Com uma nota na rede X (antigo Twitter), o secretário-geral do PS considerou esta tarde que o seu antecessor na liderança do PS vai dar ao cargo de presidente do Conselho Europeu “o peso político que precisa”.
“António Costa é o político mais bem preparado para assumir a presidência do Conselho Europeu e para dar ao cargo o peso político que precisa. São boas notícias para a Europa, para Portugal e para os socialistas”, considerou Pedro Nuno Santos.
Pedro Nuno Santos foi um dos principais apoiantes de António Costa na ascenção deste a líder do PS, em 2014, sucedendo a António José Seguro.
Depois, enquanto seu secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, foi um dos principais defensores da ‘geringonça’, no XXI Governo Constitucional (2015-2019).
Em 2019 subiu a ministro das Infraestruturas e da Habitação, cargo do qual se demitiu em 2022. Nessa altura, Pedro Nuno Santos deixou também a direção nacional do PS, que integrou durante toda a liderança de António Costa no PS.
Já o líder do Chega, André Ventura, disse que nunca apoiará a escolha ao antigo primeiro-ministro para um cargo e considera que está em curso um processo de “branqueamento” do socialista. “António Costa é um ex-primeiro-ministro sob suspeita da justiça portuguesa. Como disse Marcelo Rebelo de Sousa, nem que Cristo venha a terra apoiarei António Costa para presidente do Conselho Europeu. Mas é inaceitável que se encontre em marcha a maior operação de branqueamento de sempre a um político”, afirmou Ventura à entrada para a reunião da comissão parlamentar de inquérito ao chamado caso das gémeas. .
Para o Bloco de Esquerda, Portugal não ganha, nem perde com a ida de António Costa para o Conselho Europeu. Em declarações aos jornalistas no Parlamento, a deputada bloquista Marisa Matias , disse o que deve ser avaliado nesta nomeação “são as políticas” do nome escolhido.
Marisa Matias lembrou o nome de Durão Barroso, antigo presidente da Comissão Europeia, afirmando que “António Costa não é Durão Barroso” e, por isso, “haverá aqui um perfil político diferente”. E acrescentou: “São as políticas que contam e, por isso mesmo, no momento em que estamos a viver nesta altura, momento que é de defesa, que deve ser de defesa intransigente dos direitos humanos, dos valores democráticos, do Estado de Direito, estar a fazer este acordo (…) parece-nos complicado”.
Marisa Matias criticou ainda o acordo preliminar para os cargos de topo europeus, afirmando que não tem “nenhum tipo de barreira em relação à extrema-direita” e defendeu que a Europa está a seguir um caminho perigoso.