Tendo em conta o universo reduzido da Região o PAN considera “necessário mudar o foco principal” do transporte marítimo “para o da carga rodada e não como salvação contra os preços exorbitantes que algumas companhias aéreas praticam”.
O PAN defendeu o regresso da ligação marítima entre a Madeira e o continente, considerando que o ferry “é crucial” para a concretização da igualdade, para o cumprimento da Constituição e para o diluir da condição de ilhéu.
“Não faremos deste tema uma arma de arremesso político, mas somos de acordo que é uma questão que afeta os madeirenses e porto-santenses e que uma ligação marítima só beneficiaria a Região”, disse a cabeça-de-lista do PAN Madeira as eleições regionais da Madeira, de 26 de maio, Mónica Freitas.
Tendo em conta o universo reduzido da Região, o PAN considera “necessário mudar o foco principal” do transporte marítimo “para o da carga rodada e não como salvação contra os preços exorbitantes que algumas companhias aéreas praticam”.
No entender de Mónica Freitas uma viagem de 22 horas “não é opção viável” para alguém que necessite deslocar-se para o continente quando, ainda para mais, “o transporte aéreo coloca-o diretamente numa das duas principais cidades do país ao invés de Portimão, se viajar de barco”.
O partido diz que “é necessário” olhar para esta questão do ponto de vista “prático e do potencial” que o transporte marítimo “poderá trazer, como carga rodada, ou seja de mercadoria, bens e produtos que vêm diretamente nos carros e camiões, aclimatizados e/ou refrigerados sem que seja necessário o desembarque dos contentores, facilitando o processo”.
O PAN acrescenta que defende que a ligação marítima seja feita para os portos de Lisboa ou Leixões, “criando mais condições” de atratividade para o transporte de mercadoria, “unindo esforços” com o avião cargueiro e permitindo o “aumento da concorrência saudável, à baixa de preços de produtos, a entrada facilitada de empresas e negócios que requerem esse tipo de transporte, produtos mais frescos que dependem da importação e cumprindo com o princípio da continuidade territorial na correção das desigualdades estruturais resultantes da insularidade, transportando pessoas que assim desejem, mas principalmente trazendo equidade no transporte de mercadorias e serviços”.
A força partidária salienta que com uma das maiores plataformas continentais, Portugal é um país marítimo e tem na Região Autónoma da Madeira a “oportunidade e a responsabilidade” para celebrar o mar.
“A economia azul é crucial para o futuro de todas e todos e o Estado Português e a União Europeia têm de dar garantias financeiras para que este transporte ocorra de forma sustentável através de biocombustíveis como o metanol verde”, defendeu o partido.