Os chamados provadores virtuais, que permitem um utilizador experimentar roupa através da câmara fotográfica do seu telemóvel, têm sido uma das apostas desta indústria. A ferramenta já alastrou a todo o setor da moda e a Cartier anunciou, recentemente, uma parceria com o Snapchat que permite aos utilizadores experimentarem virtualmente anéis, antes de fazerem uma compra online.
Uma das grandes inovações que está a marcar a indústria de luxo nos últimos tempos é a recomendação de cosméticos com recurso à inteligência artificial. Empresas como a Chanel e algumas subsidiárias da LVMH, dona de marcas como a Louis Vuitton e a Dior, estão a criar aplicações que analisam o tom e pigmentação da pele – através de imagens carregadas pelo utilizador no sistema – para dar as melhores recomendações de cosméticos.
Outra das apostas inovadoras é ainda a criação de ferramentas que medem o corpo do utilizador através de fotografias, de forma a determinar o seu tipo de estrutura física. “Estas inovações permitem às empresas aumentar o toque pessoal dos seus produtos”, como afirma Sourabh Nyalkalkar, da GlobalData.
Mas há empresas do ramo a dar passos ainda maiores. Mais do que aconselhar, a Estée Lauder decidiu investir no setor tecnológico, através da Kiki World, para dar a oportunidade aos seus utilizadores de serem co-criadores dos produtos da empresa. “Estes desenvolvimentos sublinham a importância da inteligência artificial e de outras tecnologias na transformação da indústria de luxo”, conclui Nyalkalkar.