Depois da semana em que esteve em Portugal, o presidente ucraniano viajou até Singapura para participar numa conferência de Defesa – terá mesmo lugar para falar no domingo no fórum designado de Diálogo de Shangri-La. Volodomyr Zelensky esteve já em encontros com responsáveis de países da Ásia-Pacífico.
“É impossível que haja segurança global quando o maior país do mundo desrespeita as fronteiras reconhecidas, o direito internacional e a Carta das Nações Unidas, recorrendo à fome, à escuridão e à chantagem nuclear”, escreveu Zelensky numa publicação na rede social X este sábado.
Zelensky aposta na via diplomática para tentar captar apoios (também perto da China), para que estes países possam estar presentes na cimeira da Paz, agendada para meio de junho na Suíça: “Restabelecer a paz da Ucrânia e assegurar a segurança alimentar e nuclear mundial são os objetivos”, escreve, acrescentando que é por isso que “a voz da Ásia-Pacífico deve ser ouvida lá”.
Quem lá estará é o presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, segundo confirmou o congénere ucraniano após a reunião de ambos, precisamente na rede social X: “A Rússia não quer terminar a guerra. Temos de trabalhar juntos com o mundo inteiro para que a paz fique mais próxima”, declarou Zelensky.
Na semana em que esteva com o Presidente da República e o primeiro-ministro portugueses, o presidente ucraniano – que há mais de dois anos lidera um país sob invasão russa – tem mais reuniões marcadas com altos responsáveis do país, como o secretário da Defesa dos Estados Unidos da América, Lloyd Austin (que, como menciona a Reuters, procura mostrar naquela região que a sua preocupação não está unicamente com a Ucrânia, nem com o conflito Israel-Palestina).
Ataques da Rússia
Esta visita acontece quando se continuam a materializar ataques russos com mísseis em território ucraniano, agora com foco nas infraestruturas energéticas do país – um caminho feito quando a Ucrânia parece perder fôlego no conflito com a Rússia.
Sábado foi o dia em que se sentiram os efeitos de ataques que deixaram danos em centrais produtoras de energia localizadas em cinco regiões, segundo conta o Guardian. O próprio Ministério ucraniano da Energia refere que tais ataques estão a pôr em causa o fornecimento elétrico em regiões.
Ataques que ocorrem após os Estados Unidos, primeiro, e a Alemanha, depois, terem autorizado o uso de armas de longo alcance fornecidas para atacar alvos na Rússia, desde que estes estejam perto da fronteira com Kharkiv.