A administração do Presidente norte-americano disse que o uso por Israel de armas fornecidas pelos EUA em Gaza provavelmente violou o direito internacional humanitário.
No entanto, as autoridades norte-americanas disseram não ter sido capazes de ligar armas específicas fornecidas pelos EUA a ataques individuais das forças israelitas em Gaza, indicou um relatório divulgado na sexta-feira.
Esta avaliação, a primeira deste género, exigida pelos democratas no Congresso, surgiu após sete meses de ataques aéreos, combates terrestres, restrições de ajuda e mais de 35 mil mortos do lado palestiniano.
Embora as autoridades norte-americanas não tenham conseguido reunir todas as informações necessárias sobre ataques específicos, o relatório afirmou que, dada a “dependência significativa” de Israel em relação às armas fabricadas nos EUA, é “razoável avaliar” que estas tenham sido utilizadas pelas forças de segurança de Israel em “situações inconsistentes” com as obrigações ao abrigo do direito humanitário internacional “ou com as melhores práticas para mitigar os danos aos civis”.
As forças armadas israelitas têm experiência, tecnologia e conhecimento necessários para minimizar os danos causados aos civis, mas “os resultados no terreno, incluindo os elevados níveis de vítimas civis, levantam questões substanciais sobre se estão a utilizadas eficazmente em todos os casos”, de acordo com o mesmo documento.
Israel garantiu estar a seguir todas as leis norte-americanas e internacionais, a investigar alegações de abuso por parte do exército e que a campanha militar em Gaza é proporcional à ameaça representada pelo Hamas.
A 7 de Outubro, um ataque do movimento islamita Hamas no sul de Israel causou perto de 1200 mortos, na maioria civis. O movimento islamista fez mais de 250 reféns, dos quais 128 permanecem em cativeiro em Gaza e 35 terão morrido, de acordo com dados israelitas.
Em represália, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma vasta ofensiva na Faixa de Gaza, que já causou mais de 35 mil mortos, na maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do movimento islamista palestiniano.
O Hamas é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, Estados Unidos e União Europeia.