“Deixou-nos a todos um bocadinho surpreendidos”: esta é a primeira reação da presidente da Federação Académica de Lisboa (FAL), Mariana Barbosa, ao facto de o Governo de Luís Montenegro, que tomou posse na semana passada, não ter atribuído nenhuma secretaria de estado ao Ensino Superior.
A novidade, que ficou patente após a divulgação da lista de secretários de Estado, na quinta-feira à noite, segue-se ao facto de Educação, Ciência e Ensino Superior terem sido fundidos num único ministério, ao contrário do que tem sido prática nos últimos executivos, em que as pastas estavam distribuídas em dois ministérios.
Na nova orgânica, Alexandre Homem Cristo é secretário de Estado Adjunto e da Educação, o secretário de Estado da Educação será Pedro Machado da Cunha, e a investigadora Ana Paiva fica responsável pela Ciência. O próprio ministro, Fernando Alexandre, já veio garantir que a pasta do Ensino Superior ficará sob a sua alçada e que esta “é uma falsa questão”: “Basicamente, quem vai assumir as matérias de ensino superior sou eu próprio”, disse à agência Lusa.
No entanto, nem estes esclarecimentos descansam Mariana Barbosa: “A carta aberta que nós redigimos a semana passada tinha o intuito de mostrar a nossa preocupação em que houvesse um Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior”, começa por explicar, em declarações ao Expresso, não escondendo o descontentamento pelo facto de “nem” uma secretaria de Estado ser atribuída.
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