Wednesday, 14 May 2025
  • My Feed
  • My Interests
  • My Saves
  • History
  • Blog
Subscribe
Nahorawes
  • Home
  • Shop
  • Health
  • Travel
  • World
  • Politics
  • Technology
  • 🔥
  • Technology
  • Travel
  • World
  • Politics
  • Health
  • Entertainment
Font ResizerAa
NahorawesNahorawes
0
  • Home
  • Shop
  • Health
  • Travel
  • World
  • Politics
  • Technology
Search
  • Home
  • Shop
  • Health
  • Travel
  • World
  • Politics
  • Technology
Have an existing account? Sign In
Follow US
© Na Hora News. All Rights Reserved.
Nahorawes > Blog > Politics > E agora, quem condena a censura e o cancelamento?
Politics

E agora, quem condena a censura e o cancelamento?

Nahora_Admin
Last updated: April 17, 2024 9:48 pm
Nahora_Admin
Share
SHARE

Um Congresso palestiniano, realizado esta semana na capital alemã e organizado maioritariamente por ativistas judeus, foi cercado por milhares de polícias, que o interromperam e detiveram participantes. Yanis Varoufakis, economista, antigo ministro grego e orador convidado, foi proibido de visitar a Alemanha e de fazer qualquer tipo de atividade política, incluindo por zoom. Nada mais nada menos. Porquê? Porque se opõe ao genocídio que o governo israelita está a cometer em Gaza e pretendia fazer este discurso, que assim foi censurado.

O mesmo aconteceu com o cirurgião britânico-palestiniano Ghassan Abu Sittah, reitor da Universidade de Glasgow, impedido de entrar no país pelas autoridades de fronteira alemãs. Também a filósofa Nancy Fraser, académica norte-americana de origem judia e renome internacional, teve o seu convite para dar aulas na Universidade de Colónia, no próximo mês de maio, cancelado abruptamente pelo reitor daquela Universidade, por ter assinado uma carta pública pela liberdade da Palestina. É este o ar dos tempos na Alemanha: agressões em cascata à liberdade política e académica, um governo dito “progressista” que utiliza a polícia e a censura para impedir cidadãos, muitos dos quais judeus, de criticarem o governo extremista de Israel e de denunciarem um genocídio.

Este movimento não é inédito. Na imprensa alemã, não houve hesitações em atacar, nos últimos meses, muitas outras intelectuais de esquerda, como Naomi Klein (também judia) por ter qualificado a ação do governo israelita como “genocida” ou Judith Butler (também judia) pelas suas teses sobre o apartheid promovido por Israel e pelas suas teorias pós-coloniais. Esses ataques e censuras fazem-se sempre recorrendo ao mesmo libelo: quem critica o governo de Israel é cúmplice do “antisemitismo”.

Não há dúvidas de que o antisemitismo é uma forma de xenofobia, com velhas raízes históricas. Na Alemanha, o empenho no combate ao antisemitismo tem um peso histórico particular, pelo compromisso assumido pelo estado alemão de expiar as responsabilidades históricas pelo Holocausto. Mas é profundamente errado e contraditório que, sob o pretexto da recordação do Holocausto, se tome o Estado de Israel como um substituto monolítico de todos os judeus. Essa deturpação é em si mesmo uma forma de preconceito, que opera através do mesmo mecanismo de qualquer xenofobia. Ignora abertamente todos os judeus que historicamente se opuseram ao projeto sionista (Einstein, Arendt, Chomsky, só para citar alguns), tal como os israelitas que se opõem à ação colonial do Estado israelita, à violência atroz e ao genocídio em Gaza.

Na realidade, a equiparação de todos os judeus ao governo israelita constitui uma forma de antisemitismo. A luta contra a colonização ilegal da Palestina ou contra o genocídio em Gaza nada tem de antisemita. Pelo contrário: é uma luta contra a eliminação de uma população por pertencer a um determinado grupo. Se há alguma lição a retirar do terrível passado nazi da Alemanha é que o abismo moral está sempre na definição política de um “povo eleito” e na categorização de um determinado povo ou nação inteira como desumanos ou indignos, que é o que há muito faz o Estado israelita.

A memória do Holocausto devia ser, por isso mesmo, um antídoto contra qualquer genocídio, nunca uma desculpa, nunca um álibi, nunca um pretexto para não querer ver os crimes cometidos por Israel, nunca um altar para a justitificação do sacrifício de milhares de vidas palestinianas inocentes.

Invocando a luta contra o antissemitismo, o Estado alemão (incluindo as principais correntes políticas da direita à esquerda) abraçou o nacionalismo israelita por procuração, que inclui a estigmatização e a supressão de qualquer expressão de identidade palestiniana e de solidariedade com a Palestina, e até a ameaça de deportação em função da perversa aplicação do rótulo de “antisemita”.

Onde estão então, neste contexto de censura e repressão, as vozes que brandem com tanta exaltação o amor à liberdade de expressão e o rancor contra o cancelamento? Onde está a indignação contra o bloqueio dos jornalistas que querem cobrir a guerra e a ocupação? Onde a revolta contra a verdadeira “não-cobertura” do que está a acontecer na Palestina? Onde os clamores pela liberdade de expressão política nas “democracias liberais”?

Ou afinal a censura é boa quando trata de calar intelectuais anti-sionistas, sejam judeus ou não? Se forem estas vozes, já podem ser violentamente impedidas de falar?

Share This Article
Twitter Email Copy Link Print
Previous Article Congresso dos EUA vota sábado propostas para desbloquear ajuda a aliados
Next Article Síria: EUA e Reino Unido acusados de cumplicidade com tortura e crimes de guerra nas prisões
Leave a comment

Leave a Reply Cancel reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Your Trusted Source for Accurate and Timely Updates!

Our commitment to accuracy, impartiality, and delivering breaking news as it happens has earned us the trust of a vast audience. Stay ahead with real-time updates on the latest events, trends.
FacebookLike
TwitterFollow
InstagramFollow
LinkedInFollow
MediumFollow
QuoraFollow
- Advertisement -
Ad image

Popular Posts

A inesquecível ilha do Fogo | Fugas dos Leitores

Depois de conhecermos várias ilhas do arquipélago de Cabo Verde, chegou a hora de irmos…

By Nahora_Admin

UE dá luz verde a início de negociações de adesão com Ucrânia e Moldávia | União Europeia

Os embaixadores da União Europeia concordaram formalmente esta sexta-feira em iniciar as negociações de adesão…

By Nahora_Admin

Portugal com teste a ‘doer’ com a Croácia no regresso ao Estádio Nacional – Futebol

Portugal defronta no sábado a Croácia, no único particular antes do Euro2024 de futebol com…

By Nahora_Admin

You Might Also Like

Politics

Estados Unidos dizem que a paciência “está a esgotar-se” enquanto aguarda que “as autoridades eleitorais venezuelanas sejam sinceras”

By Nahora_Admin
Politics

Banco Central do Brasil resiste a pressão de Lula e mantém taxa de juro – Economia

By Nahora_Admin
Politics

A geometria política – Diana Ramos

By Nahora_Admin
Politics

CAP pede ao Governo que garanta “rendimento e sustentabilidade económica dos agricultores”

By Nahora_Admin
Nahorawes
Facebook Twitter Youtube Rss Medium

About US


Na Hora News brings you the latest updates and insights on Portugal’s politics, culture, economy, sports, and more, delivering timely news for a well-informed audience.

Top Categories
  • World
  • Politics
  • Tech
  • Health
  • Travel
Usefull Links
  • About us
  • Contact Us
  • Privacy Policy
  • Terms & Conditions

© Na Hora News. All Rights Reserved. Powered & Designed by Quantum Sites Studio

Always Stay Up to Date

Subscribe to our newsletter to get our newest articles instantly!

Welcome Back!

Sign in to your account

Lost your password?