O alerta chegou às 9:21 do dia 4 de maio. A indicação era de incêndio no posto de transformação do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada. Mas há chegada, o cenário era pior do que os bombeiros esperavam.
Enquanto os bombeiros de Ponta Delgada lideram a frente de combate, a corporação da Ribeira Grande teve de avançar e preparar-se para engrossar o teatro de operações.
Às 12:40, o cenário muda de figura. As chamas ficam descontroladas e o incêndio ganhou ainda mais força devido aos materiais inflamáveis, gasolina, borrachas, “tudo para correr mal”.
O combate prossegue e é iniciada a evacuação do hospital. Mais de 330 utentes foram retirados um a um, numa operação inédita e sem incidentes. Os funcionários do hospital foram essenciais para esvaziar o local e manter a calma.
Depois de várias horas de combate, às 16:11 o incêndio é dado como extinto. Apagadas as chamas, já sem fumo e fogo, o cenário é de destruição.
Na zona onde funcionava o coração elétrico do hospital, não há nada que possa ser aproveitado e os danos vão demorar meses a ser reparados.
Uma semana depois do fatídico sábado do Senhor Santo Cristo dos Milagres está tudo por fazer. Doentes e serviços migraram para várias unidade de saúde espalhadas pela ilha.
Ninguém sabe o que terá estado na origem do fogo, e não há quem arrisque prever quando é que o maior hospital dos Açores volta à vida.