O Exército de Israel anunciou hoje que descobriu em Gaza os corpos de três reféns israelitas raptados durante o ataque realizado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 em Israel e repatriou-os.
O Exército recuperou “os corpos dos nossos reféns Shani Louk, Amit Buskila e Itzhak Gelerenter, feitos reféns durante o massacre cometido pelo Hamas em 7 de outubro”, disse o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz dos militares, acrescentando que foram “brutalmente assassinados” pelo grupo islamita palestiniano quando tentavam fugir do festival de música Nova.
De acordo com Hagari, os corpos dos reféns foram recuperados “durante uma operação conjunta do Exército e da agência de informações” com base em dados obtidos “durante o interrogatório de terroristas” detidos na Faixa de Gaza. Os corpos foram identificados no Instituto Nacional de Medicina Forense de Israel.
Uma das vítimas é Shani Louk, uma mulher germano-israelita de 22 anos, que apareceu num vídeo nas redes sociais deitada de bruços, aparentemente inconsciente e seminua, na zona traseira de uma carrinha de caixa aberta na Faixa de Gaza.
Os outros corpos são de Amit Buskila, 27 anos, e de Itzhak Gelerenter, que tinha 56 anos na altura do ataque.
“A devolução dos seus corpos é uma recordação dolorosa e brutal de que devemos trazer de volta rapidamente todos os nossos irmãos e irmãs do seu cruel cativeiro”, reagiu o Fórum das Famílias Reféns, principal associação de familiares dos reféns ainda mantidos em cativeiro pelo Hamas.
Das 252 pessoas feitas reféns em 7 de outubro, 125 ainda estão detidas em Gaza, das quais 37 estão mortas, segundo o Exército israelita.
O ataque surpresa levado a cabo a partir da Faixa de Gaza por comandos do Hamas no sul de Israel resultou na morte de mais de 1.170 pessoas do lado israelita, a maioria civis.
Mais de 360 pessoas foram mortas apenas no local do festival de música Nova, realizado no sul de Israel, perto da fronteira com a Faixa de Gaza.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 35 mil mortos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, tutelado pelo Hamas.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, enviou as condolências às famílias.
“Esta terrível perda é de partir o coração (…) choramos com as famílias”, assegurou Netanyahu, prometendo trazer de volta “todos os reféns, os vivos e os mortos”.