A agência bancária atribuiu a sua decisão cautelosa a um “ambiente externo mais adverso, assente na elevada e persistente incerteza em torno do início da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e na rapidez com que se observa a queda da inflação de forma sustentada em vários países”.
Diante desse quadro, o Banco Central afirmou que “o cenário continua a exigir cautela por parte dos países emergentes”, como o Brasil.
Sob pressão do Governo de Lula da Silva, que alega que as taxas de juro elevadas ameaçam o crescimento económico, o Banco Central iniciou os cortes em agosto de 2023, depois de as taxas terem permanecido em 13,75% ao ano durante quase um ano.
A inflação em março foi de 0,16%, muito inferior à de fevereiro deste ano (0,83%), enquanto a inflação homóloga se situou em 3,93%, o nível mais baixo dos últimos nove meses.
Os economistas preveem que o Brasil termine o ano com uma inflação de 3,72%, ou seja, dentro do objetivo fixado pelo Banco Central para 2024, que permite que o índice atinja um máximo de 4,50%.