“Abre-se uma nova página e novas perspetivas nas relações entre os dois países”, disse o representante especial da Ucrânia para o Médio Oriente e África, Maksym Subkh, após uma audiência na segunda-feira em Maputo com a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo.
Subkh avançou que os dois países têm bases sólidas criadas para o desenvolvimento da cooperação, em vários domínios.
Moçambique absteve-se nas votações a várias resoluções das Nações Unidas de condenação à invasão russa da Ucrânia, defendendo a resolução pacífica do conflito.
A primeira resolução condenou a Rússia pela crise humanitária na Ucrânia devido à guerra, outra suspendeu Moscovo do Conselho de Direitos Humanos e a terceira condenou a anexação de territórios ucranianos pela Rússia, reforçando o isolamento de Moscovo no panorama internacional.
Em outubro de 2022, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano prometeu uma visita a Moçambique para ter uma “conversa honesta” sobre a invasão russa da Ucrânia, no âmbito do périplo que estava a realizar no continente para angariar apoio.
“A minha viagem por países africanos vai continuar e Moçambique está entre os países que nós vamos visitar para termos uma conversa verdadeiramente honesta”, declarou Dmytro Kuleba, em resposta a uma pergunta colocada pela Lusa durante um encontro virtual com vários jornalistas de diferentes países africanos.
O Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) mantém relações tradicionais com a Rússia, que remontam ao tempo em que o movimento de libertação do país africano recebeu apoio militar do antigo bloco comunista na guerra colonial.