“Uma nova página da História da França foi escrita com a nova Frente Popular!”, refere o comunicado conjunto dos partidos.
As sondagens mais recentes mostram que o bloco de esquerda poderá ser a segunda força mais votada, apenas atrás da União Nacional, de Marine Le Pen.
Os partidos de esquerda acordaram apresentar um candidato apenas em cada um dos 577 círculos eleitorais na primeira volta das eleições, a 30 de junho.
“Havia uma expectativa de união que foi expressa. Está assinada”, escreve o Partido Socialista Francês num comunicado.
Este acordo dificulta ainda mais a vida ao presidente francês, Emmanuel Macron, que poderá ficar “entalado” entre um bloco de esqueda que inclui partidos extremistas e a extrema direita de Le Pen.A aliança de esquerda terá também que enfrentar desafios no seu próprio seio, uma vez que os partidos que a compõem têm visões bastante distintas em áreas como o apoio militar à Ucrânia, a recusa de Melenchon em considerar o Hamas uma organização terrorista ou nas políticas económicas.O ainda primeiro-ministro, Gabriel Attal, disse ser “vergonhoso” que o Partido Socialista – onde iniciou a sua carreira política – tenha feito um acordo com a França Insubmissa, de Melenchon.
“Apelo aos eleitores de esquerda e social-democratas – e há muitos – que não se identificam com o programa da França Insubmissa que apoiem os nossos candidatos”, disse Attal.