A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, não se compromete com novos cortes das taxas de juro diretoras – depois de a autoridade monetária ter deliberado esta quinta feira a primeira redução das taxas desde setembro de 2019 – até porque são precisos mais dados, para que sejam tomadas novas decisões nas próximas reuniões.
“Não vou dizer hoje, nem em nenhuma altura até muito mais à frente no verão” que irá tomar uma decisão agora ou noutro momento, salientou Lagarde, durante a conferência de imprensa com os jornalistas. Antes da pausa para férias, os governadores ainda se reúnem em julho e, depois, só em setembro. “Precisamos de ter dados suficientes e os dados vão sendo recebidos ao longo do tempo”, salvaguardou a líder do banco central.
A líder do banco central explicou que o banco central quando analisa os dados “olha pelo prisma de três critérios: o ‘outlook’ da inflação, a inflação subjacente e a transmissão da política monetária”, garantindo assim “uma análise apropriada” dos números.
Ainda assim, Lagarde salvaguardou que ta não significa que só serão tomadas “decisões quando houver projeções, uma vez que estamos dependentes dos dados”.” Mas, claro, haverá muito mais dados então”, acrescentou.
Mas a que se deve esta dependência face aos dados? Lagarde voltou a salientar (assim como já tinha feito na conferência de imprensa após a última reunião), que é preciso ter em conta que poderá haver também “solavancos na estrada”, referindo-se ao combate contra a inflação, e deu como exemplo a inflação salarial, que está dependente de vários fatores, como a contratação coletiva.
(Notícia em atualização)