As eleições europeias do próximo mês de junho são vistas em Itália como mero jogo político caseiro, uma oportunidade para redefinir o equilíbrio do poder político nacional com base no resultado obtido na Europa. Isto apesar de as últimas eleições nacionais terem ocorrido recentemente, no outono de 2022, quando a direita obteve uma maioria aparentemente sólida. No entanto, nada mais está em discussão, apesar de existirem muitos assuntos na agenda europeia.
A guerra na Ucrânia, por exemplo, ou a crise no Médio Oriente, que dividiram e continuam a dividir, mesmo internamente, a coligação de direita, agora no Governo [composta pelos partido nacionalista Irmãos de Itália, da primeira-ministra Giorgia Meloni, o partido anti-imigração Liga, de Matteo Salvini, e a Força Itália, de centro-direita, outrora chefiada por Silvio Berlusconi], e os partidos da oposição de centro-esquerda. Ou as dificuldades da agricultura , que atraíram atenção política suficientemente sustentada para extinguir os protestos dos trabalhadores do sector.