Por outro lado, um país com tantas tradições de emigração tem obrigações acrescidas de receber e integrar bem as populações que escolhem vir para cá. Porém, o Estado tem obrigação de regular o acesso migratório e fazer corresponder o afluxo de migrantes às necessidades.
A nova legislação é bem-intencionada, mas também é urgente que os serviços burocráticos do Estado respondam de forma mais célere. O martírio que os imigrantes têm sofrido à porta da nova agência que substituiu o SEF (AIMA) é indigno.
Qualquer cidadão sem cadastro e com visto de trabalho deve ser acolhido e integrado em Portugal, mas ao Estado também compete fiscalizar se os vistos de trabalho são reais e impedir que floresçam redes de tráfico à conta de contratos fictícios.