“Oi Cabo Verde terra querida / oi Cabo Verde terra estimada / terra di paz, terra di gozzo”, diz a canção de Cesária Évora, que esta tarde Luís Montenegro ouviu à chegada a Cabo Verde. A primeira visita do primeiro-ministro fora da Europa é como uma viagem de núpcias, com um homólogo da mesma família política e de quem é próximo (Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro de Cabo Verde), mas também obriga Montenegro a falar do que “corre menos bem em Portugal”: os casos de imigração em que “redes se aproveitam da vulnerabilidade das pessoas para extorquir recursos, muitas vezes escassos”.
Nem aí Montenegro tirou o sorriso, no fato de figura de Estado, e prometeu aos cabo-verdianos “maior rapidez e maior agilidade” na atribuição de vistos. Só que, como tem dito sempre que o tema é imigração, com “regras”. “A ideia de que podemos funcionar sem regras é utópica”, afirmou o primeiro-ministro, no Palácio do Governo de Cabo Verde, na cidade da Praia, capital, com Ulisses Silva a anuir. “A convergência é total”, “não há país que não faça controlo de fronteiras, há controlo e há regras”.
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