Não será normal os media internacionais fazerem manchete com a notícia de que foi descoberto o lugar onde um determinado indivíduo foi enterrado há 23 séculos e meio. Exceto, claro, se se tratar de um ícone universal. Quando há semanas soubemos que um velho papiro nos tinha revelado o lugar onde Platão foi sepultado, mesmo pessoas que não leem uma linha do filósofo grego desde as aulas do Secundário ficaram curiosas. É verdade que o nome de Platão subsiste na linguagem comum em forma de adjetivo para indicar uma relação sexualmente abstémia entre duas pessoas, ou nalguma das inumeráveis metáforas a que isso se presta. Mas o que tornava intrigante a história, além da distância no tempo, era a forma como a descoberta foi realizada: num velho papiro carbonizado cuja decifração se tornou possível graças a tecnologia de ponta, que chegou a envolver grandes aceleradores de partículas em diversos pontos da Europa.
2000 anos depois, os papiros voltam a falar. E trazem novidades sobre a morte de Platão
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