Segundo as projeções avançadas pelas televisões francesas ao fecho das urnas, a União Nacional e os aliados da fação dos Republicanos liderada por Eric Ciotti deverão obter entre 230 e 280 lugares da Assembleia Nacional, o suficiente para garantir a maioria absoluta. Em segundo lugar ficou a coligação de esquerda Nova Frente Popular, com 126 a 165 lugares, enquanto o bloco centrista Juntos Pela República, do Presidente Emmanuel Macron surge numa distante terceira posição com 70 a 100 deputados.
As projeções não são definitivas, uma vez que haverá uma segunda volta no próximo domingo em todas a circunscrições eleitorais onde nenhum candidato conseguiu atingir a maioria, o que deixa muita coisa em aberto.
Jean-Luc Mélenchon, líder do partido de extrema-esquerda França Insubmissa, que faz parte da Nova Frente Popular, garantiu ontem que a coligação de esquerda irá retirar o seu candidato em todas as circunscrições onde ficou em terceiro lugar na primeira volta, para evitar a divisão dos votos e favorecer a extrema-direita.
Já o Presidente Emmanuel Macron, o grande derrotado da noite eleitoral, apelou a uma “grande mobilização dos partidos democráticos e republicanos” na segunda volta para travar a vitória da extrema-direita.
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Pronto para ser PM
O candidato da União Nacional, Jordan Bardella, de 28 anos, garantiu que está “pronto para governar”. “Serei um primeiro-ministro de coabitação, respeitoso da Constituição e do cargo do Presidente da República, mas sem abrir mão das políticas que pretendemos implementar”, disse o ‘delfim’ de Le Pen.
Maioria absoluta
A líder da extrema-direita francesa disse ontem que o país “mostrou vontade inequívoca de virar a página” e “praticamente fez desaparecer o bloco macronista”, mas avisou que “ainda nada está ganho”. “A segunda volta será determinante”, frisou a líder da União Nacional, apelando aos franceses para daram a maioria absoluta a Jordan Bardella.