A IL vai aprovar os novos estatutos e o programa político na VIII Convenção Nacional, uma reunião magna não electiva e aberta a todos os membros que decorrerá em Santa Maria da Feira entre 5 e 7 de Julho.
Esta Convenção Nacional, que não mudará nada na liderança dos liberais, já esteve marcada para Dezembro do ano passado, mas o partido decidiu adiá-la devido às eleições legislativas antecipadas para o início de Março, para que estivesse focado no novo ciclo eleitoral.
Segundo a informação enviada neste sábado à comunicação social pelo partido liderado por Rui Rocha, a VIII Convenção Nacional da IL decorre nos dias 5, 6 e 7 de Julho, no Europarque, em Santa Maria da Feira. “Uma convenção universal, aberta à participação de todos os membros, que irá aprovar os novos estatutos e o programa político do partido”, pode ler-se ainda.
Segundo o programa disponibilizado, o primeiro momento desta reunião magna será um jantar temático na sexta-feira à noite, 5 de Julho, com uma intervenção do presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha. O sábado com o que o partido designou por “Breakout Rooms”, que serão salas com debates temáticos, estando o início dos trabalhos marcado para as 11h com a sessão plenária de membros. Rui Rocha discursará mesmo antes do almoço e a tarde é ocupada pelas salas de debates temáticos e a sessão plenária, que se estenderá pela noite. No domingo, 7 de Julho, repete-se a alternância entre a sessão plenária e as salas com debates temáticos, estando o encerramento, que será feito pelo presidente do partido, marcado para as 16h00.
Apesar do adiamento determinado em Novembro, ficou então decidido que não poderiam entrar novos projectos globais de alteração aos estatutos. Assim, estarão em discussão e votação os dois projectos que já existem e são do conhecimento dos membros.
Um deles foi aprovado pelo Conselho Nacional na sequência da proposta do Grupo de Trabalho Estatutário e um outro foi proposto pela iniciativa “Estatutos + Liberais”, que tem entre os porta-vozes o antigo candidato às eleições presidenciais apoiado pela IL Tiago Mayan Gonçalves e o primeiro presidente liberal, Miguel Ferreira da Silva.
Na última convenção, ambos apoiaram para a liderança da IL a então deputada Carla Castro – que entretanto deixou o partido –, numa reunião magna crispada e muito dividida que escolheu Rui Rocha como sucessor de João Cotrim Figueiredo.
Cerca de um mês depois das legislativas antecipadas de Março – quando a IL manteve os mesmos oito deputados e teve mais cerca de 46 mil votos, mas falhou o objectivo eleitoral que tinha sido fixado por Rui Rocha – Tiago Mayan Gonçalves apresentou, sob o lema “Unidos pelo liberalismo”, um manifesto “de coragem, inovação e liberdade”, cuja primeira promessa é “refundar o partido em valores e princípios liberais”.
Nessa altura, o antigo candidato às eleições presidenciais Tiago Mayan Gonçalves disse que, quando houver eleições na IL, estaria pronto para encabeçar uma candidatura à liderança, apresentando, juntamente com duas centenas de liberais, este manifesto para refundar o partido.