A China pede um pagamento aproximado aos preços domésticos da Rússia, que são fortemente subsidiados, e indicou que está apenas interessada em comprar uma pequena fração da capacidade anual do gasoduto de 50 mil milhões de metros cúbicos.
A Gazprom – empresa estatal russa que tem o monopólio da exploração gasífera – registou, no ano passado, prejuízos de 629 mil milhões de rublos (6,4 mil milhões de euros), devido à queda acentuada das vendas para a Europa. Por isso, a aprovação deste acordo poderá ser transformadora para o futuro da empresa.
Apesar de a Rússia se mostrar confiante num acordo “num futuro próximo”, duas fontes indicam que o impasse foi a razão pela qual o CEO da Gazprom, Alexei Miller, não esteve com Putin na visita do chefe de Estado a Pequim no mês passado.
Miller, que se encontrava numa viagem ao Irão, teria sido essencial para qualquer negociação com a China e a sua ausência foi “altamente simbólica”, explicou ao Financial Times Tatiana Mitrova, investigadora do Centro de Política Energética Global da Universidade de Columbia.