mais caras são Bangui, na República Centro Africana (14.º lugar), Djibouti, capital do país com o mesmo nome (18.º lugar), e Ndjamena, no Chade (21.º lugar). Lagos, na Nigéria, desceu 178 posições (225.º lugar) devido, segundo a Mercer, a flutuações cambiais e desvalorizações da naira.
Na região do Pacífico, Sydney, na Austrália, é a cidade mais cara da região (58.º lugar), seguida de Nouméa, território francês (60.º lugar).
O ranking “Custo de Vida” elaborado pela Mercer classifica o custo de vida em 226 cidades para expatriados com base na análise comparativa de categorias de transporte, alimentação, vestuário, produtos domésticos e entretenimento.