Estes dados foram divulgados numa altura crítica em que as atenções dos investidores têm estado no futuro da política monetária levada a cabo pela Reserva Federal. Depois de terem sido conhecidos estes dados as expectativas de um corte de juros em setembro caíram de 81% para 61%.
Os mercados já tinham incorporado totalmente nos preços uma descida de juros em junho, mas essa expectativa foi agora adiada para dezembro.
Além disso, o rendimento médio por hora aumentou 0,4% em termos mensais, em comparação com uma expectativa de crescimento de 0,3% e a taxa de desemprego subiu de 3,9% para 4%, atingindo o patamar de 4% pela primeira vez em mais de dois anos. Também os dados de março e de abril foram revistos em alta.
“Números como estes confirmam a nossa narrativa de que a inflação não vai descer abaixo dos 2,8% ou 2,9% até dezembro, tornando realmente difícil para a Fed justificar um corte de juros antes do final do ano”, afirmou Roger Aliaga-Diaz, economista-chefe da Vanguard Americas ao Financial Times. O objetivo do banco central é de 2%.
Este é o último relatório de emprego a que os decisores da Fed vão ter acesso antes do próximo encontro de política monetária agendado para a próxima semana.