O Egipto vai permitir que o combustível e a ajuda humanitária sejam transferidos do seu território para Gaza através de Israel, anunciaram a Casa Branca e a Presidência egípcia, de acordo com o jornal “The New York Times”.
Foi na sexta-feira, durante um telefonema entre o presidente norte-americano, Joe Biden, e o presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi, que foi selado o acordo para reabrir o canal de ajuda ao enclave palestiniano. A Casa Branca anunciou então que o combustível e a ajuda humanitária poderão entrar em Gaza por Kerem Shalom, uma localidade que fica na junção do Egito, Gaza e Israel.
A Presidência egípcia refere que Abdel Fattah el-Sisi permitirá temporariamente a entrada de ajuda, até que existam mecanismos legais para reabrir a passagem de fronteira de Rafah do lado palestiniano.
Durante meses, Kerem Shalom foi uma das duas principais passagens terrestres para Gaza através da qual alimentos, medicamentos e combustível entravam na Faixa de Gaza. No entanto, no início de maio, depois de as tropas israelitas terem tomado o controlo da passagem de Rafah, avançando em direção à cidade, a passagem na fronteira foi encerrada. O encerramento condicionou a ajuda internacional que poderia chegar ao enclave. Israel e Egito têm trocado acusações quanto às responsabilidades de assegurar a passagem de apoio humanitário.
Quando a passagem de Rafah foi encerrada, o Governo egípcio começou por resistir ao envio de camiões com ajuda para Kerem Shalom. As autoridades norte-americanas e israelitas consideraram que se tratava de uma tentativa de pressionar Israel a recuar na sua operação em Rafah.
A Casa Branca adiantou que Biden disse estar empenhado em reabrir a passagem “com acordos aceitáveis, tanto para o Egipto, como para Israel”, e que planeava enviar uma equipa diplomática ao Cairo na próxima semana.